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Debate sobre criação do sub-23 nos clubes ganha fôlego na base brasileira

Objetivo da medida é facilitar transição de atletas da base para o profissional dos clubes, dando a eles mais tempo de jogo e competitividade nas partidas

O cenário é comum no futebol brasileiro: o jovem jogador estoura a idade dos juniores, mas as portas do time profissional estão fechadas. Sem espaço para atuar, ele tem dificuldades para se firmar e fica no limbo até ser emprestado. A solução para este gargalo pode estar em um debate presente nos clubes há algum tempo: a criação da categoria sub-23 para ajudar na transição entre base e profissional.

A medida tem sido cada vez mais discutida em congressos sobre base. E é ponto de polêmica entre coordenadores das categorias menores no Brasil, com opiniões divergentes.

O objetivo da implantação da categoria é abrigar jovens apostas para o futuro e desenvolvê-las, além de controlar melhor a transição dos próprios atletas entre a base e os profissionais. No Inter, que usa uma equipe sub-23 e joga a Copa FGF com ela, a iniciativa é vista como positiva.

- Aqui nós conseguimos dar ritmo de jogo e uma dificuldade maior aos atletas que vêm da base. Além disso, colocamos no sub-23 jogadores que, ao chegar, não estão prontos para os profissionais. Lucas Lima, Rodrigo Moledo e Alan Costa são alguns exemplos, e a experiência tem sido muito positiva para nós - analisa Jorge Macedo, gerente de futebol do Inter.

Além do Inter, o Atlético-PR também tem uma equipe sub-23. O Furacão, inclusive, já disputa o Campeonato Paranaense com ela há três temporadas e revelou jogadores como Douglas Coutinho e Marcos Guilherme, mas fica sem calendário no resto do ano e disputa amistosos contra times do exterior para não ficar parado no segundo semestre.

Quem também defende a implantação da categoria sub-23 é Klauss Câmara, diretor da base do Cruzeiro, que propõe uma nova divisão na base brasileira.

- Penso que a divisão da base poderia mudar para sub-23, sub-18, sub-16, sub-14 e sub-12. Acho que a formação do jogador poderia ser conduzida com mais calma.

Atualmente, não há uma unificação nas divisões de idade na base brasileira. As mais comuns são sub-20, sub-17, sub-15, sub-13 e sub-11. Mas a Bahia, por exemplo, tem sub-20, sub-18 e sub-16. No Rio Grande do Sul, sub-15, sub-16, sub-17, sub-18, sub-19 e sub-20. As associações e empresas que organizam os torneios é que determinam as divisões - e são elas que poderiam criar o sub-23.

Equivalente à equipe B

Em alguns países europeus, como Portugal e Espanha, o processo de transição dos jovens jogadores dos grandes clubes ocorre nas equipes B. Elas podem disputar a segunda divisão e permitem aos jogadores que saem da base atuar em um nível de competitividade maior, sem limitação de idade. O Real Madrid B já terminou a segundona nas primeiras posições, mas o regulamento do Campeonato Espanhol impede que uma equipe B atue na elite.

No Brasil, o Palmeiras também teve uma equipe B, mas com jogadores com idade elevada e revelou pouco entre 2000 e 2013, período em que exerceu suas atividades.

Riscos do empréstimo

No Brasil, sem as equipes B, os clubes acabam recorrendo aos empréstimos para dar experiência aos seus jogadores jovens. E muitas vezes essa política dá certo, como por exemplo com Wellington Nem, que em 2011 foi emprestado pelo Fluminense ao Figueirense, deixou de ser meia, virou atacante e deslanchou no clube catarinense. Em 2011, o Atlético-MG emprestou o time inteiro ao Democrata de Sete Lagoas para jogar a segunda divisão do Campeonato Mineiro. Entre os integrantes do time, estava Bernard.

Há casos, no entanto, em que esse empréstimo não ajuda. Michael, centroavante do Fluminense, é monitorado até para a seleção olímpica, mas, com a concorrência de Fred e Walter, foi emprestado para o Criciúma. Pouco depois, porém, o Tigre mudou de treinador e apostou em jogadores mais experientes, como Souza e Zé Carlos. O sub-23, no caso, serviria para que o clube pudesse controlar melhor esse processo de amadurecimento, em vez de colocar o jogador em outra equipe.

Orçamento e calendário

Se no Inter a experiência do sub-23 é positiva, em outros clubes há questionamentos, sobretudo em relação ao orçamento e ao calendário.

- Na teoria, sou favorável ao sub-23. Mas existem várias coisas que precisam ser definidas antes de se estabelecer como categoria. Precisa haver calendário, torneios para jogar. E se o técnico do time principal não vê nem os juniores, como faria para ver também o sub-23? - questionou André Figueiredo, coordenador da base do Atlético-MG.

Outra questão levantada por dirigentes é o custo da categoria. Com os clubes brasileiros em dificuldade financeira, há o receio de que a criação de mais uma equipe respingue em categorias inferiores, como o sub-15.

- Nem todos os times têm estrutura para abrigar mais uma categoria. Isso poderia prejudicar os menores e também o início da formação - conclui André Figueiredo.

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Acho bacana a ideia do sub-23, mas para os padrões de revelações atuais, um jogador despontar aos 23/24 anos seria um tanto "tarde". Baseado nisso, não sei se todos os clubes achariam viável manter mais uma categoria. Claro, clubes tradicionalmente reveladores como o Inter, Atlético PR, Santos, talvez até concordem, pois tem uma filosofia de trabalho destinada a produção e venda de jogadores; mas clubes como Corinthians (infelizmente), Flamengo, Palmeiras, que tradicionalmente não costumam trabalhar bem a base (só revela um ou outro, e olhe lá) além de tantos outros que estão em crise, poderiam barrar esta nova categoria.

Acho a iniciativa do Inter de colocar os moleques para jogar a FGF fenomenal. Engrandece a competição, testam os moleques em jogos profissionais, conseguem analisar com mais atenção Copas que ficariam em segundo plano, podendo achar bons jogadores nestas. Acho até mais bacana do que criar um torneio Sub - 23, por exemplo.

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Acho uma boa , alias uma ótima a criação do sub-23. Quantas vezes um jogador estoura a idade sub-20 e infelizmente o elenco profissional esta com excesso de jogadores , e este jovem atleta não e aproveitado? Vai para ligas inferior, com o tempo perde competitividade e etc.. e clubes perdem grandes talentos.

Cruzeiro apesar de todas as revelações atuais acontenceu algo parecido com um jogador chamado Lyniker.Gostaria muito de ver este garoto jogando pelo menos um pouco nos profissionais, mas quando estorou sua idade , o cruzeiro estava voando baixo com muitos jogadores e precisando se livrar de alguns...

Lucas silva, hoje no real madrid , já foi emprestado para o nacional de nova serrana e jogou apenas uma partida na equipe.

Geralmente técnico de outras equipes não estarão disposto a colocar seu emprego em risco colocando um garoto imaturo, que pode entregar uma partida.Ainda mais um garoto que não tem direitos pertencentes a sua equipe.Lyniker teve um empréstimo ao abc , jogou pouco...

Digo isto, porque sabemos como e a estabilidade dos treinadores de futebol no brasil...

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Eu não entendo por qual motivo alguns clubes não firmam parcerias com clubes menores para testarem seus jogadores de base... Sei que é meio FM, mas quase como "clubes satélites" mesmo.

Mas teria que ser com clubes que estivessem dispostos a isso(daí a necessidade da parceria). Não adianta emprestar para clubes que não vão colocar a molecada pra jogar. Tenho certeza que existe por aí uma caralhada de clubes estaduais pequenos que adorariam aproveitar uma base de um Corinthians, Flamengo, São Paulo, Cruzeiro, Inter, etc,etc.

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Já falei isso algumas vezes, se eu fosse de um Boavista, Cabofriense da vida, fazia parceria com os 4 grandes e montava uma seleção de base carioca.

É até melhor para os mlks jogarem com outros bons de bola, pq é foda pra um mlk novo ir pra um time fudido, estrutura fudida e jogar com um monte de merda.. mesmo você sendo bom não tem como fazer milagre..

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Que sub-23 o que? Cria segunda equipe sem limite de idade!

Antigamente a gente tinha campeonato estadual de segundos quadros, custa o que?

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