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Redução de disciplinas no EM: seria uma solução?


Leho.

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Pra que Filosofia cara? Eu faço curso de Filosofia e olha no que dá. As pessoas não querem aturar estudante de filosofia.

Na teoria

"nossa, Filosofia é muito importante na vida de qualquer ser humano"

Na prática

"olha lá os estudantes de Filosofia, bando de maconheiros que querem apontar os erros de nós, os cidadãos de bem que levam o mundo pra frente. Por isso mesmo nunca gostei de Filosofia, era só um louco falando lá na frente e nos obrigando a ter discussões bestas. Vão arrumar um trabalho."

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  • Respostas 57
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"Filosofia é a mãe de todas as ciências" <--- Não precisa exagerar tanto, mas antes das Ciências Exatas eram as Ciências contemplativas, geometria, a matemática e a linguística, estudo da retórica, lógica. É uma base para compreender o resto, que pode ajudar o cara na vida dele a tomar decisões acertadas.

Às vezes as pessoas não percebem o que fazem. Pra gente ir pra frente, precisamos pensar em vários tipos de trabalho. Ou virar empresário, que também pode, porque a sociedade burguesa também saiu de uma mentalidade da Filosofia. Isto é tão amplo quanto ' world wide web ', tem os que derivaram os cientistas, os que derivaram a inteligência mecânica para construir as máquinas, os que derivaram os idealistas alemãos que apoiaram a sociedade burguesa, os que derivaram os ideólogos pelos direitos dos trabalhadores. Que não trabalhavam, eram acadêmicos ou não tinham trabalho. Diversos tipos de trabalho tem algo a ver com Filosofia. Mas a histórica é controversa.

Gostei dessa sugestão, Salvaro.

Eu também gostei. Na verdade, acho que aquilo é para Ensino Fundamental.

No Ensino Médio eu defendo a escolha optativa de disciplinas. Mas Disciplina de Filosofia para estudar com mais profundidade, assim como as outras Disciplinas não-resumidas. É claro, tem de haver maior preparação do professor. É preciso pensar em métodos de qualificar, valorizar e preparar professores.

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Se o professor de filosofia não tiver capacidade pra transmitir o conhecimento, vai ser tempo perdido mesmo, porém isso vale pra todas as matérias. Então não vejo isso como argumento hehehe, mas podemos discutir isso.

Tive a sorte de ter tido uma professora espetacular de filosofia no EM, e pqp, me ajudou demais a melhorar meu caráter, enxergar o mundo de uma forma mais adulta e a lidar com as frustrações. O exemplo mais claro e prático pra mim nesse sentido é a Carta de Epícuro, praticamente um tutorial pra felicidade. Nela, ele diz basicamente que a felicidade está intimamente ligada a forma com que o indivíduo lida com seus problemas, suas decepções e em como assume suas responsabilidades. A pessoa que atribui a terceiros (Deus, azar, destino, outras pessoas, etc) os resultados de suas próprias ações, especialmente quando são negativos, não está sujeito a ser feliz; é necessário (pra resumir em poucas palavras) encarar as adversidades e superá-las, e não evitá-las, como muitos fazem. Existem também os "acidentes", que são situações em que ninguém pode controlar, devemos saber separar isso de nossos próprios méritos/deméritos também. Acho que é consenso entre o fórum que os adolescentes da atualidade são cada vez mais (perdão pelo clichê) fúteis, apáticos, desmotivados, etc, portanto, penso que a filosofia pode ser um caminho pra reverter isso.

Não enxergo a filosofia como "ficar fazendo perguntas sem sentido". Eu particularmente considero questões que não nos levam a nenhuma conclusão secundárias, mas válidas pelo estímulo (por exemplo: o homem em seu estado de natureza é bom, ruim ou neutro? Na prática, isso não faz diferença alguma, já que o homem, sendo um ser cultural, nascido em um contexto pré-existente, jamais irá estar seu estado de natureza. Ou até mesmo perguntas como "de onde viemos?"). Pra mim, filosofia é simplesmente a arte de PENSAR sem cometer desvios lógicos, coisa que falta pra grande parte da população brasileira. Não ter pensamento crítico torna as pessoas susceptíveis a manipulações, por isso meu receio em tirar a filosofia da grade de ensino. Obviamente, é possível pensar racionalmente sem nunca ter encostado em um livro de filosofia, as respostas desse tópico me mostraram isso hahaha mas sem dúvida, ser ensinado por alguém torna as coisas mais fáceis. Daí a importância do bom professor, faz com que isso seja acessível pra qualquer um.

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Cara, eu tenho RELIGIÃO velho, RELIGIÃO!

No Ensino Médio realmente é um desperdício. Deveria vir antes com um contexto abrangente mas nos mesmos moldes de Filosofia, estimulando dúvidas ao invés de tentar impôr algo.

Eu tive na faculdade mas aí o maior ganho que ela poderia trazer que é ensinar tolerância quando a pessoa ainda está em formação já está praticamente perdido. Minha sorte era que a turma era pequena e ninguém muito apegado a religião mas 1 ou 2 tomaram um susto quando o professor começou a elogiar as religiões africanas por terem entidades mais humanas e explorarem a sexualidade ao invés de tentar reprimir.

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  • Diretor Geral

Se o professor de filosofia não tiver capacidade pra transmitir o conhecimento, vai ser tempo perdido mesmo, porém isso vale pra todas as matérias. [...]

[...]

Não enxergo a filosofia como "ficar fazendo perguntas sem sentido". [...]

Óbvio que vale pra todas, mas a forma de passar o conteúdo de cada uma delas é variável, daí a dificuldade de ensinar Filosofia. Porque ensinar Português e Matemática por exemplo, onde os conceitos são mt mais objetivos e diretos vai demandar de um certo grau de capacidade e habilidade do mestre; já com a Filosofia a história é diferente, por isso não dá pra jogar tudo no mesmo saco na hora de analisar.

E cara, vai por mim, você tem esse tipo de visão sobre a Filosofia porque mt provavelmente teve um bom condutor da matéria (no caso, sua professora). Só que você precisa levar em conta nesse caso de que esse teu exemplo é uma minoria perto da grande massa de adolescentes que: 1) ou nunca tiveram aula de Filosofia, 2) ou que tiveram professores ruins e que não os conduziram bem o suficiente pra tornar a Filosofia uma base de conhecimento e formação de caráter. Por isso meu receio com a matéria.

Colocar na grade só por colocar não irá transformar cenário nenhum, pelo contrário. Se não tá ajudando, que abra espaço pra tentarmos com algo que ajude, ou então que revejam as formas de passar o conteúdo de Filosofia para os alunos, coisa que eu acho mt mais trabalhosa e de difícil implantação.

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Um ensino médio que os alunos possam escolher mais o que querem conhecer e possam optar por não conhecer alguma matéria. Um número mínimo de matérias. Uma grade-horária que provavelmente não cabe todas as matérias, então alguma(s) fique fora da escolha. Tem até ciência da computação hoje em dia em algumas escolas com ensino médio.

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Óbvio que vale pra todas, mas a forma de passar o conteúdo de cada uma delas é variável, daí a dificuldade de ensinar Filosofia. Porque ensinar Português e Matemática por exemplo, onde os conceitos são mt mais objetivos e diretos vai demandar de um certo grau de capacidade e habilidade do mestre; já com a Filosofia a história é diferente, por isso não dá pra jogar tudo no mesmo saco na hora de analisar.

E cara, vai por mim, você tem esse tipo de visão sobre a Filosofia porque mt provavelmente teve um bom condutor da matéria (no caso, sua professora). Só que você precisa levar em conta nesse caso de que esse teu exemplo é uma minoria perto da grande massa de adolescentes que: 1) ou nunca tiveram aula de Filosofia, 2) ou que tiveram professores ruins e que não os conduziram bem o suficiente pra tornar a Filosofia uma base de conhecimento e formação de caráter. Por isso meu receio com a matéria.

Colocar na grade só por colocar não irá transformar cenário nenhum, pelo contrário. Se não tá ajudando, que abra espaço pra tentarmos com algo que ajude, ou então que revejam as formas de passar o conteúdo de Filosofia para os alunos, coisa que eu acho mt mais trabalhosa e de difícil implantação.

O certo seria melhorar a forma de transmitir o conteúdo mesmo, mas vão tirar a matéria da grade, simples assim. Não posso concordar com isso. E não acho que seria algo tão inviável assim.

Mesmo a justificativa para a retirada da filosofia e da sociologia (fazer com que o aluno possa focar mais nas outras matérias) é bastante questionável. Essas duas matérias representam o que, 2 aulas semanais? O aluno hoje já não estuda em casa pra filosofia e sociologia (isso é um achismo meu, fiquem a vontade pra discordar), como assim ele vai ter "mais tempo" pras outras matérias?

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[...]

Não enxergo a filosofia como "ficar fazendo perguntas sem sentido". Eu particularmente considero questões que não nos levam a nenhuma conclusão secundárias, mas válidas pelo estímulo (por exemplo: o homem em seu estado de natureza é bom, ruim ou neutro? Na prática, isso não faz diferença alguma, já que o homem, sendo um ser cultural, nascido em um contexto pré-existente, jamais irá estar seu estado de natureza. Ou até mesmo perguntas como "de onde viemos?"). Pra mim, filosofia é simplesmente a arte de PENSAR sem cometer desvios lógicos, coisa que falta pra grande parte da população brasileira. Não ter pensamento crítico torna as pessoas susceptíveis a manipulações, por isso meu receio em tirar a filosofia da grade de ensino. Obviamente, é possível pensar racionalmente sem nunca ter encostado em um livro de filosofia, as respostas desse tópico me mostraram isso hahaha mas sem dúvida, ser ensinado por alguém torna as coisas mais fáceis. Daí a importância do bom professor, faz com que isso seja acessível pra qualquer um.

Mas na própria filosofia ela se trata como um fim, não como um meio. :)

A hora e meia semanal que o aluno tem com um professor de filosofia tem que servir como um beliscão, pro cara dizer "opa, isso aí tá falando sobre mim e as coisas que me rodeiam, não é bobagem" e ir atrás. Nesse tempo e com esse nível de capacidade dos alunos não tem como ir além da pergunta que você citou sobre a natureza do homem (quem nunca passou um mês do Ensino Médio aprendendo sobre a origem da palavra filosofia, o que significa, amigo do saber, etc.?). Tem muito mais coisa por trás da filosofia cara, acho que sua opinião vem de quem só estudou o que lhe trouxeram no Ensino Médio, o que não deixa de ser válido, mas é muito pouco.

Além do mais, nos colégios que conheço, rola sim um filtro na contratação dos professores e uma regulação do que eles vão dar em sala de aula. Senão todo mundo vai se ligar na quantidade de besteira a que estão sendo submetidos e vai sair dali uma tropa de rebeldezinhos.

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Mas na própria filosofia ela se trata como um fim, não como um meio. :)

A hora e meia semanal que o aluno tem com um professor de filosofia tem que servir como um beliscão, pro cara dizer "opa, isso aí tá falando sobre mim e as coisas que me rodeiam, não é bobagem" e ir atrás. Nesse tempo e com esse nível de capacidade dos alunos não tem como ir além da pergunta que você citou sobre a natureza do homem (quem nunca passou um mês do Ensino Médio aprendendo sobre a origem da palavra filosofia, o que significa, amigo do saber, etc.?). Tem muito mais coisa por trás da filosofia cara, acho que sua opinião vem de quem só estudou o que lhe trouxeram no Ensino Médio, o que não deixa de ser válido, mas é muito pouco.

Além do mais, nos colégios que conheço, rola sim um filtro na contratação dos professores e uma regulação do que eles vão dar em sala de aula. Senão todo mundo vai se ligar na quantidade de besteira a que estão sendo submetidos e vai sair dali uma tropa de rebeldezinhos.

Claro que tem muito mais por trás, mas como o Leho perguntou qual era a importância prática da filosofia prum aluno da escola pública do EM, citei apenas o que julguei mais adequado no momento que escrevi o post.

Sobre o "perguntas sem sentido", talvez não tenha me expressado bem. Continuando no mesmo exemplo: Hobbes pensa que o homem no estado imaginário natural é mau e, Rosseau, que é bom. Outros afirmam que é neutro. Essa discussão é válida? Sim, pois é um exercício que vai estimular o pensamento, raciocínio lógico, etc, etc, mas, mesmo que se chegue a uma conclusão, qual será a utilidade dessa resposta na realidade? O homem evolui mais quando se pergunta "como?" ao invés de "por quê?", esse é o meu ponto.

Acho que deu pra perceber que sou um cara prático, ou seja, naturalmente tentarei levar as coisas pra um lado mais próximo da realidade. Não necessariamente isso significa que meu conhecimento é limitado, hehe.

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Claro que tem muito mais por trás, mas como o Leho perguntou qual era a importância prática da filosofia prum aluno da escola pública do EM, citei apenas o que julguei mais adequado no momento que escrevi o post.

Sobre o "perguntas sem sentido", talvez não tenha me expressado bem. Continuando no mesmo exemplo: Hobbes pensa que o homem no estado imaginário natural é mau e, Rosseau, que é bom. Outros afirmam que é neutro. Essa discussão é válida? Sim, pois é um exercício que vai estimular o pensamento, raciocínio lógico, etc, etc, mas, mesmo que se chegue a uma conclusão, qual será a utilidade dessa resposta na realidade? O homem evolui mais quando se pergunta "como?" ao invés de "por quê?", esse é o meu ponto.

Acho que deu pra perceber que sou um cara prático, ou seja, naturalmente tentarei levar as coisas pra um lado mais próximo da realidade. Não necessariamente isso significa que meu conhecimento é limitado, hehe.

Só que esse raciocínio evolui né cara. Se o homem naturalmente é bom, quais os caminhos que o fazem ser o que é então, se é mau, idem. E assim vamos. Mas no final, óbvio que você não vai achar um x = 2, mas sua conclusão pode afetar sua forma de lidar com as pessoas e aí você tem vantagem.

Mas entendi o que você quis dizer, até concordo que no Ensino Médio, em virtude do que são os jovens hoje, tem que existir doses desse seu utilitarismo. :)

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Só que esse raciocínio evolui né cara. Se o homem naturalmente é bom, quais os caminhos que o fazem ser o que é então, se é mau, idem. E assim vamos. Mas no final, óbvio que você não vai achar um x = 2, mas sua conclusão pode afetar sua forma de lidar com as pessoas e aí você tem vantagem.

Mas entendi o que você quis dizer, até concordo que no Ensino Médio, em virtude do que são os jovens hoje, tem que existir doses desse seu utilitarismo. :)

Na verdade, o estado de natureza é a completa ausência da sociedade, e isso só existe no campo das ideias. Os caminhos que fazem os homens serem o que é são, entretanto, são fruto da sociedade pre-existente na qual eles nasceram/estão inseridos, e essa seria, na minha opinião, a discussão mais importante.

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Na verdade, o estado de natureza é a completa ausência da sociedade, e isso só existe no campo das ideias. Os caminhos que fazem os homens serem o que é são, entretanto, são fruto da sociedade pre-existente na qual eles nasceram/estão inseridos, e essa seria, na minha opinião, a discussão mais importante.

Exatamente, e é isso que se descobre quando se pergunta o que eu falei ali, "quais os caminhos que o fazem ser o que é então". ;)

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Religião deveria ser ensinada dentro da filosofia.

Existem formações específicas, então daria merda misturar do ponto de vista dos professores. Eu acho que se complementam, então poderiam às vezes compartilhar o mesmo horário, semana uma, semana outra.

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  • 3 semanas depois...
  • Diretor Geral

Analfabetos científicos: pesquisa expõe dificuldade em aplicar conceitos das Ciências no dia a dia

Por Thais Paiva

Um gráfico mostra projeções para a concentração de dióxido de carbono na atmosfera e o aumento da temperatura global de acordo com dois diferentes cenários. No pessimista, a temperatura para o período compreendido entre os anos de 2081 e 2100 subiria, em média, 3,7°C. Na previsão otimista, a alteração seria de 1,0°C. Questionados sobre o porquê do gráfico apresentar dois traçados distintos, um para o “cenário pessimista” e outro para o “cenário otimista”, apenas 6% dos brasileiros conseguiram responder que se tratavam de estimativas, que poderiam ser influenciadas tanto pelo comportamento humano como da atmosfera.

O exemplo acima compõe a primeira edição do Indicador de Letramento Científico (ILC), elaborado pelo Instituto Abramundo em parceria com o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa. O estudo, inédito no País, revelou que a população brasileira não domina conceitos e tem dificuldade de aplicar a Ciência em situações cotidianas.

De acordo com o levantamento, realizado com cerca de 2 mil pessoas com idades entre 15 e 40 anos de nove regiões metropolitanas e do Distrito Federal, apenas 5% dos brasileiros podem ser considerados proficientes em linguagem científica, ou seja, são capazes de elaborar argumentos sobre a veracidade de hipóteses, demonstram domínio de unidades de medida e conhecem questões relacionadas ao meio ambiente, saúde, astronomia e genética. A maioria (79%) apresentou um conhecimento mediano sobre a área e 16%, praticamente nulos.

Diferentemente das avaliações escolares como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ILC ganha relevância por medir não apenas os conteúdos tradicionalmente ensinados na escola, mas a capacidade de usar conceitos e procedimentos científicos para explicar fenômenos e resolver problemas cotidianos, avaliando em que medida a visão de mundo que uma pessoa possui depende deles. “O objetivo foi criar um indicador que, periodicamente atualizado, fosse capaz de monitorar a evolução das habilidades científicas da população jovem e adulta brasileira, de modo a subsidiar políticas públicas de educação, cultura, ciência, tecnologia e inovação”, explica Ricardo Uzal, presidente do Instituto Abramundo.

Para isso, os participantes responderam questionários sobre diferentes aspectos de seu dia a dia, como vida profissional, cultural e econômica, e foram submetidos a um teste cognitivo padronizado que, com maior ou menor intensidade, trazia perguntas relacionadas ao mundo da ciência.

Uma delas, por exemplo, pedia para relacionar as estrias de um pneu ao aumento da aderência de um veículo em uma pista molhada. A metodologia utilizada na pesquisa foi análoga à do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) e agrupou os brasileiros em quatro 
diferentes níveis de letramento, na seguinte proporção: não científico (16%), rudimentar (48%), básico (31%) e proficiente (5%) (ver as habilidades de cada nível na tabela ao lado).

“Com base no recorte geográfico e populacional, os resultados são representativos de perto de 23 milhões de pessoas que completaram os quatro primeiros anos do Ensino Fundamental e que residem em 92 municípios”, explica Uzal.

Para os especialistas, os resultados endossam a defasagem já apontada em outras pesquisas. Em 2012, o Pisa colocou o Brasil na 59ª posição em Ciências entre 65 países, ranqueando-o atrás de latino-americanos como Chile e Argentina. Em 2010, um estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sobre a percepção pública de ciências mostrou que 81,9% dos entrevistados desconheciam qualquer instituição dedicada à realização de pesquisa científica no Brasil.

Para Isaac Roitman, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), a dificuldade de utilizar conhecimentos científicos em situações do mundo real é resultado da baixa qualidade do ensino da disciplina. Para ele, a maior parte dos professores do Ensino Básico não estão devidamente preparados para lecionar e falta infraestrutura nas escolas para desenvolver uma educação científica de qualidade como laboratórios, kit de experiências, bibliotecas, tecnologias digitais e jogos educativos.

Para Uzal, os dados evidenciam, entre outros problemas, que o ensino de conhecimentos científicos, quando tratados de forma abstrata, não facilitam sua conversão para enfrentar questões cotidianas. “Aliás, este é o desafio no ensino escolar da ciência. Muitas vezes, os alunos não são estimulados a fazer conexões entre as várias disciplinas que aprendem na escola com o contexto atual”, diz.

Além da dificuldade de formar professores para atuar na área e do pouco espaço reservado para disciplinas como Biologia, Física e Química na grade curri-
cular, Adilson J. A. de Oliveira, vice-reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e professor do Departamento de Física, aponta o fato dos vestibulares direcionarem os conteúdos e o papel da escola como algo que contribui para o problema. “Se você olhar o vestibular da Fuvest, que é uma prova que tem um impacto muito grande nas escolas, encontrará problemas mais sofisticados, que não levam em conta essa aproximação cotidiana. E como são os vestibulares que pautam as escolas, isso acaba ficando de lado.”

A dificuldade dos brasileiros em ler e interpretar textos é também um agravante. “Nós, professores, sempre brincamos dizendo que metade da questão de uma prova está resolvida no enunciado”, conta Oliveira. Para ele, também é possível estabelecer relações entre o baixo nível de letramento científico e a falta de domínio da própria língua portuguesa. “Quantas pessoas conseguem compreender um texto médio de jornal ou um texto mais complexo de revista?”, indaga.

Outro fator importante seria desmistificar para os alunos e população em geral a linguagem própria da comunidade científica. “Faço muitos textos para a 
divulgação científica e sempre me deparo com esta dificuldade de transpor termos específicos para uma linguagem mais próxima das pessoas”, conta Oliveira.

Um caminho para familiarizar as pessoas com esta linguagem seria trabalhar textos do universo científico nos livros didáticos, além de utilizar espaços sociais para a divulgação da Ciência. “A mídia quando versa o tema, quase sempre, acaba caindo em uma pseudociência. Basta olhar estes canais de televisão que, antes, tinham um certo reconhecimento na área e que, hoje, só trazem programas de óvnis, de extraterrestres”, lembra o vice-reitor.

Além disso, a educação científica no País fora do ambiente escolar é ainda incipiente. “O estímulo à feira de ciências, a implantação de museus, olimpíadas e a amplificação do Programa de Iniciação Científica Junior (PICJ) deveriam estar na agenda das políticas públicas de ensino”, defende Roitman.

O PICJ foi introduzido em 2004 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e permite que os estudantes do Ensino Básico possam frequentar o ambiente científico de universidades ou centros de pesquisa. “Além da escola, também as empresas e o espaço social devem ser educativos. Para o aproveitamento dos avanços científicos, o letramento científico é absolutamente necessário”, conclui Roitman.

Publicado na edição 91, de outubro de 2014

http://www.cartanaescola.com.br/single/show/442

Mais um ponto importante nessa reformulação do conteúdo das nossas escolas.

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  • 1 mês depois...

Cid Gomes defende currículo dividido por área do conhecimento para alunos do ensino médio

‘'Acho que é possível mudar em quatro anos'’, diz o futuro ministro da Educação

BRASÍLIA — Escolhido para comandar o Ministério da Educação no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o governador do Ceará, Cid Gomes, defende que nos próximos quatro anos seja feita uma revisão dos currículos no ensino médio que possibilite ao aluno se aprofundar nas áreas com as quais tenha mais afinidades. Cid acredita que os estudantes não devem ser obrigados a ter conhecimento sobre todas as áreas, como é atualmente.

— Se o jovem tem vocação mais para a área tecnológica, aprofundar matemática, física; se tem vocação mais para a área de humanas, poder ter sociologia, fiolosofia. Não forçar todos a terem tudo, como é hoje, que se obriga todos os alunos do ensino médio a terem conhecimento sobre todas as áreas. Como é uma novidade, vai de encontro à tradição de pelo menos 40 anos no país, deve ser precedido de uma grande discussão, vamos ouvir experiências de outros países, tem diversos modelos, mas acho que é possível mudar em quatro anos — disse ao GLOBO.

Cid diz saber da necessidade de mais recursos para a Educação, mas acredita que as providências que podem ser tomadas o estão senado feitas pelo Congresso Nacional – como o aumento do percentual do PIB para a área – e diz que quer redefinir prioridades no financiamento educacional.

— Em qualquer área precisaria de mais recursos, mas tem que ter os pés no chão e fazer com o que tem — afirma.

Sobre o salário dos professores, ressalta que irá procurar agir “como magistrado”, sem tomar parte dos professores – que reconhece são “muito mal” remunerados –, mas com consciência das limitações. Indica que mudanças ocorrerão apenas a partir da previsão legal de reajuste, sem sinalizações a respeito de aumentos mais significativos para a categoria.

O futuro ministro da Educação acredita que atacar o problema nos primeiros anos de ensino seja um caminho para melhorar sua qualidade, mas afirma também que o ensino médio “enciclopedista” desmotiva e provoca evasão.

Cid Gomes pretende ter planos diferenciados para melhorar o ensino nas áreas onde os indicadores são piores, como Nordeste, Norte e alguns centros urbanos. Defende que o foco deve ser onde se concentra a pobreza e que um caminho será ampliar a oferta de escolas de tempo integral para evitar o contato de jovens com drogas.

— Não é razoável que se trate desiguais igualmente. Há questão regional no país, o Nordeste e Norte têm os piores indicadores e isso está muito associado à pobreza — diz.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/cid-gomes-defende-curriculo-dividido-por-area-do-conhecimento-para-alunos-do-ensino-medio-14918193#ixzz3N8962XkK

Bem legal essa ideia... mas como fica a questão da educação de base? Como já em outros tópicos aqui e neste também é fundamental uma estrutura para poder direcionar com uma maior qualidade os alunos.

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Bem legal essa ideia... mas como fica a questão da educação de base? Como já em outros tópicos aqui e neste também é fundamental uma estrutura para poder direcionar com uma maior qualidade os alunos.

Os piores índices de educação não são associadas apenas à pobreza da região, tem de haver uma forma de capacitar os professores da região a aplicarem melhor os conteúdos e haver uma melhora geral no nível de ensino pela maior preparação dos professores. Então é por isso que boto fé na rede do portal da Juventude http://juventude.gov.br/participatorio para a Secretaria Nacional da Juventude ter melhores meios de trabalhar com os educadores e, assim, melhorarem nas práticas de ensino em sala de aula.

Eu acredito nisso.

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  • 2 semanas depois...

Piso salarial dos professores aumenta 13%

O novo valor é de 1.917,78 reais e começa a valer a partir deste mês

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Cid Gomes, novo ministro da Educação (Pedro Ladeira/Folhapress)

O Ministério da Educação (MEC) divulgou na noite desta terça-feira o novo piso salarial dos professores. O valor é de 1.917,78 reais e representa um aumento de 13,01% em relação ao piso anterior (1.697,39 reais). O salário inicial para os docentes da rede pública de ensino leva em conta a jornada de 40 horas de trabalho semanais.

Em nota, o MEC informa que o aumento será dado de acordo com a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008.

"Conforme a legislação vigente, a correção do piso reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)."

A decisão de divulgar o novo piso ocorreu depois de o ministro Cid Gomes se reunir com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

O piso salarial passou de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451; em 2013 passou para R$ 1.567; e, em 2014, foi reajustado para R$ 1.697,39. O maior reajuste foi 22,22%, em 2012.

Impacto nas cidades — A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) reclama do critério para o cálculo do piso. Em nota, a entidade compara o reajuste acumulado entre 2010 e 2014 no piso do magistério (78,63%) com a correção do salário mínimo (55,69%) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, (31,78%) no mesmo período.

Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o novo piso resultará em um aumento de cerca de 7 bilhões de reais nos gastos dos municípios brasileiros. Assim como a entidade, especialistas em educação ressaltam que o reajuste federal viola a autonomia dos municípios e provoca impacto significativo nas contas públicas locais.

"Em um grande número de municípios brasileiros, a folha de pagamento dos docentes consome de 80% a 90% do orçamento para a educação. E como o reajuste afeta também o salário dos professores aposentados, as despesas decorrentes do aumento podem ser o dobro do que se calcula", diz João Batista Araujo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa Beto. Com uma folha de pagamento tão alta, faltam recursos para quaisquer outros investimentos na área.

Segundo o especialista, essa fórmula de aumento do piso também já mostrou ser ineficaz para promover a melhora do ensino. "Pode parecer mesquinho falar contra o aumento, mas só se perdermos de vista que o objetivo primordial do sistema de ensino é formar as crianças e os jovens. E para esse objetivo, que ainda nos escapa no Brasil, seria melhor criar planos de carreira e premiar os professores conforme eles se destacam, evoluem, se mostram mais preparados. O aumento geral do piso não se reflete no desempenho dos alunos", diz.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

GENIUS/VEJA

Sobre a parte em negrito o Kleber Albuquerquer, moderador do Genius, comentou:

"40h de trabalho e o salário não chega a 2000 reais e vem um especialista dizer que o ajuste é ineficaz, mas é claro, 13% é uma mixaria perto dos ajustes feitos pelos políticos nos próprio salário e mesmo assim eles continuam roubando.

Falando como professor, eu digo que não compensa pelo trabalho que é feito em sala de aula, sem contar que 40h em sala rende muito trabalho fora dela, não da nem para preparar uma aula descente direito ou aprender o nome dos alunos.

Me revolta o descaso com a Educação depois do discurso da Dilma e me decepciona ainda mais este palhaço do Cid no Ministério. Pra completar vem esse especialista babaca vomitar merda para a imprensa reproduzir.

Viva a educação que não valoriza os professores, logo vemos o resultado em reportagens como essa."

Pesado!

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O pior que os professoress poderiam entender e deveriam entender que o processo ainda requer muito tempo. O problema é o aluno, professor e modelo de escola.

Amor não sustenta emprego, eles possuem obrigações, mas passar de 950 p/ 1.9 já é um avanço, p q eh tao difícil reconhecer isso? Não sabemos valorizar os professores, mas vamos colocando um bloco de cada vez e não achando que o agora já está bom.(odeio digitar pelo celular, me perco de mais)

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Sobre a parte em negrito o Kleber Albuquerquer, moderador do Genius, comentou:

"40h de trabalho e o salário não chega a 2000 reais e vem um especialista dizer que o ajuste é ineficaz, mas é claro, 13% é uma mixaria perto dos ajustes feitos pelos políticos nos próprio salário e mesmo assim eles continuam roubando.

Falando como professor, eu digo que não compensa pelo trabalho que é feito em sala de aula, sem contar que 40h em sala rende muito trabalho fora dela, não da nem para preparar uma aula descente direito ou aprender o nome dos alunos.

Me revolta o descaso com a Educação depois do discurso da Dilma e me decepciona ainda mais este palhaço do Cid no Ministério. Pra completar vem esse especialista babaca vomitar merda para a imprensa reproduzir.

Viva a educação que não valoriza os professores, logo vemos o resultado em reportagens como essa."

Pesado!

Pode até ser que pela lei da zica esse post venha a ter um erro gramatical bizarro. Mas que porra de professor é esse que não sabe a diferença entre "decente" e "descente" e escreve a primeira opção com "SC"???

O comentário do especialista está correto em partes. Esses aumentos de salário podem trazer mais dignidade aos professores, sobretudo os que se esforçam para fazer um trabalho DECENTE, mas são completamente inefetivos para a melhoria na qualidade de ensino.

Se pegar os mesmos professores de hoje e dobrar o salário de todos será que vai melhorar? Talvez melhore e facilite a vida de alguns que se esforçam muito e isso os faça render mais. Mas será que isso vai fazer os muitos professores que não são bons (e os resultados ajudam a mostrar isso) a se tornarem bons? Claro que não.

E o mesmo vale para a sugestão do especialista. Ele de certa forma vai forçar quem quiser ganhar mais a dar alguma resposta a grande questão é se mesmo com a motivação financeira o cara que não é bom professor ou que não tem a qualificação necessária vai conseguir atingir essas metas.

Todos aqui sabem que eu defendo que a educação deveria ser a primeira bandeira do país. Mas é preciso ser pragmático se quiser encontrar soluções. E uma dessas soluções passa por uma real valorização do cargo de professor (de forma atrair mais gente qualificada de forma a permitir uma seleção que resulte em quadros melhores de professores), mas não é isso que acontece com esses aumentos (que de fato tem trazido um pouco mais de dignidade para o quadro atual mas que tem resultados efetivos questionáveis).

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Pode até ser que pela lei da zica esse post venha a ter um erro gramatical bizarro. Mas que porra de professor é esse que não sabe a diferença entre "decente" e "descente" e escreve a primeira opção com "SC"???

Realmente que professor HORRÍVEL que pode ter simplesmente ter errado por causa do teclado ou distração. Mesmo que não seja por isso, vai julgar ele só por esse texto?

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Realmente que professor HORRÍVEL que pode ter simplesmente ter errado por causa do teclado ou distração. Mesmo que não seja por isso, vai julgar ele só por esse texto?

Ele não errou por causa do teclado MAS NEM FODENDO.

Não falei que era ruim em momento algum. Perguntei QUE PORRA DE PROFESSOR É ESSE? Pode ser um professor que escreveu aquilo em um momento no qual estava alcoolizado hahaha.

De qualquer forma um erro desses pega muito mal para um professor (embora obviamente não sirva para definir com propriedade a qualidade dele). É como quando eu estava no segundo ano do EM que a professora falava do Cu (cobre) e o pessoal começou a fazer piada. Eis que ela vira dando um esporro "vocês sabem muito bem do que eu estou falando e sabem que aquele cu tem acento então parem com essa palhaçada". Ao que eu (que não tinha nada com a confusão) retruquei: "professora, na verdade cu é uma oxítona terminada em "u" e por isso não deve ser acentuada".

E o principal: não se prenda a essa frase quando o restante do meu post tem coisas bem mais importantes discutidas.

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Pode até ser que pela lei da zica esse post venha a ter um erro gramatical bizarro. Mas que porra de professor é esse que não sabe a diferença entre "decente" e "descente" e escreve a primeira opção com "SC"???

O comentário do especialista está correto em partes. Esses aumentos de salário podem trazer mais dignidade aos professores, sobretudo os que se esforçam para fazer um trabalho DECENTE, mas são completamente inefetivos para a melhoria na qualidade de ensino.

Se pegar os mesmos professores de hoje e dobrar o salário de todos será que vai melhorar? Talvez melhore e facilite a vida de alguns que se esforçam muito e isso os faça render mais. Mas será que isso vai fazer os muitos professores que não são bons (e os resultados ajudam a mostrar isso) a se tornarem bons? Claro que não.

E o mesmo vale para a sugestão do especialista. Ele de certa forma vai forçar quem quiser ganhar mais a dar alguma resposta a grande questão é se mesmo com a motivação financeira o cara que não é bom professor ou que não tem a qualificação necessária vai conseguir atingir essas metas.

Todos aqui sabem que eu defendo que a educação deveria ser a primeira bandeira do país. Mas é preciso ser pragmático se quiser encontrar soluções. E uma dessas soluções passa por uma real valorização do cargo de professor (de forma atrair mais gente qualificada de forma a permitir uma seleção que resulte em quadros melhores de professores), mas não é isso que acontece com esses aumentos (que de fato tem trazido um pouco mais de dignidade para o quadro atual mas que tem resultados efetivos questionáveis).

Cara, é claro que a participação dos professores é um papel primordial na formação, mas o problema é que os alunos e o sistema está numa mentalidade atrasada. Primeiro lugar: o salário pode fazer um Médico experiente ser motivado pelo prazer de ensinar e o salário arriscar uma faculdade de pedagogia e este quadro atual não ajuda.

Eu lembro que um ou outro professor conseguia prender a atenção na sua aula no ensino médio.Depois quando eu fiquei mais maduro, no cursinho principalmente, quase todas as aulas eu conseguia assistir tranquilamente. Acho que tem na graduação e nos que querem tentar licenciatura muita gente motivada e louca para aprender pq ensinar é uma área fascinante, mesmo com o problema do salário. Hoje existe programas que o governo te paga para estudar, viajar etc. Ainda não chegamos no ideal mas deve ter evoluído pra cacete e se tornando uma área amigável.

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Cara, é claro que a participação dos professores é um papel primordial na formação, mas o problema é que os alunos e o sistema está numa mentalidade atrasada. Primeiro lugar: o salário pode fazer um Médico experiente ser motivado pelo prazer de ensinar e o salário arriscar uma faculdade de pedagogia e este quadro atual não ajuda.

Eu lembro que um ou outro professor conseguia prender a atenção na sua aula no ensino médio.Depois quando eu fiquei mais maduro, no cursinho principalmente, quase todas as aulas eu conseguia assistir tranquilamente. Acho que tem na graduação e nos que querem tentar licenciatura muita gente motivada e louca para aprender pq ensinar é uma área fascinante, mesmo com o problema do salário. Hoje existe programas que o governo te paga para estudar, viajar etc. Ainda não chegamos no ideal mas deve ter evoluído pra cacete e se tornando uma área amigável.

Você está confundindo as coisas. Valorização do cargo de professor de forma significativa (e não esses reajustes em si) de forma a atrair mais profissionais para a carreira é apenas parte da solução. Em momento algum eu disse o contrário até porque o texto focou em uma questão específica.

Eu me formei em um curso que tem a opção entre bacharelado e licenciatura. Nem preciso dizer qual opção é a menos escolhida...

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    • AndreP
      Por AndreP
      ====x===
       
      Ai pessoal, vou fazer ENEM e prestar vestibular pra UFRGS, gostaria de algumas dicas de quem já fez os 2 ou fez o ENEM e uma grande federal pra maximizar o desempenho nas provas (tirando a dica de estudar, é claro)

      Creio que seja do interesse de mais gente, fica aberta a discussão.
    • _Matheus_
      Por _Matheus_
      Tópico com finalidade simples, compartilhar sites interessantes para aprendermos coisas novas ou da nossa área mesmo. Preferencialmente gratuitos, é claro. Aguardando o Marcus postar as descrições dos sites de programação que ele recomendou num tópico do Aldo.

      Temas Gerais

      - https://www.edx.org/ - Cursos gratuitos dos mais variados temas, ofertados por universidades renomadas de todo o mundo, incluindo Harvard, MIT, entre outras. Vídeo-aulas em inglês com legenda também em inglês. Para obtenção de certificados, paga-se $50 como forma de ajudar a manter o site.

      - http://ocw.mit.edu/index.htm - O MIT OpenCourseWare oferece cursos de vários departamentos da instituição.

      - https://www.udemy.com/ - PAGO (mensalmente)

      - https://www.coursera.org/ - De graça. Os certificados verificados são 49 dólares, eu acho bem barato. E dá pra começar e pagar depois e/ou pedir refund. Além de monetizar a empresa que presta um serviço extraordinário. Tem os certificados comuns, grátis, que não usam mecanismos pra garantir que foi você mesmo que fez o curso.

      - https://www.udacity.com/ é tipo Coursera e edX, mas com foco pra tecnologia. Tem cursos oferecidos pela nVidia, Autodesk, Google, Facebook e universidades.

      - https://www.ed.ted.com é a parte educacional do TED, com conteúdo interessante e curto.

      - CrashCourse - é o canal de cursos completos em vídeos curtos dos irmãos Hank e John Green (autor de A culpa é das estrelas). Tem história (mundial e EUA), biologia, ecologia, química. Literatura e psicologia estão em andamento.

      - VlogBrotehrs - outro canal dos irmãos Green, tem vídeos sobre assuntos atuais como neutralidade da rede, prisões norteamericanas, curiosidades, etc.

      - SciShow - terceiro canal dos irmãos Green, com foco em ciência.

      - Vsauce - canal de de curiosidades.

      - Minute Earth - ciência e histórias sobre a Terra.

      - Kurzgesagt - animações explicando coisas como o mercado de ações, o tempo, o Big Bang, a lua.

      - https://www.khanacademy.org - tem cursos de física, química, biologia, história, economia, artes e o carro-chefe é a matemática, do mais básico pra frente.

      - http://oyc.yale.edu/ - Open Yale, tipo o Open MIT

      - Fundação Getúlio Vargas - cursos gratuitos do ramo da economia.

      - https://ureddit.com

      --------------------

      Temas Específicos
      CAD

      - http://cad.cursosguru.com.br/

      Culinária

      - https://cookingforengineers.com

      - https://cooklet.com

      - https://reluctantgourmet.com/technic.htm

      - https://how2heroes.com

      Faça você mesmo (Do it yourself)

      - https://instructables.com

      - https://thedailymiscellany.com

      - https://wikihow.com

      - https://wonderhowto.com

      - https://howstuffworks.com

      - https://howcast.com

      Física

      - Minute Physics - simplificando a física

      Idiomas (Línguas)

      - https://www.duolingo.com/ - Inglês e Espanhol. Aplicativo de celular muito bom. A interface é simples, bem feita e remete a um jogo. Não existe um conteúdo para se ler, você vai aprendendo mediante as atividades. Seus erros lhe custam "vida" que regenera com pontos adquiridos (lingots) nos acertos ou com o passar dos dias (creio). Os erros acompanham de informações que os corrigem, e ainda há a possibilidade de ver comentários e trocar ideia com outros usuários. É um método bem simples, mas que a todo momento trabalha a repetição de termos e estruturas gramaticais, traduções bilaterais, áudios e imagens, fixando o conteúdo.

      - http://www.dw.de/aprender-alemão/s-2199 - Curso de Alemão básico oferecido pelo governo Alemão.

      - http://livemocha.com/ - Site pra aprender idiomas. Você pode aprender uma nova lingua e ajudar outra pessoa a aprender português. Se não me engano você tem uqe corrigir os exercicios de outra pessoa que esteja aprendendo o português e alguém faz o mesmo por você.

      - http://www.memrise.com/ - Idiomas, vocabulário, história, ciência, etc. Na base da memória.

      - https://bbc.co.uk/languages

      - https://bussu.com

      - https://verbling.com

      Microsoft Office

      - http://office.cursosguru.com.br/ - Cursos de Excel e Word são essenciais para qualquer pessoa. Eu descobri o VBA no excel há pouco tempo e estou fascinado, apesar de ainda não ter aprendido. Todo mundo acha que sabe mexer no Word, mas a maioria não sabe nada. Formatar um texto é muito importante e pra quem faz isso frequentemente, sabe que alguns parágrafos teimam em não se alinhar pelos métodos normais, entre outros probleminhas.

      Música

      - https://justinguitar.com

      - https://musictheory.net

      - https://utimateguitar.com

      - https://playbassnow.com

      - https://howtoplaypiano.ca

      - https://teoria.com

      Programação

      - http://www.codecademy.com/

      - http://www.learncpp.com/ - Programação em C/C++

      - http://www-h.eng.cam.ac.uk/help/tpl/languages/C%2B%2B.html - Programação em C/C++

      - http://jcatki.no-ip.org/fncpp/Resources - Material para aprendizado em C/C++

      - http://code.org/learn

      - https://www.khanacademy.org/#computer-science

      - http://skillcrush.com/category/blog/resources/tech-term/

      - http://www.bentobox.io/

      - http://www.codeyear.com/

      - http://www.codeschool.com/ - PAGO (mensalmente)

      - http://teamtreehouse.com/ - PAGO (mensalmente)

      - http://net.tutsplus.com/ - PAGO (mensalmente)

      - http://www.lynda.com/ - PAGO (mensalmente)

      - http://www.udemy.com/courses/Technology - PAGO (mensalmente)

      - http://www.pluralsight.com/training - PAGO

      - https://learncodethehardway.com

      - https://htmldog.com

      - https://trypython.org

      - https://rubymonk.com

      - https://codingbag
    • Kradeu
      Por Kradeu
      Faaala, galerinha. Tudo bem?

      Estou há anos sem entrar no fórum, mas resolvi recorrer para pedir uma ajuda de vocês.
      Estou concluindo meu MBA em Marketing pela UFRJ e tenho que entregar a versão final do meu TCC neste domingo!

      Queria só pedir uns minutinhos de vocês para responderem um formulário à respeito de comportamento nas redes sociais.
       
      O link para acessar é: https://forms.gle/TMddyHgeKa9NAiLA7
       
      Vale lembrar que todas as respostas são anônimas e serão usadas somente para fins acadêmicos.
       
      Muito obrigado a todos!

      PS: Se postei em lugar errado, peço que só movam o tópico pra área certa.
      PS²: Se não puder postar algo desse tipo, peço que me dêem uma colher de chá e esperem até sábado para excluírem pelo menos hahaha.
      PS³: Demorei horas para lembrar meu e-mail e senha. Tem como alterar? Meu e-mail nem existe mais e a senha era um atacante de um time da série C que treinei no cm0304 hahahahah
      Efuzivo abraço,
       
    • Ariel'
    • grollinho
      Por grollinho
      não sei qualé a idade da gurizada do fórum, mas ctz que teve alguém que fez o enem 2017. E aí, como é que foi? qual foi sua reação com o tema da redação? seus acertos? chegou atrasado? Cumpartilha aqui
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