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Miguel Aidar alfineta: "o Corinthians não é dono do estádio, nunca vai pagar"


Leho.

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  • Diretor Geral

Candidato de Juvenal alfineta rival: 'o Corinthians não é dono do estádio, nunca vai pagar'

Por Camila Mattoso, do ESPN.com.br

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Carlos Miguel Aidar, candidato da situação nas eleições são-paulinas

A menos de um mês das eleições, o São Paulo vive clima quente dentro do clube. Com forte disputa entre os dois candidatos para a vaga do presidente Juvenal Juvêncio, o ESPN.com.br inicia nesta quarta-feira uma série de reportagens e entrevistas especiais sobre o processo eleitoral.

Como plataforma política para vencer o jogo contra Kalil Rocha Abdalla, Carlos Miguel Aidar, nome lançado pela situação, não se cansa em garantir a execução das obras do mega projeto de cobertura do Morumbi, barradas pela oposição até o momento e abandonadas pela construtora Andrade Gutierrez. O plano ainda envolve um estacionamento e uma arena multiuso para shows - outras empreiteiras já enviaram propostas.

"Eu vou fazer isso, pode escrever. Se a gente não fizer isso logo, o Morumbi vai servir única e exclusivamente para mandar seus jogos. O São Paulo está herdando dois shows que eram para acontecer na arena do Palmeiras porque não ficou pronto, se não, não seria mais aqui. É importante que a oposição saiba disso. Alô, oposição, olha o que vocês estão fazendo. É uma receita que não queremos abrir mão. O Itaquerão não vai ter show. Aquilo é outro mundo, é outro país, não dá para chegar lá", afirma o advogado, que já presidiu o tricolor entre 1984 e 1988, para o ESPN.com.br.

De acordo com o candidato, a ideia é que o projeto seja colocado para votação no mesmo dia da eleição, mas ainda não há nenhuma decisão sobre isso.

Mesmo com os debates internos acirrados, a rivalidade com os outros clubes nunca é esquecida. Ao falar de Copa do Mundo, Aidar não lamenta a ausência do Morumbi, diz que não lutaria pela abertura do evento, afirma que o Corinthians não vai conseguir pagar pela sua arena e ainda brinca com todo o cenário.

"A abertura vai ser no Morumbi, no dia 6 de junho [último amistoso da seleção, contra a Sérvia], e o segundo jogo será no Itaquerão (risos). Havia uma determinação do presidente da República para uma construtora fazer um estádio novo. E ele não torce para o São Paulo, ele torce para o Corinthians. E mandou fazer. A construtora disse sim, senhor, e fez o estádio. Está lá. Cheio de problemas. O Corinthians não é o dono do estádio, é da construtora. Ele nunca vai conseguir pagar aquele dinheiro. O estádio não está pronto, tem arquibancadas alugadas, provisórias, a Fifa está criticando, é o estádio mais crítico da Copa do Mundo, mas está lá, feito pela Odebrecht", comenta.

"[A Copa é boa] Para as empreiteiras e para a Fifa. A Fifa é a maior construtora do mundo e maior agência de viagens do mundo. Não existe uma entidade capaz de promover tantas obras. Não são só os estádios, tem todo o entorno, rodovias, hotelaria, transporte...", completa Aidar.

Apesar das alfinetadas, o candidato da situação ameniza.

"Minha relação com o Corinthians vai ser muito boa. A minha relação com o Mario Gobbi é muito boa. Minha relação com os presidentes dos clubes vai ser bem assim. Quando a bola rolar vou querer matar, com requintes de crueldade, mas depois eu quero abraçar e discutir interesses comuns".

Veja abaixo essa parte completa da entrevista, sobre Morumbi e Copa do Mundo:

ESPN.com.br - O Morumbi tinha que ter sido o estádio de abertura da Copa?

Carlos Miguel Aidar - Mas vai ser. No dia 6 de junho. O segundo vai ser lá no Itaquerão.

ESPN - E no dia 12 de junho?

CMA - No dia 12 vai ser no Itaquerão. Veja só, Croácia e Sérvia, dois países que saíram da Iugoslávia e tem o mesmo futebol. O adversário do dia 6 de junho é o mesmo do dia 12. Conquista orgulhosamente minha.

ESPN - Ainda orgulhosamente, se você fosse o presidente do São Paulo no momento da decisão do estádio de abertura, o jogo seria aqui?

CMA - Eu acho que não. E por que eu acho que não? Havia uma determinação do presidente da República para uma construtora fazer um estádio novo em São Paulo. E ele não torce para o São Paulo, ele torce para o Corinthians. E ele mandou fazer o estádio do Corinthians. A construtora disse sim, senhor, e fez o estádio. Está lá. Cheio de problemas. O Corinthians não é o dono do estádio, nunca vai conseguir pagar. O estádio não está pronto, tem arquibancadas alugadas, provisórias, a Fifa está criticando, é o estádio mais crítico da Copa do Mundo, mas está lá, feito pela Odebrecht.

ESPN - Foi um erro?

CMA - Do governo federal? Do ponto de vista desportivo, foi. Do ponto de vista econômico, não, porque o governo conseguiu fazer com que as empreiteiras ganhassem muito dinheiro. E muito.

ESPN - Foi bom só para elas?

CMA - Para as empreiteiras e para a Fifa. A Fifa é a maior construtora do mundo e maior agência de viagens do mundo. Não existe uma entidade capaz de promover tantas obras. Não são só os estádios, tem todo o entorno, rodovias, hotelaria, transporte...

ESPN - O problema é quem paga por isso...

CMA - Meu amigo, falecido, Vicente Matheus dizia "quem está na chuva é para se queimar". O Brasil quis isso. Faz sete anos que o Brasil sabe que vai sediar a Copa e decidiu ligar o assunto só no último ano. A grande maioria dos estádios não estará pronta. Não digo o estádio dentro, mas o entorno fora.

ESPN - O vice-presidente do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, disse recentemente que o clube não deveria ter ficado com a abertura da Copa e tinha que ter deixado para o Morumbi. O que você acha?

CMA - Eu não acho também tão importante assim. Eu lutaria para o Morumbi ser uma das sedes, mas não a de abertura. Nunca tivemos uma Copa com 12 sedes, é a primeira vez. A Fifa não queria 12, mas o governo queria 12, e elas estão aí. Essa megalomania brasileira só é bom para transporte e entorno. Os estádios não servirão para nada. A maioria é elefante branco. Não entra na nossa cabeça, não tem sentido.

ESPN - Há algum legado para o São Paulo?

CMA - Tem os dois centros de treinamentos ocupados por seleções. Fora isso, não há legado.

ESPN - Falando ainda do Morumbi, com a chegada da arena do Palmeiras, como ficará?

CMA - Esse é o grande problema. Se a gente não fizer isso logo, o Morumbi vai servir única e exclusivamente para mandar seus jogos. O São Paulo está herdando dois shows que eram para acontecer lá porque não ficou pronto, se não, não seria mais aqui. É importante que a oposição saiba disso. Alô, oposição, olha o que vocês estão fazendo. É uma receita que não queremos abrir mão. O Itaquerão não vai ter show. Aquilo é outro mundo, é outro país, não dá para chegar lá.

ESPN - Você acha que mesmo se quisesse seria difícil receber shows lá?

CMA - Acho difícil que os empresários queiram levar os shows para lá, tão longe do centro da cidade, e com o Parque Antártica tão mais perto.

ESPN - Essa questão de shows sempre foi uma brincadeira entre vocês, São Paulo e Corinthians, na questão de rivalidade. A existência de shows é fundamental?

CMA - É uma boa fonte de renda, mas não é fundamental. Minha relação com o Corinthians vai ser muito boa. Ele foi meu estagiário em outros tempos. E eu não sei quem vai suceder o Mario, porque lá é o maior absurdo e não pode ter dois mandatos, mas sei que não será o Andrés porque ele vai ser candidato a deputado federal e tem uma vocação muito boa. Eu me dou muito bem com ele também. Minha relação com os presidentes dos clubes vai ser bem assim. Quando a bola rolar vou querer matar, com requintes de crueldade, mas depois eu quero abraçar e discutir interesses comuns.

ESPN - Isso é parte do que o São Paulo tem de ultrapassado?

CMA - Não, é parte do meu perfil, apenas. Eu comandei o futebol brasileiro lá trás. Era outro momento, a CBF estava falida, não tinha dinheiro para fazer o campeonato. Nós temos um pouco de história para contar.

ESPN - Falando de cobertura. A oposição teve um papel importante para não ter começado as obras da cobertura até agora?

CMA - Sim, importantíssimo. Um desastre para o clube. Estamos perdendo meses. Eu tive a oportunidade de conversar com o diretor da Andrade Gutierrez. Queria dizer uma coisa antes: tão logo eu me tornei candidato eu fiz questão de ir conhecer o projeto. Fui falar com o presidente Juvenal e eu gostaria de entender isso. Fui aos escritórios que estavam tocando o projeto, estive com diretores das empresas do negócio e entendi toda a operação. Me convenci que era bom para o São Paulo. Todas as perguntas que eram feitas da oposição ou de sócios eu sabia responder. Por sugestão minha, chamamos os sócios para conversar. Fizemos aquela reunião aberta. Três ou quatro horas com o doutor Francisco Manssur respondendo tudo. Depois desse massacre, com acusações levianas a uma das maiores construtoras do mundo, dois cidadãos levaram acusações e isso foi muito ruim. A oposição politizou um assunto que deveria ser orgulho para o sócio. Atrapalhou a vida do São Paulo. Eu vou fazer isso, pode escrever.

ESPN - Você acha que a situação errou em alguma coisa?

CMA - Não. A situação fez o que tinha que fazer. O que se acusou é que o Juvenal poderia ter esperado para fazer isso depois da eleição, mas no dia 15 de janeiro a gente já estava com o fundo aprovado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a gente tem seis meses para fazer a captação. No dia 15 de junho vence o prazo. Nós temos 40 interessados e só podemos usar 20. Eu ainda estou insistindo com o presidente Juvenal e com o presidente do Conselho Deliberativo, José Carlos Ferreira Alves, para que se vote no mesmo dia da eleição o projeto. Depois que uma construtora pegar o projeto, em uma nova licitação, a gente volta para o conselho para aprovação. Eu ainda insisto com isso, acho muito importante.

ESPN - Em quanto tempo você consegue definir a construtora?

CMA - A gente não pode demorar mais de dois meses, para dar tempo de captar. Se não for isso, vamos ter de refazer todo o projeto e isso levará muito mais tempo.

ESPN - Até o fim do seu mandato ela estará pronta?

CMA - Não tenho a menor dúvida. E a arena multiuso já tem até nome, mas não posso falar. É segredo.

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Vista aérea do projeto de cobertura do Morumbi, com arena multi-uso incluída

Falar que o Itaquerão é a arena mais crítica da Copa foi sacanagem, Curitiba tá aí pra desmentir maaaas... pode ter forçado ao dizer que os gambás não são donos do estádio, mas tem certa razão ao duvidar do pagamento integral do empréstimo feito para a construção do mesmo.

Sobre o resto da entrevista aí, gostei da postura dele ao comentar sobre sua provável interação com os presidentes rivais, é assim que tem que ser mesmo. E suspeito que o nome da arena multi-uso deva ser o nome do M1T0, oaiuheoiuhaeouihaoe!

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Sobre a Arena Corinthians, está dizendo isso apenas para ganhar votos dos fanáticos (Bambis) no dia da eleição e ganhar exposição na imprensa (conseguiu).

Sobre o pagamento da Arena, tudo será pago, tem contrato e garantia para isso é só ver que agora que foi liberado o dinheiro do BNDES e o Corinthians está pagando mais de 100 milhões de juros por empréstimos de Bancos Privados.

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Nem entrou como presidente já está dando ibope e falando merda.

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Dirigentes são-paulinos sempre querendo aparecer em cima da imagem do Corinthians. Triste esse mané.

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  • Diretor Geral

Hahahaha... 5 respostas, nenhuma argumentação, todo mundo só entrando na pilha da manchete e não debatendo o verdadeiro assunto (autossuficiência dos clubes detentores das novas arenas). Pior é nego querer tirar onda do cara sem conhecê-lo, hahahaha segue o jogo, fellas. ;)

Sobre a Arena Corinthians, está dizendo isso apenas para ganhar votos dos fanáticos (Bambis) no dia da eleição e ganhar exposição na imprensa (conseguiu).

Uma que ele tem o apoio do Juvenal, ou seja, sua força nessa eleição é enorme (não precisando apelar a esse tipo de joguinho político escroto na imprensa pra angariar votos), e duas que quem vota são os conselheiros do clube amigão, e não os "bambis fanáticos" que frequentam as arquibancadas.

Se é pra falar merda do que você não conhece, não se dê a esse trabalho e poupe a paciência de quem vos lê.

p.s: me traga as garantias aí dadas pelo Corinthians pra pagar esse empréstimo ao BNDES. Só falar aqui é fácil.

Dirigentes são-paulinos sempre querendo aparecer em cima da imagem do Corinthians.

Seeeeeeempre. Sempre, cara... é nóis.

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Realmente Léo, deveríamos ter passado horas digitando aqui em resposta ao cidadão que disse "O Itaquerão não vai ter show. Aquilo é outro mundo, é outro país, não dá para chegar lá".

Comentário TOTALMENTE razoável. Ele não está querendo só chamar atenção e ganhar o apoio dos torcedores provocando o rival, ele está sendo bem coerente no que está dizendo.

Localização? Alguém precisa relembrar por que o estádio do SP fica exatamente naquele local? Desnecessário não é? Pois é...

Um bobo provoca e fica esperando 1000 respostas argumentativas da imprensa corintiana. O que o time ganha com isso? Absolutamente NADA. É pura perda de tempo. Ele só quer chamar atenção, porquê não falou apenas do São Paulo?

Nos poupe. O imbecil quer ibope, o mesmo ibope que o MAC queria, que o Citadini queria, etc.

Perder tempo com esses caras? De jeito nenhum.

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p.s: me traga as garantias aí dadas pelo Corinthians pra pagar esse empréstimo ao BNDES. Só falar aqui é fácil.

Léo, ao que tudo indica, o Corinthians deu como garantia o o terreno onde fica o clube, no Parque São Jorge 777, Tatuapé. Terreno o qual apresenta em torno de 162 mil m², e foi avaliado ano passado em 1.2bi.

Em tais condições, quem se arriscaria a não pagar? rs.

Por sinal, o social do Corinthians segue dando prejuízo, impressionante como está sendo mal aproveitado, mas isso também não vem ao assunto, haha.

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Uma que ele tem o apoio do Juvenal, ou seja, sua força nessa eleição é enorme (não precisando apelar a esse tipo de joguinho político escroto na imprensa pra angariar votos), e duas que quem vota são os conselheiros do clube amigão, e não os "bambis fanáticos" que frequentam as arquibancadas.

Se é pra falar merda do que você não conhece, não se dê a esse trabalho e poupe a paciência de quem vos lê.

p.s: me traga as garantias aí dadas pelo Corinthians pra pagar esse empréstimo ao BNDES. Só falar aqui é fácil.

Léo, conselheiro fanático tem aos montes em todos times, só ver que tem até dirigentes fanáticos que fazem contratos astronômicos com alguns jogadores e fode com o caixa do clube (dá uma olhada na entrevista do Paulo André dessa semana).

http://blogdojuca.uol.com.br/2014/03/paulo-andre-chuta-o-balde/

Sobre as garantias, pelo que parece é como o Adriano disse.

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Claro, o estádio da bicharada é o exemplo da legalidade.

É mesmo, não cai na pilha dos comentários do GE e faz uma pesquisa aí.

@tópico Bem quando a diretoria do SP dá uma pausa nas declarações arrogantes, vem esse imbecil querer jogar pra torcida. Pior que o entrevistador nem perguntou nada sobre a Galinhada. Se expôs ao ridículo.

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  • Diretor Geral

Léo, ao que tudo indica, o Corinthians deu como garantia o o terreno onde fica o clube, no Parque São Jorge 777, Tatuapé. Terreno o qual apresenta em torno de 162 mil m², e foi avaliado ano passado em 1.2bi.

Em tais condições, quem se arriscaria a não pagar? rs.

Por sinal, o social do Corinthians segue dando prejuízo, impressionante como está sendo mal aproveitado, mas isso também não vem ao assunto, haha.

Ganhou um positivo, hehe. Não sabia dessa garantia do terreno... achei que vocês estivessem dependendo da arrecadação que o clube viria a ter com a arena, tipo ela "se pagando" ao longo dos anos. Sendo assim, já acho mais plausível hehehe. Mas ainda assim, é um custo alto e vocês terão que ter uma gerência financeira bastante coerente e fiscalizadora pras coisas não degringolarem. O estádio custou beeeem caro.

É claro que a declaração do Aidar foi estúpida, tanto que a manchete leva o "alfineta" como verbo. Mas neguinho prefere ficar discutindo no lamaçal das provocaçõezinhas baratas, obrigado por não ter ido por esse caminho Adriano, levou meu positivo. :yest:

Léo, conselheiro fanático tem aos montes em todos times, só ver que tem até dirigentes fanáticos que fazem contratos astronômicos com alguns jogadores e fode com o caixa do clube (dá uma olhada na entrevista do Paulo André dessa semana).

http://blogdojuca.uol.com.br/2014/03/paulo-andre-chuta-o-balde/

Brother, o Aidar NÃO PRECISA desse tipo de promoção ridícula na imprensa pra angariar votos dos conselheiros. Ele já tem força política o suficiente ("alguns" já o dão como vencedor inclusive, tipo o PVC da ESPN), tanto que acredito eu que (ele) esteja tão confiante que deu pra "soltar a língua", como acabou fazendo nessa entrevista aí. Logo, seu comentário lá em cima perde todo o sentido...

Preciso desenhar?

Ok. ;)

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Ganhou um positivo, hehe. Não sabia dessa garantia do terreno... achei que vocês estivessem dependendo da arrecadação que o clube viria a ter com a arena, tipo ela "se pagando" ao longo dos anos. Sendo assim, já acho mais plausível hehehe. Mas ainda assim, é um custo alto e vocês terão que ter uma gerência financeira bastante coerente e fiscalizadora pras coisas não degringolarem. O estádio custou beeeem caro.

Com certeza, o custo passou legal do previsto e precisarão fazer um esforço maior para o pagamento. O fato da grana do BNDES ter demorado pra sair - e ainda nem ter saído totalmente - fez com que o clube perdesse bastante com relação aos empréstimos feitos, e juros rolando.

Provavelmente passa dos 50 milhões o custo anual para o Corinthians nesses 10 anos. Dependerá muito do naming rights, que não temos maiores informações de quando vai sair, além de outros espaços dentro da própria Arena que serão vendidos. Bilheteria deve completar o restante. Não está fácil.

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Léo, ao que tudo indica, o Corinthians deu como garantia o o terreno onde fica o clube, no Parque São Jorge 777, Tatuapé. Terreno o qual apresenta em torno de 162 mil m², e foi avaliado ano passado em 1.2bi.

Em tais condições, quem se arriscaria a não pagar? rs.

Por sinal, o social do Corinthians segue dando prejuízo, impressionante como está sendo mal aproveitado, mas isso também não vem ao assunto, haha.

Já começa tudo errado com "ao que tudo indica".

Estamos falando de 400 milhões vindo de fundos públicos, mas ninguém sabe nada. Tudo gira em torno da base da especulação, porque ninguém tem acesso ao contrato. Que, diga-se de passagem, deveria ser público. Mas o BNDES alega "sigilo bancário". Qual o grande medo? De chegarem a conclusão de que a sociedade está sendo lesada?

Ditados como "quem não deve, não teme" e "a luz do sol é o melhor desinfetante" se encaixam perfeitamente no caso. Alguns corintianos teimam (não estou dizendo que são os desse fórum) em achar que isso é mera implicância futebolística. Só se esquecem que o BNDES é estatal, o dinheiro vem da sociedade, e a insistência do banco em manter sigilo sobre o acordo, desrespeitando até mesmo decisão da CGU em sentido contrário, levantam sérias dúvidas se o Itaquerão não é na verdade um puta prejuízo as finanças públicas, isso sim.

Por fim, a única notícia que eu encontrei sobre os supostos 1,2bi dizem que este valor foi avaliado pelos conselheiros do Corinthians. Não é preciso ser especialista em finanças para saber que o valor de garantia NUNCA poderia ser avaliado pelo interessado no empréstimo.

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  • Diretor Geral

Segunda parte da entrevista feita pela Camila Mattoso com o Miguel Aidar:

Candidato do São Paulo: 'tomei um susto com o salário do Pato'

Por Camila Mattoso, do ESPN.com.br

Com a bandeira de modernizar o clube, o candidato da situação do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, planeja uma série de mudanças para fazer no departamento de futebol se for eleito. Com o objetivo de voltar a ganhar títulos, o homem apoiado por Juvenal Juvêncio já tem o esboço da fórmula que vai usar para fortalecer o tricolor: empresários, investidores, administração séria e uma revolução nas categorias de base.

Pelo menos é isso que ele garante na segunda parte da entrevista para o ESPN.com.br. Com a certeza de que os salários milionários acabarão em breve, Aidar defende o pagamento com premiações por performance para os jogadores. E diz que se assustou quando viu o que ganha Alexandre Pato, reforço da equipe, emprestado pelo Corinthians.

"Eu tenho na minha ideia que a diretoria não pode ser formada por apenas uma pessoa. Eu pretendo ter quatro diretores (...) Vamos conviver com empresários. Não é o melhor dos mundos, mas é o mundo que existe. Não adianta você falar que eles não passam da portaria e o jogador ir negociar no portão com ele (...) Eu quero a base conversando mais com o profissional. Não há alternativa: vai haver entrosamento", afirma o advogado.

"[salários milionários] Isso é um faz de conta. Eu tomei um susto outro dia, nessa operação que o São Paulo fez com o Corinthians, de ver o Pato ganhando R$ 800 mil por mês, mais R$ 40 mil de aluguel para uma casa de moradia. Pode até valer mais do que isso, mas é irreal para o futebol brasileiro. Aqui no Brasil vão acabar. O que eu gostaria de ter é um grande programa de premiação por performance. Quanto mais o atleta conquistar, mais ele ganhará", completa.

Gazeta Press

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Aidar aposta na reformulação da base para formar jogadores

Além de apostar na reformulação da base para formar novos craques, Carlos Miguel Aidar acredita que atrair investidores e fazer fundos podem ser alternativas para fortalecer o time, como para trazer grandes estrelas. Para o São Paulo não falta credibilidade no mercado, segundo ele.

"Ibrahimovic talvez termine a carreira dele aqui (risos). Ele, o Messi, o Cristiano Ronaldo, enfim, é um pessoal que talvez termine a carreira aqui. Deixa eu explicar. Evidente que o São Paulo não tem dinheiro para. Mas você pode criar um fundo de captação que consiga angariar recursos de torcedores (...) Qualquer investidor sabe que pode investir no São Paulo. O São Paulo construiu seu estádio vendendo cadeiras cativas. Você comprava um pedaço de papel escrito "isso vai ser um dia uma cadeira cativa", e o clube entregou. Essa credibilidade o São Paulo tem, só o São Paulo tem. Eu já comprei cadeira cativa no estádio do Corinthians há quinze anos atrás e sei que esse papel não vale nada. Quem comprou para o Morumbi, teve", afirma.

Sobre o cenário do futebol brasileiro, mesmo com a boa relação que tem com a Confederação Brasileira de Futebol e com a Globo, o candidato de Juvenal fez críticas ao calendário e aos horários dos jogos, escolhidos pela televisão.

"Eu não aceito, embora eu seja obrigado a engolir, jogo às 22 horas numa quarta-feira. Só vai lá quem não trabalha cedo no dia seguinte. Só vai lá quem não trabalha no dia seguinte. Mas do lado de lá tem a Rede Globo e todo mundo sabe que ela economicamente está sustentando muito clube (...) Tem muito clube na primeira divisão, 20 clubes, caindo quatro. Os que caem, acabam voltando, porque a diferença é muito grande. O Palmeiras voltou, o Corinthians. Só o Fluminense não cai (risadas), beneficiado sempre por erro dos outros. Ele teve sorte e não teve culpa. Voltando a seriedade da sua pergunta, tinha que diminuir de 20 para 16. Aos poucos. E depois, cai um e sobe um. Pronto", defende.

"Outro dia vi a entrevista do técnico do Bahia de Feira e ele falou que só volta a jogar em agosto. São seis meses do ano parado. Não há quem resista a isso. Precisamos olhar para o Bahia de Feira como eu olho para o meu São Paulo. Tem de olhar tudo nacionalmente".

Apesar de não faltar ideia para a organização de campeonatos, Aidar garante que não tem ambições de chegar à CBF. "Não, não. O que eu quero é assumir o São Paulo, fazer as obras e voltar a ganhar títulos. Nós são-paulinos somos muito mal acostumados, acostumados a ganhar", finaliza o candidato.

Veja a segunda parte completa da entrevista com Carlos Miguel Aidar:

ESPN.com.br - Você fala bastante sobre as categorias de base. Como você vê isso?
Carlos Miguel Aidar -
Obrigado pela pergunta. Lá atrás eu falei que queria fazer da base uma unidade autônoma de negócios, mas acho que não me entenderam muito bem. A base é como uma universidade: o garoto vem, presta vestibular, passa e vai cursando. Passa pelo sub 13, sub 15, sub 17 e se forma. Mas e se o profissional não precisar dele? Dispensa. Mas a gente investiu 8, 9 ou 10 anos na formação desse cara. Alimentação, hospedagem, educação, transporte... cerca de R$ 28 milhões naquele ano, naquela base. Eu não vou fazer isso. Será negociado. O valor não importa, para pelo menos ressarcir uma parte do que a gente gastou.

ESPN - Mais do que uma universidade, é uma fonte de receita?
CMA -
Imagino que sim. É isso que eu quero. E eu não vou terceirizar. Os nossos adversários políticos dizem isso, mas não é. São pessoas que não têm visão e vieram com essa conversa. O São Paulo não vai abrir mão de nada que é dele.

ESPN - Mas vamos falar na prática. Teria de haver uma adequação de contratos, não? Hoje um jogador novo já tem empresários e direitos econômicos fatiados.
CMA - Vamos conviver com empresários. Não é o melhor dos mundos, mas é o mundo que existe. Não adianta você falar que eles não passam da portaria e o jogador ir negociar no portão com ele. Os empresários fazem o que o clube não consegue fazer, que é gerir a carreira dos jogadores. Eu preciso ter uma relação de parceria com o empresário para que eu possa ter um percentual nisso. Eu não quero entregar a base para ninguém, eu quero profissionalizar.

ESPN - Desculpa a insistência, mas isso é o que já acontece. Qual é a novidade?
CMA - Mais ou menos. Existe mas todo mundo finge que não existe. Eu finjo que o empresário não entra aqui, o jogador finge que não tem empresário. É uma grande representação. Por que não encarar a realidade? Existe o empresário, existe o jogador com o empresário. E é ele quem está cuidando da vida desse atleta. Por que eu não faço uma parceria com ele? Qual o prejuízo? O problema é você perder todo o jogador porque não quis fazer a parceira. Acho isso tão claro. Outra possibilidade é criar uma estrutura empresarial de gestão de atletas. Será uma empresa para gerir a carreira de atletas, e não só para o São Paulo. São modelos diferentes e vamos analisar depois de eleitos.

ESPN - O que pode ter de mudanças em relação ao futebol profissional?
CMA - Eu tenho na minha ideia que a diretoria não pode ser formada por apenas uma pessoa. Eu pretendo ter quatro diretores: vice-presidente geral, um diretor de futebol profissional, com quantos adjuntos ele precisar, desde que encaixe no organograma, quero ter uma diretoria de base e uma de relações internacionais. Eu quero a base conversando mais com o profissional. A distância física que existe leva também a outros distanciamentos. Eu quero aproximar isso. Isso depende também da comissão técnica, que ela se dedique isso, a ficar de olho nas outras categorias. Para que isso exista você precisa dizer que quer assim. Alguém está contra? Se tiver, me convença de que está errado. Se não me convencer está fora do esquema. Sem trauma. Não há alternativa: vai haver entrosamento. Não dá mais para fingir que você ganha dinheiro no futebol comprando jogadores. Isso é uma utopia.

ESPN - Você acha que o futebol já está passando por uma mudança?
CMA - Claro. Não existem mais grandes contratações, existem grandes vendas. O que tudo indica é que você vai estar sempre precisando vender um ou outro para poder ficar com a balança positiva. Mas eu não quero vender, quero formar. Hoje eu fui na beira do cachão do Bellini. E eu lembrei disso. Ele foi um dos maiores zagueiros e nunca teve a oportunidade de jogar fora do Brasil. O Pelé ainda foi ganhar dinheiro nos Estados Unidos, mas era um outro mundo que se vivia. Você precisa olhar bem o mercado de dentro e o mercado de fora. Por isso o diretor de relações internacionais.

ESPN - Você acha que os salários milionários vão acabar?
CMA - Isso é um faz de conta. Eu tomei um susto outro dia, nessa operação recente que o São Paulo fez com o Corinthians, de ver o Pato ganhando R$ 800 mil por mês, mais R$ 40 mil de aluguel para uma casa de moradia. Pode até valer mais do que isso, mas é irreal para o futebol brasileiro. Aqui no Brasil vão acabar. Não há como manter uma equipe desse jeito.

ESPN - A transação valeu porque vocês estão pagando só metade?
CMA - Valeu porque os dois não estavam sendo aproveitados em seus clubes. Pode ser que isso seja benéfico, não estou dizendo que será. O Pato ainda não jogou praticamente pelo São Paulo. Ele estava em euforia, foi a grande atração em Maceió. Vamos ver a rotina do dia a dia, como vai ser.

ESPN - Você vai colocar um teto salarial?
CMA - Não sei se teto é a palavra adequada. O que eu gostaria de ter é um grande programa de premiação por performance. Quanto mais o atleta conquistar, mais ele ganhará. Eu me lembro que quando eu fui presidente eu praticamente desfiz um time de grandes estrelas. Eles tinham salários muito elevados. E os prêmios não faziam sentido para eles, porque não fazia diferença. O salário já estava garantido. E eu desfiz isso. Troquei dois titulares por um reserva, fiz um monte de coisas. Você precisa fazer coisas diferentes.

ESPN - Um dos problemas do futebol é o baixo público nos estádios. Que super ideia você tem para isso?
CMA -
Eu não tenho super ideia, mas tenho ideias fundamentais: eu não aceito, embora eu seja obrigado a engolir, jogo às 22 horas numa quarta-feira. Só vai lá quem não trabalha cedo no dia seguinte. Mas do lado de lá tem a Rede Globo e todo mundo sabe que ela economicamente está sustentando muito clube. Tem muito clube na primeira divisão, 20 clubes, caindo quatro. É muita coisa. Os que caem, acabam voltando, porque a diferença é muito grande. O Palmeiras voltou, o Corinthians. Só o Fluminense não cai (risadas). É incrível. Sempre beneficiado sempre por erro dos outros. Ele teve sorte e não teve culpa. Voltando a seriedade da sua pergunta, tinha que diminuir de 20 para 16. Aos poucos. E depois, cai um e sobe um. Pronto.

ESPN - E os estaduais?
CMA -
Nos estaduais, os grandes só entram na fase final. Os pequenos jogam o ano inteiro, um pouco do que é a proposta do Bom Senso. Outro dia vi a entrevista do técnico do Bahia de Feira e ele falou que só volta a jogar em agosto. São seis meses do ano parado. Precisamos olhar para o Bahia de Feira como eu olho para o meu São Paulo. Tem de olhar tudo nacionalmente. Quanto mais progressista, mais você enxerga.

ESPN - Isso seria por meio de uma liga?
CMA -
Não sei se seria por meio de liga, não. Naquela época, lá trás, nós tínhamos data para fazer as coisas. Hoje não temos mais. Como vai fazer? A liga ficaria no papel.

ESPN - Você tem ficado cada vez mais próximo do presidente da CBF José Maria Marin...
CMA -
Apareceu agora por causa do episódio da Portuguesa. Já o conhecia de antes, assim como o Marco Polo. Nós estudamos juntos. Minha relação com eles é muito antiga. O ano que vem vai fazer 50 anos que conheço o Marco Polo. O Marin foi conselheiro e atleta aqui do clube. Eu era presidente do São Paulo e ele era da Federação Paulista. A proximidade com ele é muito grande.

ESPN - Você já começou a falar com ele sobre mudanças?
CMA -
Ainda não.

ESPN - Você vê disposição?
CMA -
Não tenho nenhuma dúvida. O Marco Polo só vai assumir o ano que vem, depois de ser eleito agora em abril. Mas o Marin vai continuar como consultor, é super natural que isso aconteça.

ESPN - Você falou lá trás de um "por enquanto" sobre só se eleger no São Paulo. Há quem diga que você tem pretensão de chegar na CBF...
CMA -
Não, não (risadas). Foi só uma brincadeira com você. Até outro dia eu não pensava nem na presidência do São Paulo. Eu resisti no primeiro momento. E depois que aceitei, me dediquei a isso. Então, o que eu quero é assumir o São Paulo, fazer as obras e voltar a ganhar títulos. Nós são-paulinos somos muito mal acostumados, acostumados a ganhar. Precisamos voltar a ser isso.

ESPN - Há quem diga também que por ser muito "mal acostumado" com vitórias, na hora da derrota apoia pouco o time. Como você vê isso?
CMA -
É verdade... Pois é. É verdade. O torcedor gosta de ganhar, de vibrar com o time, quer ver o gol. Eu quero ver o time fazendo o gol. Quanto mais gol você fizer, mais chances você tem de ser campeão. Eu quero ter a defesa menos vazada, o ataque com maior número de gols e o artilheiro. Ou seja, eu quero ser campeão. Eu vou conseguir? Não sei, mas vou me matar para isso. Fazer de tudo, licitamente.

ESPN - Em uma outra entrevista, no site do Globo Esporte, você brincou, ou falou sério, sobre tentar uma contratação de um jogador como o Ibrahimovic, do PSG...
CMA -
Ele talvez termine a carreira dele aqui (risos). Ele, o Messi, o Cristiano Ronaldo, enfim, é um pessoal que talvez termine a carreira aqui. O São Paulo tem esse histórico, de trazer atletas para terminar a carreira aqui. Evidente que o São Paulo não tem dinheiro para. Mas de repente, você pode criar um fundo de captação que consiga angariar recursos de torcedores em valores diferentes, dependendo da capacidade, que te permitam trazer um cidadão desses por uma temporada. Ainda que fuja da realidade. Por isso eu te disse que não concordo necessariamente com um teto salarial, esses não poderia ganhar o teto. Agora, o 'não' eu já tenho. Se eu ficar aqui sentado, não vai acontecer nada. Eu vou tentar, de repente sai o sim.

ESPN - Outra possibilidade seria a de ter investidores que estão no mercado...
CMA -
E por que não?

ESPN - Uma das polêmicas é que eles acabam tendo muita interferência na vida do clube, determinando quando o jogador deve sair...
CMA -
Aí não... O São Paulo tem uma diferença muito grande de outros clubes. O São Paulo é sério, muito sério. Qualquer investidor sabe que pode investir no São Paulo. O São Paulo construiu seu estádio vendendo cadeiras cativas. Você comprava um pedaço de papel escrito "isso vai ser um dia uma cadeira cativa", e o clube entregou isso para o cidadão. Essa credibilidade o São Paulo tem, só o São Paulo tem. Eu já comprei cadeira cativa no estádio do Corinthians há quinze anos e sei que esse papel não vale nada. Quem comprou para o Morumbi, teve. O investidor vai acreditar no São Paulo, mas estou falando do torcedor. Não sou rico, mas posso colocar um dinheiro para o clube comprar um jogador, e outros também. Não sei se daria certo, mas é uma tentativa.

ESPN - Mas há outros investidores, como o Renato Duprat que está na Doyen, fazendo negócios com o Santos, ou o Kia Joorabchian que fez negócios com o Corinthians...

CMA - Ele Kia ganhou dinheiro, a MSI ganhou dinheiro e depois saiu do mercado.

ESPN - Essas pessoas entram no São Paulo?
CMA -
Não, não. Não tem o perfil do São Paulo. Os investidores normalmente não são pessoas físicas, são fundos...

ESPN - Sobre o Rogério Ceni, qual o espaço que ele terá com você?
CMA -
Ele tem contrato até o final do ano. O Rogério Ceni é o maior ídolo da história do São Paulo. Eu não sei, ele vai até o fim do ano e ele vai ser o que ele quiser. Se o Rogério quiser ser presidente, eu lanço ele candidato. Se ele quiser ser diretor de futebol, eu coloco ele lá. Se ele quiser ser gerente de futebol, eu vou pedir desculpas para o Gustavo que está lá e vou colocá-lo. O Rogério quer ser conselheiro? Ele é o São Paulo e faz o que ele quiser no São Paulo.

Eu tenho na minha ideia que a diretoria não pode ser formada por apenas uma pessoa. Eu pretendo ter quatro diretores: vice-presidente geral, um diretor de futebol profissional, com quantos adjuntos ele precisar, desde que encaixe no organograma, quero ter uma diretoria de base e uma de relações internacionais.” --- AIDAR, Carlos Miguel

Amém.

Isso, entre outras ideias interessantes... claro que é discurso político, mas se ele botar em prática metade do que está sugerindo nessa campanha eleitoral, nosso futebol tende a crescer nos próximos anos.

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  • Vice-Presidente

Entra ano, sai ano e o São Paulo (e boa parte das equipes brasileiras) usam esse discurso de aproveitar a base e nunca o cumprem.

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Já começa tudo errado com "ao que tudo indica".

Estamos falando de 400 milhões vindo de fundos públicos, mas ninguém sabe nada. Tudo gira em torno da base da especulação, porque ninguém tem acesso ao contrato. Que, diga-se de passagem, deveria ser público. Mas o BNDES alega "sigilo bancário". Qual o grande medo? De chegarem a conclusão de que a sociedade está sendo lesada?

Ditados como "quem não deve, não teme" e "a luz do sol é o melhor desinfetante" se encaixam perfeitamente no caso. Alguns corintianos teimam (não estou dizendo que são os desse fórum) em achar que isso é mera implicância futebolística. Só se esquecem que o BNDES é estatal, o dinheiro vem da sociedade, e a insistência do banco em manter sigilo sobre o acordo, desrespeitando até mesmo decisão da CGU em sentido contrário, levantam sérias dúvidas se o Itaquerão não é na verdade um puta prejuízo as finanças públicas, isso sim.

Por fim, a única notícia que eu encontrei sobre os supostos 1,2bi dizem que este valor foi avaliado pelos conselheiros do Corinthians. Não é preciso ser especialista em finanças para saber que o valor de garantia NUNCA poderia ser avaliado pelo interessado no empréstimo.

Em momento algum eu afirmei que foi dessa forma, ao menos o que foi falado dentro do clube, e as próprias notícias que saíram, indicavam que foi dessa forma, ainda mais pela aprovação que houve pelo conselho deliberativo do clube, pois estava complicado de viabilizarem o negócio. Talvez eu não tenha usado o termo adequado, mas ficou compreensível.

Concordo contigo do fato de que o contrato devia ser público. Não me posicionei aqui referente a essa ou outras questões, mas entendo sua indignação, ok? Até por isso mesmo, evito de afirmar algo com relação ao que ocorre dentro dos clubes de futebol, principalmente nessa questão de contratos.

Quanto ao valor, faz o seguinte, procure em quanto está avaliado o m² no Tatuapé, e depois faça os cálculos pelos 162 mil do PSJ. Quem teria avaliado o terreno nesse valor, foi a Caixa http://www.lancenet.com.br/corinthians/Timao-aprova-sede-garantia-emprestimo_0_931706979.html

Apenas levantei o que foi noticiado da avaliação feita ano passado, se é maior ou menor, não vou ser leviano de ficar discutindo valores, pois não entendo o suficiente para me posicionar de forma adequada.

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Essa entrevista do Rosenberg há uma semana atrás esclarece muita coisa:

Em entrevista ao blog, Luís Paulo Rosenberg, vice-presidente do Corinthians e um dos principais idealizadores da arena corintiana, afirmou ter sido um erro aceitar fazer a abertura da Copa no futuro estádio do clube. Diz que o alvinegro só ficou com uma conta maior para pagar e não leva vantagem com o evento. Ele reclama de ter que bancar estruturas complementares e nega que Lula tenha ajudado no projeto da casa própria alvinegra.

Além de explicar suas contas sobre pagamento e operação do estádio, ele faz elogios à nova arena palmeirense e prevê que o Morumbi não irá conseguir fazer grandes shows por causa da concorrência.

Confira abaixo a entrevista, concedida na tarde da última segunda, por telefone, antes de Michel Platini, membro do Comitê Executivo da Fifa e presidente da Uefa, admitir que o estádio corintiano é a principal preocupação para a Copa do Mundo no momento.

Pelas suas contas, quantos anos o clube levará para pagar o estádio e quanto vai pagar anualmente? Andrés Sanchez diz que paga em até seis anos, segundo o Blog do Juca Kfouri. Você concorda?

Qual o cabimento dessa pergunta? Eu vou pagar o estádio em 12 anos, não tenho que pagar em seis. Então cria um falso debate. Tenho um financiamento para pagar em 12 anos e cabe dentro do orçamento. O que o Andrés quis mostrar é que se o estádio custa R$ 800 milhões e tem uma geração de R$ 120 milhões, R$ 130 milhões por ano, em seis anos ele paga. Não é isso que vai acontecer. Nós vamos pagar nos mesmos 12 anos. Naquela conta [feita por Andrés e apresentada no Blog do Juca Kfouri] não tem custo financeiro, não está completa com o valor de Cids [Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento]. Mas a tese que o Andrés quer provar é valida, é que quem falar que o Corinthians não tem condições de pagar o estádio é um demente. O estádio é extremamente viável e o endividamento é tolerável.

Mas para esclarecer o torcedor, qual o cálculo que você faz sobre o pagamento do estádio?

Não estou tão a par quanto estava enquanto eu pilotava esse projeto. Pelo que escuto, a gente deve ter uns R$ 110 milhões a mais de custo e uns R$ 60 milhões dessa despesa que a prefeitura iria fazer e está querendo repassar para o Corinthians [instalação das estruturas complementares]. Isso encareceria mais uns R$ 200 milhões. Esse estádio está sendo construído há quase três anos. Fazendo uma conta burra, digo simplista, supondo que esse desembolso foi sendo feito progressivamente, ele teria a gastar R$ 400 milhões. Tenho que pagar juros de três anos sobre esse montante. Se eu tenho 10% de custo financeiro, três anos de juros de 10% sobre R$ 400 milhões, R$ 500 milhões, dá alguma coisa perto de R$ 150 milhões. Vamos trabalhar com um total de cerca de R$ 1,2 bilhão [valor total], contando já os R$ 60 milhões [das estruturas complementares]. A conta é muito fácil. Você tem que pagar R$ 100 milhões de amortização de R$ 1,2 bilhão, todo ano. No primeiro ano, devo R$ 1,2 bilhão. 10% de juros são 120 milhões, mais juros desse outro período que ficou remanescendo dá mais uns R$ 15 milhões por ano pelo período em que não paguei juros, os três anos. Nos primeiros anos você vai pagando alguma coisa perto de R$ 200 milhões de juros. No último ano você vai estar pagando R$ 100 milhões. Não é um número absurdo. Nos cinco primeiros anos você já vai ter gastado perto de R$ 1 bilhão. Então, nos primeiros anos, o Andrés deve estar fazendo conta de receita de R$ 150 milhões por ano. Mas o cálculo dele é só bilheteria, sem naming rigths, comida, bebida, estacionamento, aluguel de espaço. Então você vai vendo que nos primeiros anos você está apertado e depois vai relaxando. Hoje nós temos uma receita de bilheteria que é por volta de 25 milhões, R$ 30 milhões. O que era uma premissa básica é que durante todo o período de pagamento do estádio, ele não pode entrar na receita de bilheteria que a gente teria no Pacaembu. Esse é o limiar entre um bom e um mau negócio. E se o Corinthians conseguir pagar o seu estádio sem jamais usar o dinheiro da bilheteria que ele teria jogando no Pacaembu, ele vai pagar o estádio simplesmente com a receita adicional que esse estádio vai gerar. Nesse sentido, acho sacanagem qualquer crítica no sentido de que o Corinthians não vai conseguir pagar o estádio ou vai ter que entregar o estádio. Como vai entregar o estádio se ele é feito para o Corinthians jogar lá? Agora, a respeito de receitas de shows, a gente entra numa área muito especulativa. Isso vai ter a ver com o desenvolvimento que a Zona Leste vai ter. Talvez, ele possa ser um grande polo de shows, de música sertaneja com ingresso mais barato e o Palmeiras fica com as Madonnas da vida. O que sei é que pro Tricolor vai ser difícil sobrar alguma coisa.

O São Paulo está fazendo uma arena nova para shows lá, está tentando fazer.

E por que não viabiliza? O cara que pega aquilo para estudar fala: “como que eu concorro com o Parque Antarctica”? É duro. O estádio do Palmeiras é muito privilegiado, acessibilidade fantástica, não tem que atravessar a ponte.

Mas o Andrés dizia que o estádio do Corinthians não teria shows.

Nosso projeto é esse mesmo. Acontece o seguinte, pra concluir pela viabilidade de Itaquera nunca se colocou um tostão de previsão de receita com show. O Corinthians deve ser um dos únicos clubes do Brasil que consegue pagar uma arena dessas com receita de jogo. Não quer dizer que no futuro a gente não venha fazer. Se aquilo se revelar um polo atraente para shows, a gente pode fazer. Hoje existe tecnologia que permite fazer o show, não perder o jogo e ainda proteger o gramado. Mas por enquanto não é preocupação nossa.

Andrés vai aumentar o número de ingressos populares em relação ao projeto inicial. Isso pode prejudicar os planos do clube?

Isso mudou já. Não é que o prédio leste vai ter o mesmo preço de atrás dos gols. Ele criou dois blocos [no prédio leste], um a R$ 150 e a outra metade ele cobra acho que R$ 70. Isso pode ser administrável. Não é mais aquele cálculo de 16 mil lugares vendidos a R$ 30. Ele já está com preço médio perto de R$ 130, que já é mais do que no Pacaembu. Estou supondo que ele trabalha com preços efetivos, depois de descontos oferecidos para o sócio-torcedor.

[Nota do blog: em cálculo publicado pelo Blog do Juca Kfouri, levando em conta apenas a metade da capacidade de ocupação do estádio , mas com as arquibancadas provisórias, Andrés disse que venderá 10 mil ingressos por jogo a R$ 30 e 4.500 bilhetes a R$ 40]

Enquanto estiver pagando o estádio, o clube vai sofrer para fazer grandes contratações?

Enquanto se pensava em vender 16 mil ingressos populares era grave, agora não. Nesse cálculo aí a premissa está preservada. Considerando que o futebol sobreviveu 100 anos sem estádio. Se o Corinthians vai manter o crescimento de receitas que ele teria no Pacaembu, qualquer coisa a mais vai ser lucro e o time vai ser melhor do que era. O estádio, mesmo com esses custos, vai deixar um saldo bem bacana para o Corinthians. Tem outra coisa que o Andrés diz que vai explicar mais pra frente: é que além de ter o custo físico da obra, que é a conta que ele está fazendo, e você ter o custo financeiro do empréstimo, tem outras coisas que são as garantias. Quando você financia um estádio, o banco não aceita estádio como garantia. Então, você constrói uma garantia financeira. De cada real que pinga no caixa do clube você coloca uns centavos num fundo de liquidez. É um fundo que é 100% do Corinthians, mas fica retido para o caso de o Corinthians não conseguir pagar duas ou três prestações, pra ter de onde tirar o dinheiro. Você constitui esse fundo, nuns três anos, ele fica rendendo juros pro Corinthians e se pagar tudo certinho ele volta pro Corinthians. Provavelmente vai dar pra comprar o filho do Kaká, mas no dia a dia é algo que também sai da disponibilidade do Corinthians.

Isso não estava no projeto inicial?

Não estava. Entramos nessa discussão para conseguir o financiamento do BNDES, que até hoje não saiu. É um fator da diminuição da disponibilidade que a gente teria do estádio. Não é empobrecimento do clube, porque o dinheiro é do clube, mas você não tem acesso ao dinheiro para comprar um jogador.

No plano inicial você já teria vendido os naming rights?

Sempre pensamos em coisa de R$ 400 milhões por 20 anos. O mercado tá muito ruim por causa da Copa. Essa é a principal razão para os naming rights não terem saído ainda. Entre o crescimento mais lento do Brasil e a Copa está havendo um deslocamento da disponibilidade de recursos para promoção muito grande. Mas isso passa, não acho que está muito longe desse valor, o que nós vamos conseguir no final da obra.

Mas não está demorando demais?

Tá dois anos atrasado.

Não é motivo para o torcedor se preocupar?

Não, porque de qualquer jeito estaríamos falando de R$ 30 milhões por ano. Falando de receita total prevista pra lá de R$ 230 milhões, de R$ 250 milhões. Então, é uma insuficiência de10%, 15%. É ruim? É ruim. Não para estrutura do estádio mas por causa da dinheirama que a gente teria para comprar jogador.

Qual o cálculo mais atual de gasto com manutenção?

R$ 30 milhões anuais. De manutenção e operação.

Mesmo com esses R$ 30 milhões a situação é confortável?

Sim. O Andrés mostra R$ 150 milhões de receita, vamos pegar as outras todas [receitas], dá no total R$ 250 milhões. Tira R$ 30 milhões do custo de construção do estádio, dá R$ 220 milhões. No primeiro ano, se os juros forem altos, vamos gastar uns R$ 200 milhões. Já equilibrou com o Pacaembu. O pior ano vai ser o primeiro. Daí pra frente melhora. Então, até agora não está ameaçado. Mas se a prefeitura não libera os Cids… Aí estamos falando de dinheiro grosso. Muito mais sério do que naming rights. Porque, apesar de os Cids serem de R$ 420 milhões e naming rights R$ 400 milhões, os Cids são cash. O combinado é entregou o estádio pra Fifa a prefeitura tem que colocar o dinheiro à nossa disposição. Isso abate um monte de juros que teriam que ser pagos, enquanto os naming rights se espalham por 20 anos. Começo a ver a prefeitura passar o custo da [estrutura de] hospitalidade para o Corinthians, não vai querer fazer gracinha de querer passar também os [valores referentes aos] Cids.

Mas o clube assinou documento se comprometendo a bancar as estruturas de hospitalidade.

Assinou esse ano, ano passado, não sei por qual motivo assinou. Não gosto dessa história.

Quanto isso atrapalha?

Se eu tivesse que pagar R$ 60 milhões cash, o Corinthians não tem nem R$ 6 milhões pra pagar cash. Como é diluído em 12 anos, nada é suficientemente dramático para reverter a viabilidade do estádio. Agora, não é pra ficar todo mundo querendo entubar a gente. Se você lembrar bem, o primeiro sonho do Corinthians, que não deixaram realizar, era o Pacaembu. Se tivesse Pacaembu era muito menos despesa e melhor localização. Ok, não seria um estádio maravilhoso como esse. Nosso segundo plano era o nosso estadiozinho para 45 mil lugares, não passava em cima dos tubulões [dutos da Petrobras]. Esse estadiozinho tinha direito a 60% de Cids, sem precisar mexer na lei, sem ter que perguntar pra ninguém. Ele custava R$ 400 milhões. O Corinthians iria fazer um estádio de R$ 400 milhões, menos R$ 120 milhões [dos Cids]. O que tenho hoje é uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, eu me meti com uma tal de Copa que não tenho nada a ver com ela… E ainda ficam me passando despesa de Copa.

Foi um erro entrar na Copa?

Sim, acho que não precisava disso aí, não. O Corinthians não tem vantagem nenhuma com Copa.

Mas tem direito a uma série de isenções graças à Copa.

Ele se qualificava como estádio de Copa, porque não serviria pra abertura, mas poderia fazer jogos menores. Então teria acesso ao financiamento [especial] do BNDES do mesmo jeito.

Então o erro foi aceitar a abertura, não a Copa?

Foi um erro aceitar a abertura. Continuo achando que abertura deveria ser no Morumbi. O Governador deveria ter dito: “aqui não é a casa da mãe Joana que a Fifa vem dizer que um estádio desse tamanho, com R$ 250 milhões de reforma que o São Paulo queria fazer, não serve para a abertura da Copa. Acho absurdo.

Por quê?

Porque já estava lá. Quem disse que o Brasil tem que fazer a abertura no estádio mais moderno do mundo? Não precisa. Por que não pode ser no Morumbi? Como economista digo que a solução mais racional seria a abertura no Morumbi, e o Pacaembu ficar por 30 anos com o Corinthians, que bancaria a modernização, faria a restauração do patrimônio histórico dele. Eu só me ferro, se pudesse receber o estádio hoje, prontinho, gerando receita, seriam cinco meses a mais de receita que eu teria. Não tem vantagem nenhuma pro clube ser estádio de abertura de Copa. É só pentelhação e aumento de gasto.

Você se incomoda mais com essa história porque o clube não bateu o pé para não assinar o documento se comprometendo a pagar as estruturas complementares?

Foi imposição da Fifa, e o clube teve que aceitar porque já estava no jogo. Mas é um absurdo o Corinthians pagar pela festa dos patrocinadores da Fifa [áreas de hospitalidade]. No começo de tudo falei, vamos fazer isso como contribuição para São Paulo, mas não quero que o Corinthians seja penalizado por causa disso. Vou fazer meu estádio de R$ 400 milhões faço financiamento, pago juros, não tem problema. Agora o que for adicional eu não pago. O que eu ganho com isso? O que eu ganho em fazer área administrativa, aumentar tamanho de corredor, invadir área dos tubulões da Petrobras? Só perco com isso. Coisa de índio lutar pra ser abertura da Copa, pra ser Copa. Mas passa tudo isso e fica o estádio mas inacreditável do mundo.

A demora para o início das vendas dos camarotes preocupa?

Não. Isso vai vender como pão de queijo e são só cem. Gostaria de já estar vendendo ingresso para ter mais noção dessa previsão de receitas com bilheteria. A grande mudança que a gente precisa fazer é vender o ingresso pra temporada toda. Não precisa ser a vista, mas eu comprometi o cara com a compra e não dependo tanto [do resultado] do futebol, da chuva.

A fama de que o Lula apadrinhou o estádio, mais ajudou ou atrapalhou?

Nem atrapalhou nem ajudou. O que ele fez pelo estádio? Nada. Pergunta pro Andrés. Ele torceu pra ficar pronto. Legal.

Não foi ele que convenceu a Odebrecht a entrar no projeto?

Você acha que precisa convencer o vampiro a tomar sangue? Por que precisa convencer a Odebrecht? Qual o dinheiro que ela está investindo? Qual o favor que ela me fez? Lula é um corintiano fanático, e uma das figuras de mais destaque do país, só isso.

Mas ele sentou para conversar com a Odebrecht.

Sentou com os caras pra falar o que? O que precisa falar pra ela construir um estádio de um bilhão? Gostaria mais que tivessem dado o estádio para o Corinthians, mas estou com uma conta, se os Cids saírem inteiros, de pelo menos R$ 500 milhões pra pagar. O que me deram? Eu que troquei um estádio certinho, do tamanho que eu precisava pra manter… Deixa eu não me queixar muito, acho que é obrigação do maior time do Brasil fazer isso. Sou contra tomar a decisão sobre a Copa, mas tomou. O São Paulo não consegue viabilizar o estádio dele [na Copa], o Corinthians está começando a fazer o seu. Mexe e acomoda o interesse da nação, é a República Popular do Corinthians. Eu te mostrei que o Corinthians botou R$ 120 milhões no estádio da abertura. Os Cids não foram para o Corinthians, são para ampliar a obra para a abertura. E o que os outros colocaram? No Corinthians é tudo assim, com sangue suor e lágrimas.

Fonte: UOL

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  • Diretor Geral

Entra ano, sai ano e o São Paulo (e boa parte das equipes brasileiras) usam esse discurso de aproveitar a base e nunca o cumprem.

Pois é, é bem isso mesmo. Eu não entendi mt bem o discurso dele sobre como reaproveitar a base, tudo o que ele disse o Juvenal já tentou ao menos implementar. Esse papo de estreitar relação com empresários é mt relativo, e depende de caso a caso.

O que eu mais sinto falta nas diretrizes das categorias de base (do SPFC, digo) é medidas que alimentem o time profissional com jogadores pras posições mais carentes. O São Paulo está aí há anos sem ter um lateral direito decente, e ninguém mexe um palito pra tentar moldar um garoto na base pra isso. Impressionante.

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Na verdade falta colocar pra jogar Léo.

As vezes até tem alguém, mas se não colocar pra jogador vai ser difícil despontar.

Se hj eu quero ser jogador, ao invés de ir pro SP vou pro Santos. Mesmo sendo torcedor do SP... No Santos eu sei q se eu mostrar um pouco de qualidade serei aproveitado.

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Quanto isso atrapalha?

Se eu tivesse que pagar R$ 60 milhões cash, o Corinthians não tem nem R$ 6 milhões pra pagar cash. Como é diluído em 12 anos, nada é suficientemente dramático para reverter a viabilidade do estádio. Agora, não é pra ficar todo mundo querendo entubar a gente. Se você lembrar bem, o primeiro sonho do Corinthians, que não deixaram realizar, era o Pacaembu. Se tivesse Pacaembu era muito menos despesa e melhor localização. Ok, não seria um estádio maravilhoso como esse. Nosso segundo plano era o nosso estadiozinho para 45 mil lugares, não passava em cima dos tubulões [dutos da Petrobras]. Esse estadiozinho tinha direito a 60% de Cids, sem precisar mexer na lei, sem ter que perguntar pra ninguém. Ele custava R$ 400 milhões. O Corinthians iria fazer um estádio de R$ 400 milhões, menos R$ 120 milhões [dos Cids]. O que tenho hoje é uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, eu me meti com uma tal de Copa que não tenho nada a ver com ela… E ainda ficam me passando despesa de Copa.

Foi um erro entrar na Copa?

Sim, acho que não precisava disso aí, não. O Corinthians não tem vantagem nenhuma com Copa.

Mas tem direito a uma série de isenções graças à Copa.

Ele se qualificava como estádio de Copa, porque não serviria pra abertura, mas poderia fazer jogos menores. Então teria acesso ao financiamento [especial] do BNDES do mesmo jeito.

Então o erro foi aceitar a abertura, não a Copa?

Foi um erro aceitar a abertura. Continuo achando que abertura deveria ser no Morumbi. O Governador deveria ter dito: “aqui não é a casa da mãe Joana que a Fifa vem dizer que um estádio desse tamanho, com R$ 250 milhões de reforma que o São Paulo queria fazer, não serve para a abertura da Copa. Acho absurdo.

Por quê?

Porque já estava lá. Quem disse que o Brasil tem que fazer a abertura no estádio mais moderno do mundo? Não precisa. Por que não pode ser no Morumbi? Como economista digo que a solução mais racional seria a abertura no Morumbi, e o Pacaembu ficar por 30 anos com o Corinthians, que bancaria a modernização, faria a restauração do patrimônio histórico dele. Eu só me ferro, se pudesse receber o estádio hoje, prontinho, gerando receita, seriam cinco meses a mais de receita que eu teria. Não tem vantagem nenhuma pro clube ser estádio de abertura de Copa. É só pentelhação e aumento de gasto.

Isso é quase querer achar que todo mundo é palhaço. Rir da nossa cara sem sentir vergonha.

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