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'Scout' santista mostra o caminho que a base brasileira precisa trilhar


Leho.

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  • Diretor Geral

Olheiro tenta fazer do Santos o 'Arsenal brasileiro'

por Fanni Duarte, do ESPN.com.br

Sandro Orlandelli é o atual "scout" do Santos, ou "olheiro", como é chamado no Brasil. Com um currículo extenso, ele já foi jogador de futsal, formou-se em Educação Física e se especializou em fisiologia do esporte, além de gestão estratégica de negócios. Para completar, é técnico formado pelo Uefa e pelas federações escocesa, inglesa e italiana de futebol.

Já tendo passado por clubes como São Paulo, Corinthians, Yokohama (Japão) e Saint-Étienne (França), consolidou sua carreira em 11 anos no Arsenal, no qual foi o "head scout", responsável por identificar jovens talentos por toda a América Latina.

Divulgação

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Agora no Santos, Sandro Orlandelli trabalhou por 11 anos no Arsenal

Hoje no Santos, ajuda o clube com a parte de análise e desenvolvimento do time e em modelo e princípios de jogo, desde as categorias de base até o profissional. E avisa: o modelo que está sendo implantado é inspirado no Arsenal.

"É um modelo que eu extraí muito do que aprendi no Arsenal. Nosso objetivo é minimizar o erro na hora de adquirir um garoto jovem, como também um jogador para a primeira equipe [time profissional]", disse ele em entrevista exclusiva aoESPN.com.br.

Sandro acredita que os clubes brasileiros possuem "dificuldades em lançar um jovem jogador" em campo e que isso é trabalhado diariamente com os santistas.

"50% do elenco dos clubes europeus vêm das categorias de base. Clubes como o Arsenal têm essa consciência e esse conhecimento, e é isso que estamos tentando implementar no Santos. A história do clube ajuda muito, de Pelé a Neymar. O Santos não tem a dificuldade que muitos clubes no Brasil têm, que é lançar um jovem jogador em campo, já que isso é tradição no clube. O que estamos tentando é agregar esses valores para otimizarmos ao máximo esses potenciais", contou.

Além disso, Sandro explicou que dos garotos de 10 a 18 anos que já ingressaram em qualquer clube no Brasil (grandes ou não), 22 milhões ainda estão tentando uma oportunidade. Mesmo com a quantidade massiva, a boa notícia é que a tendência dos times, segundo ele, é investir cada vez mais em jovens contratações.

"No departamento de formação ainda estamos em uma fase embrionária, temos poucos meses de atuação. As contratações vão ser cada vez mais caras, então dificilmente todos os clubes brasileiros terão poder de compra. E aí os clubes precisarão olhar para a base. Mas trabalhar com potenciais leva tempo, no mínimo cinco anos antes de poder usar os garotos da base", avaliou Orlandelli.

Getty Images

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Sandro trabalhou com nomes como Fábregas e Wilshere no Arsenal

Mesmo tendo convivido com o modelo de trabalho do Arsenal e estrelas internacionais quando faziam parte das categorias de base dos Gunners, como Cesc Fábregas, atualmente no Barcelona, Robin Van Persie, destaque do Manchester United, e Jack Wilshere, um dos destaques atuais do time londrino, Sandro Orlandelli aposta na "matéria-prima" brasileira como "a melhor do mundo".

Ele acredita que o Brasil possui inúmeros talentos, principalmente na base, e acredita que se forem trabalhados de forma correta, suprirão quaisquer necessidades das equipes, que, com isso, não precisarão recorrer ao mercado para compor ou reforçar seu elenco.

"A América do Sul é um mercado interessante, que pode agregar muito, tanto que temos jogadores estrangeiros aqui que agregam muito ao nosso futebol. Mas quando falamos em otimizar potenciais, é difícil encontrar algum país que tenha uma 'matéria-prima' tão rica quanto o Brasil. Então acho que primeiro deveríamos cuidar da nossa matéria-prima, dando educação, disciplina. O clube precisa ter uma filosofia definida, um modelo de jogo definido, dar condições de sono, alimentação e conforto para que esses garotos evoluam. Caso esse processo não tenha sucesso, aí poderíamos pensar em uma admissão maior de estrangeiros", explicou.

Getty Images

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Diego passou pela Vila Belmiro e defende atualmente o Wolfsburg

E esse processo traz algumas outras dificuldades, principalmente pelo número de jovens talentosos no Brasil. O suporte que o clube precisa fornecer, como moradia e alimentação, também pode ser um problema na hora de selecionar tantos "potenciais".

Para ajudar na "peneira" e poder conhecer ainda mais talentos, o modelo que Sandro está implantando no Santos pretende que as 90 franquias espalhadas por Brasil, Japão, Estados Unidos e Paraguai possam auxiliar neste processo de captação, já que na maioria das vezes os "olheiros" vão a torneios já conhecidos para "descobrirem" os jovens craques.

"Como o elenco é mais reduzido na Europa, o acesso é feito através de famílias. Famílias de casais aposentados, que filhos já saíram de casa. E aí eles oferecem um quarto na casa, se tornando parceiros do clube e tendo a oportunidade de receber um jogador. Isso aconteceu com Van Persie e Fábregas, que são conhecidos mundialmente. Eles passaram por esse processo", contou.

"A gente está ajudando a orientar e treinar as franquias para que nos ajudem neste processo de filtragem e peneira e para que possam captar novos potenciais", acrescentou Orlandelli.

Com o trabalho, o Santos tem como objetivo formar mais jogadores de qualidade, gastar menos com reforços e continuar revelando novos Neymar, Robinho e Diego, por exemplo, todos vindos da base na Vila Belmiro.

O Santos já sai na frente só por ter um cara como esse Orlandelli à frente de seu trabalho de filtragem de jogador. Olha o currículo e a bagagem que esse cara tem, impressionante... agora, me impressionou também o dado que ele trouxe: 50% dos elencos dos clubes europeus vem da base.

Será que é isso mesmo?

Sei não, mas independentemente da porcentagem disso, fato é que cada vez mais as categorias de base estão ganhando mais importância, seja no fomento ao desenvolvimento do futebol nacional (caso de times ingleses, por exemplo) seja na dificuldade financeira em fazer dinheiro (nossos clubes daqui). Acho importante os clubes investirem em caras como esse Orlandelli, que deve ter mt coisa a agregar às nossas metodologias da base.

p.s: o Ademílson, jovem atacante são paulino, surgiu numa dessas filiais (do SP) que ele cita aí na matéria, escolinha society em Santos. ;)

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Há tempos o Corinthians simplesmente IGNORA a base. A última vez que recorreram a ela foi para tentar salvar o clube do rebaixamento em 2007

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O Orlandelli fala mto e faz pouco...

E ta longe dos 50%...

Alguns times talvez até cheguem nisso como Arsenal e Barcelona, mas a maioria é trazida jah tendo atuado no profissional...

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  • Vice-Presidente

O triste é essa comparação com o Arsenal, que tem uma excelente categoria de base, mas título no armário, tem tempos que não chega.

No mais, primeiro tem que mudar a mentalidade de seleção da base, parar de escolher jogador pelo porte físico e velocidade, escolher cada jogador pelo que a posição dele demanda. Não é a toa que tá cheio de jogador no Brasil que só sabe correr e trombar.

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Porte e Velocidade???

O Gallo afirmou que jogador de BRINCO e CABELO COMPRIDO nao seriamais convocado...

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O cara é responsável pelo head scout da América Latina. AGORA ME RESPONDAM, QUAL FOI O ÚLTIMO LATINO QUE DEU CERTO NO ARSENAL?

Hahahahaha.

O cara precisa de toda essa tecnologia pra no fim recomendar Denílson ao papai Wenger? Que piada.

Parabéns amigão, em 11 anos você achou um Gilberto Silva.

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O cara é responsável pelo head scout da América Latina. AGORA ME RESPONDAM, QUAL FOI O ÚLTIMO LATINO QUE DEU CERTO NO ARSENAL?

Hahahahaha.

O cara precisa de toda essa tecnologia pra no fim recomendar Denílson ao papai Wenger? Que piada.

Parabéns amigão, em 11 anos você achou um Gilberto Silva.

Por isso ficou desempregado...Pergnta pra ele onde ta o Wellignton Silva, AUHuAHuAhuAHuA

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Foi o que o Vaz falou: tá longe dos 50%. Pega o Manchester City, por exemplo. De cabeça só me lembro do Hart e do Richards (e o Hart chegou no City com 18 ou 19 anos, se não me engano).

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Isso vai ser MUITO BOM pro Santos ainda. A galera ta descendo o pau mas pelo menos começaram a mover um dedo pra tentar fazer da base uma coisa séria.

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ia perguntar isso mesmo, o único Brasileiro que deu certo no Arsenal foi o G. Silva, e o mesmo com certeza não foi obra dele, e mesmo assim é MUITO POUCO.

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Ia ser engraçado se ele for dar uma coletiva sobre esse assunto e alguem meter essa pergunta pra ele, vai ficar numa saia justa danada aheuiaehiuoaehiuae

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Esse FDP passou pelo Atlético-PR antes de ir pro Santos. Só dois caras que ele indicou foram contratados: Fran Mérida e o Pedro Botelho. O primeiro não chegou a jogar direito e o segundo foi titular do time por bastante tempo, mas era chegado numa cachaça e dispensaram ele no final do Brasileirão.

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Esse FDP passou pelo Atlético-PR antes de ir pro Santos. Só dois caras que ele indicou foram contratados: Fran Mérida e o Pedro Botelho. O primeiro não chegou a jogar direito e o segundo foi titular do time por bastante tempo, mas era chegado numa cachaça e dispensaram ele no final do Brasileirão.

Dois ex-Arsenal.

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Esse cara é uma piada. Só o Gilberto Silva no Arsenal salvou. O resto nem vingar, vingou.

Um cara que eu via jogar no Arsenal e lá por 2010, 2011 falei que ia ser uma peça chave da seleção é o DENILSON. Ele tinha lampejos de grande jogador, mas no fim...

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  • 2 meses depois...
  • Diretor Geral

Ex-olheiro da Juventus 'assegura' R$ 20 mi ao Grêmio com revelações

Por Marcus Alves, do ESPN.com.br

Lucas Uebel/Grêmio FBPA

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O uruguaio Maxi Rodríguez é uma das bolas da vez; Bressan, ao fundo, deve ficar até o fim da Libertadores

Wendell repassado ao Bayer Leverkusen. No mesmo dia, o anúncio das vendas de 50% dos direitos econômicos de Bressan e Ramiro para um grupo de investidores liderado pelo iraniano Kia Joorabchian e pelo seu parceiro Giuliano Bertolucci. Ao todo, o Grêmio calcula ter arrecadado R$ 20 milhões com os negócios, valor suficiente para aliviar um pouco os seus cofres.

Pode pôr na conta de um ex-olheiro da Juventus e consultor em 16 países.

Júnior Chávare, 46 anos, chegou a Porto Alegre no começo do ano passado, com o retorno de Fábio Koff ao comando tricolor. Logo de cara, estabeleceu uma mudança conceitual: as categorias de base passariam a se chamar departamento de formação. Mesmo respeitando o DNA do time, a ideia era ir atrás de atletas que, ao mesmo tempo, representassem um ganho técnico em campo e potencial financeiro para mais adiante.

LEIA MAIS:

Wendell assina por cinco anos com o Bayer Leverkusen e revela dica de Zé Roberto

Em uma de suas primeiras investidas, a equipe desembolsou R$ 1,2 milhão num pacote do Juventude formado por Bressan, Ramiro, Paulinho e Follman. Meses depois, foi a vez de assegurar o empréstimo de Wendell ao Londrina por R$ 300 mil e adquiri-lo posteriormente através de um investidor.

No espaço de um ano, o R$ 1,5 milhão virou R$ 20 milhões através de um projeto ousado de formação e captação.

"Na busca por atletas, quebramos paradigmas. Não vamos mudar nunca o DNA de raça do time, mas temos que respeitar sempre a qualidade. Veja o caso do Ramiro, com a altura que ele tem (1.68 m), seria inimaginável jogar aqui e hoje joga e é titular", explica o coordenador de formação Júnior Chávare ao ESPN.com.br. Ele aponta o projeto Lapidar, que compreende todas as faixas de idade no trabalho de fundamentos, como um dos responsáveis pelo sucesso alcançado em tão pouco tempo.

A nova sensação no Humaitá, o atacante Luan, é um dos frutos da aposta. Ele chegou vindo da Catanduvense ao lado de outros dois garotos em 2013 e teve de passar seis meses corrigindo deficiências físicas e vícios do futebol de salão.

Hoje, é um dos destaques da campanha tricolor na Libertadores e alvo de forte assédio europeu.

É a próxima joia de uma política que tem reforçado também a presença de jogadores da região Sul na base do clube. Entre as categorias sub-16 e sub-20, existem atualmente 15 promessas com passaporte europeu ou com processo em andamento para se tornarem comunitários.

"É um fator diferencial, claro. O Bressan e o Ramiro são, por exemplo. O Lucas Coelho (centroavante) poderia ter ido para o Real Madrid, mas enfrentou problemas nesse processo", afirma Chávare.

Com pouco mais de um ano no Grêmio, o dirigente trabalhou antes na Inter de Limeira, no Rio Branco e também na Ponte Preta. Em seguida, virou observador da Juventus entre 2009 e 2010, deixando de trabalhar exclusivamente para o atual campeão italiano somente com a mudança de gestão em 2011.

No período, ao invés de Ramiros, Bressans e Wendells, foi atrás de Hernanes, Ramires e Oscar. Não foram os três que quase fecharam com a Velha Senhora, no entanto.

"Acredito que tivemos 21 atletas avaliados em processo final, mas a Juventus não compra jogador pensando em lucrar no futuro. Ela quer que o cara chegue e se aposente ali. Então, o processo é muito mais moroso e demorado. O Sandro foi um dos que esteve próximo, mas havia um compromisso do Inter com o Tottenham. O (Paulo Henrique) Ganso foi outro, mas o investimento sugerido naquela época era alto, acima do que consideravam pagar", relembra Júnior Chávare.

O ex-funcionário da Juventus agora se senta do outro lado da mesa.

Alguém mais, digamos, efetivo que o Orlandelli hahahahaha. Não conhecia esse trabalho de lapidação de garotos feito na base do Grêmio.

Interessante.

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Nem conhecia esse cara (Chávare). Interessante mesmo, essa política de trazer os jogadores baratos e revendê-los depois de um tempo é boa pra aliviar as contas, um pouco.

Mas não é bem "trabalho de base", Léo, esses caras meio que já vieram direto pro profissional.

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O cara é responsável pelo head scout da América Latina. AGORA ME RESPONDAM, QUAL FOI O ÚLTIMO LATINO QUE DEU CERTO NO ARSENAL?

Hahahahaha.

O cara precisa de toda essa tecnologia pra no fim recomendar Denílson ao papai Wenger? Que piada.

Parabéns amigão, em 11 anos você achou um Gilberto Silva.

Fora que o Denílson era da seleção Sub-17 do Brasil. Ou seja, fizeram o trabalho pelo cara e pelo visto ele nem se deu ao trabalho de ver os jogos hahaha.

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  • Diretor Geral

Mas não é bem "trabalho de base", Léo, esses caras meio que já vieram direto pro profissional.

Ah sim, mas pelo menos buscam garimpar bons valores pra produzir seja financeiramente, seja dentro de campo.

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