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Gotham - 3a temporada


Cesarrock9

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Claro né burro a serie conta as origens coisa que em geral não tem nos quadrinhos, to falando que os personagens estão fechando com os quadrinhos mas obviamente sem muita fantasia

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Eu só tô vendo a série por causa da Morena, que é uma delícia, e do Pinguim, que é um personagem bem bacana (e óbvio, eu dificilmente abandono uma série na primeira temporada). De resto, eu nem me interesso muito por Batimá.

Mas o que tô achando o top do ridículo é um piá de merda como o Bruce se achando LE FODON INVESTIGADORE PARTICULARE FIUASHFSIUSAFHSIUAFHSIUAFHSAIUFHIUSAFIUSA! Sério, tá muito ridículo ele querendo meter uma bacana foda sendo uma criança hahahaha! E a Gata também não fica muito atrás.

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  • 2 meses depois...

Ninguem continua vendo ??

Episódio 19º foi bem legal, mas a série tá bem mais ou menos.

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Terminei Episódio 20.

Aleluia estão acertando a mão nos casos, vai pro 3º episódio de investigação e não se respolvendo em passe de mágica como os outros, e conseguiram dar continuidade na trama principal, e ainda introduzir o nygma..
 

enfim acertaram a mão, é manter essa pegada.

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A Warner podia fazer uma maratona da série né. Teve uns dias aí que eles passaram o dia com Gotham, foi sensacional, mas tive que sair de casa quando tava no episódio 5 e o fato de ter que baixar já me desmotiva completamente.

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  • 3 meses depois...
  • 1 mês depois...

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A segunda temporada de Gotham já chega cheia de mudanças, primeiramente com indicações de que teremos mais foco na história geral do programa, deixando o elemento procedural para trás. Não foi perdida, no entanto, a identidade visual da série, que continua com seus tons acinzentados e vilões caricaturescos.

Muito do material promocional já dizia que esse será o ano dos vilões e não há dúvidas de que isso será explorado em todas as frentes. Gordon (Ben McKenzie) ainda é o bom moço, mas precisa começar a se adaptar para encaixar seus novos ideais de como Gotham deve ser dentro das regras preestabelecidas pela escória política que governa a cidade.

É logo na primeira hora do novo ano que já somos introduzidos a dois novos rostos: Theo (James Frain) e Tabitha Galavan (Jessica Lucas). São eles os novos chefões do crime da cidade, que chegaram também em um momento de ascensão do Pinguim (Robin Lord Taylor) e devem gerar um interessante conflito entre facções.

Mesmo assim, o mais interessante do segundo ano de Gotham será acompanhar Gordon e sua ambiguidade moral. Enquanto ele quer o bem da cidade, precisa sacrificar sua integridade e trabalhar ao lado de criminosos para estabelecer um mínimo de paz em meio ao caos. É assim, no entanto, que ele também começa a se tornar parte do outro time, pedindo por favores e tendo que devolvê-los.

Enquanto isso, na mansão Wayne, as coisas parecem caminhar para que o jovem Bruce (David Mazouz) siga no caminho do Homem-Morcego. Mesmo que ele e Alfred (Sean Pertwee) ainda estejam nos estágios iniciais da transformação de Bruce em algo que se assemelhe ao vigilante de Gotham, não fica claro qual será o papel do garoto na nova temporada. Os vilões aparecem cada vez mais fortes e ainda não existe páreo para eles.

Ainda há muito pela frente e parece mesmo que o segundo ano de Gotham será governado pelos vilões. Charada, Coringa, Pinguim e companhia ainda causarão muito transtorno na cidade - e Gordon precisa estar pronto para lidar com o que vier pela frente - seja no papo ou no soco.

Fonte: Omelete - UOL.

 

 

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Achei muito bom esse primeiro episódio !!! 
 

Tiveram cenas muito boas, como o Brucinho dando a lição de moral no Gordon e lendo a carta do Pai... O Pinguim e o Victor Zsasz com o comissario, o Nygma no espelho.. Temporada promete.

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Assisti ao primeiro episódio e pelo visto vai ser sinistra esta temporada com a ascensão do Pinguim. Entra em cena também o que parece ser  o futuro Coringa. Para primeiro episódio da segunda temporada ficou show.

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Porra, já saiu? A primeira temporada me deixou indeciso sobre continuar ou não...Vamos ver...

Na Tv americana come 15 dias antes e já está disponível para dowload na net. Vale a pena conferir.

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Segundo episódio muito épico, Se não for o melhor está entre um dos melhores da série até agora..
O Jerome está pica demais hahahua

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Série está num ritmo muito bom, beeeeeeeeeeeem melhor que aquele começo arrastado com "vilão do dia" igual na primeira temporada!

Apesar do Jerome estar dando UM SHOW de atuação, foi legal ele morrer agora, Coringa é muito mais um "ideal" do que uma pessoa.. 


Só achei muitooooo mal feito o teatrinho deles para o Babacão lá salvar o dia, era pro Gordon já desconfiar..
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Não gostei e mataram o Jerome o cara tava dando show de interpretação... mas vai saber se morreu mesmo...

 

Achei estranho no fim da 1a temporada a morte do Ogro ja q ele é um vilão do "Batman" será que volta alguem como novo ogro? (pressupondo que veremos o batman em algum momento)

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Conteúdo Oculto

 

Achei estranho no fim da 1a temporada a morte do Ogro ja q ele é um vilão do "Batman" será que volta alguem como novo ogro? (pressupondo que veremos o batman em algum momento)

O Jerome tava destruindo mesmo, e acho que ficou claro que morreu.. ficou o "legado" e mais pra frente teremos o coringa.. as vezes vão fazer a mesma coisa com o Ogro, mas pra frente volta com um "imitador" 

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Esse ultimo episodio não foi legal tanto quanto os outros mas ja era de se esperar pq é normal nas series

só achei duas coisa bem besta

O Pinguim é o rei e Gotham e não tem um caminhão de gente protegendo a mãe e tambem o pinguim cheio de capanga ir ele mesmo assassinar um dos candidatos a prefeito

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  • 3 meses depois...

Gotham tá disparada a melhor série dos gênero atualmente. Tà muitooo legal, quem largou de mão pode correr atrás de ver pq está top!

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  • 8 meses depois...
  • 1 mês depois...
  • 6 meses depois...

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    • Moura Edu
      Por Moura Edu
      Como não tinha nenhum tópico para falarmos desses picaretas decidi criar um, segue abaixo esses bandidos burros:
       
      É um mais burro que o outro, vídeo chamada, tomar o cartão errado, pqp, que sejam todos banidos e presos.
    • ZMB
      Por ZMB
      Minha opinião, por ora: Em que pese não tenha jogado os games, sei que existe uma hype enorme em cima da história (tanto é que virou série, afinal).
      Tenho achado o ritmo bom/diferente. Mais acelerado e com o potencial de não virar um TWD, que não sabe aonde quer chegar, e fica esgotando os personagens e história até enjoar.
      No mais, tanto a fotografia quanto a maquiagem estão dignas de louvor. Os zumbis são MUITO massa.
      Por fim, tenho gostado bastante dos personagens. Essa série maldita me deixa triste toda fucking vez, haha.
       
      E aí, mais alguém está acompanhando a nova série da HBO, que é baseada nos jogos de PlayStation? Em caso positivo, o que estão achando?
    • Leho.
      Por Leho.
      Inteligência artificial criada para prever crimes promete acerto de até 90%
      por Hemerson Brandão,
      publicado em 25 de agosto de 2022
       
      Pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova IA (Inteligência Artificial) que promete prever crimes com uma precisão entre 80% e 90%. O assunto gerou polêmica por parte de alas da sociedade que questionam essa eficácia.
      Segundo o estudo, publicado na Nature, essa tecnologia tem a função de otimizar políticas públicas e alocar recursos para áreas que mais precisam de assistência policial. O modelo preditivo de IA já foi testado em oito grandes cidades dos EUA, incluindo Chicago.
      O algoritmo funciona a partir do histórico de crimes de uma determinada cidade. Tendo como base registros de eventos disponíveis em domínio público, o sistema analisa o tipo de crime, onde aconteceu, assim como data e hora. Em seguida, a IA usa aprendizado de máquina para gerar séries temporais e prever onde e quando esses crimes ocorrem com maior frequência.
      O modelo pode informar, por exemplo, “provavelmente haverá um assalto à mão armada nesta área específica, neste dia específico”. Porém, isso não significa necessariamente que esse crime ocorrerá de fato.
      Inteligência artificial imita a arte
      Na ficção científica, a capacidade de prever crimes antes que eles aconteçam foi abordada no filme “Minority Report” – estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg.
      No longa-metragem de 2002, pessoas eram colocadas na prisão antes mesmo delas cometerem crimes, a partir de um sistema policial batizado de “Pré-crime” – que utiliza uma mistura de tecnologia e paranormalidade para prever e evitar assassinatos. No sistema preditivo ficcional, o suspeito é preso quando ele já está próximo ao local do crime, segundos antes dele cometer o homicídio.
      Porém, na vida real, o professor Ishanu Chattopadhyay — o pesquisador líder do estudo — explica que o algoritmo desenvolvido não tem a capacidade de identificar pessoas que vão cometer crimes ou a mecânica exata desses eventos. A IA prevê apenas os locais que são mais propensos a acontecer crimes.
      Segundo Chattopadhyay, a IA pode ser um aliado para a polícia, pois permite otimizar a logística do policiamento, permitindo intensificar a fiscalização em locais mais propensos a ocorrerem crimes. Ele diz que o sistema não será mal utilizado.
      “Meus companheiros e eu temos falado muito que não queremos que isso seja usado como uma ferramenta de política puramente preditiva. Queremos que a otimização de políticas seja o principal uso dele”, disse o pesquisador à BBC.
      Repercussões
      Porém, conforme lembrou o site IFLScience, algoritmos anteriores já tentaram prever comportamentos criminosos, incluindo a identificação de potenciais suspeitos. O software, claro, foi duramente criticado, por ser tendencioso, não ser transparente, além de gerar preconceito racial e socioeconômico.
      Um grupo com mais de mil especialistas de diversas áreas assinaram uma carta aberta afirmando categoricamente que esses tipos de algoritmos não são confiáveis e trazem muitas suposições problemáticas.
      Nos EUA, por exemplo, onde as pessoas de cor são tratadas com mais severidade do que os brancos, esse comportamento poderia gerar dados distorcidos, com esse preconceito também sendo refletido na IA.
      Como bem demonstrou o filme de Spielberg, o uso de grandes bases de dados para prever crimes pode gerar não apenas benefícios, mas também muitos malefícios.
      @via Gizmodo
      ⇤--⇥
       
      E aí, qual a vossa opinião?
    • Leho.
      Por Leho.
      Esse tema tá bastante em alta, depois da thread do rapaz que tomou um preju' violento no início desse mês viralizar no Twitter. Muita gente comentando sobre, dando dicas, contando seus próprios estresses nesse tipo de golpe e etc, etc etc.
      E vocês, se ligam nisso? Passaram a se ligar?
      Quais medidas tomaram? Acho importante debater sobre, até pra ficar como "utilidade pública".
       
       
      edit//
      A famosa thread:
    • Leho.
      Por Leho.
      Por Pedro Henrique Ribeiro,
      21 de julho de 2021
      Você já fez terapia ou pelo menos se consultou com um psicólogo? Essa é uma prática muito boa que deveria se tornar hábito. Assim como algumas pessoas vão ao dentista duas vezes por ano, todos deveríamos reservar um tempinho para conversar com um psicólogo e organizar a mente. Isso serve para pessoas comuns, mas também para super-heróis. Nos últimos anos, ficou cada vez mais comum vermos super-humanos tentando resolver problemas que tinham dentro da cachola. Para isso, ou eles dão uma passadinha no “divã” da terapia, ou tentam botar a angústia para fora. Por causa disso, estamos perdendo aquela imagem de super-herói perfeito e invulnerável, e os estúdios estão investindo nessas narrativas para dar um ar de profundidade às histórias.
      “Nos primeiros 40 anos dos quadrinhos, uma narrativa mais simplificada dominou o mercado dos quadrinhos. Graças ao Stan Lee e seus quadrinhos da Marvel, o super-herói passou a ter uma vida pessoal, problemas psicológicos e se aproximar mais dos problemas do leitor. Esse modelo fez muito sucesso com as histórias do Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e Capitão América, e é reproduzido até hoje pela indústria”, explica o pesquisador do Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos da USP, Waldomiro de Castro.
      Nas telinhas e telonas vemos vários heróis assumindo a importância de conversar, como o Utópico, em O Legado de Júpiter, e Bucky Barnes, em Falcão e Soldado Invernal”. Em WandaVision vemos a Feiticeira Escarlate cruzar as fases do luto após a morte de seu marido, Visão, em Vingadores: Guerra Infinita”. Em Watchmen – O Filme, o cruel Rorschach se consulta com um psiquiatra após ir para a prisão. Durante os testes – que dão nome ao personagem -, ele consegue identificar os próprios traumas, mas mente para não ser considerado doente.
      Rorschach se consulta com psiquiatra após ser preso em Watchmen. Imagem: Reprodução/Prime Video
      O professor e pesquisador de quadrinhos, Mario Marcello Neto, explica que muitos desses debates encontrados nas HQs fazem parte de um sentimento de dívida dos autores estadunidenses. “Essa geração pós-Guerra do Vietnã está muito imbuída em uma sociedade que tem muitas dívidas a pagar, seja com minorias ou com eles mesmos. Esse aparecimento do ‘divã’ nos contextos mais atuais, reflete um certo avanço no reconhecimento da importância da saúde mental. Porém, uma coisa que dita isso [ter ou não o divã] é o ritmo da história. Eu acho que se houver muito conflito pessoal, as pessoas saem do cinema. Eu não consigo ver uma cena como a consulta do Soldado Invernal acontecendo em um filme dos Vingadores, porque [o filme] é muito frenético”.
      Sam Wilson (Falcão) e Bucky Barnes (Soldado Invernal) cara a cara na terapia. Imagem: Reprodução/Disney Plus
      “E, às vezes, você pode ser um herói ou um vilão dependendo do contexto. Um super-herói é um sujeito que também tem fragilidades, acontece com muitos personagens, não apenas nos seus traumas, mas também na questão da agressão. Isso sem dúvida abre muito campo para explorar novas histórias e narrativas. Eu acho positivo, porque tira a ideia de que há um super-homem em cada um desses heróis. Isso está afinada aos debates atuais”, explica a pesquisadora de história da arte Vanessa Bortulucce.
      À medida em que as décadas avançam, a postura do super-herói se modifica. Em alguns momentos, como na década de 1960, muitos heróis se envolveram no movimento pacifista. Já na década de 1980, vemos personagens com personalidades mais assertivas e mais agressivos. Agressividade essa geralmente associada aos traumas que deram origem ao lado heroico deles, como as mortes dos pais de Bruce Wayne (Batman) e do tio de Peter Parker (Homem-Aranha) e até mesmo o suicídio do pai de Utópico. Com isso, esses personagens apresentam uma postura muito mais agressiva em relação aos criminosos. “Você nunca viu um Batman tão violento como o da década de 1990”, afirma Castro.
      Utópico buscou ajuda psiquiátrica após problemas com a família. Imagem: Reprodução/Netflix
      Ascensão em meio ao desastre
      A Crise de 1929, também conhecida como “A Grande Depressão”, marcou um dos momentos mais caóticos do capitalismo na era moderna. Ela teve origem nos Estados Unidos, que na época já tinha se consolidado como a maior economia do mundo. Com a crise, muitas empresas quebraram e o desemprego saltou de 4% para 27%. Foi um verdadeiro caos econômico que em pouco tempo trouxe sérias consequências para a sociedade. Esse tsunami de problemas que sucedeu a crise foi crucial para a revolução das comics. 
      Para Vanessa Bortulucce, a principal relação entre a Grande Depressão e as HQs é a mudança do cenário das histórias. “Como a Crise de 29 envolveu o mercado de ações, os bancos e etc, você tem as cidades como um lugar marcado por desastres e más notícias. Então, os quadrinhos sofrem um certo refluxo nesse ambiente”, explica ela. Fora do ambiente das cidades, novos cenários começaram a ganhar força, como o espaço sideral de Flash Gordon e Brick Bradford. 
      Essa fragilização acabou criando o conceito do “herói extraordinário”, aquele que resolve problemas com facilidade, sem quebrar a cabeça, e assim entrega uma aventura fantástica que restaura a esperança do leitor, que não tem muita paciência para novos problemas. 
      Em 1938, quando foi lançada a primeira HQ do Superman, o herói absorveu muitas características da época, especialmente nas edições lançadas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O kryptoniano era invencível, imparável, como se estivesse passando uma mensagem. O mesmo pôde ser vista nas revistas da Capitã Marvel. Assim surgiram os primeiros aspectos para se discutir o mito do herói nas comics.
      Mito do herói no traço e na tela
      Contar sobre a vida dos personagens humanizou os super-humanos e até mesmo os alienígenas como Clark Kent. Isso reforçou a ideia de que um herói pode ser qualquer pessoa, como um fazendeiro do Kansas, um jovem franzino do Brooklyn ou um nerd do Queens.
      “O Super-Homem é um alienígena, mas o leitor olha para o Clark Kent, que é um homem comum. Ao se mostrar como um homem comum, ele estabelece um reconhecimento, e o leitor pensa em um Super-Man que estaria, simbolicamente, dentro dele. Com os heróis da Marvel, Stan Lee tem uma importância vital nesse sentido, porque ele inverte a lógica do Super-Homem: você não tem um herói que se passa por um homem comum, mas um homem –  ou mulher – comum que pode se mostrar como herói”, diz Bortulucce.
      Pensando sobre essa afirmação da pesquisadora, alguns nomes do MCU vêm em mente, como Viúva Negra, Falcão, Gavião Arqueiro, Homem de Ferro, Homem-Formiga, Vespa e muitos outros. Esses heróis sem poderes “mágicos ou alienígenas” usam tecnologia e habilidades de combate para derrotar os vilões. Porém, diferentemente dos heróis do século 20, os personagens da Marvel nos cinemas não carregam consigo um senso inabalável de justiça e têm em comum traumas que precisam ser tratados seriamente.
      Heróis enlatados
      Todo esse roteiro de heróis traumatizados e órfãos é bem conveniente para os enredos, como vimos até aqui. Por isso essa jornada entre perda e poder foi reproduzida em larga escalada para as dezenas de heróis que surgiram nas décadas seguintes aos anos 1960. Esses heróis chamados de enlatados basicamente mudam de nome, o lugar de origem, mas a essência segue sendo a mesma. Essa zona de conforto permitiu que grandes estúdios e produzissem vários heróis sem perder o trunfo de uma história dividida entre vida civil e vida com uniforme, como explica Mario Marcello Neto.
      “Algumas coisas se repetiriam, como a ideia da orfandade como característica para ser super-herói. Nisso a gente tem desde Shazam até o Batman. Parece até que o critério para ser herói é não ter os pais e mães [biológicos]. Na década de 1940 era pior e os heróis que sobreviveram daquela época para cá são muito poucos. Naqueles anos a gente via heróis que eram plágios. O próprio Shazam se envolveu em um processo de plágio por causa das semelhanças com o Superman”. 
      Heróis e política
      Entre as influências que as histórias de super-heróis podem ter na sociedade está a política. Assim como foi o caso do governo de Reagan nos anos 1980, as políticas e as HQs fazem essa troca de signos. Além de exercer uma influência natural com seus enredos, as histórias em quadrinhos também podem ser utilizadas como ferramenta política, como explica Bortulucce. “Muitos personagens surgem por causa da Segunda Guerra Mundial, como o Capitão América. Guerra do Vietnã? Homem de Ferro. Corrida espacial? Quarteto Fantástico. O medo e a maravilha do poder atômico? Hulk e Homem-Aranha. Minorias e lutas sociais? Pantera Negra e X-Men. Os quadrinhos são uma grande ferramenta política”. 
      Um bom e recente exemplo aconteceu durante as manifestações de 2013 contra o então governo de Dilma Roussef (PT). Muitos manifestantes foram às ruas com camisas da CBF e máscara do personagem V, de V de Vingança. A intenção era mostrar que “o povo” estava disposto a ir longe, como V foi. Na história em quadrinhos, o personagem adota um tom professoral e filosófico em seus discursos, e tem todo o tipo de ideia para derrubar um governo fascista que governava a Inglaterra. Entre as ações de V está a explosão do Parlamento Britânico.
      Essa ideia de que todo mundo pode ser um herói se mostra nesses tipos de situação. Na época, Alan Moore, o autor da HQ, chegou a comentar sobre o caso em entrevista ao site UOL. “Há 30 anos eu estava apenas respondendo à situação da Inglaterra da minha perspectiva. Não eram premonições do que aconteceria no futuro”, disse ele sobre a produção de V de Vingança. “Acho que não tenho muito a dizer a respeito [do uso das máscaras], porque eu sou apenas o criador da história. E eu não tenho uma cópia de ‘V’ em casa, isso foi tirado de mim por grandes corporações”, completou.
      Esse uso do V por manifestantes em 2013 é apenas um exemplo da relação entre quadrinhos e política. “As histórias em quadrinho influenciam em termos de filosofia de vida. Os leitores acabam se influenciando pelas ideias e propostas, acabam acreditando na visão de mundo daqueles heróis. Mas eu não acredito que uma pessoa normal seja influenciada aponto de vestir uma máscara ou uma roupa e sair por aí batendo nas pessoas resolvem os problemas do mundo”, diz Castro.
      Então, da próxima vez que você assistir a uma série, filme ou ler uma HQ e se perguntar: isso não está realista demais? Lembre-se de que a resposta é sim! Tudo vai ficar cada vez mais real enquanto continuaremos a ver homens voadores atirando raio laser pelos olhos.
      @Bitniks
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