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A fábrica de traidores do Borussia Dortmund


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Nova traição ao Borussia Dortmund é perpetrada por Mats Hummels. Zagueiro resolveu deixar o clube para voltar ao Bayern de Munique e desagradou a torcida. Não é a primeira vez que isso acontece pelos lados da Westfália.

Vez ou outra os jogadores de futebol se encontram em um grande dilema. Quando o profissionalismo entra em rota de colisão com a paixão, uma proposta pode gerar um tremendo impasse. Contrariando a rivalidade que se tem entre muitos clubes, o atleta acaba aceitando uma oferta financeiramente boa ou que vá de encontro com o seu plano de carreira. E aí é que a polêmica toma conta de uma transferência, determinando muitas vezes se haverá ou não sucesso na empreitada.

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O mais recente exemplo de alguém que coloca os interesses pessoais acima da relação de amor com a torcida é o zagueiro Mats Hummels. Capitão e ídolo do Dortmund, um dos únicos campeões da Alemanha com o clube que permaneceram no time titular, o atleta está na mira da imprensa desde que vazou a informação de que ele gostaria de sair do clube para jogar outra vez no Bayern de Munique. Para quem não sabe, ele foi formado pelos bávaros, em 2007, quando começou como profissional.

Entretanto, a primeira passagem dele pelo clube não foi nada brilhante. Criticado pela fragilidade e inexperiência, Hummels foi primeiro emprestado e depois vendido ao Borussia Dortmund, que se recuperava de uma fase dramática em que quase quebrou. Com a camisa aurinegra, evoluiu demais e se tornou um dos grandes defensores da década na Alemanha. Virou titular da seleção e foi campeão do mundo em 2014. Desde então, outros grandes clubes tentaram tirá-lo do Dortmund, sem sucesso. O Manchester United foi o principal perseguidor do zagueiro nos últimos anos.

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O Dortmund passou por um novo inferno em 2014. Começou muito mal a temporada e beirou a zona de rebaixamento na primeira metade da temporada 2014-15. A torcida confiou em Hummels, o líder do elenco, para sair da situação absolutamente desconfortável. E ele de fato conseguiu orquestrar uma reação, ao lado do técnico Jürgen Klopp. A retomada de força que culminou no vice-campeonato em 2015-16 foi a prova de que o Dortmund de Thomas Tuchel é tão forte quanto o da Era Klopp, tendo Hummels como a principal garantia de uma defesa sólida.

Podemos falar de gratidão em relação ao Bayern, mas se Hummels deve algo na vida, esta dívida é com o Dortmund, que lhe deu uma nova chance e fez dele o defensor mais estimado do mundo. Mas por entender que terá mais projeção ou que o Bayern de Carlo Ancelotti é um lugar melhor para estar, Mats trocará o calor da torcida na Muralha Amarela para voltar à Munique. Mesmo com um futuro brilhante com o Dortmund, que deverá ter ainda mais força na próxima temporada, Hummels sai pela porta dos fundos como alguém que deu as costas para sete anos de história. Um traidor, como queiram.

A fábrica de traidores

É verdade que o Bayern atrai muito mais interesse dos jogadores no país por ser o maior campeão e a grande força alemã na Europa. É verdade também que muitos deles deixam os clubes em nome de promessas maravilhosas no Bayern e acabam se frustrando com a falta de espaço diante de tantas estrelas.

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Tem sido essa a realidade de Mario Götze, cria da base do Dortmund, que saiu em 2013 como o grande craque do futuro para o Bayern, às vésperas da semifinal europeia contra o Real Madrid. Os aurinegros venceram e foram para a final, contra o Bayern. Já negociado com os rivais, Mario viu das tribunas a vitória da equipe de Jupp Heynckes, com atuação incrível de Arjen Robben.

Autor do gol que deu o tetracampeonato mundial para a Alemanha, Götze não é exatamente uma unanimidade para Pep Guardiola e sequer para a torcida. Há em torno dele uma expectativa grande, mas que provavelmente não será alcançada diante de tanta concorrência pela posição. Longe dos holofotes, o meia de 23 anos é protagonista de especulações envolvendo o seu retorno ao Dortmund. O traidor de 2013 provavelmente seria recebido com pedras em sua segunda passagem pela Westfália.

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Robert Lewandowski também tomou o caminho de Götze e foi para o Bayern após o fim da temporada 2013-14. O polonês estava sendo vinculado aos bávaros desde aquela fatídica decisão europeia de 2013, mas preferiu ficar para ver o que lhe esperava. Pelo menos para o polonês, a rejeição não foi grande com a torcida, visto que ele não desfrutava de tanto prestígio e carinho como a cria da base. A saída do goleador doeu sim, mas era algo esperado dentro do cenário alemão em 2014.

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Törsten Frings jogou por dois anos no Borussia Dortmund, de 2002 a 2004, vindo do Werder Bremen. O meia-armador ganhou reputação nacional e foi parar na seleção, onde jogou por oito anos. Entretanto, em 2004, o jogador saiu do decadente Dortmund sem ganhar nenhum título e partiu para o Bayern. Frings não vingou em Munique ao jogar fora de posição e retornou ao Werder, onde teve grande sucesso e se tornou uma bandeira do clube alviverde. Mas ninguém esquece aquela transferência de 2004.

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Thomas Helmer estava em grande fase no Borussia Dortmund, em 1992. Era o craque de um time que estava pronto para decolar e ganhar taças dentro e fora da Alemanha. Desde 1986 vestindo a camisa aurinegra, o meia virou motivo de discórdia entre Dortmund e Bayern quando os bávaros assediaram o atleta para contratá-lo. Se recusando a reforçar um rival, o Dortmund eventualmente vendeu o armador para o Lyon. Três meses depois, os lioneses cederam o atleta ao Bayern sem nem mesmo utilizá-lo. Quando voltou para a Alemanha, Helmer decolou de vez e venceu três vezes a Liga Alemã e a Copa Uefa, além de ter sido o melhor jogador do ano em 1996 no seu país. Tudo isso com a camisa vermelha dos bávaros.

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Andreas Möller viveu uma história curiosa em Dortmund. Revelado pelo Eintracht Frankfurt, o meia-atacante teve grande destaque internacional no fim dos anos 1980, se consolidando a partir de 1988 com a camisa aurinegra. Depois de dois anos, retornou ao Eintracht e foi jogar na Juventus, quando venceu a Copa Uefa de 1993 em cima do Dortmund, marcando um dos gols na final.

Não satisfeito, aceitou novo convite e teve uma melhor estadia na Westfália, jogando de 1994 a 2000 pelo Dortmund. Alcançou o título da Liga dos Campeões em 1997, se vingando da Juventus, e foi duas vezes vencedor da Liga Alemã. Möller virou ídolo na Muralha Amarela pelos seus serviços na segunda passagem. Entretanto, em 2000, assinou com o Schalke e irritou bastante a torcida. Bem, ao menos ele sempre passou longe do Bayern…

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Por fim, Christoph Metzelder é o último dos traidores da nossa lista. Por ter jogado apenas um ano como juvenil no Schalke 04, não se pode dizer que o zagueiro foi formado pelos azuis-reais. Antes de ser profissional, Metzelder passou mais tempo atuando pelo Haltern e pelo Preusser Munster do que com a camisa do Schalke. Em seu segundo ano de carreira, o jogador foi para o Borussia Dortmund e atuou por sete anos até ser vendido ao Real Madrid. Metzelder acabou campeão da Liga em 2002 e foi um dos negociados quando a cobra fumou em Dortmund e o clube estava quebrando. Saiu como ídolo e selecionável pela Alemanha. Após três anos na Espanha, os ventos sopraram para trazê-lo de volta ao Vale do Ruhr. Engana-se quem pensa que ele jogou outra vez pelo Dortmund. Metzelder encerrou mesmo seu ciclo pelo Schalke, para desgosto da massa aurinegra.

Essas histórias servem para mostrar que em algum momento, a fidelidade dos jogadores formados no Dortmund é posta à prova. E o clube aurinegro sempre perde na queda de braço por dar menos projeção que o gigante bávaro ou até mesmo para outros clubes de grande porte do país. Não ficou claro se o Dortmund não oferece as melhores condições de trabalho para os seus funcionários ou se estes casos são apenas uma série de tristes coincidências em que ídolos amassam os sentimentos de milhares em busca de uma chance maior de sucesso.

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Fica cada vez mais raro ver um jogador passar por toda a carreira vestindo apenas uma camisa ou respeitando para sempre o vínculo criado com uma equipe. É possível sim fazer com que o profissionalismo ande na mesma estrada da fidelidade. O zagueiro Jamie Carragher, por exemplo, cresceu como torcedor do Everton e vindo de uma família quase toda fanática pelos Toffees. Ao contrário do que se pode imaginar, o defensor ficou famoso por jogar no Liverpool por 17 anos, sem nunca se fazer duvidar pelo respeito que tinha pelos Reds.

Respeito. Algo que fica esquecido a cada vez que o Bayern faz uma proposta para um jogador do Dortmund. É natural que os bávaros queiram se reforçar a cada temporada, mas isso só é possível com o “sim” dos jogadores, que acabam priorizando o lado financeiro e esquecendo dois fatores importantes para um profissional do futebol: gratidão e a sabedoria de que não se deve diminuir a voz dos milhares que comparecem às arquibancadas gritando o seu nome.

https://tfcorp.net/2016/05/11/a-fabrica-de-traidores-do-borussia-dortmund/


Matéria forte do Felipe Portes. Não deixa de ser lógica em alguns pontos.

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  • 2 semanas depois...

Achei um pouco sensacionalista, parece que o Dortmund sempre esteve do lado fraco da história e que nunca nenhum jogador fez história no clube.

Tem uns tantos casos de jogadores que passaram a carreira inteira no Dortmund, ou que vieram de clubes menores e depois ficaram até aposentadoria, como qualquer outro clube médio-grande do futebol europeu (com condições, portanto, de segurar jogadores de bom nível). O cara usar de exemplo um jogador do Liverpool sendo que no próprio Dortmund tu tem na história recente o Lars Ricken - sem contar jogadores que começaram em outros clubes mas fizeram todo o sucesso na carreira no Dortmund como o Kehl ou o Dedé - mostra que a vontade era só escrever um texto forte, sem se preocupar com a ligação com a realidade.

Tem também casos como o do Reus, que foi desprezado na base do Dortmund e resolveu voltar (e ao que tudo indica, voltou para ficar). Ou o Kuba, que recusou proposta do Schalke quando foi saído do Dortmund porque disse que não faria isso com os torcedores que apoiaram ele durante tantos anos...

 

Enfim, algumas histórias aí achei interessantes, não sabia que o Frings saiu para o Bayern, achei que tinha sido para o Werder direto, mas no geral a matéria tá forçando muito a barra.

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      Fonte
      ----------------------
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      Desfalques:
      - Borussia Dortmund: Reus (lesão no adutor), Zagadou (lesão no joelho) e Schulz (lesão muscular). Hummels é dúvida.
      - Bayern: Thiago Alcântara (lesão na virilha), Philippe Coutinho e Coretin Tolisso (lesão no tornozelo) e Niklas Süle (lesão no joelho).
      Escalações prováveis:
      Borussia Dortmund: Roman Bürki; Lukasz Piszczek, Mats Hummels (ou Emre Can), Manuel Akanji; Achraf Hakimi, Thomas Delaney (ou Axel Witsel), Julian Brandt, Raphael Guerreiro; Jadon Sancho, Thorgan Hazard e Erling Braut Haaland.
      Bayern: Manuel Neuer; Benjamin Pavard, Jérôme Boateng, David Alaba, Alphonse Davies; Joshua Kimmich, Leon Goretzka; Kingsley Coman, Thomas Müller, Serge Gnabry; Robert Lewandowski.
       
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