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Como o Athletic Bilbao sustenta sua identidade e sua tradição no “futebol moderno”


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Torcer para o Athletic Bilbao possui um significado que não se limita apenas ao futebol. Mais do que um clube, os leones são uma bandeira do País Basco. Durante os momentos de maior repressão na Espanha, o time significou uma válvula de escape ao nacionalismo basco, especialmente a partir do momento em que o governo barrou a contratação de estrangeiros – sobretudo os ingleses, que ajudaram na formação de um dos clubes mais tradicionais do país. Desde então, o Athletic abraçou de vez sua identidade. Passou a admitir apenas jogadores locais. Uma maneira inicial de confrontar o franquismo, que se seguiu nas décadas posteriores como símbolo de orgulho local e de pertencimento.

Manter a política de contratações, no futebol atual, tem uma série de implicações ao Athletic. Antiga potência nacional, já não dá mais para competir da mesma maneira com Barcelona e Real Madrid. Ainda assim, os leones fazem um trabalho incrível dentro de suas possibilidades. Mantêm categorias de base fortíssimas e não precisam vender os seus grandes destaques para fazer caixa – a exemplo de Ander Herrera e Javi Martínez, que saíram após o pagamento da multa rescisória, ou de Fernando Llorente, que esperou o fim do contrato. Apesar alternativas limitadas, os bascos seguem competitivos. E também veem a sua própria identidade se adaptar à globalização, com os exemplos recentes de imigrantes e estrangeiros no elenco.

Lidar com as implicações de sua postura não é simples para o Athletic, em um futebol de cada vez mais fortunas empreendidas em transferências. Apesar disso, o valor de se apegar às próprias raízes supera a contrapartida. É o principal caminho para exaltar a cultura de seu povo. Neste domingo, o ótimo Copa90 publicou um pequeno documentário contando um pouco da trajetória dos leones e discutindo as suas dificuldades no “futebol moderno”. Vale assistir. O áudio tem trechos em inglês e espanhol, e é possível também ligar as legendas traduzidas para o português:
 

http://trivela.uol.com.br/video-como-o-athletic-bilbao-sustenta-sua-identidade-e-sua-tradicao-no-futebol-moderno/

 

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    • Leho.
      Por Leho.
      📅 Hoje, 16/01
      ⏰ 15h30
      📺 ESPN Br e Star+
      🗣️ Cesar Soto Grado
      🏟️ King Fahd Stadium (🇸🇦)

      🔰 Escalações:

    • LC
      Por LC
      Zurique, Suiça. 15 de Dezembro de 2063
      Verão europeu e eu aqui vestindo um terno Dolce & Gabana para a minha homenagem na festa da Fifa como o melhor treinador de Futebol. Engraçado que só agora que cheguei  aos 90 anos sou homenageado, ainda bem que estou vivo para rir deles. A Lete chega ao quarto e me ajuda a dar o nó na gravata, pois ela sabe que nunca aprendi a fazer isso. Chega a limousine e vamos para a sede da Fifa.
      Lá encontro velhos amigos dos tempos de gramados, como o Joaquim Cycle, Alex Watson, Speedmaster, Lipe Rocha, Riquelme, Cadete, Burkina,Oplaay, Janeka, Reus, Soldado, Doutor Andreh, Gilson, Danut, Jio Hernandes, Kixa, Henrique M, Jirimias, entre tantos outros. Começa a grande festa e já estou com vontade de sair rápido dali e ir tomar uma cerveja com meus amigos, que minha esposa não me escute.Ficamos para a festa e cumprimento cada um dos meus amigos e começamos a lembrar dos tempos de glória e quando sentados no banco transformávamos um simples time num verdadeiro esquadrão de ganhar títulos. Lembramos dos que já partiram também e a emoção é tão forte que a Lete me passa o remédio do coração, é meus amigos o tempo passa e é cruel. Final da festa e pegamos um jatinho de volta a velha e boa Bilbao aonde vamos ficar dois dias antes de voltar para nossa casa em Nottingham, estamos quase em finais de Dezembro e meus netos, Gabriel - 12 anos e Pablo -8 anos, estão vindo. A casa ficará cheia de novo.
       - Os meninos chegam no voo das 08:00 horas e é melhor você vir dormir. Não tem mais idade para ficar até tarde acordado.

      - você está certa, mas vou demorar mais um pouco aqui, a festa de ontem ainda não saiu da minha mente. São muitas lembranças.


      17 de Dezembro de 2044 - A chegada dos netos.


      Acordo cedo para ir com o motorista ao aeroporto buscar meus netos Gabriel e Pablo, a Esther, minha filha chegará somente na manhã do dia 24 e até lá terei tempo suficiente para fazer uma bagunça com meus netos, que a Lete não me ouça se não acabo levando uma panelada. Caraca depois de tanto tempo ela não perdeu essa mania. No aeroporto meus netos correm para me abraçar e na ida para casa eu passo na loja do Nottingham e compro dois kits de camisas do Forest para presentea-los. Chegamos em casa e logo correm para vestir as camisas e irem bater bola no campinho da Mansão.

      - Vem vovô. Vamos jogar bola.
      - Quer me matar do coração Gabriel? faz muito tempo que não jogo bola
      - Então conta como o senhor começou no futebol,pois sabemos que o senhor jogou no América FC. Só não sabemos por onde começou.Qual foi seu primeiro clube como treinador?
      - É verdade Pablo. Essa história eu nunca contei a vocês. Venham aqui e fiquem quietos, pois vou precisar de silêncio para lembrar. A minha memória anda fraca e por isso quero que fiquem quietos e ouçam a história...
       

       
       - Tudo começou quando eu estava em Bilbao visitando meu Bisabuelo. Tinha acabado de me formar em Biologia e por ter me formado com as melhores notas o meu pai, seu Bisavô, me deu de presente 30 dias em Bilbao para visitar a família. Eu estava numa adega bebendo uma caneca de vinho com alguns amigos quando Rosita, minha prima, nos falou sobre um festival de rua. Fete de Bayonne - Maior Festa de Rua da França e que que ficava no lado Basco da França.Tome o hedonismo desenfreado da festa de rua espanhola e depois faça do jeito que os franceses maravilhosos fariam, e você terá uma grande festa. Durante cinco noites as ruas da antiga capital basca francesa de Bayonne se enchem de foliões.  
       

       
      O festival estava lotado de pessoas vinda de diversos lugares da Europa e também da América do Sul. Achamos uma adega e começamos a beber e a cantar. Reparei que num canto da adega tinham algumas pessoas reunidas e uma menina de traços orientais não tirava o olho aqui do seu avô.
      - Ai lete porque me deu essa panelada?
      - A história é sobre futebol e não de antigas namoradinhas, principalmente essa.
      - Se continuar me dando paneladas eu perco a memória de vez e neste caso a pessoa em questão é parte importante da história.
      - Vó deixa o vovô contar a história.
      - Está bem, vou ver como estão os preparativos do almoço, mas seu Luiz César eu estou de olho...
      - Resumindo. Eu conheci a Keiko neste festival, ela estava na França estudando artes cênicas e também jogava bola num time amador de Bayonne. Passamos a namorar e sempre que podia eu ia até Bayonne ver ela jogar bola. Jogava no time feminino do Aviron e eles já haviam sidos campeões regionais e fariam a grande final contra o time do Bordeuax Femme. Eu e a turma de amigos chegamos cedo ao pequeno Estádio do Aviron e ficamos conversando quando as meninas chegaram e falaram que o Técnico ( meio período) e Médico Obstetra tinham ido embora realizar um parto e que precisavam de alguém apenas para ficar na beira do gramado para fazer figuração. Eu e o Jonas Llorente nos prontificamos de imediato e eu avisei que ele seria o técnico e eu o Auxiliar Massagista. hehehe.

      - Vô porque o senhor colocou a mão na cabeça? Parece assustado. A vovó está preparando o almoço. kkkk
      - Fica quieto pablo. vai que sua avó escuta. Continuando. Neste dia Aviron perdeu por 3x2 para o time do Bordeaux, mas isso fez com que eu começa-se a gostar de ser treinador. Fiz um curso d etreinador na França e por indicação da Keiko eu acabei sendo auxiliar do doutor quando tinha jogos do Aviron. Como era apenas meio período eu trabalhava como Biólogo no Laboratório do Hospital de Bayonne. Um ano depois eu fui convidado a trabalhar no Sub-17 do Aviron e para isso acontecer eu fui a Itália aonde tirei meu Diploma pela UEFA:

       
      Assim começa minha aventura no Aviron Bayonnais, Clube da National 3- Região Nouvelle - Aquitaine. O correspondente a 5ª Divisão da França. Sejam todos bem vindos.
       
       

       
       
       
       
       

    • LC
      Por LC
      PAÍS BASCO: A HISTÓRIA DE UM POVO.


      Aeroporto de Bilbao – País Basco - Espanha

      “ Começa a anoitecer em San Sebastian. A longa tarde de verão escurece rapidamente sob o véu do “sirimiri”, uma chuva fina e permanente que ensopa as roupas e, por fim, os ossos. Dois engarruçados sobem ao palco que preside ao comício da Henrri Batasuna – Unidade Popular, HB. Queimam duas bandeiras. Uma espanhola e outra francesa. O ritual, que antecede os discursos, surpreende os fotógrafos menos precavidos. Celebradas as palavras de ordem do último orador, a assistência ergue o punho direito e inicia um segundo momento ritualista, entoando o “Eusko Gudariak”, hino dos combatentes bascos. De repente, em uníssono, milhares de gargantas soltam um arrepiante grito contínuo e modulado, que acompanha a música e as palavras. O “irrintzi” é um grito trágico, remoto e perturbador que parece arrancado as entranhas de um antiquíssimo e inacessível mistério. De semelhante, talvez haja apenas para lhe comparar os gritos cerimoniais das mulheres árabes. Ou, mais sintonizados  com o conhecimento comum, os gritos característicos das tribos índias americanas. Quem algum dia o escutou percebe por razão a historiografia basca chama ao povo de Euskadi, “os índios da Europa”.
         Recuar no tempo através desse grito insólito, devolver-nós-á uma imagem de imemorial crueldade. Fosse em nome do bom Deus, em prol do “Estado uno e forte”, ou da Democracia Ocidental, a verdade é que aos “índios da Europa” raramente bastou calar o seu grito. Pela violência, a assimilação, ou de outra forma qualquer, com pretextos diversos e em graus diferentes, o lento passar dos séculos foi-lhes invariavelmente adverso, quanto á sua língua, território, cultura e, consequentemente, no que diz respeito, até, ás suas próprias opções de cidadânia.”
      EUSKADI: A guerra desconhecida dos Bascos – RUI FERREIRA
      Esse texto é parte do  livro que ganhei em 2009 de um amigo de Lisboa, Portugal. Joaquim Cycle é torcedor do Sporting e  tem o Athlétic como um 2º clube.  Algumas pessoas acham que o povo basco é composto por terroristas por causa da Euskadi Ta Askatasuna. Tinha um amigo que por pouco não deixou de ser meu amigo por causa de um comentário infeliz sobre o Athlétic. Ele recriminou  a forma de como o Athlétic só contrata jogadores de origem basca e que no mundo globalizado de hoje é um retrocesso. Ledo engano meus amigos. Isso é uma forma de mantermos nossa unidade, nossa nacionalidade, pois até mesmo nas escola é proibido ensinar Euskara, a língua basca. Não vou entrar na parte política da situação, apesar de que as vezes é deveras necessário para poder explicar o nosso povo, a nossa nação. Meu bisabuelo era basco e foi morar ainda jovem no Brasil. Se encantou por uma bela morena carioca e o restante é óbvio. Sou casado e tenho duas filhas, que procuro ensinar  as origens da nossa família. Sou Basco e me orgulho disso. Somos um povo alegre e amigável e que amamos o futebol. Em termos de clubes Bascos existem pelo menos mais de 20 clubes, sendo que os mais famosos são: Athlétic Club Bilbao, Real Sociedad, CA Osasuna, SD Eibar, Deportivo Alavés, Barakaldo CF, CD Baskônia e Club Portugalet. Já treinei alguns desses, menos Real Sociedad por que detesto. É questão de torcedor. Hoje estou em Bilbao para uma palestra sobre os times Bascos na Liga da Espanha. Algumas pessoas  falam sobre eu ser um Basco, pois muitos pensavam que eu era um espanhol que mora em Nottingham. Vou aproveitar o espaço e falar sobre a cultura, as comidas e principalmente do futebol basco. Farei o possível para não enveredar para o lado político.
      • - Boa noite a todos e vamos começar a palestra com uma frase de Victor Hugo: " Um Basco não é Francês. Não é Espanhol. É simplesmente um Basco."
       
       
      PS: Save a espera do FM 2017 e que aos poucos vou falar sobre os clubes Bascos e claro que vai ser FM+Texto. Aguardem e continuem acompanhando e sobretudo comentando o save.


       
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