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Leonardo: 'O futebol brasileiro está fechado para o mundo'


Gourcuff

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Leonardo: 'O futebol brasileiro está fechado para o mundo'
Com a experiência como técnico no Milan e na Inter de Milão e dirigente no Paris Saint-Germain, o ex-lateral é franco: o Brasil não forma jogadores, técnicos, dirigentes e, por isso, nosso futebol está pobre e sem público

 

Poucos são os que se lembram de Leonardo Nascimento Araújo por sua habilidade como lateral esquerdo e meia de São Paulo, Flamengo, Milan, Paris Saint-Germain e Seleção Brasileira tetracampeã em 1994. Radicado na Itália, Leonardo é o brasileiro que foi técnico de Milan e Inter de Milão e diretor esportivo do PSG, time que ressurgiu desde que os bilhões árabes formaram uma equipe com o sueco Ibrahimovic e os brasileiros Thiago Silva, David Luiz e Lucas. A experiência como técnico e cartola dá a Leonardo a segurança para cravar que o futebol brasileiro ficou para trás. “A gente achava que era só colocar a camisa amarela, disputar a Copa e – uau! – marketing natural. Isso acabou”, diz nesta entrevista a ÉPOCA. Afastado do futebol em 2013 por 14 meses após empurrar um juiz, Leonardo anulou a punição na Justiça e pretende voltar a trabalhar como manager – mistura de técnico e dirigente – em 2016.

ÉPOCA – O técnico brasileiro está atrasado? Na Europa falam no fim do esquema, em jogar sem zagueiro de origem. Aqui ainda falamos em volante cão de guarda para fechar a zaga.
Leonardo – Ele não está dentro do circuito internacional. Se não tem acesso a outras informações, dificilmente consegue desenvolver uma nova ideia. Ele está fechado para o mundo. Não adianta só ir uma semana à Europa para ver os treinamentos.

ÉPOCA –Estar distante dos polos de conhecimento, sobretudo da Inglaterra e da Alemanha, deixa-os desatualizados, incompletos?
Leonardo – Claro. A formação do treinador brasileiro é empírica. Não tem formação de base. O treinador na Europa faz dois, três, quatro anos de curso para ser treinador. Para ser treinador na Europa eu fiz dois anos do curso da Uefa (entidade que rege o futebol europeu), na Itália. Depois desenvolve as ideias dele, mas está sedimentado em uma base teórica. A Uefa regulamentou. Hoje existem cursos no Brasil que não são reconhecidos por ninguém. Não valem na Europa, não valem internacionalmente.

ÉPOCA – Você vê no Brasil algum bom exemplo? O Tite no Corinthians? Ele aparenta ter um trabalho estruturado, com estilos de jogo comuns na Europa como construção de jogo com mais passes e menos chutões ou "lançamentos".
Leonardo – Temos grandes treinadores para a realidade do Brasil. Os melhores dos últimos tempos foram motivadores. Essa coisa de juntar um grupo, fechar, facilitar que algumas individualidades fossem muito bem. Isso aconteceu muito. Não é que Vanderlei Luxemburgo, Tite e Muricy Ramalho tenham ganhado por acaso. Só que eles ganharam aqui. Eles se adaptaram a uma realidade brasileira. Isso foi ótimo. Mas falta um treinador atualizado para o panorama geral.

ÉPOCA – Como o treinador brasileiro é visto na Europa?
Leonardo – Historicamente, o treinador brasileiro nunca teve grande mérito. Nas nossas conquistas, até pela própria seleção, o mundo não o reverenciou. Talvez o único seja o Telê Santana (técnico da Seleção Brasileira nas Copas de 1982 e 1986). Mas que também não trabalhou no exterior. O treinador brasileiro foi um pouco estigmatizado por não ter uma incidência real no time. O europeu dá uma identidade clara a ele. O brasileiro, menos.

ÉPOCA – A fama da Seleção Brasileira não é mais suficiente?
Leonardo – Durante muitos anos a gente produziu jogadores de forma empírica. Jogadores terminavam a formação deles na Europa. Todos que brilharam terminaram a formação lá. Ronaldo virou Ronaldo na Europa. Ronaldinho virou Ronaldinho na Europa. Kaká virou Kaká na Europa. Mas isso não tem vida longa.

ÉPOCA – Os clubes não conseguem formar atletas?
Leonardo – As instituições, devagar, foram perdendo credibilidade, poder, receita. O futebol brasileiro virou um produto menos atrativo, produto que só se vende no Brasil. A gente vê na televisão, se satisfaz com o dinheirinho que entra e acabou ali. Tudo o que falarmos da parte técnica é consequência da política. Não existe política de formação de treinador, de dirigente de clube. Quem é (o dirigente)? É o cara apaixonado que se candidata, está ali há anos porque é apaixonado, é sócio. Mas que formação ele tem? O que o empresário que vende chocolates tem a ver? Com o tempo tudo isso diminuiu muito a capacidade de produção do futebol.

ÉPOCA – O futebol brasileiro guardou dados sobre os nossos atletas?
Leonardo – A gente não mapeou nada. Produzimos Pelé, Zico, Ronaldo, e cadê nosso know-how? Não existe. Ninguém tem. Nenhum clube passou de um para outro, não existe sequência.

ÉPOCA – O que o europeu tem de estatística, de banco de dados, que o brasileiro não tem?
Leonardo – Um jogador se divide em quatro áreas que depois são subdivididas: a parte técnica (individual), a tática (coletiva), a médica e a psicológica. São as áreas cardinais para fazer avaliação do jogador. Principalmente falando de formação, o menino tem que ser acompanhado em tudo. Quero ver se hoje o treinador e o diretor de um clube sabem tudo o que esse jogador faz, a vida dele. Porque a vida dele tem que ser focada. Tem que viver pra isso. Quero ver se ele sabe quem é a família, qual é a escola, o que ele come, onde está quando não está no treinamento,  que tipo de coisa tem que dar para o menino render o máximo, que tipo de perfil psicológico ele tem para facilitar a imersão dele em um time, em uma cidade. Quem conhece esse menino em um momento de risco de contusão? Não é que isso não exista no Brasil. Mas não há um know-how que vire metodologia. A nossa metodologia é ter um treinador que fica um ano, dois, vai embora com tudo debaixo do braço, chega outro, faz outra coisa, e vai andando.

ÉPOCA – Algo se perdeu com o tempo neste aspecto?
Leonardo – Nós tivemos uma coisa muito legal, que ninguém dava, e a gente dava, que era liberdade de criação grande. Essa era nossa prática. Deixe ele jogar, deixe ele viver. A escola europeia já era contrária. Só que ela desenvolveu metodologias de formação do coletivo e melhorou a individualidade, e a gente ficou na individualidade, sem melhorar o coletivo, sem controlar o processo de formação. Com o tempo a organização de um jogo bate a jogada individual.

ÉPOCA – Romário tinha um treinador no PSV que o ajudava fora de campo para adaptá-lo à cidade...
Leonardo – Guus Hiddink. Foi meu treinador também. E tem que ser. O clube tem que ter o entendimento do que precisa para ele render mais. Aqui a gente fica com tentativas e erros. A gente tenta, vê no que dá, tenta de novo, e aí fica realmente complicado.

ÉPOCA – O que Conmebol e CBF precisam fazer?
Leonardo – Dirigentes no Brasil discutem votos nos clubes, nas federações, na Fifa, encontros em assembleias da Fifa, apenas questões políticas. Quem discute formação, homologa cursos? Quem leva informações daqui para fora, quem traz de fora para dentro? Não existe integração. O futebol brasileiro está fechado. Temos um produto nacional. É um erro de conceito. O Brasil está fora do circuito mundial.

ÉPOCA – Na Europa há clubes com donos, ingleses e franceses, há clubes com empresas como sócias, alemães, e há clubes com conselhos, italianos. Qual modelo é melhor?
Leonardo – Não acho que há melhor ou pior, não. Se você pega Barcelona e Real Madrid, eles têm uma política tão complicada quanto (a dos clubes) do Brasil. Só que eles têm uma coisa que faz diferença, o poder econômico. No Brasil temos problemas de política e não criamos novas receitas. Os clubes não têm dinheiro. De onde vem o dinheiro de clubes europeus? Do campeonato nacional e da Liga dos Campeões. Qual a competição internacional que os clubes brasileiros participam?

ÉPOCA – Libertadores.
Leonardo – Quanto ela produz para um time que ganha? € 5 milhões, mais ou menos. Sabe quanto ganha um time que ganha a Liga dos Campeões? € 65 milhões mais prêmios de contratos publicitários. O Brasil participa de uma competição em que paga para participar. E quem busca a Liga dos Campeões das Américas? No Brasil a gente fica comendo na mão dessas instituições que organizam uma Libertadores que não é rentável. O que ela te dá? Nada. A visão que temos do futebol é extremamente política. As decisões quase sempre são tomadas para se manter no poder. As decisões não são tomadas em prol de um produto melhor. Falta visão e diálogo.

ÉPOCA – A hierarquia do futebol brasileiro, com federações e clubes, ainda funciona?
Leonardo – Todo mundo é vítima de um sistema arcaico. Acabou. Já funcionou, deu certo, foi inventado assim, mas hoje o mercado pede outra coisa. O campeonato interno está baixando o nível, as pessoas têm menos interesse, vão menos ao estádio, e aí formamos piores jogadores, piores treinadores. É uma sangria desatada. Os clubes poderiam se organizar para fazer isso melhor, e eles poderiam ser estimulados, promovidos, divulgados por instituições. Que seja uma liga, que seja a CBF, seja quem for, 24 horas por dia, para desenvolver um produto não só com uma visão nacional, porque nacionalmente a gente não vai conseguir ser competitivo em alto nível.

ÉPOCA – Então a CBF tem problemas políticos, as federações, também, e os clubes, também. Ninguém é vilão, nem mocinho. De onde sai a mudança? Tem que ser externa?
Leonardo – Ou você precisa de força política, ou econômica. Se hoje alguém chegar para os clubes e dizer: quanto você ganha? Dez? Vou te trazer vinte. Vem comigo? A ideia tem que ser financiada.

ÉPOCA – Há em curso uma oferta da MP & Silva para formar uma Liga dos Campeões das Américas e uma Liga Sul-Minas Rio que começa a aparecer. O que acha delas?
Leonardo – A Liga dos Campeões das Américas tinha que existir há muito tempo. Nunca vi dirigente brasileiro discutindo isso. Primeiro que temos um mundo, digamos, sedento por eventos, por futebol, que seria os Estados Unidos, lugar onde você pode encontrar dinheiro. É um mundo que ninguém nunca explorou, e não sei por quê. Teria que ter uma Liga dos Campeões que envolva os Estados Unidos. Na Europa, o dinheiro está na Inglaterra, na França, na Alemanha, não nos países menores. No caso das Américas, está nos Estados Unidos.

ÉPOCA – E a liga?
Leonardo – É um produto que nasce hoje por briga política, não por visão econômica. Nasce por uma briga de federações com os clubes. É uma solução paliativa. Pode ser o esboço de uma futura liga? Pode ser. Mas agora era o momento as lideranças sentarem e tentarem encontrar uma saída que seja boa para todo mundo. Todas as instituições estão fragilizadas. Todas elas. Qual está forte, moralizada, organizada, rentável? Não tem. Inclusive a CBF. Pode ter dinheiro, mas não tem todo o resto. Este é o momento. A liga tem que nascer nacional. A liga está financiada?

ÉPOCA – Até agora não tem TV, nem patrocínio.
Leonardo – Que liga é essa?

ÉPOCA – Por enquanto há só a briga entre Alexandre Kalil e CBF, “casa do 7 a 1”, como ele a chamou.
Leonardo – Exatamente. Ela não tem nem condições econômicas, porque não está financiada, nem políticas, porque não é unificada. Agora imagina que eu seja italiano, alemão, japonês, americano ou africano. A notícia nunca chega lá, mas vamos supor que ela chegou. “Liga Sul-Minas-Rio nasce no Brasil”. O que é isso? Como posso entender o que é isso? É uma demonstração a um futuro cliente de que você está construindo uma coisa que ninguém entende, não é vendável, não tem credibilidade. Com esse nome, já nasce morta. Não é questão de nome, mas dá a ideia de que não representa o futebol brasileiro.

ÉPOCA – Há resistência de paulistas. Roberto de Andrade [presidente do Corinthians] já falou que não quer, Paulo Nobre [do Palmeiras] não vai a reuniões. Dá para sair sem paulistas?
Leonardo – Não dá. Não tem que sair sem eles. Tem que sair com âmbito nacional. Se o Nobre não vai, não vai por uma questão política. Se amanhã disser que ele ganha dez, mas vai ganhar vinte, ele vem. Tem que ser muito prático. Tem que ter um projeto com novas receitas, bom para todos.

ÉPOCA – O confronto político dos clubes com a CBF não pode deixá-los em má situação?
Leonardo – Não precisaria de confronto, guerra. Não acho. Contra fatos não há argumentos. CBF não existe sem os clubes, os clubes existem sem CBF. Não acredito que seja bom para a CBF ter um campeonato ruim, no qual ela teoricamente tem um pouquinho de controle, mas não tem gerência total. Organiza tabela, escolhe juiz, define campo, estabelece horário, mas não é isso. A visão tem que ser comercial.

ÉPOCA – No Brasil o governo usou a dívida fiscal para forçar algumas regras por meio do Profut. Na Espanha, o governo foi mais radical e interviu para haver uma divisão mais igualitária das cotas de televisão. Como você vê a intervenção do governo na gestão do futebol?
Leonardo – O governo tem que controlar como controla qualquer outro setor. Se há falcatrua, quem regula tem que atuar. Não existe dizer se campeonato deve ser assim ou assado. O governo não deve entrar nisso, até porque é realmente privado. O clube não é público, as federações não são públicas, e um dia o governo deu o poder de organização a essas entidades.

ÉPOCA – O Profut, especificamente, com regras de limitação de mandato, responsabilização pessoal do dirigente por gestão temerária...
Leonardo – Tudo isso é em função de má gestão. O governo está muito distante, tem muito pouco conhecimento do que é isso. Acho difícil o ministro do Esporte saber exatamente o que acontece lá dentro. O governo poderia até estar sentado nessa mesa conversando. Nesse momento teria que ter uma conversa muito profunda. Mas não brigando ou impondo.

ÉPOCA – Alguns clubes brasileiros tentaram ter CEO. É pré-requisito para profissionalizar?
Leonardo – Temos que formar pessoas que tenham capacidade para aquele cargo. Não adianta pegar o mesmo diretor de futebol e remunerá-lo. Isso não é profissionalizar. Se não tem competência daquilo, não é profissionalizar. A gente está aqui batendo palmas para a Europa. O (time que está em) último lugar da Premier League (liga inglesa) fatura o triplo do primeiro do Brasil. A gente achava que era só colocar a camisa amarela, disputar a Copa do Mundo e, uau, marketing natural. Isso acabou. Acabou.

ÉPOCA – Isso tem que partir dos clubes, mas os próprios clubes são fechados. O São Paulo está no meio de uma crise em que o diretor socou o presidente, mas não muda. E aí?
Leonardo – Mas aí é que entra a grande instituição por trás. Ela que leva, direciona. Ela tem que direcionar a gestão de um clube. Se a gestão está desfavorecendo um clube, ela tem que intervir.

ÉPOCA –Quem é a grande instituição?
Leonardo – Hoje seria a CBF, mas sob o controle de alguém. A própria CBF teria que estar em um estatuto no qual ela é controlada por um conselho gestor ou de ética. pelos clubes. Se ela organiza o campeonato, ela tem que ser controlada pelos clubes. Se um clube não cumpre o seu papel, não arca coma as suas responsabilidades, não age com ética, ele é punido ou até proibido de ser inscrito no campeonato caso seja o caso. Um clube mal administrado atrapalha o campeonato. E não é só ida. É ida e volta. Se a CBF não realizar o que tem que realizar, tem que ser cobrada por isso. Existe hoje uma política que claramente deteriora o clube. Teria que ter intervenção. A CBF tem que chamar e perguntar: vem cá, qual é o problema? Aqui a gente não tem isso. A CBF não participa da discussão no real dos problemas dos clubes, ninguém entra, o São Paulo está lá do jeito dele, e muitos outros até piores, e falta a grande conversa do produto final.

ÉPOCA – A tragédia do 7 a 1, então, é muito anterior àquele jogo.
Leonardo – Muito anterior. Aquilo ali é a consequência drástica. Talvez nem precisasse do 7 a 1 para que a gente entendesse. A única coisa que restava aquele 7 a 1 destruiu: a nossa autoestima.

ÉPOCA – Isso [7 a 1] ainda pode ser gancho para mudar?
Leonardo – Acredito em trabalho. Não acredito em achar que nosso jogador nasce, joga bola, chuta bem. Isso vale para Pelé, Maradona, Messi, Cristiano Ronaldo. São pontos fora da curva e não servem como base. O que serve é aumentar o nível da média. Se a média for 80% ruim, o campeonato é fraco. Se a média for mais alta, o produto fica muito melhor.

ÉPOCA – Você foi convidado a ser CEO da Liga Sul-Minas-Rio?
Leonardo – Não considero um convite oficial. Houve uma consulta, até porque conheço essas pessoas, por meio do Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo. Ele sabe o que eu penso.

ÉPOCA – Aceitaria um cargo no futebol brasileiro?
Leonardo – Eu olho o organograma do futebol brasileiro e não consigo almejar um cargo porque não acredito que me encaixo no perfil de liderança  nessas funções. Gostaria muito de participar, mas vejo a engrenagem muito engessada, a mentalidade muito fechada, viciada. Acredito em um grande movimento de pessoas que idealizassem um novo sistema. Um sistema independente de gestão que visasse o desenvolvimento esportivo, social e econômico do futebol brasileiro. Imagina um futebol moralizado, rentável e engajado em causas sociais. Seria um exemplo extraordinário. Teria um impacto fortíssimo, inclusive no desenvolvimento do nosso país, que tanto precisa. Isso eu aceitaria.

http://epoca.globo.com/vida/esporte/noticia/2015/11/leonardo-o-futebol-brasileiro-esta-fechado-para-o-mundo.html

Destaco duas frases:
"A nossa metodologia é ter um treinador que fica um ano, dois, vai embora com tudo debaixo do braço, chega outro, faz outra coisa, e vai andando" e "É uma demonstração a um futuro cliente de que você está construindo uma coisa que ninguém entende, não é vendável, não tem credibilidade. Com esse nome, já nasce morta. Não é questão de nome, mas dá a ideia de que não representa o futebol brasileiro"

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Bela entrevista,muitos pontos ali a serem destacados como metodologia,venda do produto.

As instituições, devagar, foram perdendo credibilidade, poder, receita. O futebol brasileiro virou um produto menos atrativo, produto que só se vende no Brasil.

Uma verdade um produto exclusivo (no sentido ruim) nosso.

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Outro cara que é extremamente supervalorizado por ter conhecimento no meio de leigos.


É o mesmo caso do Tite, treinador mediano pra qualquer lugar do mundo, mas como a gente tem Dunga na seleção ele é tratado como o novo Telê Santana.

Mas é uma entrevista interessante.

Destaco duas frases:
"A nossa metodologia é ter um treinador que fica um ano, dois, vai embora com tudo debaixo do braço, chega outro, faz outra coisa, e vai andando" e "É uma demonstração a um futuro cliente de que você está construindo uma coisa que ninguém entende, não é vendável, não tem credibilidade. Com esse nome, já nasce morta. Não é questão de nome, mas dá a ideia de que não representa o futebol brasileiro"

Essa primeira frase que você destacou não tem nada demais. Só falou senso comum aí. Qualquer pessoa que observa um pouquinho o futebol brasileiro tá ciente disso.  

Inclusive, pegando essa parte da entrevista, isso vai de clube pra clube. Atlético Paranaense, por exemplo, tem um programa de scout excelente. 

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Outro cara que é extremamente supervalorizado por ter conhecimento no meio de leigos.


É o mesmo caso do Tite, treinador mediano pra qualquer lugar do mundo, mas como a gente tem Dunga na seleção ele é tratado como o novo Telê Santana.

Mas é uma entrevista interessante.

Essa primeira frase que você destacou não tem nada demais. Só falou senso comum aí. Qualquer pessoa que observa um pouquinho o futebol brasileiro tá ciente disso.  

Inclusive, pegando essa parte da entrevista, isso vai de clube pra clube. Atlético Paranaense, por exemplo, tem um programa de scout excelente. 

 

Tite começou do buraco, ganhou um estadual com o Caxias, em cima do Grêmio que viria a ser campeão da Copa do Brasil no ano seguinte (sob o comando do próprio Tite), papou todos os títulos possíveis com o Corinthians, deu nome internacional ao clube, é campeão brasileiro com trocentas rodadas, mas ainda assim ele não serve.

Leonardo trabalhou como dirigente em três equipes de altíssimo nível. Será que é por acaso? Ele atua no meio de leigos? Se você se der ao trabalho de ler as entrevistas dele ou do Tite vai ver que eles entendem muito de futebol, parceiro.

O Tite não precisa ir treinar time gringo pra ser bom treinador, os resultados dele comprovam já.

Essa síndrome de cachorro que brasileiro tem enche o saco. Só o de fora que presta, o daqui sempre é pior.

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Não acho que a Liga Sul-Minas-Rio seja somente briga política, a maioria dos clubes (Exceto os cariocas) estão pensando em ampliar suas economias e os cariocas pensam mais na briga política com a FERJ.

Mas no resto falou muita verdade, esse assunto econômico do futebol brasileiro é pouco discutido desta maneira, é melhor ainda ver uma visão de um brasileiro que já viveu dos dois lados.

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Qualquer técnico no Brasil vai ser sempre mediano por que aqui só se ver o resultado. Quando o Tite começar a não ganhar títulos todo mundo vai começar a duvidar da capacidade dele também. Leonardo, marketeiro ou não, é de longe o cara nesse meio futebolístico brasileiro com mais conhecimento. Como ele mesmo diz, não acho que ele daria certo aqui no futebol brasileiro, mas é sempre um cara que curto ver as entrevistas.

E pra ser sincero, de uma forma geral, eu fico com a impressão que 90% desses jogadores de futebol nem gostar de futebol gostam, tão apenas pelo dinheiro. É comum ver declarações de jogadores dizendo que não acompanham nada de futebol, se o cara não gosta de acompanhar minimamente como vai entender quais são os verdadeiros problemas? Uma declaração daquela do Pelé dizendo que o Neymar é pior que um cara qualquer mostra que ele não tem a menor noção do que se passa no futebol. E isso por que estamos falando do maior jogador da história.

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No aguardo do cara que vai parar de falar de grandes mudanças estruturais, de meter o pau em algo tão generalizado como "o futebol brasileiro" e vai passar a tomar medidas ditas corretas no seu cotidiano dentro do meio esportivo.

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No aguardo do cara que vai parar de falar de grandes mudanças estruturais, de meter o pau em algo tão generalizado como "o futebol brasileiro" e vai passar a tomar medidas ditas corretas no seu cotidiano dentro do meio esportivo.

Exato, o cara meteu o pau em tudo, e depois diz que não daria certo aqui, é muito fácil falar, mas vir pra cá tentar mudar alguma coisa ninguém quer

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No aguardo do cara que vai parar de falar de grandes mudanças estruturais, de meter o pau em algo tão generalizado como "o futebol brasileiro" e vai passar a tomar medidas ditas corretas no seu cotidiano dentro do meio esportivo.

Exato, o cara meteu o pau em tudo, e depois diz que não daria certo aqui, é muito fácil falar, mas vir pra cá tentar mudar alguma coisa ninguém quer

As Federações tem dirigentes há 20 anos no poder, ex-Presidente da CBF preso, o atual Presidente não sai do país para não ser preso e mesmo assim ninguém faz nada pra tirar o cara do cargo, o calendário da CBF não para nas datas Fifa, simplesmente não deixariam um cara com a idéias de Leonardo, de Zico ter espaço por aqui, fica sempre a mesma patota junto com bobos corte (como Ronaldo gordo) que dizem amém a tudo.

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Tite começou do buraco, ganhou um estadual com o Caxias, em cima do Grêmio que viria a ser campeão da Copa do Brasil no ano seguinte (sob o comando do próprio Tite), papou todos os títulos possíveis com o Corinthians, deu nome internacional ao clube, é campeão brasileiro com trocentas rodadas, mas ainda assim ele não serve.

Leonardo trabalhou como dirigente em três equipes de altíssimo nível. Será que é por acaso? Ele atua no meio de leigos? Se você se der ao trabalho de ler as entrevistas dele ou do Tite vai ver que eles entendem muito de futebol, parceiro.

O Tite não precisa ir treinar time gringo pra ser bom treinador, os resultados dele comprovam já.

Essa síndrome de cachorro que brasileiro tem enche o saco. Só o de fora que presta, o daqui sempre é pior.

O trabalho de Leonardo em três times tops foi mediano. Na Inter pegou um time campeão do mundo, no PSG fez muito abaixo do que o time tem potencial pela grana que tem, e no Milan fez um trabalho positivo. Fora isso nunca trabalhou em nenhuma confederação, não tem nenhum curso de grande nome na área, simplesmente é um boleiro que fala bonito e todo mundo concorda sem nem interpretar o que ele diz. 

Essa mentalidade de brasileiro de achar que só porque jogou futebol conhece o meio é ridícula. Tem muito cara que nunca entrou num gramado, mas tem um trabalho excelente por fora. Tipo Alexi Portela, que tirou o Vitória da série C pra uma final de Copa do Brasil e alavancou a Copa do Nordeste, atraiu vários patrocínios, contrato de TV, etc(NÃO ESTOU DIZENDO QUE ELE DEVERIA TOCAR O FUTEBOL BRASILEIRO, tem que deixar assim porque tem gente aqui que matou aula de interpretação), na CBV nós tivemos um trabalho bom também, e tem alguns outros exemplos que eu não me lembro agora. Leonardo já organizou que competição? Nenhuma. Colocar ele pra gerir nosso futebol seria um teste. Ele fala certinho, usa terno, aí nego nem se dá ao trabalho de tentar compreender o que ele fala, que não é nada demais.


 "Essa síndrome de cachorro que brasileiro tem enche o saco. Só o de fora que presta, o daqui sempre é pior."  

Não tem isso. Não dá pra gente comparar um Tite com um José Mourinho ou Guardiola. O futebol brasileiro tá extremamente atrasado taticamente, aqui, o treinador que ganha tudo joga com um volante cão de guarda. Isso reflete muito o que é nosso futebol. E nosso atraso já é bem antigo, 2005, Luxemburgo foi pro Real Madrid e fez um péssimo trabalho, e naquela época ele era um treinador top aqui no Brasil, tinha ganho praticamente um título nacional por ano. Mas a gente prefere ficar com a mentalidade imbecil de "país do futebol", "pentacampeão" e se recusa a trazer um gringo pra treinar a seleção por causa desse ufanismo retardado. 

"Leonardo trabalhou como dirigente em três equipes de altíssimo nível. Será que é por acaso? Ele atua no meio de leigos? Se você se der ao trabalho de ler as entrevistas dele ou do Tite vai ver que eles entendem muito de futebol, parceiro."

Se tu procurasse interpretar o que eu digo tu teria entendido isso. Os "leigos" são os boleiros do Brasil: Gilmar Rinaldi, Ronaldo, Pelé, caras que falam tanta merda que um Leonardo da vida parece que é um gênio, um gestor excelente. Repito, o cara nunca trabalhou em NENHUMA organização de campeonato e fala com a maior propriedade disso. Se você ler as entrevistas desse cara - ou de qualquer outro - atento, duvidar de cada linha que ele fala, botar em xeque todos os argumentos dele, vai ver que ele tá longe de ser a salvação pro nosso futebol. Mas as vezes a gente simplesmente confia tanto, ou tem um pré-conceito tão fixo sobre a pessoa, que acaba destacando frases que em qualquer conversa de bar um pode formular, e acaba transformando palavras que são elementares como a bíblia pro sucesso esportivo.

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...

Cara, não tô falando que o Leonardo é sumidade no assunto, ou que o Tite está no top 5 dos melhores treinadores do mundo (até porque ele não tem material humano pra isso, já que o nível técnico do campeonato brasileiro está nivelado BEM por baixo). Só que eles tem seus méritos sim, e o Brasil estar repleto de imbecis não os diminui. E também, é óbvio que nem por eles estarem acima da nossa média nacional, que se deve dizer amém pra tudo o que eles falam.

Você acha que o Leonardo fala o óbvio, e que só tem chama atenção porque está no meio de leigos? Pra tu ver a qual ponto chegamos, onde o que deveria ser a regra geral, causa espanto e admiração.

Ou você tira o mérito do Leonardo falar esse "mais do mesmo" aí? Ele poderia seguir a onda e dizer que com hospital não se faz copa do mundo, o que Vasconcellos joga 10x mais que Neymar. Ou melhor, ele poderia nem falar nada, já que no Brasil ele é turista a anos...

Eu admiro quem tem a cara de vir na frente do microfone, falar com propriedade, e dizer que tá errado, e o porque tá errado.

Ele não precisa reinventar o futebol pra ter credibilidade. Basta falar sobre a grande bagagem de experiência que adquiriu esses anos lá fora, que já, ao menos, mostra um ponto de vista diferente, neste sistema viciado que é a CBF e seus asseclas.

Sobre o Luxa, lá teve a questão do treino físico também, que ele tentou implementar e os caras pegaram no pé dele. Mas não obstante a isso, é bastante claro pra mim que de melhor treinador do Brasil (à época) para treinar um dos (se não o) melhor time do mundo (também à época) é um passo maior que a perna.

Luxa falhou e mostrou que o Brasil desde antes já estava muito atrás do nível europeu (diferença esta que aumenta a cada dia). Mas e se tivesse tido sucesso, você acha que significaria algo diferente? Me parece claro que mesmo com o Luxa levando o Real à glória, estaríamos na mesma nhaca de hoje.

A CBF é corrupta, os dirigentes não tem responsabilidade e capacidade para dirigir os clubes, fazem conluio com agentes e usam os clubes em benefício próprio, a arbitragem é tecnicamente fraca, os jogadores não são profissionais, as quotas televisivas são distribuídas de maneira errada, as federações estaduais por vezes mais atrapalham que ajudam, o calendário é péssimo...Enfim, é tanta coisa errada...

E pra finalizar, esse papo de "Brasil, país do futebol" é pura balela da imprensa, que não serve nem pra boi dormir mais. 7x1 veio aí pra colocar o último prego no caixão.

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Um dos problemas que vejo aqui é essa necessidade absurda de sempre ter ex-jogadores ocupando cargos importantes. Como todo Flamenguista, Zico é meu maior ídolo e é um cara respeitado por praticamente todo mundo que gosta de futebol. Mas duvido que ele se tornasse um presidente melhor do que os que cuidam da gestão atual foram. No caso do Flamengo foi extremamente positivo pessoas do ramo empresarial colocarem certas práticas no clube que não aconteceria se o cargo fosse liderado por alguém que não tem a experiência necessária.

Isso serve pra técnico também, porque diabos maioria dos técnicos tem que ser ex-jogadores, sendo que boa parte desses técnicos tem, digamos, em sua maioria, um grau de instrução pequeno. A título de comparação, é totalmente diferente você ver uma entrevista de um técnico da NBA, NFL e das universidades em geral e ver a entrevista de alguns técnicos que não sabem nem falar direito. São muito mais instruídos e realmente parecem saber do que falam. Sei que isso passa por um problema de educação que é muito maior que essa discussão, mas não é nem um pouco meritório um cara se tornar técnico nos principais clubes brasileiros só pelo nome. Falavam do Pet ser técnico do Flamengo, por exemplo, mas qual a experiência do cara? Adoro Pet e comemorei cada gol dele, mas pera lá.

Na imprensa da mesma forma, vários dos meus comentaristas preferidos nem jogadores foram. Carlos Alberto Torres, por exemplo, é um dos caras que fala mais merda na televisão brasileira. 

Em suma, futebol brasileiro é muito pouco oxigenado com ideias e pessoas novas. São sempre as mesmas pessoas dando as cartas pra tudo. Ninguém é obrigado a concordar com o que o Leonardo diz, mas pelo menos ele foge do padrão de discussão que normalmente ronda o futebol brasileiro. O bola da vez dele esse ano (ou ano passado) foi uma das melhores entrevistas que vi nesse passado recente.

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  • Diretor Geral

[...] O bola da vez dele esse ano (ou ano passado) foi uma das melhores entrevistas que vi nesse passado recente.

Pois é, vim justamente falar desse programa.

Eu até compreendi o argumento do @RYUxd, e realmente o Leonardo tá com o discurso pronto e repetindo-o em alguns casos, é só pegar o programa do "Bola da Vez" da ESPN, de Agosto do ano passado e comparar:

Acho até que nesse vídeo acima -- apenas um trecho da ótima entrevista que ele deu (no link tem ela completa!) -- ele explica melhor e de forma mais prática como o nosso futebol é subaproveitado por quem o organiza, fiscaliza e administra.

Agora, mesmo repetindo o discurso, mesmo falando "mais do mesmo" na opinião de alguns, ele não deve ser taxado como "supervalorizado", me desculpe @RYUxd. Ele tem sim MUITO Know-How sobre futebol, principalmente sobre gerenciamento de futebol. Ele nunca expressou tanta vontade assim em ser técnico e realmente quando tentou ser, não foi lá essas coisas. O negócio dele é mexer com finanças e com o gerenciamento de clubes, e não à toa executou essas tarefas dentro do PSG, um dos clubes multi-milionários hoje.

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O trabalho de Leonardo em três times tops foi mediano. Na Inter pegou um time campeão do mundo, no PSG fez muito abaixo do que o time tem potencial pela grana que tem, e no Milan fez um trabalho positivo. Fora isso nunca trabalhou em nenhuma confederação, não tem nenhum curso de grande nome na área, simplesmente é um boleiro que fala bonito e todo mundo concorda sem nem interpretar o que ele diz. 

Só um adendo sobre a parte em negrito: curso da UEFA não é "curso de grande nome na área"? Porra, se isso não é, então o que é um "curso de grande nome na área", cara?!

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As Federações tem dirigentes há 20 anos no poder, ex-Presidente da CBF preso, o atual Presidente não sai do país para não ser preso e mesmo assim ninguém faz nada pra tirar o cara do cargo, o calendário da CBF não para nas datas Fifa, simplesmente não deixariam um cara com a idéias de Leonardo, de Zico ter espaço por aqui, fica sempre a mesma patota junto com bobos corte (como Ronaldo gordo) que dizem amém a tudo.

E ele só pode mudar as coisas trabalhando na CBF diretamente ou em federações?

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Só um adendo sobre a parte em negrito: curso da UEFA não é "curso de grande nome na área"? Porra, se isso não é, então o que é um "curso de grande nome na área", cara?!

O curso dele é de treinador, não de gerenciamento de futebol e competições. Que eu saiba, a UEFA nem tem curso nessa área.

 

Pois é, vim justamente falar desse programa.

Eu até compreendi o argumento do @RYUxd, e realmente o Leonardo tá com o discurso pronto e repetindo-o em alguns casos, é só pegar o programa do "Bola da Vez" da ESPN, de Agosto do ano passado e comparar:

Acho até que nesse vídeo acima -- apenas um trecho da ótima entrevista que ele deu (no link tem ela completa!) -- ele explica melhor e de forma mais prática como o nosso futebol é subaproveitado por quem o organiza, fiscaliza e administra.

Agora, mesmo repetindo o discurso, mesmo falando "mais do mesmo" na opinião de alguns, ele não deve ser taxado como "supervalorizado", me desculpe @RYUxd. Ele tem sim MUITO Know-How sobre futebol, principalmente sobre gerenciamento de futebol. Ele nunca expressou tanta vontade assim em ser técnico e realmente quando tentou ser, não foi lá essas coisas. O negócio dele é mexer com finanças e com o gerenciamento de clubes, e não à toa executou essas tarefas dentro do PSG, um dos clubes multi-milionários hoje.

Ele tem experiencia em gerir clubes, daí tem uma diferença grande em gerir competições. Se ele viesse a assumir uma função no gerenciamento da CBF, eu já acho bem interessante, porque é um cara que tem realmente muito conhecimento em gestão de clube de futebol. Pra gerir as nossas competições, já acho que precisava de um cara com mais experiência nesse aspecto. Que tenha contatos pelo Brasil com empresas de TV, possa atrair patrocínios e investimento, ou seja, fazer um trabalho parecido com o que foi feito na Copa do Nordeste. 

O "mais do mesmo" que eu me refiro, é que sempre que ele fala do futebol brasileiro, ele se limita a falar sobre essa desorganização de treinadores que passam pouco tempo, pouco trabalho de scout na base, calendário, coisa que todos nós sabemos que é um problema grave. Porém, o problema do futebol brasileiro é muito maior, e talvez até por falta de conhecimento da nossa realidade ele não enxergue isso. Não dá pra ficar comparando muito o Brasil com a Europa, como ele faz quase sempre, são regiões bem diferentes. E o "supervalorizado" é mundialmente, entre os brasileiros eu diria que ele tá no top 10 de melhores gestores de futebol facilmente, mas existem pouquíssimos, então é uma competição fácil de se ganhar. 

Mas eu valorizo algumas pontos que ele traz a debate, principalmente esse do marketing, que é muito mal trabalhado aqui. Nessa entrevista mesmo, tem uma parte bem interessante que é quando ele fala sobre como o "brasileirão" é destrutivo e não dá a menor possibilidade de vender a nossa liga pra fora.

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E ele só pode mudar as coisas trabalhando na CBF diretamente ou em federações?

Não mas a CBF pode pressionar os clubes para não contratarem ele.

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Acho que um cara de visão como ele seria mais adequado do que qualquer cara para gerir uma competição aqui, mesmo sem experiência no assunto, seria melhor que qualquer dirigente brasileiro.

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Não dá pra ficar comparando muito o Brasil com a Europa, como ele faz quase sempre, são regiões bem diferentes.

Mas é o centro do futebol atualmente, se queremos evoluir precisamos nos comparar com o melhor. Se não comparar o Brasil com a Europa, vai comparar com quem?

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  • Vice-Presidente

Qualquer técnico no Brasil vai ser sempre mediano por que aqui só se ver o resultado. Quando o Tite começar a não ganhar títulos todo mundo vai começar a duvidar da capacidade dele também. Leonardo, marketeiro ou não, é de longe o cara nesse meio futebolístico brasileiro com mais conhecimento. Como ele mesmo diz, não acho que ele daria certo aqui no futebol brasileiro, mas é sempre um cara que curto ver as entrevistas.

E pra ser sincero, de uma forma geral, eu fico com a impressão que 90% desses jogadores de futebol nem gostar de futebol gostam, tão apenas pelo dinheiro. É comum ver declarações de jogadores dizendo que não acompanham nada de futebol, se o cara não gosta de acompanhar minimamente como vai entender quais são os verdadeiros problemas? Uma declaração daquela do Pelé dizendo que o Neymar é pior que um cara qualquer mostra que ele não tem a menor noção do que se passa no futebol. E isso por que estamos falando do maior jogador da história.

http://www.goal.com/en/news/722/la-liga/2015/11/05/17036342/neymar-i-dont-like-watching-football?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter

O maior expoente da seleção brasileira sobre assistir futebol.

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O curso dele é de treinador, não de gerenciamento de futebol e competições. Que eu saiba, a UEFA nem tem curso nessa área.

Cara, sobre curso de gerenciamento eu não sei se ele tem, mas se não estou enganado e se minha memória não me engana, acho que a UEFA - ou a FIFA - tem curso nessa área sim. Mas não tenho certeza. Cheguei a ver algo bem por cima quando tava fazendo o TCC (não me aprofundei porque não era o grande foco), então não lembro com certeza...

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Porém, o problema do futebol brasileiro é muito maior, e talvez até por falta de conhecimento da nossa realidade ele não enxergue isso.

A que você se refere?

Cristiano Ronaldo tem 3 bolas de ouro e não assiste futebol. E daí?

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Leonardo tem razão. Na parte que fala que ele não daria certo no Brasil. Até porque apesar de criticar todo mundo não dá nem para chamá-lo de treinador de futebol. Treinou o Milan e foi mal, pegou a inter e não conseguiu o título italiano...

Esses caras que falam demais são um porre. E essa conversa de "seria mediano" é bobagem. Não vejo porque, por exemplo, o Tite, não teria condições de vencer as grandes ligas européias se treinasse os melhores times do campeonato.

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  • Vice-Presidente

A que você se refere?

Cristiano Ronaldo tem 3 bolas de ouro e não assiste futebol. E daí?

A gente estava falando de não gostar do esporte, cara. De estar ali só pelo dinheiro. No que você achou que estávamos falando?

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