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Futebol italiano testará cartão verde para premiar fair play dos jogadores


Bruno Caetano.

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[Trivela] Futebol italiano testará cartão verde para premiar fair play dos jogadores

Por: Leonardo de Escudeiro

Árbitro-Itália-2

Simulações e tentativas de ludibriar a arbitragem são problemas que afetam o futebol de todos os países do mundo, em diferentes graus dependendo da cultura do lugar. Na Itália, uma nova medida espera incentivar a coibição dessas atitudes, embora sua efetividade seja bem discutível. Neste final de semana, segundo o jornal La Stampa, a segunda divisão italiana implementará o cartão verde, que será aplicado para lances de fair play por parte dos jogadores.

Diferentemente dos cartões amarelo e vermelho, que representam uma punição, o cartão verde premiará atos de virtude dos atletas, como admitir uma simulação de falta, chutar a bola para a lateral para que um adversário contundido seja atendido ou avisar o árbitro caso uma decisão errada a seu favor aconteça. O cartão não se traduzirá em algum tipo de vantagem para os atletas que o receberem, mas serão computados em uma lista que, ao final da temporada, reconhecerá os atletas mais disciplinados.

A medida já foi utilizada em torneios de categorias de base da Itália, e seu objetivo, segundo os dirigentes italianos, é “destacar aqueles que ajudar a tornar o esporte um jogo e não uma batalha de instintos primários”. Apesar de haver aqueles que acreditam que a ideia dará certo, que influenciará o comportamento dos atletas em campo, é difícil imaginar que algo tão trivial que não trará nenhum benefício instantâneo aos jogadores de fato seja adotado, em meio a partidas que podem ser tão intensas. Mas, contanto que não atrapalhe o andamento de um jogo, qual o problema de tentar, não é mesmo?

= + = + = + = +

O que acham? Será que essa moda 'pega', ou exatamente por não valer nada - além de uma espécie de ranking - será pouco valorizado e utilizado?

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Não terá efetividade nenhuma, ao meu ver. Quem liga pra esses rankings? 

Talvez se esse cartão verde "eliminasse" um amarelo da soma total do jogador ao longo do campeonato (para diminuir a chance de ser suspenso) tivesse algum efeito. Mas mesmo assim, não vejo necessidade disso.

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Que baita bobagem.

Aliás, antes de ler o texto, ao ver somente o título, eu jurava que era nos moldes que o @-Igor propôs, o que eu até acho que acabaria tendo efetividade. 

Mas nesses moldes ai? Pura perda de tempo.

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Quem sugeriu essa regra ignorou completamente o fato de que as pessoas funcionam a base de punição/recompensa.

Cartões amarelo e vermelho funcionam porque? Porque punem efetivamente.

Se o cartão verde não recompensar da mesma forma que se pune (essa anulação de amarelo seria uma boa ideia), não vai funcionar mesmo.

Mas prefiro dar o benefício da dúvida. Se vier com ideia de mudança, é preferível corrigir a falha do que "arquivar" a ideia.

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Quem sugeriu essa regra ignorou completamente o fato de que as pessoas funcionam a base de punição/recompensa.

Cartões amarelo e vermelho funcionam porque? Porque punem efetivamente.

Se o cartão verde não recompensar da mesma forma que se pune (essa anulação de amarelo seria uma boa ideia), não vai funcionar mesmo.

Os cartões não são pra desencorajar os jogadores a não cometerem infrações, são pra garantir que existe um limite de infrações que podem ser cometidas.

Se o objetivo fosse desencorajar, teriam falhado.

 

Se esse cartão funcionasse como recompensa, sairia pela culatra rapidamente. De um dia para o outro haveria uma forma simples de burlar as punições existentes. "O outro time tem um jogador caído? Vamos passar a bola pro jogador mais importante do time pra que ele ganhe um bônus e fique impune de uma eventual suspensão".

 

Eu entrei achando que ia ser tipo o cartão azul, tirando o "malandro" de campo por um tempo determinado.

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Não vejo utilidade nenhuma em um novo cartão para premiar fair play ou para retirar o cartão amarelo. So imagino a cena de jogadores que batem o jogo inteiro e levam amarelo em seguida ficarem fazendo gestos de "honestidade" para o cartão amarelo ser retirado para em seguida continuarem batendo. 

Um comentário do Trivela: "Eu já falo há algum tempo que o futebol deveria ter um cartão entre o amarelo e o vermelho. Não entendo como uma entrada dura que coloca em risco o adversário e uma reclamação podem ser punidos com o mesmo rigor."

Essa sim acho que seria uma boa adição ao futebol. Porque também concordo que tirar a camisa em comemoração ou reclamar com o arbitro nunca deveria ter a mesma punição que uma entrada violenta.

 

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Existem diversos lances que dá pra classificar como 'amarelo é pouco, mas vermelho é muito'. A questão de adicionar cartões punitivos é interessante, mas pode deixar o futebol muito burocrático, e um cartão de peso menor que o amarelo pode ser tratado com um certo descaso.

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Existem diversos lances que dá pra classificar como 'amarelo é pouco, mas vermelho é muito'. A questão de adicionar cartões punitivos é interessante, mas pode deixar o futebol muito burocrático, e um cartão de peso menor que o amarelo pode ser tratado com um certo descaso.

O amarelo já tem o menor peso possível. Menor que isso é só advertência verbal, que não prejudica o jogador e nem o time.

O cartão amarelo é um aviso pra reduzir a agressividade (acúmulo gerando exclusão) e também tem a punição cumulativa da suspensão. Pra diluir isso, teriam que acabar com o amarelo e criar um cartão pra cada uma.

Aí as opções seriam: um cartão cujo acúmulo gera exclusão do jogo corrente, um cujo acúmulo gera suspensão de jogo posterior, e um cartão que gera exclusão temporária do jogo corrente.

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Vai confundir ainda mais os árbitros que não conseguem apitar e aplicar dois cartões.

Se a cada dois eliminasse um amarelo, ainda..

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Eu prefiro deixar as coisas como elas estão hoje. Não tem que premiar fair play em futebol, o árbitro tá lá pra dar mais tempo de jogo se necessário, pra dar amarelo se fizer cera ou fingir falta e por ai vai. Comodiz o Jênio, isso "pertence ao futebol". 

Esse tipo de coisa talvez funcione em divisão de base, onde tu tá formando o jogador. Agora, nas ligas de cima, que efeito isso vai ter? Ninguém vai deixar de fazer cera com 1x0 no placar e levando pressão do time adversário. 

O que tá faltando é ter árbitro bom. Menos cartões por reclamações, deixar correr mais o jogo e só usar o amarelo quando estritamente necessário. Hoje em dia o cartão amarelo tá banalizado. Tem falta que nego faz que devia mandar o "na próxima eu te amarelo" e, em geral, tem sido "vou te amarelar agora e na próxima é vermelho". 

Tá demais o cartão no futebol.

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    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Como sabem, iremos oferecer um FM 2021 para o líder do nosso ranking de atividades, com a primeira atividade já encerrada há algum tempo, chegou a hora de começarmos a criar o ranking.
      Ranking atual
      @LucasGuitar - 20 pontos; @Lucas Matías - 18 pontos; @Lanko - 16 pontos; @Henrique M. - 13 pontos; @joga - 12 pontos; @gm360, @Neynaocai, @Gundogan, @Ricardo Bernardo, @Roman, e @Valismaalane - 10 pontos @Andreh68 - 9 pontos; @fabiotricolor, @ggpofm, @dralzito, @bstrelow, @EduFernandes e @PedroLuis - 8 pontos @DiegoCosta7 - 7 pontos @marciof89, @div e @André Honorato - 6 pontos @passarin33, @CristianTh9, @AllMight, @Vini-Ministro da Educação, @SilveiraGOD., @Mings, @Bruno Trink, @TicianoB, @JGDuarte, @Stay Heavy, @Messias Götze e @Ariel' - 5 pontos @Goias270187, @Vannces,  @Tsuru, @CCSantos, @Darknite, @Lowko é Powko, @Buzzuh e @ZMB - 4 pontos @Serginho10, @Danut, @Queiroz14, @Bigode., @Ighor S., @-Lucas e @felipevalle - 3 pontos @maninhoc12, @pedrodelmar1, @skp e @David Reis - 2 pontos @munozgnm, @LuisSilveira, @Mandalorian, @joseroberto389, @Leho., @Bruno NoWaK e @luancampos89 - 1 ponto Atividades participantes (em andamento)
      Jogos Vorazes; Bolão NBA; Atividades participantes (concluídas)
      Copa FManager; Copa Quarentena; Fantasy da Premier League; O Jogo dos Tronos; O melhor onde for; Ranking de participação - Profissão Manager 2020; Bolão FManager; Fantasy da Champions League;
    • EduFernandes
      Por EduFernandes
      Daqui a pouquinho, 16h.
      Transmissão: DAZN
       
      Escalação da Juventus:

      Escalação do Milan:

       
      Nota de repúdio: CHEGA DE POSTAR ESCALAÇÃO COM VIDEOZINHO OU GIF, DESGRAÇA. Obrigado.
    • Lowko é Powko
      Por Lowko é Powko
      Prefácio
      A partir de hoje (06/05/20) darei início a um projeto que idealizei há muito tempo e que veio se materializando nos últimos dias. Eu gosto muito de história e geografia, e o futebol me interessa, na maior parte, nos que se liga a essas matérias. A economia, as questões sociais, geopolíticas e históricas que envolvem o esporte são muito mais interessantes pra mim do que o jogo em si, “dentro das 4 linhas”.
      Há anos, editei um update no Football Manager com o título “O Sul é o meu País!”, no qual eu criei uma breve história sobre a separação da Região Sul do Brasil, tornando-se um país independente, com as devidas implicações disso no futebol. Vale ressaltar aqui que não sou nem nunca fui separatista, e fiz o update apenas para exercício intelectual e diversão. Da mesma forma, também separei a Padânia, região centro-norte da Itália, do resto do país, e cheguei a projetar um update parecido com a criação de República do Nordeste.
      Essas simulações ficam bem mais interessantes quando há de fato uma proposta, alguma movimentação sobre o tema. Por isso, uma criação da Euskadi (País Basco, Pátria Basca) é mais interessante do que, sei lá, uma eventual junção entre França e Itália (?). Se colocarmos a questão “como seria a seleção do Império Romano?”, as coisas já começam a mudar, e isso depende muito do público que está consumindo essa informação e esse entretenimento.
      Tentarei, na medida dos meus conhecimentos e habilidades, divagar com uma razoável demonstração do contexto histórico, situação política, apresentação de mapas e imagens, entre outras coisas, tentando tornar o exercício o mais profundo possível sem se tornar enfadonho.
      É claro, é sempre um exercício de imaginação, e não um estudo sério. É, no final, uma brincadeira. Por isso, vou utilizar este tópico para escrever algumas besteiras, e conto com a colaboração de vocês, apontando os erros e os acertos, as opiniões divergentes e as ideias para próximas análises.
       
      E se... a Itália se separasse?
      _
       
      Um pouco de contexto
      A Padânia é uma região geográfica localizada no norte da Itália, cujo nome deriva do rio e do vale dominante na região, o Pó (Padus, em latim). Originalmente, a região era conhecida pelos romanos como Gália Cisalpina, e o termo Padânia, moderno, foi incorporado pelo movimento político regional Lega Nord (Liga Norte), federalista e, às vezes, separatista, como um possível nome para um país independente.
      O movimento Lega Nord, transformado num partido político, arrefeceu a luta pela independência e hoje tem se concentrado mais na proposta federalista, com um enfoque no “nacionalismo” e na maior independência da região. Em termos mais ou menos grosseiros, dá pra comparar a situação com a diferença entre a Região Nordeste brasileira em oposição às Regiões Sul e Sudeste, sendo a primeira a Itália e as outras a Padânia.

      Originalmente, o regionalismo se referia, como dito, ao vale do rio Pó. Entretanto, na década de 90, a nascente Lega Nord incorporou no conceito outras regiões, de acordo com uma proposta inicial de 1975, feita pelo antigo presidente do Partido Comunista de Emiglia-Romagna – onde ficam Bologna, Parma e Modena. A “Grande Padânia” incluiria, além de, inicialmente, Emiglia-Romagna, Veneto, Lombardia, Piemonte e Liguria, regiões circundantes, como Friuli, Trentino, Valle d’Aosta, Toscana, Marche e Umbria. A soma de todas essas regiões representa mais da metade da população e da área da atual República Italiana, e, quase com certeza, por volta de dois terços do PIB (embora eu não tenha feito as contas).

      De onde surge esse desejo? Podemos dizer que a separação econômica entre o norte e o sul da Itália é um fator determinante. O norte, historicamente mais industrializado, também se vê como mais “civilizado” - as instituições funcionam melhor, o povo é mais educado, entre outros. Do ponto de vista cultural, as regiões sofreram, via de regra, pressões de potência diferentes. O norte é muito marcado pelo Reino Lombardo, pelas repúblicas mercantes, pelo Sacro Império Romano-Germânico, pelas invasões napoleônicas. O sul, por sua vez, pelos Estados Papais, pelo controle bizantino e pelas invasões árabes. Vale ressaltar, também, que a geografia acidentada da península nunca foi uma facilitadora da unificação, com os Apeninos cruzando de norte a sul. Todos esses fatores em conjunto geraram condições para que os defensores da Padânia incluam regiões que originalmente não eram assim consideradas, por conta de similaridades nos padrões da sociedade civil, cidadania e governo.


       
      E se...
      Dito isso, passaremos a analisar como todos esses fatores influenciariam no futebol, sem criar uma história coesa para dar base a uma realidade alternativa onde a Itália se fragmenta. O interesse aqui é algo mais superficial, lúdico, e não acadêmico ou muito sério. Como seria o futebol nesses dois países? Primeiro, vamos elencar os times pertencentes a cada um dos países, Itália e Padânia, com base na separação já apresentada entre as regiões; segundo, vamos definir como seriam divididos os times nesses países – quantos times por divisão, a estrutura das divisões, etc.; terceiro, vamos especular como seria a distribuição das vagas nas competições europeias; quarto, vamos analisar a composição das seleções nacionais e suas potencialidades.
      Mas antes disso, e de forma conjunta, vamos abordar a quantidade de torcedores de cada time, segundo algumas pesquisas recentes.
      Segundo pesquisa do Instituto Demos & Pi, de 2010, a Juventus é o clube mais popular, com 29,0% dos torcedores, seguida por Internazionale, com 17,4%, e Milan, com 14,1%. Os três clubes seguintes são do sul do país, com Napoli (9,2%), Roma (7,4%) e Cagliari (2,1%). Fecham a pesquisa a Fiorentina (2,1%) e o Bologna (1,7%).

      Pesquisa dos Instituto Doxa, de 2003, indicava a seguinte distribuição: Juventus com 31,0%, Internazionale com 22,2%, Milan com 16,4%, Roma com 6,0%, Napoli com 4,2%, Lazio com 3,5%, Fiorentina com 2,7% e Torino com 1,9%.
      Outra pesquisa, apresentada em parte no site Statista.com, sem indicação de fonte e maiores detalhes (serviço pago) apresenta os seguintes números: 35% para a Juventus, 17% para a Inter, 14% para o Milan, 10% para o Napoli, 7% para a Roma, 3% para a Lazio e 2% para a Fiorentina.
      Por último, uma pesquisa de 2018 indicou o nível de apoio popular dos clubes que disputaram a Série A na temporada 17/18:


       
      Médias de público
      Dada a concentração das equipes no norte do país, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, é de se esperar que a média de público das três maiores equipes não sofra um baque tão grande. A situação é diferente no sul, onde rivais como Juventus, Inter e Milan serão substituídos por equipes do nível de Trapani, Cosenza e Monopoli, e mesmo se considerarmos um campeonato composto por menos clubes. As maiores equipes dos centros menos fortes (ou mais pobres) são quase sempre as mais beneficiadas por um futebol unificado, já que podem doutrinar sua base com um componente cultural e/ou regional e participar da divisão de um dinheiro ao qual de outra forma não teria acesso. É o caso do Athletic Bilbao, dos times da Itália e até mesmo da dupla de Porto Alegre.
       
      Vagas europeias
      Como ficaria a distribuição de vagas nas competições europeias? Pra definir isso de forma não muito aprofundada, mas com algum pé na realidade, decidi somar os pontos de todos os times de cada país e dividir por 7 (quantidade de vagas da Itália atualmente) em ambos. Essa conta resultou num resultado aproximado do que eu acho razoável, sem que nenhum país comece do zero, dado que nenhum deles é fraco, e com a possibilidade de crescer ao longo das temporadas.
      A Padânia, com 32,1 pontos, seria a 12ª colocada no ranking de países, enquanto a Itália, com 28,1 pontos, seria a 14ª. Essa diferença não teria efeitos práticos, já que para ambas as colocações as alocações da temporada 21/22 serão de 2 vagas na UCL, 1 vaga na UEL e 2 vagas na nova competição continental que a UEFA está criando para dar mais chances aos países menores.
      O meu palpite é que, com a passagem do tempo, a Padânia fosse ocupar o 5ª lugar, talvez brigando com a França pra ficar em 4º, e a Itália disputaria um degrau abaixo, com Portugal e Rússia.

       
      O futebol na Padânia
      Assim como na capacidade econômica, o futebol na Padânia é muito mais forte que na Itália. Dos 113 títulos nacionais do antigo país, 105 pertencem à região norte. Juventus, Internazionale e Milan dominaram o futebol nacional, com 71 títulos combinados. Além disso, conquistaram todos os 12 títulos que a Itália possuía no mais alto nível europeu, atual Champions League. Tudo isso é, agora, história.
      Credita-se à forte imigração sulista parte da força que os times nortenhos, em especial a Juventus, têm sobre o imaginário nacional. Os bianconeri têm, com folgas, a maior torcida do país, seguidos por, em ordem, Inter e Milan. A tese é que os trabalhadores que se empregavam no norte industrializado passavam a torcida pelo time que adotavam para seus familiares no sul. Uma das maiores empresas contratantes era a Fiat, da família Agnelli, cujos laços com a Juventus remontam à década de 20 e se mantêm até hoje.
      E aqui entra uma tese minha (no sentido de que eu não lembro de ter copiado diretamente de ninguém, embora, com certeza, já deva ter sido abordada e estudada por várias pessoas): o período em que a dominação da Juve se reforça coincide com a maioria dos fortalecimentos de vários clubes europeus, como o Liverpool, na Inglaterra, o Bayern, na Alemanha, e o Real Madrid, na Espanha. Esse período se dá entre as décadas de 60 e 70, com o surgimento e o fortalecimento das transmissões televisivas em países desenvolvidos. Os motivos são diversos, desde apoio político, cultura local mais associada ao futebol, crescimento econômico, combinados com investimentos e “gerações de ouro” em boa parte desses times.
      O quanto o sucesso influenciou o apoio popular e o quanto o segundo influenciou o primeiro dependeria de uma análise mais profunda, mais tempo e mais linhas, o que não farei aqui. O fato é que não há comparação entre o tamanho das torcidas dos times do norte da península com os times do sul. O que podemos dizer com certa segurança é que o tamanho relativo da torcida bianconera ao novo país seria bem menor do que é hoje, dado que a Juventus tem apoio em todo o território italiano, sendo a única torcida verdadeiramente nacional.
      Sem mais delongas, vamos ao formato da nova competição. O Padanão seria composto por 20 times, dado que a tradição e a capacidade econômica da região comportam bem essa quantidade. Os 15 times da primeira divisão seriam acompanhados por 5 vindos da atual Série B. Esses times foram definidos por colocação na atual competição paralisada, e são Pordenone, Spezia, Cittadella, Chievo e Empoli. Decidi não considerar a possibilidade de uma primeira divisão com apenas 16 times, embora fosse viável e bem possível que assim fosse, dada a tendência de concentração do futebol atual. Além disso, estamos ignorando a criação de uma Liga Europeia, da qual pelo menos a Juventus com certeza faria parte.
      A segunda divisão segue com todos os times nortenhos atuais, que são 7 (desconsiderando os 5 anteriores, guinchados à primeira), mais 13 vindos dos grupos A e B da Série C, também em ordem de classificação. A terceira divisão, não idealizada, seria composta pelo resto dos times 25 times regionais na Série C mais o necessário para fechar uma divisão que seria formada, provavelmente por dois grupos regionais.
      __
      Obs: me perdoem por algumas imagens que estão com aviso de corretor, não quis editar todas novamente.
      Além do fato já apontado sobre o possível enfraquecimento da Juventus, ao menos no curto prazo, podemos dizer que os grandes prejudicados por essa remodelação das fronteiras são Inter e Milan. Se olharmos apenas para a última década, pode não parece, mas duas das quatro vagas que a Itália tinha na UCL iam inevitavelmente para a dupla de Milão. Com apenas duas vagas e, eventualmente, três, fica mais difícil ambos irem ao mesmo tempo para a principal competição de clubes do mundo. Ainda assim, o baque não é tão grande.
      Sempre é de se considerar um ressurgimento de blues de grande torcida e/ou de grandes cidades. Esse fenômeno seria mais forte no sul, entretanto, pela quantidade de clubes representantes regionais que andam mal das pernas. No norte, os clubes estão mais ou menos se espera que esteja, com a maior exceção história sendo o Venezia. O Bologna também é um bom candidato pra um renascimento.
      A divisão também traria mais possibilidades para a península como um todo. Se a Padânia realmente ficasse em 5º lugar no ranking da UEFA e a Itália em 7º, por exemplo, teríamos um combinado de 5 vagas na UCL, 3 na UEL e 3 na UEL. A Itália, em 2022, terá apenas 4, 2 e 1, respectivamente. Ainda que se leve em consideração em que fase os times entrariam, me parece que é uma melhora, no geral.
      Pordenone, Spezia e Cittadella disputariam a primeira divisão nacional pela primeira vez.
      ¹ O Chievo Verona tem uma média de público horrível nessa temporada, o que me saltou aos olhos. Entretanto, o clube costumava manter uma média bem maior na Série A, por volta dos 11 mil torcedores por jogo.
       
      O futebol na Itália
      O primo pobre do futebol da Padânia, ao menos no quesito clubes, conta com algumas forças sólidas e internacionalmente bem reconhecidas, como a Roma, a Lazio e o Napoli. Entretanto, enquanto o norte coleciona 105 títulos, o sul possui apenas 8, sendo 3 dos giallorossi, 2 dos biancocelesti, 2 dos partenopei e 1 dos rossoblu (Cagliari).
      Embora Roma seja a capital, a quarta maior torcida da atual Itália e a maior dessa Itália dividida é a do Napoli. O clube do Maradona tem inclusive mais torcedores que os dois times de Roma combinados, o que é impressionante, de um lado, e lamentável, de outro. Roma, ainda que seja uma das cidades mais conhecidas do mundo, ficou sempre no meio desse embate étnico entre o norte e o sul da península, o que, na minha opinião, enfraqueceu a noção de que a capital deve ser o centro cultural de um país, que nem Mussolini e sua centralização conseguiram impor. A nacionalidade italiana não se concentra em Roma, da mesma forma que a nacionalidade alemã não se concentra em Berlim. No fim, o futebol ou está ligado a um forte senso de pertencimento, ou a uma forte economia, ou os dois. No caso de Roma, nenhum deles está presente.
      O futebol da nova Itália começa enfraquecido, com apenas cinco times na primeira divisão presentes na atual Série A, sendo os quatro campeões já citados mais o Lecce. A esses, se juntariam mais oito da atual Série B e três da atual Série C, fechando um campeonato de 16 times. Na segundona, o campeonato é formado por mais 16 times, todos da atual Série C, com exceção de dois. Cabe notar que há times muito tradicionais fora das duas primeiras divisões, como o Palermo, o Foggia e o Messina (considerando qualquer um dos dois atualmente existentes).
      __
      Aqui as mudanças são mais consideráveis. Com as fortes equipes do norte fora do caminho, abre-se um espaço para os clubes mais mediterrâneos. Primeiro, há a possibilidade de maior apoio ao futebol local no médio e longo prazos, principalmente se estamos tratando das equipes insulares mais o Lecce. A possibilidade de frequentar as competições europeias é bastante atrativa, tanto financeiramente quanto pela questão competitiva.
      O ressurgimento, aqui, seria bem mais notável, também. A separação daria um incentivo moral à reorganização de Palermo, Catania, Messina, Bari e Reggina, que são os centros de regiões metropolitanas de razoável tamanho. Dessa forma, a primeira divisão tende a se fortalecer após alguns anos, com os times citados que estão de fora, mas até lá, serão alguns anos nos quais a UEL terá como representantes italianos prováveis o Cagliari e o Lecce. Essas vagas podem beliscadas com alguma sorte por times de um degrau mais baixo, como Benevento e Frosinone.
      ² O Ternana, da segunda divisão, está com uma média de público anormalmente alta, ao contrário do Chievo. De um ano pro outro, um aumento aproximadamente 350% não é normal. A média de público mais comum do clube é de 3 mil pessoas.
      ³ Não foram achados dados sobre a as médias de Palermo, Messina e Foggia. Há que se destacar, entretanto, que o Palermo levava com frequência 20 mil pessoas por jogo na Série A, o Messina variou muito (de 30 pra 21 pra 10, nos três anos de Série A, temporadas 05, 06 e 07) e o Foggia levou 10 mil por jogo na Série B de 18/19. O Catania também leva bem mais gente em boas fases, a.k.a Série A.
       
      Seleções nacionais
      Levando consideração que os jogadores seriam selecionados pelos países nos quais nasceram, e não por prováveis outras regras adicionais:

      Como podem notar, faltam três jogadores. Eu preferi deixar esses espaços em branco mesmo, já que não faz tanta diferença. Vale ressaltar também que, no caso de jogadores que nasceram em outros países, meu critério foi a região do clube onde mais tempo jogou.
      Não achei nenhuma das duas especialmente fortes, embora a seleção sulista seja, pra mim, claramente melhor que a nortenha, ao menos no papel. Mas futebol é dentro das quatro linhas.
    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Depois de elegermos o FM 2006 como o primeiro participante, achamos que existe uma maneira mais rápido e fácil de decidir todos os confrontos da oitavas, ao invés de uma enquete para cada confronto, todos os confrontos de uma vez. Infelizmente, o sistema do fórum só permite 5 questões simultaneamente, por isso, a outra parte do confronto está aqui.
      É só escolher a opção quem foi melhor e fica tudo contabilizado. A votação ficará aberta até 13/04 às 23h59min.
    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Olá, pessoal.
      Iremos sortear um FM 2020 para os membros do fórum. Para se inscrever, é só postar aqui. As inscrições estarão abertas até 04/04 às 23h59min. Membros VIPs terão o dobro de números, caso desejem participar.
      E não, não é pegadinha de primeiro de abril.
      Inscritos
      Ricardo Bernardo; vinny_dp; vinny_dp; Vannces; Vannces; Darknite; Darknite; DiogoHernandes; DiogoHernandes; Bruno Trink; Bruno Trink; neynaocai; neynaocai; Ighor S.; Andreh68; Andreh68; Bruno NoWak; LucasGuitar; joga; Buzzuh; LC; LC; skp; Paulo Henrique VNP; CapitaoTsubasa; Stay Heavy; Thiago; Darthz; Darthz; brIgon; brIgon; Andreev; São Marcos; Arthur Andrade; João Gabriel; João Pedr0; RTORRES27; flaes; jakofrildo; UndefinieD~*; Wecio; lakers20; -Demolidor-; Head Coche Z; Johann Duwe; Johann Duwe; bielTOG; Liminha; Rodrigo Teixeira; PedroLuis; PedroLuis; Bega Gomes; Bega Gomes; Davidmachado102016 LucasPettine; David Reis; Bruno Caetano; Duumboo; BobJJ; bieleao; Lanko; Bressan; Wigney; JoaoGalo; VinnyPeixoto; HyanTS; felipiporto; Vitor Jaú; Vitor Jaú; SansaoXII; Lewiks; luiztorres; Lowko é Powko; ThaBraga018; J.Carazza; SilveiraGOD; SilveiraGOD; diego_asfora; arecibo8; arecibo8; Codyfs; Khroiskantis; Matias_; Samuelima23; Dux; Peepe; Gh0stw4r; fealexandree; bjlemos; Perissé; Perissé; JGDuarte; JuninhoMendes; pedrobello; souza_guigo; gabriel123
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