PedroLuis Posted April 24, 2015 Report Share Posted April 24, 2015 O gol direito do Horto Minas Gerais, Belo Horizonte, Horto. Neste endereço pouco exato, mas de muito significado para os atleticanos, o Clube Atlético Mineiro renasceu para o futebol. Dentro daqueles três muros erguidos na zona leste da capital, vez por outra, o Galo separa as noites do meio de semana para desafiar o impossível e a lógica. E ali, em cima daquele retângulo verde, pisoteado por mais de vinte homens correndo para lá e pra cá, está o gol direito do Horto. Estático. Ciente de que não precisa se mover para determinar o que vai acontecer no jogo. O gol direito do Horto não são meras barras de ferros e alguns metros de corda fincados na grama. É um presente de reconciliação para os atleticanos vindo diretamente do Olimpo do futebol. Os deuses da bola o enviaram para pedir perdão, assim como um marido compra flores para sua esposa depois de um desentendimento. Perdão pelos anos de injustiças, de azar e de incompetência, despejados de uma vez só na história alvinegra. Se quem cai no Horto está fadado à morte, aquele gol é o grande porteiro do cemitério. Posicionado no espaço aberto da arquibancada, é ele quem conduz o adversário para fora, como se mostrasse o caminho para aqueles que desafiam o Galo no seu terreiro. Ninguém explica o que acontece naquele pedaço de campo onde ele foi fincado. Os homens de fé dirão que é Deus. Os adversários dirão que é sorte. Os cientistas ficarão calados, porque nada de exato acontece ali. Entre suas traves, Victor foi instantaneamente canonizado pela torcida, eternizando seu pé esquerdo e superando as canhotas de Humberto Ramos e Éder, tão importantes na história do clube. E se, como disse o presidente Alexandre Kalil, quem apagou as luzes do estádio contra os argentinos foi seu pai, foi para que ele chamasse o gol direito do Horto de volta para receber a bola que viria do pé de Guilherme. Mas ele esteve adormecido. Parou por um ano para, quem sabe, recarregar suas energias e voltar com toda aura para um ano posterior. Porém, guardou um ensinamento do maior homem que já balançou sua rede: Ronaldinho Gaúcho. Quando, ali perto, o camisa 10 soltou o famoso “quando tá valendo, tá valendo”, o gol direito do Horto entendeu como poucos. Entendeu que deveria aparecer nos momentos importantes, que nem sempre deve fazer o que a torcida quer, que deveria voltar à ativa quando realmente estiver valendo. E assim fez. Voltou em 2015, mas com clima de 2013. Libertadores, jogo truncado e necessidade de dois gols. Para que o atleticano não fique mal acostumado, deixou que seu companheiro do outro lado tivesse um brilho no primeiro tempo, mas guardou o grande momento para si. Voltou tão forte, mas tão forte, que contagiou um pequeno pedaço de madeira fincado no canto do gramado a alguns metros de si. E como quem coordena tudo que acontece naquela parte do mundo, chamou o chute da Rafael Carioca para encontrar sua rede. Foi suado, foi sofrido, foi como o atleticano gosta. Foi no gol direito do Horto. FONTE: DOENTES POR FUTEBOL Axei do caralho esse texto! Link to comment Share on other sites More sharing options...
Lucas.Duarte Posted April 24, 2015 Report Share Posted April 24, 2015 Pode parecer loucura, mas o Galo começar atacando pro lado esquerdo é praticamente certeza de bom resultado, 2013 foi todo assim e que assim continue! Link to comment Share on other sites More sharing options...
Bodu ® Posted April 25, 2015 Report Share Posted April 25, 2015 Que viagem galera , o time é bom há algum tempo , a fase é muito boa a algum tempo , simples assim...podem colocar pra jogar em qualquer lugar que a bola vai entrar ! Me lembro de ver o sp jogar em 05 , 06 , 07 e não tinha pra ninguem , hoje em dia contra os gambas em pleno morumbi já dá pra borrar nas calças. Aproveitem a fase , pq passa muito rapido e dá saudades :/ Link to comment Share on other sites More sharing options...
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