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O tamanho do buraco: Náutico e Santa Cruz possuem passivo gigantesco na Justiça do Trabalho


Guest João Gilberto

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Guest João Gilberto
O tamanho do buraco: Náutico e Santa Cruz possuem passivo gigantesco na Justiça do Trabalho
Tal rombo atrapalha o planejamento financeiro e está distante de ser zerado
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Fruto de más gestões e políticas de contratações perdulárias, as dívidas trabalhistas dos clubes são uma consequência nefasta para a saúde financeira dos clubes. Os três grandes do Recife sofreram e ainda sofrem com ações na Justiça do Trabalho que comprometem parte significativa de seus orçamentos. O Sport, entretanto, caminha para ser exceção. O rubro-negro tem uma dívida de R$ 5,8 milhões, que deve ser sanada em breve. Ao passo que Náutico e Santa Cruz têm que gerir um pesado passivo: R$ 23,4 milhões dos alvirrubros, R$ 46,5 milhões dos tricolores. Essas são as dívidas junto à 12ª Vara da Justiça do Trabalho.
Desde julho de 2003, a 12ª Vara do Trabalho do Recife se tornou o responsável pela concentração das execuções dos processos contra os três clubes da capital. Ou seja: as ações correm normalmente em todas as varas trabalhistas e quando não há mais o que ser discutido, vão para a 12ª, a fim de se fazer o acordo para o pagamento. Para isso, 20% das rendas de cada clube são depositadas em uma conta, administrada pela vara, que tem o juiz Hugo Melo como responsável.
Desde então, dentre conciliações, quitações e acordos pagos, quase 800 ações foram solucionadas por Náutico, Santa Cruz e Sport. “Dr. Hugo Melo é uma pessoa que contribui muito com o futebol de Pernambuco, pois permite, através da concentração na 12ª vara, o pagamento de receitas mensais que são depositadas em conta específica. Assim, protege-se o patrimônio dos clubes, principalmente de Náutico e Santa Cruz”, faz questão de enaltecer Gustavo Ventura, jurista e vice-presidente de futebol alvirrubro.
Não é por acaso que Ventura elogia a atitude do magistrado. Mesmo tendo solucionado mais de 300 processos, o Náutico ainda tem outros 118 na 12ª Vara, que somam um débito de R$ 23.470.086,84. “Esse quadro do nosso passivo trabalhista é antigo, vem de décadas. Todos os gestores, ao longo de suas administrações, vêm pagando. E não é diferente conosco. Só neste ano pagamos em torno de R$ 3 milhões”, esclarece Ventura.
Santa Cruz
Com uma dívida que corresponde a praticamente o dobro da alvirrubra (R$ 46.547.786,03), o Santa tem cumprido com os acordos firmados. Além disso, de acordo com Eduardo Lopes, advogado do tricolor, desde o primeiro dia da gestão de Antônio Luiz Neto o clube tem procurado estancar as dívidas. “Antes dele, quando alguém era desligado do clube se mandava procurar o direitos na Justiça. Nós tentamos fazer acordos, evitando novas ações”, explicou.
Prudente, Eduardo Lopes evita falar em período para que a dívida coral seja sanada. “O pagamento é de 20% sobre a receita do clube. Quanto mais o clube arrecadar, mais esse montante aumenta, ou seja, mais dinheiro vai para a 12ª vara. Hoje, em média, recolhemos R$ 250 por mês”, informa. “Por isso, não posso dar um prazo para extinguirmos esse passivo trabalhista. Vai depender da nossa arrecadação”, conclui.
Dívida quase zerada
Enquanto Náutico e Santa Cruz têm dívidas elevadas e não têm como prever quando vão conseguir saldar definitivamente seus débitos trabalhistas, o Sport vive situação completamente diferente dos dois rivais. Atualmente, o rubro-negro tem apenas 10 processos na 12ª Vara do Trabalho do Recife, que somam um valor de R$ 5.807.898,51. As dívidas do Leão, entretanto, já estão negociadas e, em breve, vão ser sanadas. Por essa razão, o clube é o único da capital que pode Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNBT).
“O Sport já fez um programa desse no primeiro semestre do mandato de Gustavo Dubeux. Nós saneamos, pagamos tudo o que tinha. Mas, aí, surgiram estes novos débitos, de gestões anteriores”, argumenta Arnaldo Barros, futuro vice-presidente executivo do Leão. Uma destas novas dívidas é justamente a de Ricardinho, a maior do clube e a segunda maior dos três grandes, no valor de R$ 3.268.269,98. “Mas mesmo essa de Ricardinho já está negociada e as parcelas já estão sendo pagas”, esclarece.
Falta apenas uma ação ser negociada pelo Sport. E é com Nelsinho Baptista, ex-técnico leonino e pai do atual treinador rubro-negro, Eduardo Baptista. Nelsinho, campeão da Copa do Brasil de 2008, é credor de R$ 509.997,96. Porém, como vive no Japão (onde trabalha atualmente) e sua advogada é de fora, um acordo ainda não pôde ser concretizado. “Realmente tem essa dificuldade. Mas, o dinheiro está provisionado na 12ª vara. Ou seja, o que temos na conta cobre as nossas dívidas, sem problema algum”, assegura Barros.
SANTA CRUZ
247 processos
R$ 46.547.786,03 valor das dívidas
NÁUTICO
118 processos
R$ 23.470.086,84 valor das dívidas
SPORT
10 processos
R$ 5.807.898,51 valor das dívidas
* Aguardando pauta para tentativa de acordo
SANTA CRUZ
203 conciliados e cumpridos
56 quitados
8 acordos em andamento **
NÁUTICO
232 conciliados e cumpridos
65 quitados
6 acordos em andamento **
SPORT
163 conciliados e cumpridos
63 quitados
3 acordos em andamento **
** foi feito acordo, mas ainda há parcelas a serem pagas
Os três maiores credores
SANTA CRUZ
R$ 6.265.497,10 Antônio Santana de Souza “Neto”
R$ 1.583.480,27 Joel “Zanata”
R$ 1.200.539,31 Daniel Coracini
NÁUTICO
R$ 1.484.524,08 André Gheler
R$ 1.469.153,47 Vágner
R$ 1.417.427,08 Eduardo
SPORT
R$ 3.268.269,98 Ricardinho
R$ 820.584,99 Andrade
R$ 509.997,96 Nelsinho Baptista

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É lógico que o sport não vai sofrer com dívidas. Um clube que recebe todo ano a mesma quantia da Globo sempre vai se manter bem.

O Náutico conseguiria CNBT se o conselho liberasse o empréstimo bancário de 6 milhões pra pagar as dívidas da roubalheira de Paulo Wanderley.

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O Ceará tinha um passivo de quase 30 milhões em 2008.

Em Abril desse ano, o clube zerou toda e qualquer dívida trabalhista que tinha, além de estar pagando em dia desde 2009.

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E o Santa Cruz ainda tá atrás de contratar Souza, que deve pedir uma nota.

É um mistério de onde sai o dinheiro do santa... Esse ano o Náutico só trouxe duas contratações que não devem receber nem 20 mil reais, enquanto isso especulam no santa Souza, Lúcio Flávio, Luiz Alberto que não ficou no Náutico porque pediu muito e vários outros... Porra, eles ganham pra caralho de sócio torcedor, mas não suficiente pra trazer um monte de jogador caro.

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