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Guerra Cibernética: Saiba o que eles querem que você não saiba


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Lembram do final de 2010 quando o Julian Assange havia lançado publicações confidenciais dos EUA?

"A decisão de Obama de nomear um oficial militar, ao invés de um civil versado em questões de liberdades civis, foi feita semanas atrás, quando ele rejeitou a recomendação do seu próprio conselho consultivo que a NSA e o Comando Cibernético deveriam ter diferentes lideranças. Por lei, o comando, uma organização que tem quatro anos de idade e foi criada pelo Pentágono para a guerra cibernética, deve ser dirigida por um oficial militar."

Título da notícia acima: Obama escolhe especialista em projetar armas cibernéticas para liderar a NSA

Data: 31/01/2014

Daí veio o contra-ataque:

O Dia Que Contra-Atacamos Contra a Vigilância em Massa - As Guerras Hacker , em 11 de fevereiro

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O que se passa afinal? Você tem noção do que tudo isso significa?

Querem fazer este tópico para debatermos a questão?

Se quiserem negativar, então é porque não querem ter suas vidas afetadas ao incomodar o central de controles do mundo.

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Um pouco mais de explicação seria legal, porque eu (e acredito que as 6 pessoas que te negativaram) não entendi nada. o.o

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É e eu esqueci de colocar o link da fonte ; coloquei lá.

Neste post colocarei 3 fontes por ordem cronológica das notícias que apareceram.

1 - Na primeira é sobre como os EUA financiam protestos de jovens no mundo inteiro, em que a rede de blogs-comunidades Blogoosfero apresenta o seguinte documentário:

2 - A segunda fonte vem do Anonymous Brasil: Documentos vazados pelo Wikileaks revelam que EUA treinam oposicionistas pelo mundo.

Que não pode ser colada aqui porque não é uma fonte livre. Ao contrário do Outras Palavras.

3 - Fonte 3:Como os governos ocidentais manipulam a internet

Sinopse do artigo:

Documentos de Snowden revelam: serviços de espionagem intervêm maciçamente na rede, de modo clandestino, para desinformar, difamar adversários e espalhar intrigas

Por Glenn Greenwald, no The Intercept | Tradução Antonio Martins e Vila Vudu

Uma das histórias urgentes que falta contar, a partir dos arquivos de Edward Snowden, é como as agências de inteligência ocidentais estão agindo para manipular e controlar as narrativas online, com táticas extremas de construção de versões e destruição de reputações. É hora de contar um pouco desta história, e de apresentar os documentos que demonstram sua existência.

Nas últimas semanas, trabalhei com a NBC News para publicar uma série de artigos sobre as “táticas sujas”empregadas pelo JTRIG (Grupo de Inteligência Conjunto para Pesquisa de Ameaças), uma unidade até há pouco secreta dos serviços de inteligência britânicos (Quartel-General de Comunicações do Governo, ou GCHQ, em inglês). Os textos baseiam-se em quatro documentos apresentados à Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) e aos três outros serviços parceiros [da Austrália, Canadá e Nova Zelândia], que integram a aliança Five Eyes”. Agora, estamos publicando na íntegra, na Intercept, um novo documento do JTRIG document, intitulado “A arte da Manipulação: Capacitar-se para Operações Online Encobertas.”

Isto é sobre como eles influenciam na gente sem mesmo nós percebermos.

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Para quem não entende o contexto mundial , o mesmo capitalismo que sempre boicotou o software livre é que promoveu o Facebook, um lugar que os EUA tem controles.

A Revolução de Compartilhamento começou em 1983 por Richard Stallman, com o Projeto GNU pelo Movimento do Software Livre.

Este filme Revolution OS (2001) explica sobre essa questão de colaborar em códigos e um pouco da cultura hacker

Um pouco sobre As Éticas Hackers:

As Éticas Hackers

No prefácio do seu livro Hackers: Heroes of the Computer Revolution,3Steven Levy registrou os princípios da ética hacker:

  • Compartilhamento
  • Abertura
  • Descentralização
  • Livre acesso aos computadores
  • Melhoria do mundo

Fonte e artigo completo da Wikipédia - A Enciclopédia Livre

Os Estados Unidos nos empurraram para o Facebook e seus meios de comunicação influenciados no Brasil não divulgam as novidades relacionadas à software livre, infelizmente.

Eles querem que sejamos dependentes de Facebook, Windows e Monsanto.


Os próprios norteamericanos/estadunidenses admitem a vergonhosa forma de seu país infligir na soberania dos outros países.

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AHEUAEHUAEHUAEH

Me desculpa, cara, mas lendo os posts nesse tópico, tu me parece um Alex Jones versão BR. Qual a relação entre Facebook e Monsanto? Plmdds

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As patentes da Monsanto são as mesmas aplicadas pela Microsoft ao Windows.

O Facebook também tem patentes e software, eu creio. Eu não sei informar e não vou saber pesquisar. Não há sobre software livre no wikipédia sobre o Facebook.

Mas ambos são fornecidos pelos EUA, e é de interesse deles que sejamos dependentes disso.

“Neste contexto, o governo estadunidense aspira ao direito de dominar o mundo segundo sua vontade e de submeter os objetivos internacionais aos interesses particulares. Ainda que os EUA sofram de crônico deficit no comércio exterior, eles ainda oferecem alguns bens de exportação para o mercado global: armas, excedentes da produção de cereais, fast food, carne contendo hormônios de crescimento, softwares, “cultura” de Hollywood, Coca-Cola e “democracia” (FUCHS, P. 32, 2008).”

Fonte:

  • ANDRIOLI, Antônio Inácio; FUCHS, Richard (Orgs.). Transgênicos: as sementes do mal – a silenciosa contaminação de solos e alimentos. Tradutor Ulrich Dressel. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

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"As patentes da Monsanto são as mesmas aplicadas pela Microsoft ao Windows."

???

Sim, as duas têm patentes sobre seus produtos, a Monsanto sobre seus produtos agrícolas e Microsoft sobre Windows e similares. Mas não são as mesmas. Só por serem registradas no mesmo órgão, não quer dizer que sejam as mesmas. Aliás, como as atividades de cada empresa são bem diferentes entre si, não sei como as patentes seriam as mesmas. Não faz qualquer sentido.

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A Monsanto deixa a gente cada vez mais envenenado com os tóxicos deles. Você aceita que sejamos reféns disso? Ou você apoia a agroecologia também? Os pequenos agricultures? Ou é a favor do agronegócio mesmo e dane-se se estamos comendo coisas transgênicas e repletas de agrotóxicos.

Mesmo que os produtores tenham suas colheitas mais rápidas com transgênicos, não vale a pena correr risco de ter câncer. Na verdade, todos deveremos morrer de câncer se continuarmos sem ter autocrítica sobre o que fazemos.

Além disso, as tais patentes obrigam que os produtores comprem as sementes para cada safra. É isso: obrigá-los a pagar por isso.

A Microsoft cobra por um péssimo produto. Além de suas licenças autorais não permitirem ver o código, te impedir de fazer coisas no computador por não ter acesso a softwares, você ter que instalar freewares em sua máquina com malwares como Baidu Antivirus não-intencionalmente, além dos vírus e vulnerabilidades, e a normal instabilidade de um sistema operativo Windows.

O software livre não é contra pagar pelo software. É a favor da liberdade de software, e não é uma questão de preço. Não sendo 'comunista' da forma como definem, não é contra ganhar dinheiro e nem o lucro. E sempre foi evitado de ser falado pelos meios de comunicação.

Vazam os preços que a Microsoft cobra do FBI para fornecer dados de usuários

Não é nenhum mistério que agências governamentais dos EUA obrigam empresas de tecnologia a lhes dar acesso, previsto por lei, a dados de usuário. Também sabe-se que as empresas de tecnologia cobram o governo por isso – e agora sabemos o preço.

Basicamente, a Microsoft cobra do FBI centenas de milhares de dólares por mês para acessar informações sobre você. E eles estão cobrando cada vez mais caro. Mas especialistas dizem que isso é até mesmo desejável.

O Exército Eletrônico Sírio (SEA) diz que hackeou a super-secreta Unidade de Tecnologia para Interceptação Digital (DITU) do FBI, onde encontraram faturas da Microsoft detalhando quanto custou cada solicitação de dados.

Uma fatura de dezembro de 2012 totaliza US$ 145.100, ou US$ 100 por pedido. A taxa dobrou em agosto de 2013, quando a Microsoft cobrou do FBI US$ 200 por pedido, recebendo um total de US$ 352.200. A fatura mais recente, de novembro de 2013, é de US$ 281.000.

Fonte

A questão da patente:

- Software privativo tem controles sobre os usuários e gera dependências a outros produtos.

Por exemplo: Você ter um pacote completo da Microsoft ou um Windows com softwares proprietários é: Windows+MS Office+Anti-virus

A Monsanto vende aos produtores, além das sementes que criam plantas ESTÉREIS, ou seja, não geram outras sementes, também cobra deles comprarem os agrotóxicos como herbicidas e inseticidas. Isto significa transgênicos+agrotóxicos.

Você precisa de um produto, que gera a dependência de pagar pelo outro produto.

A estranha sedução do agronegócio

Ao abrir nesta terça-feira (11/2), numa cerimônia em Lucas do Rio Verde (MT), a safra de grãos 2013-14, a presidente Dilma Roussef não se conteve. Entusiasmada com a perspectiva de uma colheita recorde, de 193,6 milhões de toneladas, lembrou o crescimento de 221% em vinte anos e afirmou que “o agronegócio brasileiro é exemplo de produtividade para o país”.

Será? Ao escolher Lucas do Rio Verde como local da cerimônia de saudação a este modelo, talvez Dilma não soubesse que estava dando um tiro no pé. Como louvar alimentos que envenenam a fonte mesma da vida? Mais: há muito se analisam como ilusórios os números de “produtividade”. O agronegócio gera dólares, mas eles concentram-se nas mãos de muito poucos. A monocultura mecanizada emprega cada vez menos trabalhadores. O uso maciço de pesticidas polui terra e rios, intoxica trabalhadores e comunidades e, exatamente ali, envenena leite materno. Tudo somado, são perdas incomensuráveis para os ultra ricos.

Escolhida como vitrine da safra por ser “representativa da agricultura”, Lucas do Rio Verde, 355 quilômetros ao norte da capital, Cuiabá, é dos municípios do país que mais cultivam a monocultura de soja, milho e algodão. Em 2010, foram plantados 420 mil hectares e pulverizados 5,1 milhões de litros de agrotóxicos nas plantações, atingindo o entorno do município, córregos, criação de animais. Cada habitante esteve exposto a 136 litros anuais de agrotóxicos, “quase 45 vezes maior que a média nacional — de 3,66 litros”.

Desde 2006, quando um acidente por pulverização aérea contaminou a cidade, ela passou a integrar a pesquisa “Impacto dos Agrotóxicos na Saúde do Ambiente na Região Centro-Oeste”, coordenada pelo médico e doutor em toxicologia Wanderlei Pignati, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – e realizada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás entre 2007 e 2010, como parte de um projeto nacional. O estudo referente às mães coube à mestranda da UFMT Danielly Palma.

“Minha pesquisa foi um subprojeto de uma avaliação que foi realizada em Lucas do Rio Verde e eu fiquei responsável pelo indicador leite materno. Mas a pesquisa maior analisou o ar, água de chuva, sedimentos, água de poço artesiano, água superficial, sangue e urina humanos, alguns dados epidemiológicos, má formação em anfíbios” – contou Danielly à repórter Manuela Azenha, que no início de 2011 foi a Cuiabá assistir à defesa da tese sobre o impacto dos agrotóxicos em 62 nutrizes de Lucas do Rio Verde. O estudo integra o Dossiê Abrasco – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde, divulgado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva em 2012. Radiografias de anfíbios com malformações coletados em lagoas e córregos podem ser conferidas aqui.

“A pesquisa revelou que 100% das amostras indicam a contaminação do leite por pelo menos um agrotóxico. Em todas as mães foram encontrados resíduos de DDE, um metabólico do DDT, agrotóxico proibido no Brasil há mais de dez anos. Dos resíduos encontrados, a maioria são organoclorados, substâncias de alta toxicidade, capacidade de dispersão e resistência tanto no ambiente quanto no corpo humano” – relatou a pesquisadora.

“Todas essas substâncias têm o potencial de causar má formação fetal, indução ao aborto, desregulamento do sistema endócrino — que é o sistema que controla todos os hormônios do corpo — então pode induzir a vários distúrbios. Podem causar câncer, também. Esses são os piores problemas.”

Talvez ignorante de fatos tão dramáticos, Dilma Roussef foi além. Conclamou empresários, prefeitos e população (!) a pavimentar ainda mais o caminho do agronegócio, desregulamentando-o. Tem papel demais nesse país, disse, “temos de simplificar os processos”, “acabar com a multiplicidade das exigências desnecessárias”, “não para destruir o meio ambiente, pelo contrário (…)”.

A fala escancara o óbvio: o agronegócio está nadando de braçada no (des)governo de nosso meio e de nossos corpos.

Fonte

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"Além disso, as tais patentes obrigam que os produtores comprem as sementes para cada safra. É isso: obrigá-los a pagar por isso."

Fonte?

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Sou responsável por uma pesquisa em Bioética.

Para Ribeiro, “para a utilização de variedades transgênicas os agricultores têm de pagar royalties para as empresas detentoras das patentes, o que pode acarretar na elevação do custo das sementes e a necessidade de compra de sementes a cada safra. Além disso, existe uma concentração da transgenia em poucas empresas multinacionais” (RIBEIRO, P. 16, 2012).

  • RIBEIRO, Juliana Martins (coord.). Produção e análise de plantas transgênicas: conceitos e informações básicas. Guaíba: Agrolivros, 2012.

Detalhe: esta é uma fonte que defende os transgênicos.

;)

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"Além disso, as tais patentes obrigam que os produtores comprem as sementes para cada safra. É isso: obrigá-los a pagar por isso."

Fonte?

Esse texto gigante da Vanity Fair é praticamente um Monsanto 101. Assustador. Divirta-se.

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Esse texto gigante da Vanity Fair é praticamente um Monsanto 101. Assustador. Divirta-se.

Eita porra, 6 páginas. Quando eu tiver um tempo, eu leio. Valeu!

Sou responsável por uma pesquisa em Bioética.

  • RIBEIRO, Juliana Martins (coord.). Produção e análise de plantas transgênicas: conceitos e informações básicas. Guaíba: Agrolivros, 2012.

Detalhe: esta é uma fonte que defende os transgênicos.

;)

Interessante. Aí eu concordo contigo, obrigação de pagar royalties por sementes transgênicas é um absurdo, ainda mais porque isso vai tender a virar o principal meio de agricultura, dando assim poder e dinheiro demais para as detentoras desses royalties.

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O debate é feito para construir e desconstruir conhecimento.

Para mim os transgênicos são evitáveis.

E a liberdade de software tem de ser o ponto forte do Software Livre. Não a gratuidade.

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Interessante. Aí eu concordo contigo, obrigação de pagar royalties por sementes transgênicas é um absurdo, ainda mais porque isso vai tender a virar o principal meio de agricultura, dando assim poder e dinheiro demais para as detentoras desses royalties.

Não sei se vai ter aí no meio do material mas parece que já houve casos de quererem cobrar royalties por plantações vizinhas terem se misturado com sementes transgênicas. Aí queriam cobrar pelo "benefício" acidental.

Para mim os transgênicos são evitáveis.

No Brasil e em países com condições favoráveis, sim, mas em lugares com clima mais instável e áreas menores pra cultivo, os transgênicos seriam literalmente a salvação da lavoura se fossem usados de forma mais consciente e menos focada no lucro.

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Concordo com o Douglas. E a primeira resposta que ele deu, sobre plantação acidental, aconteceu mesmo.

Uma das coisas absurdas da Monsanto é obrigar o cidadão a comprar sementes novas a cada plantação, mesmo se tiver sobrado da anterior.

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Trabalho numa empresa que é "concorrente" da Monsanto. Está entre aspas, pois até onde sei, pagamos royalties para a Monsanto para usar os eventos transgênicos deles em nossas sementes. A nossa empresa desenvolve seus próprios eventos também. Aqui no Brasil não sei o nro certo. Mas se não me engano, mais de 80% da semente de milho vendida, é transgênica.

O transgênico oferece muitos benefícios para o produtor. Resistência a doenças, tolerância a seca e muitos outros melhoramentos que fazem com que a produtividade seja muito elevada em comparação a semente convencional. Basta ver recorde atrás de recorde de safras no últimos anos. Outra coisa é que o transgênico diminui a necessidade de aplicação (pulverização) das lavouras com agrotóxicos. Das nossas sementes, grande maioria inclusive já sai com o tratamento químico de dentro da nossa fábrica. Assim o agricultor não precisa nem manusear produtos perigosos. Óbvio que ele paga a mais por isso.

No Brasil, realmente o transgênico ainda não é algo necessário para garantir a sustentabilidade do pais em grãos. Temos muita terra improdutiva, servindo de potreiro para vaca que poderia ser uma lavoura. Mas nos EUA, por exemplo, não há mais área cultivável disponível. Não tem para onde crescer mais. E com a demanda aumentando, o único jeito de se suportar esta demanda é aumentando a produtividade (nro de Kg colhidos por hectare de terra). E aí que entram os transgênicos.

Eu sei que é um pouco parcial oq vou falar, afinal é uma informação que recebi aqui dentro da empresa. Mas estudos mostram que em algumas décadas, não se conseguirá mais produzir comida suficiente para alimentar todo mundo. Por isso vejo os transgênicos como algo necessário. Seria até possível se atingir produtividade parecida usando o melhoramento convencional, através de cruzamento de linhagens de plantas. Mas pelo pouco que entendo é um processo extremamente demorado e sem resultados garantidos. Tipo, para se comprovar uma linhagem boa, leva coisa de 5 ou 6 anos pelo oq ouvi. Isso uma linhagem que deu certo depois de todos dos testes. Mas das que se tenta, o percentual de linhagens que dão certo, é baixo e vários anos de teste podem ser jogados fora.

Não sou especialista nisso, trabalho com o BI da empresa. Mas estou a 9 anos aqui, já trabalhei em diversos projetos e participei de muita reunião, palestra e conversas. Então me baseio neste convívio que tenho para falar. Mas longe de mim ser dono da verdade, e se falei alguma besteira. Por favor, apontem.

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Uma questão que eu me vejo como prejudicial no que se trata de grãos de grandes empresas é o monopólio em cima das sementes. Afinal, todas as sementes produzidas a partir destas grandes empresas são híbridas. Não sei se fugi da discussão, mas ao meu ver isso é prejudicial. Quando se trata de frutas, pra mim, tbm é muito sério. As pessoas podem ficar felizes em comprar melancia, caqui, laranja, limão e não ter mais semente dentro, mas não enxergo dessa forma.

Ainda bem que na minha casa, no terreno atrás, ainda temos um pomar :)

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É porque os meios de comunicação ignoram estes assuntos propositalmente para nos mantermos desinformados.

Por exemplo:

- O avanço mais significativo resultado dos Movimentos de Junho foi o começo da Rede de Democracia Participativa Brasileira http://participa.br/

Que não foi comunicado em TVs, e pouquíssimo divulgado no Facebook.

Nos mantendo desinformados propositalmente é que eles constroem a história que eles quiserem.

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Psico, e quanto à seriedade do pessoal que trabalha aí? Já viu alguma coisa muito errada ou são profissionais?

Realmente, a falta de produtividade das áreas desmatadas é uma coisa absurda. Isso acontece, principalmente, na pecuária. E embora seja pior no Brasil, não é exclusividade nossa. Vejam esses dados publicados numa matéria fantástica no The Verge:

Pra produzir 1 libra (453g) de bife, é necessário 13 libras (5,89 kg) de grãos e 2500 galões (9463 litros) de água.

Se uma cabeça de gado de 1000 libras (453 kg) produz 600 libras (272,1 kg) de bife, esse bicho vai ter consumido 7800 libras (3538 kg) de grãos e um milhão e meio de galões (56 781 176 litros) de água.

!!!

Isso pra não falar na poluição:

efeito_estufa_dos_hamburgueres_4__2012-0

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/efeito_estufa_dos_hamburgueres.html

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Psico, e quanto à seriedade do pessoal que trabalha aí? Já viu alguma coisa muito errada ou são profissionais?

Até o nível onde enxergo. São exemplares. Sem brincadeira, é uma empresa que bate muito forte no que tange a ética, respeito as pessoas, meio ambiente e segurança. Na verdade este são os 4 princípios da empresa que todo funcionário deve ter decorado na ponta da língua.

Por isso quando atacam os transgênicos, eu não consigo concordar. Pois conheço pesquisadores da empresa. São pessoas simples, criadas no campo, que fizeram uma graduação de engenharia agrícola/agronômica e se especializaram em genética. Como disse, até onde enxergo, parece tudo normal. O trabalho dos caras é tentar conseguir criar a melhor planta possível. Para obviamente a empresa lucrar mais, mas também o produtor lucrar mais por hectare plantado. Não vejo nenhum bicho de sete cabeças.

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Não é bicho de sete cabeças, mas é transgênico, uma coisa que normalmente causa certos impactos ambientais e de saúde que precisam ser sempre calculados e investigados.

Se eles prezarem pela ética, estarão sempre abertos a analizarem o código dos experimentos e produtos.

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Não é bicho de sete cabeças, mas é transgênico, uma coisa que normalmente causa certos impactos ambientais e de saúde que precisam ser sempre calculados e investigados.

Se eles prezarem pela ética, estarão sempre abertos a analizarem o código dos experimentos e produtos.

Concordo que há um risco. Mas eu confio que estes riscos sejam mitigados antes de um produto ser lançado no mercado. Imagina oq pode acontecer com uma empresa que larga no mercado uma semente que causa doença nas pessoas. É o fim a empresa. A menos que eu trabalhe para um super vilão de histórias em quadrinhos, eu duvido que sejam irresponsáveis a este ponto.

Sobre estarem abertos, aí envolve segredo industrial. Não tem como deixar aberto a qualquer um, pois a empresa perde a vantagem estratégica dela. Tu querendo ou não, estamos num sistema capitalista. No momento que todo mundo tiver o mesmo produto que a gente, seremos qualquer um, nossos preços cairão, as vendas também. Os acionistas vão cortar gastos e eu perco meu emprego.

Mas toda semente transgênica comercial hoje em dia, precisou passar por um órgão nacional de regulamentação. E leva bastante tempo até uma semente ser regulamentada. Então, cientistas de fora da empresa analisaram, testaram e aprovaram o produto.

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Mas toda semente transgênica comercial hoje em dia, precisou passar por um órgão nacional de regulamentação. E leva bastante tempo até uma semente ser regulamentada. Então, cientistas de fora da empresa analisaram, testaram e aprovaram o produto.

Mas aí entra outro problema que é essa fiscalização. Eu confiaria nas análises feitas pela maioria dos governos europeus mas Brasil e EUA têm problemas sérios quanto ao poder exercido pelas empresas. O caso da Sibutramina acho que é o mais recente embora talvez não tenha a ver com lobby.

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O Brasil precisa pensar além da espionagem

A vulnerabilidade da segurança dos dados no país reforçou a importância do Marco Civil da Internet – lei que vai definir a democracia e a cidadania na sociedade da informação.

Texto Áurea Lopes | Fotos Renato de Aguiar

ARede nº 93 - setembro/outubro de 2013

Um belo dia de julho, o mundo acorda sabendo que não existem mais segredos para os Estados Unidos. A agência de segurança estadunidense, desprovida de todo e qualquer princípio ético, mete o pé na soberania de várias nações e vergonhosamente espiona pelos buracos de celulares e computadores de milhões de cidadãos do planeta. O atentado dos EUA ao estado de direito democrático despertou o Brasil, entre outros países, para a vulnerabilidade dos sistemas de informação governamentais. E, finalmente, concedeu ao Marco Civil da Internet a importância que a sociedade civil organizada vinha tentando mostrar. Nesta entrevista, o especialista em direito internacional Luiz Fernando Moncau fala dos desafios impostos ao governo brasileiro, que não está preparado para proteger seus dados e os dados dos seus governados, apesar de “ter capacidade técnica” para isso.

Moncau chama atenção, também, para a necessidade de se trabalhar em várias frentes, como a aprovação da Lei de Proteção de Dados Pessoais e a valorização do uso de software livre, de código aberto, “porque se não for livre, não há como assegurar que o programa não tem nenhuma linha de código invisível, que permita à empresa fornecedora ter acesso aos dados”.\

Espionagem não é uma prática nova. O que o uso da tecnologia trouxe de novidade, nesse caso da agência estadunidense?

Luiz Moncau – A tecnologia não faz nada sozinha. É um instrumento por meio do qual as pessoas agem, da mesma forma que agem sem o uso da tecnologia. Mas a tecnologia potencializa as ações. Se você ofende alguém verbalmente, em público, dez pessoas que estão por perto escutam. Agora, se você posta uma ofensa na internet, cem pessoas, um milhão, “escutam”. Da mesma forma, no sentido contrário, a tecnologia potencializa o acesso à informação. De fato, a espionagem feita pela NSA não é novidade, a novidade é a amplitude da bisbilhotagem, a falta de cuidado dos governos com suas informações sensíveis e a forma indiscriminada como a espionagem é feita. Todo mundo poderia imaginar que existisse espionagem em alguns casos, por interesses comerciais específicos, por suspeita de terrorismo. Mas todos os usuários espionados, tendo seus dados coletados, isso foi inusitado.

Pelo que foi revelado, a espionagem extrapolou a esfera da segurança.

Moncau – Sim, porque eles estão espionando, não em um caso de guerra... não foram grampear um inimigo que está tentando destruí-los. Estão espionando os aliados, espionando todo mundo. Diplomaticamente, isso é bem complicado. Teve até o caso de espionagem sobre a atuação do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, na época em que foram sancionadas medidas contra o Irã. Isso não tem nada a ver com terrorismo. O próprio Edward Snowden apontou que as espionagens têm muito mais a ver com interesses econômicos do que com terrorismo. Ou seja, estão quebrando regras que regem o estado democrático de direito e criando uma exceção. Que na verdade não é exceção, porque vimos uma prática para todo mundo, em todos os lugares.

O que contribuiu mais para a NSA chegar onde chegou: a sofisticação da tecnologia, capaz de captar informações tão sigilosas, ou a vulnerabilidade dos sistemas dos governos espionados?

Moncau – Tudo tem que ser analisado junto. Fazendo uma analogia com a propriedade intelectual, é sempre uma briga de gato e rato. Um tenta proteger; o outro tenta contornar a restrição que dá acesso aos dados. Nesse caso, o que impressiona mais é ver o governo brasileiro completamente despreparado para lidar com a questão. Circularam informações do tipo: o alto escalão brasileiro tem sistemas de criptografia no celular mas não usa. Declarações que tecnicamente não têm nada a ver... um ministro falou que o Brasil já estava se preparando, desenvolvendo um antivírus 100% brasileiro. Aí você pensa: se o nível de conhecimento é esse, vai mal.

O episódio mostrou como a segurança de dados, sejam pessoais ou governamentais, é precária no Brasil. O que falta? Técnica, legislação, cultura?

Moncau – O Brasil tem capacidade técnica para se proteger nessa área. Existem vários órgãos de ponta preparados para cuidar de questões como essa: o Serpro, por exemplo. Mas de fato há dados privados dos cidadãos que hoje são públicos. Quem quiser, pode ter acesso. Você consegue comprar um CD com declarações de imposto de renda das pessoas. Veja o caso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que assinou um acordo [depois suspenso] para repassar os dados dos cidadãos ao Serasa. Existem ameaças aos nosso dados pessoais que não vêm só de espionagens estrangeiras, não vêm só das empresas. Há também uma falta de cuidado do governo brasileiro com esses dados. Falta reflexão sobre a questão. E falta também legislação, coisa que outros países têm há 30 anos. Os Estados Unidos, por exemplo, têm uma legislação de 1974 ou de 1975, que já trata da questão da privacidade.

Quais são as nossas proteções aqui?

Moncau – Nós temos a Constituição Federal, que diz que a intimidade e a vida privada são invioláveis, estabelecendo direitos como a inviolabilidade das comunicações, por exemplo. Temos o Código de Defesa do Consumidor. E existe um anteprojeto de lei de proteção a dados pessoais, de iniciativa do Ministério da Justiça, que está tramitando no executivo há anos. Vai para um ministério, alguém pede vistas, volta pra outro... mas continua em discussão.

Há sistemas de vigilância de internet similares em funcionamento no Brasil?

Moncau – Quando veio à tona o caso da NSA, começou-se também a perguntar o que outras agências estavam fazendo. O jornal Le Monde divulgou que a agência de segurança francesa também colaborava com a NSA. O jornal inglês The Guardian denunciou que lá também havia seus programas. No Brasil, falou-se do programa de monitoramento Mosaico, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sobre o qual há pouquíssima informação disponível ao público. Esse programa é usado para monitorar manifestações, por exemplo. Mas não consta que seja um sistema de captação de dados. Foi usado na Jornada Mundial da Juventude, para mapear os riscos. Até saiu em um jornal brasileiro um painel de situações consideradas ameaças ou riscos – terrorismo, risco pequeno; tumulto, risco médio etc. Fiquei até espantado porque nesse painel estava o item “sociedade civil organizada”... surpreendente, estar lá, no meio dos riscos! Eu acho que até isso devia ser pensado, neste momento. O que é realmente um problema e o que não é, que não justifique ser objeto de polícia, de investigação da Abin.

O que o Marco Civil pode fazer por essa questão?

Moncau – O Marco Civil é extremamente importante. Traz algumas disposições sobre privacidade, coloca a proteção à privacidade como um princípio a ser respeitado. Com o Marco Civil em vigor, por exemplo, a chance de esse convênio do TSE com a Serasa ser firmado teria sido bem menor. O Marco Civil tem um papel importante de orientar o governo sobre como agir e orientar o Judiciário a julgar. Porém, na questão da privacidade, a lei mais importante vai ser a Lei de Proteção aos Dados Pessoais, que fala como as empresas devem tratar os dados, o que é dado público, o que é dado privado, o que pode ser feito com os dados coletados.

Cidadãos e governo brasileiros dispõem de recursos legais para cobrar punição, ou indenização, dos Estados Unidos?

Moncau – Tem uma questão que afeta a internet como um todo, não só no Brasil, mas no mundo. As regras são diferentes em cada país. Certas coisas eu posso dizer aqui, mas não posso dizer no Irã, por exemplo. E não tem como aplicar a lei de um país fora do seu território. Nesse caso da espionagem feita por um governo, uma agência governamental, o que se configura é um conflito diplomático. Não existe uma legislação aplicável, um recurso jurídico para pedir uma indenização à NSA. Mas o caso já está reverberando nas esferas diplomáticas.

Existe um organismo internacional onde os países poderão se unir para discutir esse tema, um fórum global?

Moncau – Essas questões vão ser discutidas nos fóruns mundiais de governança da internet, na União Internacional de Telecomunicações (UIT), na Organização das Nações Unidas, em todos os lugares onde há discussões diplomáticas de interesse internacional. Do ponto de vista legal, de como enquadrar essa conduta de forma a ter uma punição, eu só vi um caso interessante, na Inglaterra. Uma organização da sociedade civil entrou com uma ação em um tribunal que eles constituíram especialmente para esses casos, uma estrutura onde os cidadãos podem peticionar contra abusos do estado pela prática de monitoramento dos cidadãos. Eles cobraram do governo inglês que apurasse os fatos.

Como você avalia a reação do governo brasileiro?

Moncau – O governo acertou, em linhas gerais, ao demonstrar claramente que o problema é muito sério, não pode acontecer, exigir explicações etc. No âmbito interno, a revelação da espionagem repercutiu reforçando a importância do Marco Civil da Internet. Parlamentares e ministros levantaram a voz para dizer que a proteção dos dados é importante.

O que você acha da proposta de armazenar os dados no Brasil?

Moncau – Essa saída tem diversos problemas: não vai nos proteger de invasões estrangeiras, não nos preservará em relação a questões com as empresas e ainda vai assegurar que o governo tenha acesso a esses dados mais facilmente e possa exercer mais pressão sobre a estrutura que estiver funcionando aqui. Já acontecem discussões bastante acirradas, que colocam as empresas estrangeiras em confronto com o governo. Quando há uma investigação e o Ministério Público solicita informações, essas empresas dizem que os dados não estão no Brasil, que estão nos EUA, por exemplo, onde fica a sede da empresa. Dizem que aqui só cuidam, por exemplo, de publicidade, que não armazenam dados. Ou seja, assim, a entrega desses dados fica submetida às regras estrangeiras. Além disso, armazenar os dados no Brasil traria uma série de outras consequências. Imagina um estudante que crie um serviço superinovador, com potencial de se tornar uma nova rede social, um novo aplicativo para celular. Ele vai precisar contratar servidores para o seu desenvolvimento. E os servidores mais baratos estão nos EUA. Mas, por lei, ele será obrigado a manter os dados aqui. Aí se cria um custo que não existe hoje. Muita gente tem um blog que fica em outro país e não custa nada. Então, para as empresas que estão começando, pode afetar, pode inviabilizar um empreendimento. Para as empresas que estão fora do país, essa medida pode resultar no bloqueio dos IPs brasileiros porque as empresas estrangeiras não vão querer cumprir essa regra. Imagina se todos os países fizerem isso. Essa balcanização da rede está sendo discutida não só aqui, mas em outros países também. É um efeito Snowden. O que preocupa é que isso não tem nada a ver, seria colocar um bode dentro do Marco Civil. É mais um setor que vai se opor. As empresas de internet não vão apoiar esse tipo de dispositivo, o que vai gerar mais dificuldade para a aprovação do projeto.

Qual a tarefa agora, para evitar novas surpresas?

Moncau – É preciso trabalhar em várias frentes. Não vamos resolver todo o problema com o Marco Civil, nem com a Lei de Proteção de Dados Pessoais. Não é porque você faz uma lei proibindo o roubo que as pessoas vão parar de roubar. Com as leis, você vai ter mecanismos para responsabilizar quem rouba. Esse é apenas o primeiro passo de uma série. As empresas que lidam com informação sensível precisam entender que devem usar criptografia, armazenar dados em servidores próprios, talvez até fora da rede. É fundamental capacitar as pessoas para a visão de segurança. Toda essa movimentação de computação em nuvem deve dar uma arrefecida, para se pensar a respeito. O governo tem que aprender a cuidar dos dados de todos nós. E não se trata apenas de espionagem. O Brasil, nesses próximos dois, três anos, pode definir regras que vão ter impacto para gerações. O Marco Civil, a neutralidade de rede, podem definir a democracia na informação, a preservação de direitos para os próximos 30, 40 anos. É uma responsabilidade que existe nas associações que trabalham com TI, nos parlamentares, nas empresas de telecom que estão tentando zelar por seus negócios mas que também deveriam zelar pelos interesses públicos. Com uma mídia tão concentrada, com tanto poder na mão de tão poucos, é o momento de abrir ao máximo essas reflexões. A gente precisa ter cuidado para não errar agora.

A criptografia vai ganhar relevância?

Moncau – A criptografia vai crescer, sim. Pessoas que têm afinidade com tecnologia e nunca se preocuparam com isso já estão começando a se movimentar. Todo mundo que conhecia, mas nunca tinha usado, está procurando saber qual é a tecnologia, qual é a fonte, como funciona.

Existe criptografia livre?

Moncau – Existe e é importante que seja livre. Porque se não for livre, não há como assegurar que o software não tem nenhuma linha de código invisível que permita à empresa fornecedora ter acesso aos dados. O ideal é ser livre. Eu era motivo de piada quando falava que o governo precisava usar software livre para proteger suas informações. Um amigo meu foi checar com uns conhecidos nos EUA e descobriu que lá a maioria dos sistemas de segurança são em software livre. Porque quando você tem acesso a todos os códigos sabe se mandam armazenar seus dados, remeter para outro servidor. No software de código aberto, você consegue ver tudo.

Em muitos casos, a proteção começa pelo dono dos dados. Não cabe também uma reflexão sobre a cultura de exposição na internet?

Moncau – Costumo fazer uma analogia com a criança que aprende a se vestir para sair na rua. Na internet, você precisa aprender a proteger ao menos as partes mais íntimas, se não dá pra proteger tudo. Não dá pra sair na rua sem ser visto. Não dá pra usar a internet sem se expor. Mas dá pra proteger alguma coisa. A gente tem a cultura da exposição, hoje. Tá muito arraigado nas gerações mais novas, mais acostumadas a se expor, a tornar pública uma parte grande de suas vidas. Mas isso é uma questão pra ser ensinada.

Muita gente é adepta da tese de que não há problema em ter seus dados acessados porque não tem nada a esconder.

Moncau – Esse é um problema de falta de consciência sobre os danos que essa exposição pode trazer a si mesmo e à coletividade. Alguns direitos são muito abstratos e vão sendo limitados aos pouquinhos, sem que se perceba o impacto. Um exemplo que ajudaria a compreender é o serviço de proteção ao crédito. Quando a informação sobre a sua inadimplência em relação a um dos fornecedores – TV a cabo, banco – é compartilhada com todos, você fica com o seu nome sujo, não consegue crédito. Outro exemplo clássico: se a empresa do plano de saúde souber que uma pessoa está pesquisando no Google informações sobre câncer, talvez não vá querer aceitar esse contrato. Por isso, o perigo é associar as informações sobre a mesma pessoa, olhar os dados em conjunto. Uma coisa que os burocratas do TSE não perceberam quando estavam firmando o acordo com o Serasa. Eles pensaram que nome da mãe, óbito, situação cadastral etc. eram dados inofensivos. Podem ser inofensivos isolados. Mas em um banco de dados, relacionados com outras informações, cruzados, processados, permitem saber muitas coisas sobre as quais talvez nem a própria pessoa tenha consciência em relação a suas preferências, hábitos, crenças, posições ideológicas.

Uma pessoa que diz que não deve nada, de tanto ser bombardeada com ofertas dirigidas, pode acabar devendo.

Moncau – Em outros países, a questão da publicidade dirigida tem sido fortemente debatida e aqui não. O vendedor sabe tudo sobre você e com isso é capaz de oferecer o produto que você deseja de um jeito que você fica ainda mais vulnerável ao apelo publicitário. Afeta o inconsciente de uma forma que a pessoa não consegue resistir. Do ponto de vista do consumidor, tem muita coisa para ser discutida também.

Fonte

Não é uma espionagem de segurança, é uma espionagem de interesses comerciais! Eles farão de tudo para defender os interesses político-econômico que eles, enquanto Estados Unidos da América, exercem sobre todos os outros países, de modo a tirar-lhes a soberania.

Nada contra as pessoas de lá, nem sua ética protestante de ganhar dinheiro em tudo que puder. Existem outros fatores é claro, mas a questão está em: Quais produtos os EUA enquanto império de controles querem protegê-los contra a(s) adversidade(s) da(s) concorrência(s)? E o que mais eles fazem para proteger seus interesses ao disseminar desinformação e orientar os meios de comunicação para divulgarem APENAS as tecnologias que interessam a eles? (Whatsapp, Facebook, Windows)

Sempre percebi que as aplicações livres de informática são boicotadas pelos meios de comunicação que servem a eles, que é o caminho para não estar sob os controles deles. Eu adoro os norte-americanos, estou me referindo especificamente à política protecionista aos produtos deles, que é mais que um simples produto, é um meio de controle transnacional comparado à 1984!

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