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Aí vão alguns motivos para o futebol brasileiro não querer a volta de Eurico


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Aí vão alguns motivos para o futebol brasileiro não querer a volta de Eurico

Eurico Miranda quer voltar ao centro do poder. Homem-forte do futebol do Vasco a partir da década de 1980 e mandatário do clube entre 2001 e 2008, o cartola lançou sua candidatura à presidência para as próximas eleições, sem data definida. “O Vasco não suporta mais aventuras. O Vasco não suporta mais três anos de humilhação, subserviência e posição secundária. Daqui para frente vamos nos falar mais”, declarou. Não apenas se recoloca sob os holofotes, como também resgata à memória uma série de polêmicas nas quais esteve envolvido como dirigente.

Com Eurico no poder, o Vasco viveu um dos períodos mais gloriosos da sua história, é verdade. Conquistou uma Libertadores e três Brasileiros. Mas, a que custo? As controvérsias também foram várias, com direito a invasões de campo, defesa aberta do uso do tapetão, mudanças repentinas nas datas dos jogos e acusações de fraudes administrativas. Atitudes que representam o arcaísmo da cartolagem brasileira.

Abaixo, recontamos 13 episódios emblemáticos da carreira de Eurico no futebol. E, que fique claro, isso não é uma defesa à situação do Vasco – que também possui inúmeras falhas expostas, como no posicionamento após a violência ocorrida na Arena Joinville na rodada final do Brasileiro de 2013, apenas para ficar em um exemplo. A intenção é apontar as posturas das quais o futebol brasileiro poderia se livrar. Deixar apenas como uma lembrança ruim, não como uma realidade revivida.

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- A caixa de força: Em 1969, Eurico Miranda ganhou notoriedade na política vascaína. O então vice-presidente de patrimônio foi acusado de desligar o quadro de energia da sede náutica do clube, para impedir a votação pela cassação do presidente Reinaldo de Matos Reis. O jornal O Globo, inclusive, publicou uma matéria sobre o caso com o título ‘A mão de Eurico’.

- A Copa União de 1987: Eurico Miranda foi acusado por dirigentes de fazer jogo duplo durante o processo de criação da Copa União. O vascaíno era responsável no Clube dos 13 por fechar contratos e negociar regulamentos. “O Eurico era nosso interlocutor na CBF. Ele nos traiu contra nossa orientação e deu sinal verde para a CBF, que virou a mesa”, conta Carlos Miguel Aidar, então presidente do Clube dos 13. Assim, nasceu o polêmico cruzamento entre os vencedores do Módulo Verde e do Módulo Amarelo. A revista Trivela publicou uma grande reportagem sobre o caso. Confira aqui.

- O antidoping de William: Em 1994, Eurico Miranda foi condenado a 90 dias de suspensão por retirar da sala de exame antidoping o meia William, alegando pressa para ir ao aeroporto com a delegação. Em compensação, ao se mostrar predisposto ao teste, o jogador foi absolvido da acusação e o Vasco recuperou os cinco pontos tirados na punição inicial do caso.

- Os W.O.’s de protesto: Em 1997, Eurico Miranda conseguiu adiar de maio para julho a última rodada do terceiro turno do Carioca, que coincidia com a Copa América e o Mundial Sub-20, para os quais quatro vascaínos foram convocados. Revoltado com a decisão, o Flamengo desistiu da partida e os rivais venceram o turno. No ano seguinte, foi a vez do Botafogo boicotar um jogo que teve a data alterada para, segundo o clube, beneficiar os cruzmaltinos.

- Ataques homofóbicos contra Armando Marques: Ao comentar a decisão de Armando Marques, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, ao suspender o árbitro Marco Antônio Cunha em 1998, Eurico Miranda fez a seguinte afirmação: “O senhor Armando Marques é um indefinido. Ele não é um homossexual, ele é um travestido. Uma pessoa como ele não poderia estar no comando da arbitragem do futebol brasileiro’’.

- A invasão de campo: Em 1999, o jogo entre Vasco e Paraná, pelo Campeonato Brasileiro, foi declarado encerrado aos 42 minutos do segundo tempo. O motivo foi a invasão de campo de Eurico, que protestava contra a expulsão de Mauro Galvão. O dirigente deixou o gramado protegido pela Polícia Militar e por outros cartolas do Vasco.

- A carteirada no vestiário: Durante a partida entre Vasco e Necaxa, pelo Mundial de Clubes de 2000, Eurico Miranda forçou a entrada de um filho, sem credencial, no vestiário do clube no Maracanã. O incidente gerou uma enorme confusão com os funcionários da Fifa, que tentaram barrar o filho de Eurico.

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- A criação da Copa João Havelange: Em 2000, foi um dos principais articuladores da virada de mesa que proporcionou o retorno de Fluminense e Bahia à primeira divisão do Brasileiro. “Time grande não pode cair. Daqui para a frente será assim no futebol brasileiro’’, declarou Eurico, na época. Já em 2013, na disputa para saber os lados que as torcidas de Fluminense e Vasco ocupariam no Maracanã, Eurico escreveu em sua coluna no site Casaca: “Quanto ao Sr. Peter Siemsen, digo a ele que eu ajudei a tirar direto o Fluminense da terceira para a primeira divisão e exijo que ele respeite a instituição Vasco da Gama e os seus torcedores.”

- A queda do alambrado: Em 2000, no jogo de volta da final da Copa João Havelange, o Vasco viveu uma de suas maiores tragédias, com a queda do alambrado do Estádio São Januário. Eurico, no entanto, pediu para que os torcedores feridos fossem retirados do gramado para que a partida tivesse continuidade. Já no retorno da partida, marcado para o Maracanã, criou polêmica ao colocar o símbolo do SBT no uniforme do Vasco, a fim de peitar a Rede Globo.

- A transferência de Paulo Miranda: O Ministério Público abriu investigação sobre o Vasco em 2007 para apurar os detalhes da transferência de Paulo Miranda ao Bordeaux, ocorrida seis anos antes. Segundo a reportagem do jornal O Globo, o clube francês pagou US$ 5,94 milhões pela contratação, não os US$ 2 milhões declarados pelos cruzmaltinos.

- Condenação por agressão: Eurico Miranda foi condenado a seis meses de prisão, em punição convertida posteriormente a multa de R$ 12 mil. O dirigente foi acusado por agredir o repórter Carlos Monteiro, do jornal O Dia, após a decisão do Campeonato Carioca de 2004. Na semana da final contra o Flamengo, o presidente anunciou que havia 30 mil litros de chope para comemorar. Após o jogo, o jornalista perguntou sobre o chope e por isso teria sido agredido.

- Anulação da vitória: Em 2007, a Justiça anulou a eleição de Eurico Miranda para seu terceiro mandato como presidente do Vasco. A oposição apontou irregularidades na votação, com a contabilização das cédulas de sócios que não estavam aptos ao pleito. Eurico se manteve na presidência sub judice e não participou da reedição da eleição, vencida por Roberto Dinamite.

- Crime contra a ordem tributária: Eurico Miranda foi condenado, em primeira instância, a 10 anos de prisão por crime contra a ordem tributária, baseada na CPI do Futebol. O dirigente foi acusado de sonegação fiscal e por ter criado um ‘laranja’ para encobrir a saída de capital dos cofres do clube para despesas de campanha. A sentença foi anulada no ano seguinte pelo Supremo Tribunal de Justiça, afirmando que o processo administrativo não havia sido julgado.

Trivela

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Tanto o Eurico e o Bananamite são dois merdas, fazem muito mal pro futebol brasileiro, carioca e principalmente pro Vaxco.

Nessa eleição aí não tem outro concorrendo não?

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Falaram numa possível chapa entre Jorge Salgado, empresário e ex-VP do Vasco, e Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca, mas parece que não andou. Se os dois concorressem juntos acho que dava pra vencer os dois filhos da puta, vamos ver no que dá.

Então as chances de ele voltar ao Vasco são grandes, é isso?

Sim. Esse diabo tem seus fãs e agora tem muita gente que não lembra a desgraça que foi a administração dele, e vai votar pra tirar o Dina. Daqui uns anos tiram o Eurico pra colocar o Dina, depois põe o Eurico de volta e assim sucessivamente até o fim dos tempos.

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Essa história de São Januário em 2000 é mentira, e continua sendo contada não sei por quê. Quem queria tirar os torcedores feridos era a Rede Globo para não atrasar a novela Uga Uga.

De resto, o Eurico é um câncer pro Vasco mesmo. A salvação é outro presidente ganhar, mas acho difícil.

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