Erros da database brasileira do FM 2024
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By LC
27 Ligas Jogáveis.
Base de Dados: Grande - 94 mil jogadores.
FM2024- Database Oficial - Japan League - 3ª Divisão
**** Início do save: J.LEAGUE - 3ª DIVISÃO.
**** Transformar Yoshihiro Navarra no melhor treinador do mundo.
**** Save: Continuação da Saga: Ronin: A saga do guerreiro sem destino.
花 わ 桜木 人 わ 節。
" Entre as cerejas, flores, entre os homens, o guerreiro."
Da mesma forma que a flor de cerejeira é a flor por excelência, assim também o samurai é o homem por excelência.
Meu nome é Yoshihiro Navarra, sou filho do famoso treinador Basco, Gabriel Navarra. Minha mãe se chama Mitsue Yoshida Navarra. Meu pai, como todos sabem, foi assassinado pelo seu ex sogro num programa de televisão. Quando ele foi morto a minha mãe estava com 45 dias de gestação. Foi um baque muito forte pra ela que quase me perdeu. Na época ela teve um descolamento da placenta e por milagre ela não sofreu um aborto. Resumindo: Eu nasci a 30 anos atrás. Durante 10 anos eu vivi na Espanha e também tenho a nacionalidade japonesa. Com 10 anos de idade a minha mãe deixou a Espanha e viemos morar com meu tio e minha avó. Minha vida não foi muito fácil, pois sempre fui considerado um mestiço ou na palavra correta no Japão: Um Hafu. Por isso sempre me senti mais um estrangeiro, do que realmente um japonês e por este motivo sofri alguns bullying, mas graças ao incentivo da minha mãe eu aprendi a ser forte e ela sempre usava a figura do meu falecido pai como exemplo. Sim, ela me contou a vida de superação do meu pai e eu o via como um herói. Meu pai era um Ronin e eu aceitaria isso como modo de vida. Superei diversos obstáculos até me formar em Educação Física, mas precisamente na área de esportes. Fiz alguns cursos de Administração Esportiva e também o Curso de Formação de Treinadores do Japão e também o Curso Nacional C da UEFA. Para o curso da UEFA eu morei 1 ano em Portugal. Voltei ao Japão e procurei trabalho em diversos clubes da primeira até a 5ª Divisão da J.League. Consegui a vaga de preparador físico na equipe do Fukushima United FC. Era o único com os cursos exigidos para ser treinador da equipe reserva e até mesma da principal. Fiz meu trabalho de forma correta e 1 ano depois eu fui promovido a treinador da equipe Sub-18. Nossa equipe fez um bom trabalho e terminamos entre os 5 primeiros do campeonato. Em janeiro de 2023 a equipe principal ficou sem treinador e nas histórias que minha mãe contava do meu pai, ele era ambicioso e um cara de pau ou um cara ousado que não tinha medo de levar um não. Entrei na sala do Konosuke Shimizu, vice-presidente do clube. Ele me recebeu um tanto irritado:
- Bom dia Navarra sam! O que o trás a minha sala sem ser anunciado?
- Me desculpe, mas a secretária não estava e como a porta estava aberta, eu...
- Bem que me disseram que você não segue a tradição e os costumes japoneses, mas já que está aqui vá direto ao assunto.
- Bom, Shimizu sam, vim pedir a vaga de treinador principal do Fukushima United FC. Tenho condições de administrar bem a equipe e...
- Que ousadia! Acha que é chegar aqui e fazer esse tipo de pedido? Sabe quantos treinadores melhores nós temos para entrevistar?
- O que está acontecendo aqui Shimizu?
- Presidente Kamada! Eu dizia ao ex-treinador do nosso Sub-18 que ele é muito ousado para vir a minha sala e pedir a vaga de treinador principal da nossa equipe e...
- Porque ex-treinador? Ele foi demitido?
- Depois dessa arrogância e da falta de respeito com nossas tradições e dos nossos costume ele será demitido.
- Demitido por pleitear uma promoção? Eu cheguei a presidência deste clube sendo ousado Shimizu.
- Mas senhor presidente Kamada...
- Fique quieto Shimizu! Quero ouvir o que este jovem tem a dizer.
- Obrigado senhor presidente Kamada! Tenho quase 3 anos de clube e eu e minha equipe conseguimos chegar entre os 5 primeiros do campeonato Sub-18, feito inédito. Além disso eu tenho os cursos para treinadores do Japão e Nacional C da UEFA. Além do curso de Administração Esportiva, também da UEFA. Tenho capacidade suficiente para exercer o cargo de Treinador Principal do clube. E por este motivo estou aqui pleiteando a vaga.
- Eu conheci seu pai! Eu tinha 12 anos e meu pai era do conselho do FC Osaka e ele me disse que um dia o Gabriel Navarra seria um dos grandes treinadores e de nível mundial. Se você tiver 20% do talento do seu pai, o Fukushima United FC chegará a J.League. Vamos fazer um teste de 60 dias. Você terá pela frente alguns amistosos e pelo menos 5 jogos pela Liga. Se for mal, será demitido e se for bem...terá um contrato até o final da temporada. Aceita?
- Mas senhor presidente Kamada, eu sou contra essa sua decisão!
- Está anotado Shimizu! O que me diz meu jovem?
- Eu aceito senhor presidente!
明日は明日の風が吹くでしょう。
" O vento de amanhã soprará amanhã."
Meu nome é Yoshihiro Navarra, e sou treinador do Fukushima United FC:
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By Cadete213
Apresentação do Save
Olá a todos. Com o novo FM23 disponível, não conseguia esperar mais para partilhar aqui uma nova aventura. As ligas seleccionadas, pelo menos para começar, são as que partilho na imagem em baixo. Como podem ver, decidi aventurar-me nas principais ligas europeias (+ a Escocesa, hehe), e com as ligas inferiores disponíveis.
O objetivo será começar por baixo e ser o mais realista possível. Dizendo isto:
Todas as contratações serão feitas pelo Diretor Desportivo. Terei reuniões e posso pedir um jogador, mas as negociações serão sempre da sua responsabilidade Todas as vendas e empréstimos serão da autoria do Diretor Desportivo Os contratos e renovações serão também da autoria do Diretor Desportivo Nunca darei um salto maior que a perna. Por exemplo, se treinar um clube de uma Distrital, nunca passarei logo para uma equipa de Liga 3 ou 2ª Liga.
Personagem
Quanto a mim, meu nome é Fabio Cadete e sou natural do Funchal. Nasci a 13 de Setembro de 1994 e sou um apaixonado pelo futebol. Desde miúdo que dou pontapés numa bola e sempre tive um fascínio enorme pela redondinha. Lembro-me de ver os jogos do Benfica na TV, pois meu pai é fã dos encarnados e da loucura que foi quando o Trapattoni devolveu o título de campeão ao Glorioso...mas minhas melhores memórias são do Caldeirão dos Barreiros.
Saudades que tenho de ver o meu Marítimo, clube da minha terra, ao vivo. Sentava-me sempre no peão, fizesse chuva ou fizesse sol. A primeira grande memória foi de ver o Leeds (tinha apenas 7 anos). Ainda consegui ver equipas como o Rangers ou o Valência e claro, sempre que um dos grandes lá ia, era dia de festa.
Infelizmente, apesar de gostar de dar pontapés na bola, nunca tive muito jeito para a coisa. Foi quando decidi fazer uma de Mourinho e comecei a observar os jogos com atenção. Já que não dava para jogador e não queria ser árbitro, tinha que ser treinador. Aventurei-me no que pude e comecei a tirar o curso de treinador. Treinei nas escolinhas do Andorinha, primeiro clube do Cristiano Ronaldo, e fui subindo até aos Juniores. Dei nas vistas com o meu bom trabalho e o vizinho Marítimo, convidou-me para treinar os Juvenis. Aceitei logo...era o meu clube.
Comecei a sonhar com o Caldeirão a chamar o meu nome, depois de vencer o Benfica e levar o clube às competições europeias...chegando depois a casa e meu pai ficar todo amuado por ter derrotado o seu Benfica...mas a realidade era outra. O dinheiro não era suficiente para viver, e tive que emigrar. Aos 24 anos, um amigo meu arranjou-me um trabalho num restaurante em Londres, e lá fui eu.
O meu inglês já era bom e adaptei-me rapidamente. A paixão pelo futebol prevaleceu e fui fazendo amigos ingleses. No restaurante, conheci um pouco de tudo, até que chegou o Jimmy, Diretor do Futebol Jovem do Wimbledon. Fizemos uma amizade e logo comecei a falar de futebol e da minha experiência nas camadas jovens do Andorinha e Marítimo. Também mencionei o curso que tinha e reparei que capturei a sua atenção. Tinha apenas a Licença Nacional A, mas era o suficiente para o que o Jimmy procurava.
Oh Fabio, e não estavas interessado em treinar camadas jovens aqui? O teu inglês é bom, por isso a comunicação não seria um problema. Epah, seria um sonho, claro que sim. Ando à procura de treinador para os sub-16, estás interessado? Obviamente que a resposta foi sim e lá me desloquei ao centro de treinos do Wimbledon. Li sobre a sua história e fiquei entusiasmado com a equipa que conquistou a FA Cup (o Crazy Gang), contra o super Liverpool, em 1988...e depois triste com os problemas financeiros que levaram a equipa a ter que recomeçar. Já andam outra vez no futebol profissional e lá comecei esta aventura fantástica, que não podia desperdiçar.
O trabalho no restaurante, passou a ser só um part-time, para ajudar a pagar as contas. Um ou outro colega ainda pedia bilhetes para os jogos da equipa principal, mas como é óbvio, não os conseguia obter, pois era apenas treinador dos sub-16. Outra das brincadeiras que me faziam, era sempre sobre o Vinnie Jones e se já o tinha conhecido e tinha sido ameaçado por ele, haha. Vinnie foi talvez o jogador mais violento que pisou os relvados ingleses.
Quanto ao Wimbledon, após a 1ª época, consegui a melhor classificação de sempre do clube no escalão de sub-16 e o meu nome começou a ser mencionado nos corredores do clube...e não só. Na segunda época, trabalhei nos sub-18 e consegui voltar a bater o recorde de classificação da equipa.
Não tardou muito e o telefonou tocou...
Quem será que está me telefonando a esta hora...Hello, Fabio speaking, who's this? Olá Fábio. Não precisas de falar inglês. Ok, mas quem fala? Meu nome é Luis, mas ou mais conhecido por Boa Morte. Temos acompanhado o teu trabalho no Wimbledon e queria falar contigo. Sabes que nós portugueses gostamos de acompanhar o bom trabalho dos nossos compatriotas. O Boa Morte que jogou no Arsenal, Fulham... Esse mesmo. Acompanhando o meu trabalho? Wow, estou lisonjeado. Que orgulho mas, disseste nós? Sim, vem ter amanhã ao Stevenage Rd, London SW6 6HH e quando lá chegares dá-me um toque que venho à rua te buscar. Tenho um amigo que gostaria de falar contigo. Ok, a que horas? Antes do almoço, por volta das 11h45? Combinado. Ok, e não te preocupes que pagamos nós o almoço. Até amanhã. Até amanhã. Não queria acreditar, o Luis Boa Morte queria falar comigo. Seria verdade? Ou seria uma brincadeira de mau gosto? Espera, mas ele deu-me uma morada...google, aqui vamos nós...Stevenage Road...não pode ser, será que era mesmo ele? Já sei que hoje à noite não vou dormir, mas também não vou dizer a ninguém. Quando confirmar se é verdade ou não, então falo com o pessoal.
Historial
2022-23 - Fulham sub-18 2023-24 - Fulham sub-18 - Barnet FC 2024-25 - Barnet FC 2025-26 - Barnet FC 2026-27 - Barnet FC - Birmingham City FC 2027-28 - Birmingham City FC 2028-29 - Birmingham City FC 2029-30 - Birmingham City FC 2030-31 - Celtic Glasgow FC 2031-32 - Celtic Glasgow FC 2032 - Suécia 2033 - Suécia 2034 - Suécia 2034-35 - SSC Napoli 2035-36 - SSC Napoli 2036-37 - SSC Napoli 2037-38 - Athletic Bilbao 2038-39 - Athletic Bilbao - PSV Eindhoven 2039-40 - PSV Eindhoven
Palmarés
2022-23 - Vencedor da Taça de Inglaterra Sub-18 - 2º classificado da zona Sul da Liga de sub-18 2023-24 - 14º classificado do Vanarama National League 2024-25 - 2º classificado do Vanarama National League - Finalista vencido dos playoffs 2025-26 - 2º classificado do Vanarama National League - Vencedor dos playoffs. Promovido à League Two 2026-27 - 2º classificado do League One - Promovido ao Championship 2027-28 - 2º classificado do Championship - Promovido à Premier League 2028-29 - 17º classificado na Premier League 2029-30 - 13º classificado na Premier League 2030-31 - Vencedor da Taça da Liga da Escócia - Campeão da Liga da Escócia 2031-32 - Vencedor da Taça da Liga da Escócia - Campeão da Liga da Escócia 2032 - Último classificado grupo Liga das Nações A 2033 - 1º lugar grupo classificação para o Mundial de Futebol 2034 - Eliminados 16 avos-de-final do Mundial 2034-35 - Finalista vencido da Taça de Itália - Campeão da Liga de Itália - Finalista vencido da Champions League 2035-36 - Finalista vencida da Supertaça Italiana - Finalista vencido da Taça de Itália - 3º classificado Liga Italiana 2036-37 - Campeão da Liga de Itália 2037-38 - 3º classificado Liga Espanhola 2038-39 - 3º classificado Liga Neerlandesa -
By Nismo
Depois de um tempo longe do FM, resolvi voltar na nova versão. O clube escolhido é a L.R. Vicenza, que milita atualmente na Série C, terceira divisão italiana e que, faz um tempo, é uma das minhas ideias de save. Fundada inicialmente em 1902, a Vicenza carrega uma história de pioneirismos, figuras importantes, altos e baixos como poucos clubes na Itália.
O Vicenza é a equipe mais antiga da região do Vêneto, e seu maior rival é o Hellas Verona, com quem disputa o Derby do Vêneto. Manda seus jogos no estádio Romeo Menti, com capacidade para 13173 pessoas, e cujo nome homenageia o atacante formado no clube e que veio a falecer em 1949 na tragédia de Superga com todo o time da Torino.
É bastante difícil detalhar em poucos parágrafos toda a trajetória da Vicenza, visto que são diversas as passagens importantes. Até a década de 1940, os berici (um dos apelidos da equipe) eram um time acostumado a jogar os campeonatos regionais do Vêneto ou a Serie C, com algumas aparições rápidas na Coppa Italia e Series A e B, mas sem campanhas de destaque. A partir desta década, a Vicenza começa a se estabelecer entre as duas primeiras divisões italianas, com destaque para uma quinta colocação na Série A em 1947.
Uma mudança de nome e um “drible” para abrir portas
Nos anos 50 a estabilidade do final da década anterior se reforça, e, em 1953 vem uma mudança no clube que ficaria para a história também do futebol italiano: a empresa Lanerossi, do segmento têxtil, adquire o clube e altera o nome para Associazione Calcio Lanerossi Vicenza. Vale citar que os patrocínios nas camisas dos times do futebol italiano são liberados somente nos anos 80, e a atitude dos industriais transforma a Vicenza literalmente em um braço do grupo. O Vicenza colocou o nome da Lanerossi no “CNPJ”* e o logo (um R formado pelo entrelaçamento de um fio, normalmente em azul) no peito, um “drible” na legislação da época. A atitude pioneira abriu espaço para outras empresas e clubes seguirem pelo mesmo caminho, como Monza (Simmenthal-Monza) e Torino (Talmone Torino), além de outras parcerias que viriam a ter sucesso nas décadas seguintes como o Parma e a Parmalat.
*Durante os anos 80, na Alemanha houve uma tentativa semelhante envolvendo o Eintracht Braunschweig. A Jägermeister, fabricante da bebida alcoólica de mesmo nome, patrocinava o clube e propôs ao governo a mudança do nome para "FTSV Jägermeister" ou "Sportverein Jägermeister Braunschweig”, porém as abordagens foram rechaçadas.
A nova direção deu frutos a partir dos anos seguintes. O acesso em 1956 daria início a um período do Vicenza chamado Ventennio d’Oro, onde foram 20 anos seguidos na Serie A e campanhas no meio de tabela, além de apelidos como “La nobile provinciale” (A nobre provinciana) e “Provinciale di lusso” (provinciana de luxo). Nesta época começaram a aparecer os primeiros jogadores brasileiros no clube: Luis Vinicio, Américo Murolo e Chinesinho foram alguns dos brasileiros a vestirem a camisa do Vicenza nesse período.
O presidente, o técnico, o Carrasco, uma temporada de sonho e outra de pesadelo
O Ventennio duraria até os anos 70, onde em 1976 a equipe voltaria à Serie B. Mas seria uma passagem rápida, fulminante e com duas personalidades históricas: o técnico Giovanni Battista Fabbri e Paolo Rossi. “Gibi” Fabbri, o técnico, até aquele momento, tinha a carreira concentrada em times de base, especialmente na SPAL (onde lançou Fabio Capello). Já Paolo Rossi ainda não era o Rossi que nós conhecemos como “Carrasco do Sarrià” em 1982: o jogador era apenas um ponta na equipe de base da Juventus – que os bianconeri não tinham muitas esperanças, quando a Vicenza, através do presidente Giuseppe Farina*, apostou nos seus serviços. Na Vicenza, Fabbri viu em Rossi um centroavante com potencial e colocou-o para jogar nesse setor.
*Como vocês verão daqui a pouco, algumas decisões de Farina colocaram o Vicenza em perigo financeiro e esportivo. Mas não foi só o Vicenza que sofreu com “Giussy”, que antes já fora dono do Padova. Em 1982, após deixar os biancorossi, Farina comprou o Milan. Campanhas medianas e escolhas ruins de técnicos e jogadores que não emplacaram criaram um rombo nos cofres rossoneri, que só foi salvo graças à entrada de Silvio Berlusconi no clube. Em seguida, Farina foi indiciado pela justiça italiana por crimes financeiros e chegou a se esconder na África do Sul. Quando voltou à Itália, cumpriu a pena em regime semiaberto.
Esta decisão mudou a história de todos os envolvidos: o Vicenza foi campeão da Serie B em 1976-77, e Rossi foi o artilheiro da competição, com 21 gols marcados. No retorno à Serie A (77-78), a Vicenza flertou com o título. Com certas dificuldades no início da temporada, os berici foram se encaixando no decorrer dela e chegaram a emendar uma sequência invicta de 11 jogos. Mas não foi suficiente para brigar até o final: a Juventus levou a taça com 5 pontos de vantagem, e a Vicenza terminou como vice campeão – a melhor campanha de uma equipe do Veneto até 1985, quando o Hellas Verona venceu a Serie A. Paolo Rossi terminou como artilheiro do campeonato, com 24 gols, e Fabbri foi escolhido Treinador do Ano pela Federação Italiana. O desempenho de Paolo Rossi também o credenciou a disputar a Copa de 1978, na Argentina: levado por Enzo Bearzot, foi o artilheiro da Squadra Azzurra com 3 gols marcados (França, Hungria e Áustria).
Se a temporada do retorno foi um sonho, a seguinte era só o início de um pesadelo, e começou com um movimento do presidente Farina que se provaria catastrófico: tentando manter a estrela Paolo Rossi, que era em copropriedade com a Juventus*, o presidente Farina pagou 3 bilhões de liras (moeda italiana pré Euro), tornando Rossi o jogador mais caro do mundo naquele momento. Com todo esse gasto, que desencadeou vários problemas financeiros, outras áreas do time não foram reforçadas e a temporada 1978-79 reservou o rebaixamento ao final, com só 5 vitórias. Pra piorar, Rossi teria problemas com lesões após um confronto contra o Dukla Praga pela Copa da UEFA. Ao final da temporada, Fabbri deixou a direção técnica e Paolo Rossi foi cedido ao Perugia na Serie A, e depois retornou à Juventus.
*No sistema de copropriedade, que nesses moldes era exclusivo na Itália e figurou até a década passada, um clube comprava e detinha 50% do passe de um jogador de outro clube por determinado período, podendo comprar a outra parte, manter como está ou vender a sua para o mesmo clube ou qualquer outro. Ao final deste período, era decidido quem ficaria com o jogador da seguinte forma: os times mandavam envelopes para a FIGC com lances, e obviamente vencia e levava o jogador quem dava o maior valor.
A queda livre, o garoto, e o adeus da Lanerossi
O recomeço na Série B seria difícil diante das dívidas e com a Lanerossi cessando os apoios financeiros (o nome e o logo da empresa seguiriam até 1989 no clube, mas o apelido Lanerossi ficaria eternamente gravado na cultura pop local). A primeira temporada (79-80) ainda guardaria um 5º lugar, mas em 1981 veio a queda para a Série C. Foram algumas temporadas no terceiro escalão italiano, sempre com campanhas rondando a zona do acesso, até 1985, quando finalmente ocorreu o retorno à Serie B. Neste período, especificamente em 1982, apareceu outro personagem histórico: Roberto Baggio. Nascido na vizinha Caldogno, Baggio foi formado na própria Vicenza (inclusive visitava bastante o Romeo Menti) e defendeu o clube de 1982 à 1985, ajudando no acesso à Serie B. Em seguida, foi vendido à Fiorentina.
Sem Baggio, a Vicenza ainda fez uma temporada excelente de retorno à Serie B, terminando em 3º lugar em 1986 e teria voltado à Serie A não fosse o envolvimento de dirigentes – no caso o presidente Dario Maraschin e o diretor Giancarlo Salvi– no escândalo Totonero de 1986*, que teve como punição a retirada do acesso da Vicenza. Perder o acesso seria uma punição ainda maior na temporada seguinte, mas não nos tribunais e sim no campo: longe de manter o mesmo desempenho, a Vicenza voltaria à Serie C1, em 1987. Seria o começo de um período de 7 anos longe das principais divisões, com momentos em que chegou a ficar ameaçada de cair para a Série C2 (quarta divisão da época).
*O termo Totonero ficou famoso pelo escândalo de 1980, que condenou Milan, Lazio, Perugia, Bologna, Palermo, Taranto e Avellino e chegou a investigar Napoli, Juventus e Pescara. Nesse escândalo de 1980, Paolo Rossi – na época jogando no Perugia – foi suspenso por 3 anos, mas não cumpriu totalmente, tamanha a comoção para que fosse reintegrado à Azzurra e jogasse a Copa de 82. Como sabemos, Rossi foi readmitido, virou Carrasco do Sarrià e a Itália venceu a Copa... O Totonero de 1986 atingiu das Séries A à C e condenou Udinese, Cagliari, Lazio, Vicenza, Triestina, Palermo, Perugia, Cavese e Foggia. As investigações de 86 ainda envolveram Napoli, Bari, Empoli, Brescia, Sambenedettese, Monza, Reggiana, Carrarese, Salernitana e Pro Vercelli, estes clubes citados sem condenação.
Em 1989, a Lanerossi e a Vicenza finalmente separaram seus caminhos: a equipe alterou o nome para Vicenza Calcio, pela qual ficaria conhecida nas décadas seguintes, e o simpático R deixou a camisa listrada, voltando só em momentos especiais.
O retorno à Série A, o primeiro grande título, mais um pioneirismo, e uma campanha europeia memorável.
A nova fase da Vicenza levou certo tempo para engrenar, mas em 1993 a equipe voltou à Série B. A primeira temporada já seria bastante sólida com o 11º Lugar, mas na segunda (94-95) veio o acesso com a 3ª posição, sob o comando de um treinador que faria uma trajetória por clubes médios da Itália, com destaque para Udinese, Bologna e Palermo: Francesco Guidolin. No retorno à Serie A, um 9º lugar (95-96) e um 8º (96-97) antecederam a primeira grande conquista da Vicenza: a Coppa Italia de 1997, deixando pelo caminho Lucchese, Genoa, Milan, Bologna e, na grande final, o Napoli.
Na temporada seguinte (97-98) a equipe perdeu um pouco o embalo na Serie A e caiu nos dezesseis avos da Coppa Italia, mas na Recopa Européia a campanha foi muito longe: batendo Legia Varsóvia, Shakhtar Donetsk e Roda JC, a equipe caiu só nas semifinais para o futuro campeão Chelsea, de Gianluca Vialli, Gianfranco Zola e Gus Poyet. E o contato com os ingleses iria além do campo: na direção, o fundo britânico ENIC comprou as ações do clube e assumiu a gestão neste período. Hoje, a ENIC* controla apenas o Tottenham, mas chegou a ter, além do Vicenza, Rangers, AEK Atenas, Slavia Praga e Basel. É o primeiro caso na Itália de um clube comandado por investidores estrangeiros.
*Pode se dizer que a entrada e as aquisições da ENIC no mercado criaram o termo “Multi Club Ownership” (Multi propriedade de clubes, numa tradução bem meia boca) muito antes de qualquer Grupo City, 777 Partners ou Red Bull nascer. Porém, naquela época, o fato de Vicenza, Slavia e AEK chegarem às quartas de final da mesma competição serviu de alerta para a UEFA, que lançou uma resolução chamada “Integrity of the UEFA Club Competitions: Independence of Clubs”, proibindo a participação de mais de um clube do mesmo controlador. Essa resolução caiu por terra nos últimos anos, quando Milan e Toulouse, propriedades do mesmo fundo (o americano RedBird, que detém parte do Liverpool), bem como os times da Red Bull, foram liberados para participarem.
Ocaso, falência e renascimento... com olhar para o passado
Os bons momentos não perduraram por mais tempo: ao final da temporada 97-98, Guidolin deixou a Vicenza e na temporada seguinte mais um rebaixamento. A Vicenza venceu a Serie B em 2000, mas o retorno à Serie A duraria só uma temporada. A partir de 2001 a Vicenza se acostumou a oscilar entre as Séries B e C, sem grandes momentos, salvo um ou outro momento que chegou a brigar pelo acesso à Serie A. Em alguns momentos a Vicenza dependeu das circunstâncias alheias para se manter na Serie B, como o envolvimento de outros clubes em escândalos de manipulação de jogos ou falências (o que levava a FIGC a “repescar clubes” para completar os campeonatos).
A situação delicada durou até 2018, quando por problemas financeiros, a Vicenza é declarada falida em janeiro, porém tem o direito de terminar a temporada sob administração provisória. Em maio, Renzo Rosso, dono da grife Diesel, compra os direitos do clube*. Para restabelecer a Vicenza, Rosso transfere a estrutura societária do Bassano Virtus, da vizinha Bassano del Grappa, para Vicenza e renomeia o clube inicialmente para Lanerossi Vicenza Virtus, depois L.R. Vicenza. A referência ao passado do clube vem no escudo também, com o R da Lanerossi voltando a adornar a camisa da Vicenza, mas sem qualquer participação.
*Infelizmente na Itália é muito comum vermos falências e refundações de muitos clubes com trocas de nomes até a recuperação definitiva dos direitos (o Napoli foi refundado como Napoli Soccer em 2004 e a Fiorentina como Florentia Viola em 2002, para citar alguns exemplos), porém, apesar das trocas de nomes, a Vicenza se manteve com o mesmo “CNPJ” desde sua fundação até 2018, quando veio a falir.
O reinício da Vicenza, se não é meteórico como nos anos de Lanerossi, é seguro: o acesso à Série B veio em 2020. Ficou duas temporadas na divisão até o rebaixamento à Série C. Na série C vem lutando para voltar à Série B via playoffs e conseguiu o título da Coppa Italia Serie C em 2023. Quis o destino que a indústria têxtil desse o impulso inicial para o sucesso biancorossi lá nos anos 50 e agora vem da mesma indústria o impulso para reerguer o clube e devolvê-lo à elite italiana.
A lista de personagens históricos que passaram pela Vicenza é grande... Entre os técnicos estão Béla Guttmann (antes das famosas passagens por São Paulo e Benfica), Renzo Ulivieri e Francesco Guidolin. Entre os jogadores, além dos citados Paolo Rossi e Roberto Baggio, estão Luca Toni, Ferruccio Valcareggi, Nevio Scala, Azeglio Vicini, Massimo Ambrosini, Agostino Di Bartolomei, Christian Maggio, Jordan Lukaku... Alguns desses personagens viraram técnicos importantes.
O personagem do save é um jogador que passou muito longe dos anos dourados da Vicenza: Stefan Schwoch. Schwoch, descendente de poloneses, nasceu em 1969 na cidade de Bolzano, localizada na região do Südtirol, esta historicamente de maioria germânica.
Jogou como atacante e sua carreira, durante os anos 90 e 2000, se caracterizou por estar longe dos grandes clubes. Defendeu principalmente Livorno, Venezia, Napoli, Torino e Vicenza, que foi seu último clube e o mais duradouro, jogando de 2001 à 2008. Pela Vicenza, é o quarto maior artilheiro da história do clube, com 74 gols marcados, superando Paolo Rossi e Luis Vinicio.
Principais:
Voltar à Série B e Série A Vencer a Coppa Italia Vencer a Série A Vencer as Copas Européias Secundários
Ter o artilheiro da Serie A (como Paolo Rossi em 1977-78, 24 gols marcados) Passar o Hellas Verona em vitórias no Derby do Veneto (36 x 35 para o Hellas) Formar jogadores para a Azzurra (preferencialmente um com perfil semelhante à Roberto Baggio) Vingar-se do Chelsea em competições Européias (5 vitórias em Fases de Grupos/Fase de Liga ou 3 eliminações em oitavas/quartas/semifinais ou 2 títulos sobre os Blues) -
By Bruno Trink
O início da Era Haaland em Bryne
06. mar 2023 14:08
O futebol norueguês tem uma nova esperança para voltar a ser uma referência mundial, graças à iniciativa do craque Erling Haaland, que decidiu investir nas categorias de base do Bryne FK, clube onde foi formado. Seu pai, Alf-Inge, assumirá o cargo de treinador da equipe, e juntos eles têm o objetivo de fortalecer o futebol norueguês e colocá-lo entre os melhores do mundo.
O Bryne FK é um clube histórico da Noruega, fundado em 1926 na cidade de Bryne, localizada na região sudoeste do país. Durante seus primeiros anos de existência, o clube disputou competições regionais, até que, em 1965, conseguiu o acesso à segunda divisão do campeonato norueguês. O sucesso continuou nos anos seguintes, com o Bryne FK alcançando a elite do futebol norueguês em 1970. Desde então, o clube teve altos e baixos, mas sempre se manteve entre as principais equipes do país. Chegou até a participar de competições continentais na década de 1980, quando conquistou também a Copa da Noruega. Hoje, está na segunda divisão do campeonato nacional.
Erling Haaland, filho de Alf-Inge, começou a jogar futebol nas categorias de base do Bryne FK, antes de ser contratado pelo Molde FK, onde se destacou e chamou a atenção de clubes de todo o mundo. Em 2019, Haaland se transferiu para o RB Salzburg, da Áustria, e depois para o Borussia Dortmund, da Alemanha, onde se tornou uma das grandes estrelas do futebol europeu. Em maio de 2022, o Manchester City ativou a cláusula de rescisão de €60 milhões e levou o atacante com um contrato de cinco anos.
Agora, Haaland decidiu voltar suas atenções para o clube onde tudo começou, e anunciou que investirá na melhoria das categorias de base do Bryne FK. Seu pai, Alf-Inge, ex-jogador da seleção norueguesa e com passagens por clubes como Manchester City e Leeds United, assumirá o cargo de treinador da equipe. A ideia é formar jogadores talentosos e prepará-los para uma carreira de sucesso no futebol profissional.
Alf-Inge afirmou que está muito animado com a oportunidade de treinar o Bryne FK, clube onde ele próprio começou sua carreira como jogador. "É uma honra poder voltar ao Bryne FK como treinador, e ainda mais com a ajuda do meu filho Erling. Acredito que podemos fazer um grande trabalho aqui, e ajudar a fortalecer o futebol norueguês como um todo", disse ele em entrevista coletiva. Como jogador, teve uma carreira de sucesso no futebol inglês. Defendendo as cores do Nottingham Forest, conquistou uma Copa da Liga Inglesa e uma Supercopa da UEFA. Depois, se transferiu para o Leeds United, onde se destacou como um jogador aguerrido e de muita garra. Por fim, teve uma passagem pelo Manchester City, onde ficou marcado por um lance polêmico com o lendário Roy Keane, do Manchester United.
Erling Haaland, por sua vez, destacou que a iniciativa é uma forma de retribuir ao clube que lhe deu a oportunidade de começar sua carreira no futebol. "O Bryne FK é um clube muito especial para mim, onde fiz meus primeiros jogos e tive a chance de crescer como jogador. Agora é minha vez de ajudar o clube a crescer, e tenho certeza de que com a ajuda do meu pai, podemos formar grandes jogadores e tornar o futebol norueguês ainda mais forte", afirmou o craque.
A notícia da iniciativa de Haaland e Alf-Inge causou grande repercussão na Noruega e em outros países do mundo. Muitos veem a iniciativa como uma forma de incentivar o desenvolvimento do futebol em um país que tem um grande potencial, mas ainda não conseguiu se firmar como uma potência mundial na modalidade. A expectativa é que, com o investimento nas categorias de base do Bryne FK, o futebol norueguês possa se fortalecer e ganhar mais espaço no cenário internacional. Haaland e Alf-Inge certamente estão comprometidos com esse objetivo e têm todo o potencial para torná-lo uma realidade.
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By downloadkk
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