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Como estudar o adversário?


lucasgalvd

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Olá pessoal, gostaria de tirar dúvidas, eu tenho muita dificuldade de como estudar um adversário e eliminar seus pontos fortes e aproveitar seus pontos fracos! Eu não consigo analisar o adversário nem pela central de dados e nem pelo relatório do olheiro, gostaria por favor que vocês me ensinassem como fazer isso.

 

 

uns exemplos: Não sei jogar contra equipes que controlam a posse de bola, tiki taka e tt em profundidade, quero por favor que me ensinem a parar os estilos de jogo

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  • 3 semanas depois...

Existem diversas formas de fazer isso, e existem skins que permitem você entender melhor os dados do seu adversário. E isso depende ainda mais da sua estrutura de analistas, redes de olheiros etc. A questão é que a forma de se interpretar os dados brutos também varia bastante e depende, principalmente, de como seu elenco é. Porque por vezes é impossível você "anular" um adversário que é muito mais forte que você, mas é muito fácil você dominar um jogo em que você tem um elenco pouco melhor do que outro time. Mas dito isso, vou trazer alguns exemplos - e tentar dividir por "etapas" de desenvolvimento do seu time. Isso vai ficar enorme, mas ok. Espero que ajude e, qualquer dúvida, pode colocar aqui no tópico porque certamente eu ou algum colega pode responder tranquilamente.

Dicas gerais:
Tente investir no setor de observação e análise de dados. É muito importante ter diversos olheiros, seja para captar novos jogadores, novas promessas, mas também para que eles formulem relatórios de seus oponentes; da mesma forma é também importante ter vários analistas: os de desempenho são avaliadores de como seus próprios jogadores estão performando - se estão bem, se estão mal, quais os repertórios mais comuns deles no seu esquema tático e coisas do gênero; os analistas de dados são avaliadores de jogadores externos ao seu clube, e também podem fornecer dados importantes sobre outras equipes, como elas atuam, as preferências de jogo e coisas assim.

Antes de jogos muito importantes pode ser interessante você pedir para algum olheiro (de preferência o que tenha melhores atributos) te enviar um relatório da equipe. Costuma demorar 1~3 dias para o envio, mas aí você tem um detalhamento um pouco melhor das informações e pode tomar decisões um pouco mais consciente para ter uma certeza melhor de quais são, de fato, os melhores jogadores do adversário e poder planejar de acordo com isso.

É fundamental prestar atenção durante o jogo! Isso porque os seus adversários modificam seu estilo de jogo de acordo com o resultado (e a narração, que fica explicando o que acontece no jogo) pode fornecer pistas de quais as mudanças feitas pelo seu oponente. E aí você tem que ver se essas modificações recolocaram/melhoraram a influência deles no jogo. Às vezes mudanças pro desespero de um resultado não surtem muito efeito, às vezes elas impactam demais. Quando for realizar modificações durante o jogo, evite mudar muito de uma só vez porque seu time pode demorar um pouco para absorver e, com isso, criar alguns problemas em que uns jogadores internalizaram o que você mudou e outros não que, por sua vez, cria uma disparidade na atuação do seu time - e seu adversário pode explorar isso. Só faça mudanças mais bruscas mesmo no momento de desespero porque, bem, é uma situação específica e que você depende do resultado (isso vale especialmente para mata-matas). Também é muito importante você avaliar a linguagem corporal e notas dos seus jogadores, um excelente jogador acomodado pode abrir espaço e cometer erros que alguém, piorzinho, que está motivado não cometeria.

Algumas premissas:
Vou trazer o exemplo e contextualizar um save que estou treinando o Cannes em 2030. Meu time conseguiu se estabilizar na Ligue 1, meu elenco está entre os seis melhores do campeonato mas ainda assim abaixo de Paris Saint-Germain e Monaco. Está parelho com outras forças do país, como Rennes, Nice e Olympique Marseille. O campeonato está até disputado, com Rennes e Monaco já tendo conseguido ser campeões, Nice já foi vice. A melhor posição que tive no campeonato, até aqui, foi a 4ª por duas temporadas consecutivas, o que me coloca pela segunda temporada seguida numa Champions num time que está apenas em sua quarta temporada na Ligue 1.

0vk8Rau.png
Em azul estão os elementos principais que uso para avaliar a criatividade do jogador
Em vermelho estão os elementos principais que uso para verificar a capacidade de definição de um jogador
Em amarelo estão elementos que podem fazer você errar em uma avaliação, por serem estatísticas abaixo do necessário, mas que são jogadores de boa influência nestes setores

Spoiler

As imagens que estiverem pequenas você pode clicar que acabam ampliando. Caso queira, pode ampliar, depois abri-la em uma nova janela e aumentar o zoom para ver um pouco melhor os números.

Inclusive, como ponto fora do tópico, recomendo usar essas estatísticas também caso queira pesquisar algum jogador, usando como comparação os jogadores do seu próprio time. Só ter um pouco de atenção com o nível de futebol que ele joga. Assim você pode encontrar um bom substituto sem muita valorização no mercado a um preço módico e vender, caso queira, um jogador do seu. É mais ou menos assim que o pessoal dos desafios do moneyball fazem. Ou então ter um bom jogador com um reserva à altura que "entregue as mesmas estatísticas" do seu titular.

Estas estatísticas destacadas vão ser melhor compreendidas mais adiante quando eu for esmiuçar um pouco mais de como eu faço minhas análises. O desenho tático é um 4-2-3-1nada muito diferente nem arrojado, baseado em posse de bola e com pouquíssimas instruções gerais (só mesmo as que me trazem o padrão esperado). Meu principal criador de jogadas é o segundo volante (Veretout), enquanto o meia defensivo (Ounahi) é o carregador de piano que joga mais recuado e acaba, mesmo com essa função, fechando uma linha de três na defesa porque eu costumo orientar ele para marcar individualmente um atacante, mas nem sempre. Quando faço isso, mudo a função de um dos laterais para ala (normalmente o da esquerda, para ultrapassar meu ponta invertido e esticar o campo para a linha de fundo). O jogador mais perigoso do meu esquema é meu extremo da direita (Bathly/Kim Sung-Min) porque são jovens, velozes e têm boa capacidade técnica (veja na imagem do plantel que ambos têm OP-KP/90 [passes chaves em jogo aberto por 90 min] mais elevado do time.

O meu meia-atacante é o jogador que acaba sendo a ameaça invisível, porque sempre invade a área, e meu extremo invertido pela esquerda dá o suporte junto com o segundo volante para isso. Assim, eles acabam puxando a marcação e meu atacante pode ter maior liberdade para receber em boas condições para marcar o gol. O diferencial é que meu meia-atacante e meu extremo invertido pela esquerda são intercambiáveis (e eu gosto bastante de mudar durante o jogo). Tanto é que os principais jogadores ali são o Hannibal, Cherki, Gavric e vez ou outra, o Ounahi (ele depende do adversário, porque tem características mais defensivas e às vezes uso ele contra PSG, Monaco e adversários mais fortes da Champions que tenham bons jogadores pela direita).

Assim, entendendo a tática, dá pra compreender mais ou menos o que demarquei ali na imagem do elenco e observar que, de fato, os jogadores que eu marquei como principais o são por um motivo que é claro no meu estilo de jogo. Então vamos ver como isso se encaixa na análise geral de estatísticas de equipes.

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Meu time tem o terceiro melhor ataque e a sexta melhor defesa. Algo excelente para uma equipe que há pouco tempo estava no National 3 (5ª divisão) e está em processo de consolidação. Quando observamos a xG favorável a coisa fica mais interessante, porque meu time tem uma performance de 5 gols a mais do que o esperado: apenas três times estão acima do esperado: PSG, Monaco e o meu. Justamente o 1º, 2º e 3º da liga (na verdade estamos em 4º, com a mesma pontuação do Nice, mas com um jogo a menos). Na sequência os dados de estilo de jogo: meu time tem a segunda maior posse de bola da liga, com uma média de 63% em 28 partidas. Trocamos simplesmente 21.663 passes, quase 3 mil passes a mais do que o PSG, líder de posse de bola e que tem um elenco muito superior ao meu. Isso se explica porque o time deles precisa de muito menos passes para criar as jogadas em virtude da qualidade individual de cada jogador. Da mesma forma, pelo meu time demorar mais para criar as oportunidades, acabamos girando mais a bola em passes mais simples com menos verticalidade e isso aumenta a porcentagem de passes certos e, sobretudo, se reflete na quantidade de chances criadas. O mais importante: tudo isto está dado na tática que mostrei acima! Meu time tem apenas 2 jogadores com tarefa de atacar e 2 com tarefa de defender, o restante todo apoia as jogadas e se dedicam igualmente às fases defensiva e ofensiva; meu time tem mais jogadores até a linha do meio-campo (9, laterais, zagueiros, volantes e meias-laterais) do que além dela (2, o meia atacante e o centroavante). Todos eles só avançam mesmo quando têm a oportunidade de romper as linhas, e isso reflete que quando meu time parte pra cima mesmo tem mais de 50% de chance de fazer gol (relação entre chances criadas e gols marcados), que é uma das maiores da liga. Então meu time, apesar de burocrático, é muito eficiente nas investidas ofensivas.

Analisando as estatísticas de três partidas:

1) Jogo comum na França, contra o Auxerre (semi-final da Coupe de France)
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- Repare que meu time teve 71% da posse de bola, deu 27 chutes e acertou 13 no gol. O placar, infelizmente, foi apenas 2x0 porque o goleiro deles simplesmente fechou o gol (até pênalti pegou) e, não à toa, teve nota 8,4. Isso, no geral, não importa muito. Repare as linhas de passe do meu time e do adversário: as do meu time são mais destacadas e verdes, indo para tudo quanto é canto até chegar nos dois homens de frente, que têm linhas de passe menos destacada, mas ainda assim recebem a bola com certa frequência.
- Nas linhas de passe você vai perceber que o Veretout (camisa 8) está mais recuado do que o Ounahi (camisa 20) e acima eu disse que era para ser o contrário. Mas como era um jogo que eu não estava com medo nenhum do Auxerre, decidi ir sem fazer muitas modificações e deixei ambos soltos. O Veretout (8) vinha mais embaixo para construir as jogadas e (não parece que dá para ver muito bem) ele tem seta indo para absolutamente todos os lugares do campo ao passo que o Ounahi (20) isso é menos frequente, mas também tem.
- A capacidade massiva do meu time ficar com a bola não permite que o adversário sequer tente jogar, já que eles deram apenas 3 chutes e todos foram no primeiro tempo. 

2) Adversário mais forte, contra o PSG fora de casa (Ligue 1)
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- Repare que aqui as coisas já tomaram outra forma, com uma posse de bola mais equilibrada e com o PSG criando oportunidades muito melhores.
- Veja que meu time tomou dois gols em menos de 10 minutos de jogo e tive que ir buscar o resultado. Aí entra a leitura do jogo: eu percebi que o time deles tava conseguindo construir bem pelo setor central do campo (basta ver as linhas de passe dos zagueiros deles que buscavam os meias centralizados). Mexi para reorganizar o esquema, recuando meus dois volantes para ocupar mais o espaço ali atrás e com dois jogadores eu tirei cinco jogadores deles da ação (basta ver as linhas de passe dos cinco jogadores centralizados ali) e a única válvula de escape deles era com o Hakimi pela direita, mas o principal jogador deles era o Mbappé pela esquerda e isso forçava muitos cruzamentos.
- Um detalhe que as estatísticas não mostram é que a maioria das oportunidades deles foram no primeiro tempo e as minhas no segundo, que foi o momento que escolhi para acrescentar mais instruções à minha equipe porque apesar de sermos mais fracos que eles no papel, ainda temos alguma qualidade para tentar competir.
- As minhas modificações não mudaram em nada meu estilo de jogo, basta ver que as linhas de passe do meu time são praticamente idênticas às do jogo anterior. A única diferença é que meu time ocupa espaços mais atrás no campo (depois veja a diferença no posicionamento, que contra o Auxerre tínhamos 4, quase 6 jogadores ocupando o campo deles e aqui, contra o PSG, apenas o meu atacante está depois da linha de meio-campo). Outra coisa que é perceptível é a linha de 4~5 jogadores na intermediária (3 alas e 2 volantes), porque eu recuei o Cherki (camisa 21) para lidar com o Mbappé (camisa 7): dá pra perceber claramente que eles estão ocupando a mesma faixa do campo, e o Cherki (21) tá praticamente junto com meu Zicchinello (6, meu lateral esquerdo). Neste jogo o Mbappé fez o gol dele aos 9 minutos e depois não conseguiu fazer mais nada, porque eu dupliquei a marcação em cima dele. Ao mesmo tempo que eu soltei meu ponta direita (camisa 7) para jogar mais avançado, na linha do meu meia-atacante, Kovacic (10). Detalhe: o esquema tático é exatamente o mesmo, a única modificação que eu fiz foi pedir a marcação individual do Mbappé para o Cherki (21) e mudar a tarefa do meu ponta direita, Bathly (7), para ataque. Resultado: ele deu o passe que encontrou o Kovacic para encontrar o Eketike (96) em infiltração e diminuir o placar. Depois deu a assistência, da mesma forma, pro Kovacic bater da entrada da área, sem marcação, e marcar o gol de empate.
- Eu sofri 2 gols em 10 minutos, mas ao mesmo tempo consegui marcar 2 gols num espaço de 7 minutos.

3) Jogo importante, contra o Arsenal fora de casa (Champions League - quartas de final, jogo de ida)
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- Jogo de mata-mata é sempre importante. Com um time sem muita rodagem, recheado de jovens, fora de casa contra um adversário tradicional (e forte) é muito complicado. Recebi dos meus analistas que eles gostavam da posse de bola, eram uma equipe menos móvel, mais lenta e que tinham no Odergaard o jogador mais influente na criação das jogadas. E avaliando pessoalmente cheguei à mesma conclusão. O que eu fiz foi abaixar um pouco minhas linhas, tanto de defesa quanto de pressão, aumentar bastante o ritmo de jogo, focando os ataques pela direita e tentar pegar eles no contrapé com um contra-ataque rápido, sobretudo me valendo da velocidade do Bathly (7, meu ponta direita). Também mudei a função do meu centroavante, de Poacher (acho que é PL Fixo) pra Deep Lying Foward (acho que é Atacante Recuado), com a tarefa de atacar.
- O jogo começou e a análise que recebi era certeira e estávamos tendo uma boa influência atacando pela direita (veja que o Bathly, camisa 7, está mais avançado do que o Eketike, meu centroavante, camisa 96, e mais ou menos na mesma linha do meu meia-atacante, Cherki (21). O primeiro gol saiu porque eles foram marcar meu centroavante, que estava recuado, e o Cherki (MAC) fez a ultrapassagem. Toda a marcação que estava no meu atacante correu pra cima do sérvio, que chegou e rolou pra trás e o Eketike estava sozinho, só bateu colocado e marcou. O segundo gol foi a mesma coisa, mas ao contrário. A marcação correu pro Cherki (21) e liberou o Eketike (96). Ele recebeu, a marcação correu pra cima dele, e ele deu o passe em profundidade pro Gavric (11), que passava fechando da esquerda para o meio, entrar sozinho e bater o goleiro.
- Eles fizeram durante o jogo algumas modificações e percebi eles mais ofensivos, mais no meu campo. Eu recuei minhas linhas e segurei alguns jogadores, mas deixei outros mais livres para sobrecarregar a defesa dele que tava praticamente só os zagueiros atrás. Achei que tinha errado na decisão quando tomei o gol aos 88 minutos (e tinha colocado a gurizada pra jogar e se desenvolver, risos). Mas pouco depois, num contra-ataque, um escanteio. O Medhi Segura, que é um zagueiro jovem do meu time, acabou conseguindo marcar depois da cobrança do Gavric, aos 92 minutos. Aos 95 conseguimos fazer exatamente a mesma jogada do primeiro gol, com o Bacar (uma promessa do meu ataque e que tinha entrado no lugar do Eketike, ocupando a mesma faixa dele que estava com a camisa 96) segurou a bola, atraiu a marcação e deu um passe em profundidade para o Herrmann (um meia-atacante promissor que entrou no lugar do Cherki, ocupando a mesma faixa do camisa 21) que invadiu a área sozinho e bateu o martelo na goleada.

4) Alguns fatos relevantes:
- Perceba que mostrei três partidas. Nas três meu time teve comportamentos diferentes com base no que eu queria que fizesse. A forma mais clara de se observar isso é com os posicionamentos médios dos jogadores;
- Nas duas partidas contra times que eu estou progredindo até chegar no mesmo nível, apesar de estar um pouco só abaixo, que são PSG e Arsenal eu baseei meu time nas minhas forças (basta ver que o Bathly, meu ponta direita camisa 7) era sempre um jogador que estava mais envolvido no ataque e o meu meia esquerda, mantendo a função de ponta invertido com a tarefa de apoio, ocupou três faixas diferentes do campo com base no que eu quis que ele fizesse (ora lá na frente, como todo o time, ora mais recuado, quase junto do lateral, pra marcar a maior ameaça do adversário, ora mais equilibrado quase em cima da linha central para ser opção;
- Em quase todos os jogos eu estive atento para tentar contrapor o que a IA queria fazer no jogo e consegui, de certa forma, um bom aproveitamento;
O mais importante: não é porque você fez uma boa análise que seu plano vai dar certo, porque cada jogo é um jogo. O jogo contra o PSG eu fui achando que tinha me ajustado pra cobrir das melhores qualidades deles e tomei dois gols nos primeiros dez minutos. Tive que reagir ao que a partida pedia e como eles pareciam jogar para conseguir me recompor no jogo;
- Não é necessário fazer um estudo detalhado do seu adversário a cada partida que você vai disputar, dá pra fazer umas análises mais superficiais pra entender alguns elementos importantes de como o time se comporta em campo, quais os principais jogadores e coisas do gênero; particularmente eu só faço análises mais detalhadas quando vou para jogos importantes (contra equipes mais fortes que a minha e que os pontos sejam importantes de serem conquistados ou em mata-mata).

Agora, que já falei mais extensivamente sobre algumas características analíticas na tentativa de familiarizar uma leitura mais crua do que são esses dados (e isso que eu disse é até superficial, porque tem jeito de ir muito além disso com o Data Hub, mas essa parte é muito ruim de se analisar em competições continentais porque os dados de lá só são referentes à liga nacional que seu time disputa - por isso é bom destacar um analista de dados/olheiro para analisar alguns jogos dos adversários importantes em outras competições para você ter uma base melhor de como trabalhar. E aqui vou desde a parte mais genérica, nos times pequenos cujos dados, por si, são limitados aos times mais fortes que têm uma composição de dados muito maiores e, também, você tem um time mais qualificado para lidar com isso.

Times pequenos e fracos de divisões bem inferiores:
Aqui não tem uma fórmula de bolo. Basicamente você monta um time que preze pela parte física dos jogadores e tenta ter um ou outro jogador mais técnico no plantel para saber lidar com a bola e distribuir/finalizar as jogadas com maior índice de possibilidade de acerto. Como não se deve ter muitos analistas e olheiros, e estes que tiver deveriam estar em missão para avaliar novos jogadores, é difícil ter um relato mais preciso de seus adversários, até porque nessas etapas é complicado se estabelecer um padrão de jogo bem homogêneo, pelo simples fato disso derivar mais da capacidade técnica e mental dos jogadores (fatores que, neste nível de futebol, não podemos levar muito em conta).

Então, para este nível, eu não costumo analisar muito meus adversários. O máximo que eu vejo é as estatísticas de jogadores criativos e dos atacantes mais perigosos para tentar limitar eles durante a partida, e isso não é muito difícil de fazer. As estatísticas gerais que uso para avaliar estes dois elementos são passes-chaves em jogo aberto (acho que é isso em português) e assistências para determinar os jogadores mais influentes na criação do adversário; xG/chute em 90 minutos,  %chutes no gol e gols marcados para saber quem são as ameaças de gol. Visto isso existem possibilidades: 1) marcar individualmente, 2) mandar pressionar, 3) mandar realizar desarmes mais duros, que acaba juntando um pouco dos dois anteriores. Cada uma dessas alternativas tem seus pros e contras, especialmente neste nível, já que marcar individualmente você pode abrir algum buraco no seu time e outros jogadores ganharem influência, pressionar o jogador ele pode se desvencilhar da marcação com alguma facilidade e ele mesmo ser influente e desarmes mais duros pode criar chances de bolas paradas que, neste nível, podem ser as principais ameaças de qualquer time.

contra adversários mais fortes não tem receita de bolo, mas o mais indicado é jogar em contra-ataque e para as bolas paradas (então é importante você ter algumas rotinas criadas para tentar se aproveitar disso ao máximo). Tem gente que não gosta de baixar as linhas, porque convida muita pressão do adversário; eu até gosto porque posso povoar todo meu setor defensivo e tentar obrigar o adversário a ter uma posse de bola ineficiente, que não ameaça muito, e sair puxando contra-ataques rápidos.

Times médios em divisões inferiores e/ou principais:
As coisas começam a ficar interessantes aqui, já que você tem um elenco que conseguiu alcançar um futebol mais competitivo e é possível que tenha investido em alguns analistas de dados e de desempenho, permitindo receber relatórios sobre seus adversários. Eu mantenho minha análise das mesmas estatísticas anterior e gosto de ver a influência que os jogadores que destaquei têm no jogo. Aí eu vejo rapidamente uma partida e clico nos jogadores que penso ser os mais influentes para ver como eles se comportam em campo. Com isso, eu posso determinar melhor o que fazer. As três possibilidades anteriores ainda se aplicam, mas posso, também, alterar a função ou tarefa de algum jogador específico, posso mudar o posicionamento de algum jogador no meu esquema e posso até mudar virtualmente o posicionamento de algum jogador na minha tática (isso se faz deixando ele na mesma posição que fica lá na tática e mandar ele marcar individualmente algum jogador que opere em uma faixa do campo específica que desloque o seu jogador para onde você quer que ele priorize a ocupação de espaços: um exemplo é usar um MAC, ou até um PL, para marcar um MC do adversário, que torna seu meia-ofensivo em um meia central, deixando ele um pouco mais recuado na fase defensiva e retornando ao posto original na fase ofensiva - isso era particularmente muito roubado nos FM21 e 22).

contra adversários mais fortes, neste caso, você já tem um time um pouco melhor e que pode exercer influências um pouco mais arrojadas. Então dá para avaliar as principais zonas de influência deles e por onde eles preferem atacar para, assim, buscar ocupar os espaços e atrapalhar um pouco essa construção de jogadas que eles têm maior familiaridade. Mas é importante entender que não é porque você tá fazendo isso que o outro lado/setor deles seja inoperante. Assim, continua sendo necessário tentar manter um equilíbrio mínimo. Outra coisa que dá pra fazer aqui é explorar alguma eventual fraqueza do seu oponente, já que vez ou outra eles podem colocar algum jovem para ganhar rodagem ou até mesmo improvisar algum jogador em uma função não muito familiar contra seu time e se você souber neutralizar ele já é meio caminho andado para tentar equilibrar a balança para seu lado, posto que um jogador neutralizado é um jogador a menos - e ai você pode explorar isso (isso acontece porque jogadores improvisados sofrem uma penalidade no atributo de decisões). Um exemplo foi uma vez que estava jogando com o St. Pauli na Bundesliga e o Bayer Leverkusen decidiu improvisar o Heinrichs, meia-ala/lateral, na defesa. Eu desloquei meu único atacante para jogar em cima do Henrichs e ele, que é bom jogador mas tava fazendo uma função que não era a dele, foi o pior em campo com meu atacante deitando em cima dele. Uma única mudança simples mudou todo o rumo do jogo.

Times grandes:
Aqui é bem fácil porque basicamente você já deve ter um plantel bem consagrado e capaz de impor seu estilo de jogo contra quase qualquer adversário que enfrentar. O que faço neste nível é analisar os confrontos contra oponentes da mesma força que a minha - e aí não tento necessariamente neutralizar as boas influências deles, mas explorar as fraquezas. Mas tudo que eu disse antes também pode ser aplicado, caso sinta necessidade. Então analisar jogadores que estão como titulares mas têm baixos rendimentos nos últimos jogos é uma estratégia interessante porque usualmente esse jogador está com o moral mais baixo e pode ter uma tendência maior a erros. E como seu time é tão forte quanto o adversário, explorar os erros é a melhor estratégia para vencer.

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7 horas atrás, Herr Jones disse:

Existem diversas formas de fazer isso, e existem skins que permitem você entender melhor os dados do seu adversário. E isso depende ainda mais da sua estrutura de analistas, redes de olheiros etc. A questão é que a forma de se interpretar os dados brutos também varia bastante e depende, principalmente, de como seu elenco é. Porque por vezes é impossível você "anular" um adversário que é muito mais forte que você, mas é muito fácil você dominar um jogo em que você tem um elenco pouco melhor do que outro time. Mas dito isso, vou trazer alguns exemplos - e tentar dividir por "etapas" de desenvolvimento do seu time. Isso vai ficar enorme, mas ok. Espero que ajude e, qualquer dúvida, pode colocar aqui no tópico porque certamente eu ou algum colega pode responder tranquilamente.

Dicas gerais:
Tente investir no setor de observação e análise de dados. É muito importante ter diversos olheiros, seja para captar novos jogadores, novas promessas, mas também para que eles formulem relatórios de seus oponentes; da mesma forma é também importante ter vários analistas: os de desempenho são avaliadores de como seus próprios jogadores estão performando - se estão bem, se estão mal, quais os repertórios mais comuns deles no seu esquema tático e coisas do gênero; os analistas de dados são avaliadores de jogadores externos ao seu clube, e também podem fornecer dados importantes sobre outras equipes, como elas atuam, as preferências de jogo e coisas assim.

Antes de jogos muito importantes pode ser interessante você pedir para algum olheiro (de preferência o que tenha melhores atributos) te enviar um relatório da equipe. Costuma demorar 1~3 dias para o envio, mas aí você tem um detalhamento um pouco melhor das informações e pode tomar decisões um pouco mais consciente para ter uma certeza melhor de quais são, de fato, os melhores jogadores do adversário e poder planejar de acordo com isso.

É fundamental prestar atenção durante o jogo! Isso porque os seus adversários modificam seu estilo de jogo de acordo com o resultado (e a narração, que fica explicando o que acontece no jogo) pode fornecer pistas de quais as mudanças feitas pelo seu oponente. E aí você tem que ver se essas modificações recolocaram/melhoraram a influência deles no jogo. Às vezes mudanças pro desespero de um resultado não surtem muito efeito, às vezes elas impactam demais. Quando for realizar modificações durante o jogo, evite mudar muito de uma só vez porque seu time pode demorar um pouco para absorver e, com isso, criar alguns problemas em que uns jogadores internalizaram o que você mudou e outros não que, por sua vez, cria uma disparidade na atuação do seu time - e seu adversário pode explorar isso. Só faça mudanças mais bruscas mesmo no momento de desespero porque, bem, é uma situação específica e que você depende do resultado (isso vale especialmente para mata-matas). Também é muito importante você avaliar a linguagem corporal e notas dos seus jogadores, um excelente jogador acomodado pode abrir espaço e cometer erros que alguém, piorzinho, que está motivado não cometeria.

Algumas premissas:
Vou trazer o exemplo e contextualizar um save que estou treinando o Cannes em 2030. Meu time conseguiu se estabilizar na Ligue 1, meu elenco está entre os seis melhores do campeonato mas ainda assim abaixo de Paris Saint-Germain e Monaco. Está parelho com outras forças do país, como Rennes, Nice e Olympique Marseille. O campeonato está até disputado, com Rennes e Monaco já tendo conseguido ser campeões, Nice já foi vice. A melhor posição que tive no campeonato, até aqui, foi a 4ª por duas temporadas consecutivas, o que me coloca pela segunda temporada seguida numa Champions num time que está apenas em sua quarta temporada na Ligue 1.

0vk8Rau.png
Em azul estão os elementos principais que uso para avaliar a criatividade do jogador
Em vermelho estão os elementos principais que uso para verificar a capacidade de definição de um jogador
Em amarelo estão elementos que podem fazer você errar em uma avaliação, por serem estatísticas abaixo do necessário, mas que são jogadores de boa influência nestes setores

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As imagens que estiverem pequenas você pode clicar que acabam ampliando. Caso queira, pode ampliar, depois abri-la em uma nova janela e aumentar o zoom para ver um pouco melhor os números.

Inclusive, como ponto fora do tópico, recomendo usar essas estatísticas também caso queira pesquisar algum jogador, usando como comparação os jogadores do seu próprio time. Só ter um pouco de atenção com o nível de futebol que ele joga. Assim você pode encontrar um bom substituto sem muita valorização no mercado a um preço módico e vender, caso queira, um jogador do seu. É mais ou menos assim que o pessoal dos desafios do moneyball fazem. Ou então ter um bom jogador com um reserva à altura que "entregue as mesmas estatísticas" do seu titular.

Estas estatísticas destacadas vão ser melhor compreendidas mais adiante quando eu for esmiuçar um pouco mais de como eu faço minhas análises. O desenho tático é um 4-2-3-1nada muito diferente nem arrojado, baseado em posse de bola e com pouquíssimas instruções gerais (só mesmo as que me trazem o padrão esperado). Meu principal criador de jogadas é o segundo volante (Veretout), enquanto o meia defensivo (Ounahi) é o carregador de piano que joga mais recuado e acaba, mesmo com essa função, fechando uma linha de três na defesa porque eu costumo orientar ele para marcar individualmente um atacante, mas nem sempre. Quando faço isso, mudo a função de um dos laterais para ala (normalmente o da esquerda, para ultrapassar meu ponta invertido e esticar o campo para a linha de fundo). O jogador mais perigoso do meu esquema é meu extremo da direita (Bathly/Kim Sung-Min) porque são jovens, velozes e têm boa capacidade técnica (veja na imagem do plantel que ambos têm OP-KP/90 [passes chaves em jogo aberto por 90 min] mais elevado do time.

O meu meia-atacante é o jogador que acaba sendo a ameaça invisível, porque sempre invade a área, e meu extremo invertido pela esquerda dá o suporte junto com o segundo volante para isso. Assim, eles acabam puxando a marcação e meu atacante pode ter maior liberdade para receber em boas condições para marcar o gol. O diferencial é que meu meia-atacante e meu extremo invertido pela esquerda são intercambiáveis (e eu gosto bastante de mudar durante o jogo). Tanto é que os principais jogadores ali são o Hannibal, Cherki, Gavric e vez ou outra, o Ounahi (ele depende do adversário, porque tem características mais defensivas e às vezes uso ele contra PSG, Monaco e adversários mais fortes da Champions que tenham bons jogadores pela direita).

Assim, entendendo a tática, dá pra compreender mais ou menos o que demarquei ali na imagem do elenco e observar que, de fato, os jogadores que eu marquei como principais o são por um motivo que é claro no meu estilo de jogo. Então vamos ver como isso se encaixa na análise geral de estatísticas de equipes.

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Meu time tem o terceiro melhor ataque e a sexta melhor defesa. Algo excelente para uma equipe que há pouco tempo estava no National 3 (5ª divisão) e está em processo de consolidação. Quando observamos a xG favorável a coisa fica mais interessante, porque meu time tem uma performance de 5 gols a mais do que o esperado: apenas três times estão acima do esperado: PSG, Monaco e o meu. Justamente o 1º, 2º e 3º da liga (na verdade estamos em 4º, com a mesma pontuação do Nice, mas com um jogo a menos). Na sequência os dados de estilo de jogo: meu time tem a segunda maior posse de bola da liga, com uma média de 63% em 28 partidas. Trocamos simplesmente 21.663 passes, quase 3 mil passes a mais do que o PSG, líder de posse de bola e que tem um elenco muito superior ao meu. Isso se explica porque o time deles precisa de muito menos passes para criar as jogadas em virtude da qualidade individual de cada jogador. Da mesma forma, pelo meu time demorar mais para criar as oportunidades, acabamos girando mais a bola em passes mais simples com menos verticalidade e isso aumenta a porcentagem de passes certos e, sobretudo, se reflete na quantidade de chances criadas. O mais importante: tudo isto está dado na tática que mostrei acima! Meu time tem apenas 2 jogadores com tarefa de atacar e 2 com tarefa de defender, o restante todo apoia as jogadas e se dedicam igualmente às fases defensiva e ofensiva; meu time tem mais jogadores até a linha do meio-campo (9, laterais, zagueiros, volantes e meias-laterais) do que além dela (2, o meia atacante e o centroavante). Todos eles só avançam mesmo quando têm a oportunidade de romper as linhas, e isso reflete que quando meu time parte pra cima mesmo tem mais de 50% de chance de fazer gol (relação entre chances criadas e gols marcados), que é uma das maiores da liga. Então meu time, apesar de burocrático, é muito eficiente nas investidas ofensivas.

Analisando as estatísticas de três partidas:
1) Jogo comum na França, contra o Auxerre (semi-final da Coupe de France)
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- Repare que meu time teve 71% da posse de bola, deu 27 chutes e acertou 13 no gol. O placar, infelizmente, foi apenas 2x0 porque o goleiro deles simplesmente fechou o gol (até pênalti pegou) e, não à toa, teve nota 8,4. Isso, no geral, não importa muito. Repare as linhas de passe do meu time e do adversário: as do meu time são mais destacadas e verdes, indo para tudo quanto é canto até chegar nos dois homens de frente, que têm linhas de passe menos destacada, mas ainda assim recebem a bola com certa frequência.
- Nas linhas de passe você vai perceber que o Veretout (camisa 8) está mais recuado do que o Ounahi (camisa 20) e acima eu disse que era para ser o contrário. Mas como era um jogo que eu não estava com medo nenhum do Auxerre, decidi ir sem fazer muitas modificações e deixei ambos soltos. O Veretout (8) vinha mais embaixo para construir as jogadas e (não parece que dá para ver muito bem) ele tem seta indo para absolutamente todos os lugares do campo ao passo que o Ounahi (20) isso é menos frequente, mas também tem.
- A capacidade massiva do meu time ficar com a bola não permite que o adversário sequer tente jogar, já que eles deram apenas 3 chutes e todos foram no primeiro tempo. 

2) Adversário mais forte, contra o PSG fora de casa (Ligue 1)
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- Repare que aqui as coisas já tomaram outra forma, com uma posse de bola mais equilibrada e com o PSG criando oportunidades muito melhores.
- Veja que meu time tomou dois gols em menos de 10 minutos de jogo e tive que ir buscar o resultado. Aí entra a leitura do jogo: eu percebi que o time deles tava conseguindo construir bem pelo setor central do campo (basta ver as linhas de passe dos zagueiros deles que buscavam os meias centralizados). Mexi para reorganizar o esquema, recuando meus dois volantes para ocupar mais o espaço ali atrás e com dois jogadores eu tirei cinco jogadores deles da ação (basta ver as linhas de passe dos cinco jogadores centralizados ali) e a única válvula de escape deles era com o Hakimi pela direita, mas o principal jogador deles era o Mbappé pela esquerda e isso forçava muitos cruzamentos.
- Um detalhe que as estatísticas não mostram é que a maioria das oportunidades deles foram no primeiro tempo e as minhas no segundo, que foi o momento que escolhi para acrescentar mais instruções à minha equipe porque apesar de sermos mais fracos que eles no papel, ainda temos alguma qualidade para tentar competir.
- As minhas modificações não mudaram em nada meu estilo de jogo, basta ver que as linhas de passe do meu time são praticamente idênticas às do jogo anterior. A única diferença é que meu time ocupa espaços mais atrás no campo (depois veja a diferença no posicionamento, que contra o Auxerre tínhamos 4, quase 6 jogadores ocupando o campo deles e aqui, contra o PSG, apenas o meu atacante está depois da linha de meio-campo). Outra coisa que é perceptível é a linha de 4~5 jogadores na intermediária (3 alas e 2 volantes), porque eu recuei o Cherki (camisa 21) para lidar com o Mbappé (camisa 7): dá pra perceber claramente que eles estão ocupando a mesma faixa do campo, e o Cherki (21) tá praticamente junto com meu Zicchinello (6, meu lateral esquerdo). Neste jogo o Mbappé fez o gol dele aos 9 minutos e depois não conseguiu fazer mais nada, porque eu dupliquei a marcação em cima dele. Ao mesmo tempo que eu soltei meu ponta direita (camisa 7) para jogar mais avançado, na linha do meu meia-atacante, Kovacic (10). Detalhe: o esquema tático é exatamente o mesmo, a única modificação que eu fiz foi pedir a marcação individual do Mbappé para o Cherki (21) e mudar a tarefa do meu ponta direita, Bathly (7), para ataque. Resultado: ele deu o passe que encontrou o Kovacic para encontrar o Eketike (96) em infiltração e diminuir o placar. Depois deu a assistência, da mesma forma, pro Kovacic bater da entrada da área, sem marcação, e marcar o gol de empate.
- Eu sofri 2 gols em 10 minutos, mas ao mesmo tempo consegui marcar 2 gols num espaço de 7 minutos.

3) Jogo importante, contra o Arsenal fora de casa (Champions League - quartas de final, jogo de ida)
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- Jogo de mata-mata é sempre importante. Com um time sem muita rodagem, recheado de jovens, fora de casa contra um adversário tradicional (e forte) é muito complicado. Recebi dos meus analistas que eles gostavam da posse de bola, eram uma equipe menos móvel, mais lenta e que tinham no Odergaard o jogador mais influente na criação das jogadas. E avaliando pessoalmente cheguei à mesma conclusão. O que eu fiz foi abaixar um pouco minhas linhas, tanto de defesa quanto de pressão, aumentar bastante o ritmo de jogo, focando os ataques pela direita e tentar pegar eles no contrapé com um contra-ataque rápido, sobretudo me valendo da velocidade do Bathly (7, meu ponta direita). Também mudei a função do meu centroavante, de Poacher (acho que é PL Fixo) pra Deep Lying Foward (acho que é Atacante Recuado), com a tarefa de atacar.
- O jogo começou e a análise que recebi era certeira e estávamos tendo uma boa influência atacando pela direita (veja que o Bathly, camisa 7, está mais avançado do que o Eketike, meu centroavante, camisa 96, e mais ou menos na mesma linha do meu meia-atacante, Cherki (21). O primeiro gol saiu porque eles foram marcar meu centroavante, que estava recuado, e o Cherki (MAC) fez a ultrapassagem. Toda a marcação que estava no meu atacante correu pra cima do sérvio, que chegou e rolou pra trás e o Eketike estava sozinho, só bateu colocado e marcou. O segundo gol foi a mesma coisa, mas ao contrário. A marcação correu pro Cherki (21) e liberou o Eketike (96). Ele recebeu, a marcação correu pra cima dele, e ele deu o passe em profundidade pro Gavric (11), que passava fechando da esquerda para o meio, entrar sozinho e bater o goleiro.
- Eles fizeram durante o jogo algumas modificações e percebi eles mais ofensivos, mais no meu campo. Eu recuei minhas linhas e segurei alguns jogadores, mas deixei outros mais livres para sobrecarregar a defesa dele que tava praticamente só os zagueiros atrás. Achei que tinha errado na decisão quando tomei o gol aos 88 minutos (e tinha colocado a gurizada pra jogar e se desenvolver, risos). Mas pouco depois, num contra-ataque, um escanteio. O Medhi Segura, que é um zagueiro jovem do meu time, acabou conseguindo marcar depois da cobrança do Gavric, aos 92 minutos. Aos 95 conseguimos fazer exatamente a mesma jogada do primeiro gol, com o Bacar (uma promessa do meu ataque e que tinha entrado no lugar do Eketike, ocupando a mesma faixa dele que estava com a camisa 96) segurou a bola, atraiu a marcação e deu um passe em profundidade para o Herrmann (um meia-atacante promissor que entrou no lugar do Cherki, ocupando a mesma faixa do camisa 21) que invadiu a área sozinho e bateu o martelo na goleada.

4) Alguns fatos relevantes:
- Perceba que mostrei três partidas. Nas três meu time teve comportamentos diferentes com base no que eu queria que fizesse. A forma mais clara de se observar isso é com os posicionamentos médios dos jogadores;
- Nas duas partidas contra times que eu estou progredindo até chegar no mesmo nível, apesar de estar um pouco só abaixo, que são PSG e Arsenal eu baseei meu time nas minhas forças (basta ver que o Bathly, meu ponta direita camisa 7) era sempre um jogador que estava mais envolvido no ataque e o meu meia esquerda, mantendo a função de ponta invertido com a tarefa de apoio, ocupou três faixas diferentes do campo com base no que eu quis que ele fizesse (ora lá na frente, como todo o time, ora mais recuado, quase junto do lateral, pra marcar a maior ameaça do adversário, ora mais equilibrado quase em cima da linha central para ser opção;
- Em quase todos os jogos eu estive atento para tentar contrapor o que a IA queria fazer no jogo e consegui, de certa forma, um bom aproveitamento;
O mais importante: não é porque você fez uma boa análise que seu plano vai dar certo, porque cada jogo é um jogo. O jogo contra o PSG eu fui achando que tinha me ajustado pra cobrir das melhores qualidades deles e tomei dois gols nos primeiros dez minutos. Tive que reagir ao que a partida pedia e como eles pareciam jogar para conseguir me recompor no jogo;
- Não é necessário fazer um estudo detalhado do seu adversário a cada partida que você vai disputar, dá pra fazer umas análises mais superficiais pra entender alguns elementos importantes de como o time se comporta em campo, quais os principais jogadores e coisas do gênero; particularmente eu só faço análises mais detalhadas quando vou para jogos importantes (contra equipes mais fortes que a minha e que os pontos sejam importantes de serem conquistados ou em mata-mata).

Agora, que já falei mais extensivamente sobre algumas características analíticas na tentativa de familiarizar uma leitura mais crua do que são esses dados (e isso que eu disse é até superficial, porque tem jeito de ir muito além disso com o Data Hub, mas essa parte é muito ruim de se analisar em competições continentais porque os dados de lá só são referentes à liga nacional que seu time disputa - por isso é bom destacar um analista de dados/olheiro para analisar alguns jogos dos adversários importantes em outras competições para você ter uma base melhor de como trabalhar. E aqui vou desde a parte mais genérica, nos times pequenos cujos dados, por si, são limitados aos times mais fortes que têm uma composição de dados muito maiores e, também, você tem um time mais qualificado para lidar com isso.

Times pequenos e fracos de divisões bem inferiores:
Aqui não tem uma fórmula de bolo. Basicamente você monta um time que preze pela parte física dos jogadores e tenta ter um ou outro jogador mais técnico no plantel para saber lidar com a bola e distribuir/finalizar as jogadas com maior índice de possibilidade de acerto. Como não se deve ter muitos analistas e olheiros, e estes que tiver deveriam estar em missão para avaliar novos jogadores, é difícil ter um relato mais preciso de seus adversários, até porque nessas etapas é complicado se estabelecer um padrão de jogo bem homogêneo, pelo simples fato disso derivar mais da capacidade técnica e mental dos jogadores (fatores que, neste nível de futebol, não podemos levar muito em conta).

Então, para este nível, eu não costumo analisar muito meus adversários. O máximo que eu vejo é as estatísticas de jogadores criativos e dos atacantes mais perigosos para tentar limitar eles durante a partida, e isso não é muito difícil de fazer. As estatísticas gerais que uso para avaliar estes dois elementos são passes-chaves em jogo aberto (acho que é isso em português) e assistências para determinar os jogadores mais influentes na criação do adversário; xG/chute em 90 minutos,  %chutes no gol e gols marcados para saber quem são as ameaças de gol. Visto isso existem possibilidades: 1) marcar individualmente, 2) mandar pressionar, 3) mandar realizar desarmes mais duros, que acaba juntando um pouco dos dois anteriores. Cada uma dessas alternativas tem seus pros e contras, especialmente neste nível, já que marcar individualmente você pode abrir algum buraco no seu time e outros jogadores ganharem influência, pressionar o jogador ele pode se desvencilhar da marcação com alguma facilidade e ele mesmo ser influente e desarmes mais duros pode criar chances de bolas paradas que, neste nível, podem ser as principais ameaças de qualquer time.

contra adversários mais fortes não tem receita de bolo, mas o mais indicado é jogar em contra-ataque e para as bolas paradas (então é importante você ter algumas rotinas criadas para tentar se aproveitar disso ao máximo). Tem gente que não gosta de baixar as linhas, porque convida muita pressão do adversário; eu até gosto porque posso povoar todo meu setor defensivo e tentar obrigar o adversário a ter uma posse de bola ineficiente, que não ameaça muito, e sair puxando contra-ataques rápidos.

Times médios em divisões inferiores e/ou principais:
As coisas começam a ficar interessantes aqui, já que você tem um elenco que conseguiu alcançar um futebol mais competitivo e é possível que tenha investido em alguns analistas de dados e de desempenho, permitindo receber relatórios sobre seus adversários. Eu mantenho minha análise das mesmas estatísticas anterior e gosto de ver a influência que os jogadores que destaquei têm no jogo. Aí eu vejo rapidamente uma partida e clico nos jogadores que penso ser os mais influentes para ver como eles se comportam em campo. Com isso, eu posso determinar melhor o que fazer. As três possibilidades anteriores ainda se aplicam, mas posso, também, alterar a função ou tarefa de algum jogador específico, posso mudar o posicionamento de algum jogador no meu esquema e posso até mudar virtualmente o posicionamento de algum jogador na minha tática (isso se faz deixando ele na mesma posição que fica lá na tática e mandar ele marcar individualmente algum jogador que opere em uma faixa do campo específica que desloque o seu jogador para onde você quer que ele priorize a ocupação de espaços: um exemplo é usar um MAC, ou até um PL, para marcar um MC do adversário, que torna seu meia-ofensivo em um meia central, deixando ele um pouco mais recuado na fase defensiva e retornando ao posto original na fase ofensiva - isso era particularmente muito roubado nos FM21 e 22).

contra adversários mais fortes, neste caso, você já tem um time um pouco melhor e que pode exercer influências um pouco mais arrojadas. Então dá para avaliar as principais zonas de influência deles e por onde eles preferem atacar para, assim, buscar ocupar os espaços e atrapalhar um pouco essa construção de jogadas que eles têm maior familiaridade. Mas é importante entender que não é porque você tá fazendo isso que o outro lado/setor deles seja inoperante. Assim, continua sendo necessário tentar manter um equilíbrio mínimo. Outra coisa que dá pra fazer aqui é explorar alguma eventual fraqueza do seu oponente, já que vez ou outra eles podem colocar algum jovem para ganhar rodagem ou até mesmo improvisar algum jogador em uma função não muito familiar contra seu time e se você souber neutralizar ele já é meio caminho andado para tentar equilibrar a balança para seu lado, posto que um jogador neutralizado é um jogador a menos - e ai você pode explorar isso (isso acontece porque jogadores improvisados sofrem uma penalidade no atributo de decisões). Um exemplo foi uma vez que estava jogando com o St. Pauli na Bundesliga e o Bayer Leverkusen decidiu improvisar o Heinrichs, meia-ala/lateral, na defesa. Eu desloquei meu único atacante para jogar em cima do Henrichs e ele, que é bom jogador mas tava fazendo uma função que não era a dele, foi o pior em campo com meu atacante deitando em cima dele. Uma única mudança simples mudou todo o rumo do jogo.

Times grandes:
Aqui é bem fácil porque basicamente você já deve ter um plantel bem consagrado e capaz de impor seu estilo de jogo contra quase qualquer adversário que enfrentar. O que faço neste nível é analisar os confrontos contra oponentes da mesma força que a minha - e aí não tento necessariamente neutralizar as boas influências deles, mas explorar as fraquezas. Mas tudo que eu disse antes também pode ser aplicado, caso sinta necessidade. Então analisar jogadores que estão como titulares mas têm baixos rendimentos nos últimos jogos é uma estratégia interessante porque usualmente esse jogador está com o moral mais baixo e pode ter uma tendência maior a erros. E como seu time é tão forte quanto o adversário, explorar os erros é a melhor estratégia para vencer.

Muito provavelmente esse cara que fez a pergunta, nem veja sua resposta, mas eu li tudo... E que aula! Vc entende muito e parabéns pela paciência em digitar isso tudo. 

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Em 12/07/2023 em 18:39, Herr Jones disse:

Existem diversas formas de fazer isso, e existem skins que permitem você entender melhor os dados do seu adversário. E isso depende ainda mais da sua estrutura de analistas, redes de olheiros etc. A questão é que a forma de se interpretar os dados brutos também varia bastante e depende, principalmente, de como seu elenco é. Porque por vezes é impossível você "anular" um adversário que é muito mais forte que você, mas é muito fácil você dominar um jogo em que você tem um elenco pouco melhor do que outro time. Mas dito isso, vou trazer alguns exemplos - e tentar dividir por "etapas" de desenvolvimento do seu time. Isso vai ficar enorme, mas ok. Espero que ajude e, qualquer dúvida, pode colocar aqui no tópico porque certamente eu ou algum colega pode responder tranquilamente.

Dicas gerais:
Tente investir no setor de observação e análise de dados. É muito importante ter diversos olheiros, seja para captar novos jogadores, novas promessas, mas também para que eles formulem relatórios de seus oponentes; da mesma forma é também importante ter vários analistas: os de desempenho são avaliadores de como seus próprios jogadores estão performando - se estão bem, se estão mal, quais os repertórios mais comuns deles no seu esquema tático e coisas do gênero; os analistas de dados são avaliadores de jogadores externos ao seu clube, e também podem fornecer dados importantes sobre outras equipes, como elas atuam, as preferências de jogo e coisas assim.

Antes de jogos muito importantes pode ser interessante você pedir para algum olheiro (de preferência o que tenha melhores atributos) te enviar um relatório da equipe. Costuma demorar 1~3 dias para o envio, mas aí você tem um detalhamento um pouco melhor das informações e pode tomar decisões um pouco mais consciente para ter uma certeza melhor de quais são, de fato, os melhores jogadores do adversário e poder planejar de acordo com isso.

É fundamental prestar atenção durante o jogo! Isso porque os seus adversários modificam seu estilo de jogo de acordo com o resultado (e a narração, que fica explicando o que acontece no jogo) pode fornecer pistas de quais as mudanças feitas pelo seu oponente. E aí você tem que ver se essas modificações recolocaram/melhoraram a influência deles no jogo. Às vezes mudanças pro desespero de um resultado não surtem muito efeito, às vezes elas impactam demais. Quando for realizar modificações durante o jogo, evite mudar muito de uma só vez porque seu time pode demorar um pouco para absorver e, com isso, criar alguns problemas em que uns jogadores internalizaram o que você mudou e outros não que, por sua vez, cria uma disparidade na atuação do seu time - e seu adversário pode explorar isso. Só faça mudanças mais bruscas mesmo no momento de desespero porque, bem, é uma situação específica e que você depende do resultado (isso vale especialmente para mata-matas). Também é muito importante você avaliar a linguagem corporal e notas dos seus jogadores, um excelente jogador acomodado pode abrir espaço e cometer erros que alguém, piorzinho, que está motivado não cometeria.

Algumas premissas:
Vou trazer o exemplo e contextualizar um save que estou treinando o Cannes em 2030. Meu time conseguiu se estabilizar na Ligue 1, meu elenco está entre os seis melhores do campeonato mas ainda assim abaixo de Paris Saint-Germain e Monaco. Está parelho com outras forças do país, como Rennes, Nice e Olympique Marseille. O campeonato está até disputado, com Rennes e Monaco já tendo conseguido ser campeões, Nice já foi vice. A melhor posição que tive no campeonato, até aqui, foi a 4ª por duas temporadas consecutivas, o que me coloca pela segunda temporada seguida numa Champions num time que está apenas em sua quarta temporada na Ligue 1.

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Em azul estão os elementos principais que uso para avaliar a criatividade do jogador
Em vermelho estão os elementos principais que uso para verificar a capacidade de definição de um jogador
Em amarelo estão elementos que podem fazer você errar em uma avaliação, por serem estatísticas abaixo do necessário, mas que são jogadores de boa influência nestes setores

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As imagens que estiverem pequenas você pode clicar que acabam ampliando. Caso queira, pode ampliar, depois abri-la em uma nova janela e aumentar o zoom para ver um pouco melhor os números.

Inclusive, como ponto fora do tópico, recomendo usar essas estatísticas também caso queira pesquisar algum jogador, usando como comparação os jogadores do seu próprio time. Só ter um pouco de atenção com o nível de futebol que ele joga. Assim você pode encontrar um bom substituto sem muita valorização no mercado a um preço módico e vender, caso queira, um jogador do seu. É mais ou menos assim que o pessoal dos desafios do moneyball fazem. Ou então ter um bom jogador com um reserva à altura que "entregue as mesmas estatísticas" do seu titular.

Estas estatísticas destacadas vão ser melhor compreendidas mais adiante quando eu for esmiuçar um pouco mais de como eu faço minhas análises. O desenho tático é um 4-2-3-1nada muito diferente nem arrojado, baseado em posse de bola e com pouquíssimas instruções gerais (só mesmo as que me trazem o padrão esperado). Meu principal criador de jogadas é o segundo volante (Veretout), enquanto o meia defensivo (Ounahi) é o carregador de piano que joga mais recuado e acaba, mesmo com essa função, fechando uma linha de três na defesa porque eu costumo orientar ele para marcar individualmente um atacante, mas nem sempre. Quando faço isso, mudo a função de um dos laterais para ala (normalmente o da esquerda, para ultrapassar meu ponta invertido e esticar o campo para a linha de fundo). O jogador mais perigoso do meu esquema é meu extremo da direita (Bathly/Kim Sung-Min) porque são jovens, velozes e têm boa capacidade técnica (veja na imagem do plantel que ambos têm OP-KP/90 [passes chaves em jogo aberto por 90 min] mais elevado do time.

O meu meia-atacante é o jogador que acaba sendo a ameaça invisível, porque sempre invade a área, e meu extremo invertido pela esquerda dá o suporte junto com o segundo volante para isso. Assim, eles acabam puxando a marcação e meu atacante pode ter maior liberdade para receber em boas condições para marcar o gol. O diferencial é que meu meia-atacante e meu extremo invertido pela esquerda são intercambiáveis (e eu gosto bastante de mudar durante o jogo). Tanto é que os principais jogadores ali são o Hannibal, Cherki, Gavric e vez ou outra, o Ounahi (ele depende do adversário, porque tem características mais defensivas e às vezes uso ele contra PSG, Monaco e adversários mais fortes da Champions que tenham bons jogadores pela direita).

Assim, entendendo a tática, dá pra compreender mais ou menos o que demarquei ali na imagem do elenco e observar que, de fato, os jogadores que eu marquei como principais o são por um motivo que é claro no meu estilo de jogo. Então vamos ver como isso se encaixa na análise geral de estatísticas de equipes.

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Meu time tem o terceiro melhor ataque e a sexta melhor defesa. Algo excelente para uma equipe que há pouco tempo estava no National 3 (5ª divisão) e está em processo de consolidação. Quando observamos a xG favorável a coisa fica mais interessante, porque meu time tem uma performance de 5 gols a mais do que o esperado: apenas três times estão acima do esperado: PSG, Monaco e o meu. Justamente o 1º, 2º e 3º da liga (na verdade estamos em 4º, com a mesma pontuação do Nice, mas com um jogo a menos). Na sequência os dados de estilo de jogo: meu time tem a segunda maior posse de bola da liga, com uma média de 63% em 28 partidas. Trocamos simplesmente 21.663 passes, quase 3 mil passes a mais do que o PSG, líder de posse de bola e que tem um elenco muito superior ao meu. Isso se explica porque o time deles precisa de muito menos passes para criar as jogadas em virtude da qualidade individual de cada jogador. Da mesma forma, pelo meu time demorar mais para criar as oportunidades, acabamos girando mais a bola em passes mais simples com menos verticalidade e isso aumenta a porcentagem de passes certos e, sobretudo, se reflete na quantidade de chances criadas. O mais importante: tudo isto está dado na tática que mostrei acima! Meu time tem apenas 2 jogadores com tarefa de atacar e 2 com tarefa de defender, o restante todo apoia as jogadas e se dedicam igualmente às fases defensiva e ofensiva; meu time tem mais jogadores até a linha do meio-campo (9, laterais, zagueiros, volantes e meias-laterais) do que além dela (2, o meia atacante e o centroavante). Todos eles só avançam mesmo quando têm a oportunidade de romper as linhas, e isso reflete que quando meu time parte pra cima mesmo tem mais de 50% de chance de fazer gol (relação entre chances criadas e gols marcados), que é uma das maiores da liga. Então meu time, apesar de burocrático, é muito eficiente nas investidas ofensivas.

Analisando as estatísticas de três partidas:
1) Jogo comum na França, contra o Auxerre (semi-final da Coupe de France)
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- Repare que meu time teve 71% da posse de bola, deu 27 chutes e acertou 13 no gol. O placar, infelizmente, foi apenas 2x0 porque o goleiro deles simplesmente fechou o gol (até pênalti pegou) e, não à toa, teve nota 8,4. Isso, no geral, não importa muito. Repare as linhas de passe do meu time e do adversário: as do meu time são mais destacadas e verdes, indo para tudo quanto é canto até chegar nos dois homens de frente, que têm linhas de passe menos destacada, mas ainda assim recebem a bola com certa frequência.
- Nas linhas de passe você vai perceber que o Veretout (camisa 8) está mais recuado do que o Ounahi (camisa 20) e acima eu disse que era para ser o contrário. Mas como era um jogo que eu não estava com medo nenhum do Auxerre, decidi ir sem fazer muitas modificações e deixei ambos soltos. O Veretout (8) vinha mais embaixo para construir as jogadas e (não parece que dá para ver muito bem) ele tem seta indo para absolutamente todos os lugares do campo ao passo que o Ounahi (20) isso é menos frequente, mas também tem.
- A capacidade massiva do meu time ficar com a bola não permite que o adversário sequer tente jogar, já que eles deram apenas 3 chutes e todos foram no primeiro tempo. 

2) Adversário mais forte, contra o PSG fora de casa (Ligue 1)
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- Repare que aqui as coisas já tomaram outra forma, com uma posse de bola mais equilibrada e com o PSG criando oportunidades muito melhores.
- Veja que meu time tomou dois gols em menos de 10 minutos de jogo e tive que ir buscar o resultado. Aí entra a leitura do jogo: eu percebi que o time deles tava conseguindo construir bem pelo setor central do campo (basta ver as linhas de passe dos zagueiros deles que buscavam os meias centralizados). Mexi para reorganizar o esquema, recuando meus dois volantes para ocupar mais o espaço ali atrás e com dois jogadores eu tirei cinco jogadores deles da ação (basta ver as linhas de passe dos cinco jogadores centralizados ali) e a única válvula de escape deles era com o Hakimi pela direita, mas o principal jogador deles era o Mbappé pela esquerda e isso forçava muitos cruzamentos.
- Um detalhe que as estatísticas não mostram é que a maioria das oportunidades deles foram no primeiro tempo e as minhas no segundo, que foi o momento que escolhi para acrescentar mais instruções à minha equipe porque apesar de sermos mais fracos que eles no papel, ainda temos alguma qualidade para tentar competir.
- As minhas modificações não mudaram em nada meu estilo de jogo, basta ver que as linhas de passe do meu time são praticamente idênticas às do jogo anterior. A única diferença é que meu time ocupa espaços mais atrás no campo (depois veja a diferença no posicionamento, que contra o Auxerre tínhamos 4, quase 6 jogadores ocupando o campo deles e aqui, contra o PSG, apenas o meu atacante está depois da linha de meio-campo). Outra coisa que é perceptível é a linha de 4~5 jogadores na intermediária (3 alas e 2 volantes), porque eu recuei o Cherki (camisa 21) para lidar com o Mbappé (camisa 7): dá pra perceber claramente que eles estão ocupando a mesma faixa do campo, e o Cherki (21) tá praticamente junto com meu Zicchinello (6, meu lateral esquerdo). Neste jogo o Mbappé fez o gol dele aos 9 minutos e depois não conseguiu fazer mais nada, porque eu dupliquei a marcação em cima dele. Ao mesmo tempo que eu soltei meu ponta direita (camisa 7) para jogar mais avançado, na linha do meu meia-atacante, Kovacic (10). Detalhe: o esquema tático é exatamente o mesmo, a única modificação que eu fiz foi pedir a marcação individual do Mbappé para o Cherki (21) e mudar a tarefa do meu ponta direita, Bathly (7), para ataque. Resultado: ele deu o passe que encontrou o Kovacic para encontrar o Eketike (96) em infiltração e diminuir o placar. Depois deu a assistência, da mesma forma, pro Kovacic bater da entrada da área, sem marcação, e marcar o gol de empate.
- Eu sofri 2 gols em 10 minutos, mas ao mesmo tempo consegui marcar 2 gols num espaço de 7 minutos.

3) Jogo importante, contra o Arsenal fora de casa (Champions League - quartas de final, jogo de ida)
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- Jogo de mata-mata é sempre importante. Com um time sem muita rodagem, recheado de jovens, fora de casa contra um adversário tradicional (e forte) é muito complicado. Recebi dos meus analistas que eles gostavam da posse de bola, eram uma equipe menos móvel, mais lenta e que tinham no Odergaard o jogador mais influente na criação das jogadas. E avaliando pessoalmente cheguei à mesma conclusão. O que eu fiz foi abaixar um pouco minhas linhas, tanto de defesa quanto de pressão, aumentar bastante o ritmo de jogo, focando os ataques pela direita e tentar pegar eles no contrapé com um contra-ataque rápido, sobretudo me valendo da velocidade do Bathly (7, meu ponta direita). Também mudei a função do meu centroavante, de Poacher (acho que é PL Fixo) pra Deep Lying Foward (acho que é Atacante Recuado), com a tarefa de atacar.
- O jogo começou e a análise que recebi era certeira e estávamos tendo uma boa influência atacando pela direita (veja que o Bathly, camisa 7, está mais avançado do que o Eketike, meu centroavante, camisa 96, e mais ou menos na mesma linha do meu meia-atacante, Cherki (21). O primeiro gol saiu porque eles foram marcar meu centroavante, que estava recuado, e o Cherki (MAC) fez a ultrapassagem. Toda a marcação que estava no meu atacante correu pra cima do sérvio, que chegou e rolou pra trás e o Eketike estava sozinho, só bateu colocado e marcou. O segundo gol foi a mesma coisa, mas ao contrário. A marcação correu pro Cherki (21) e liberou o Eketike (96). Ele recebeu, a marcação correu pra cima dele, e ele deu o passe em profundidade pro Gavric (11), que passava fechando da esquerda para o meio, entrar sozinho e bater o goleiro.
- Eles fizeram durante o jogo algumas modificações e percebi eles mais ofensivos, mais no meu campo. Eu recuei minhas linhas e segurei alguns jogadores, mas deixei outros mais livres para sobrecarregar a defesa dele que tava praticamente só os zagueiros atrás. Achei que tinha errado na decisão quando tomei o gol aos 88 minutos (e tinha colocado a gurizada pra jogar e se desenvolver, risos). Mas pouco depois, num contra-ataque, um escanteio. O Medhi Segura, que é um zagueiro jovem do meu time, acabou conseguindo marcar depois da cobrança do Gavric, aos 92 minutos. Aos 95 conseguimos fazer exatamente a mesma jogada do primeiro gol, com o Bacar (uma promessa do meu ataque e que tinha entrado no lugar do Eketike, ocupando a mesma faixa dele que estava com a camisa 96) segurou a bola, atraiu a marcação e deu um passe em profundidade para o Herrmann (um meia-atacante promissor que entrou no lugar do Cherki, ocupando a mesma faixa do camisa 21) que invadiu a área sozinho e bateu o martelo na goleada.

4) Alguns fatos relevantes:
- Perceba que mostrei três partidas. Nas três meu time teve comportamentos diferentes com base no que eu queria que fizesse. A forma mais clara de se observar isso é com os posicionamentos médios dos jogadores;
- Nas duas partidas contra times que eu estou progredindo até chegar no mesmo nível, apesar de estar um pouco só abaixo, que são PSG e Arsenal eu baseei meu time nas minhas forças (basta ver que o Bathly, meu ponta direita camisa 7) era sempre um jogador que estava mais envolvido no ataque e o meu meia esquerda, mantendo a função de ponta invertido com a tarefa de apoio, ocupou três faixas diferentes do campo com base no que eu quis que ele fizesse (ora lá na frente, como todo o time, ora mais recuado, quase junto do lateral, pra marcar a maior ameaça do adversário, ora mais equilibrado quase em cima da linha central para ser opção;
- Em quase todos os jogos eu estive atento para tentar contrapor o que a IA queria fazer no jogo e consegui, de certa forma, um bom aproveitamento;
O mais importante: não é porque você fez uma boa análise que seu plano vai dar certo, porque cada jogo é um jogo. O jogo contra o PSG eu fui achando que tinha me ajustado pra cobrir das melhores qualidades deles e tomei dois gols nos primeiros dez minutos. Tive que reagir ao que a partida pedia e como eles pareciam jogar para conseguir me recompor no jogo;
- Não é necessário fazer um estudo detalhado do seu adversário a cada partida que você vai disputar, dá pra fazer umas análises mais superficiais pra entender alguns elementos importantes de como o time se comporta em campo, quais os principais jogadores e coisas do gênero; particularmente eu só faço análises mais detalhadas quando vou para jogos importantes (contra equipes mais fortes que a minha e que os pontos sejam importantes de serem conquistados ou em mata-mata).

Agora, que já falei mais extensivamente sobre algumas características analíticas na tentativa de familiarizar uma leitura mais crua do que são esses dados (e isso que eu disse é até superficial, porque tem jeito de ir muito além disso com o Data Hub, mas essa parte é muito ruim de se analisar em competições continentais porque os dados de lá só são referentes à liga nacional que seu time disputa - por isso é bom destacar um analista de dados/olheiro para analisar alguns jogos dos adversários importantes em outras competições para você ter uma base melhor de como trabalhar. E aqui vou desde a parte mais genérica, nos times pequenos cujos dados, por si, são limitados aos times mais fortes que têm uma composição de dados muito maiores e, também, você tem um time mais qualificado para lidar com isso.

Times pequenos e fracos de divisões bem inferiores:
Aqui não tem uma fórmula de bolo. Basicamente você monta um time que preze pela parte física dos jogadores e tenta ter um ou outro jogador mais técnico no plantel para saber lidar com a bola e distribuir/finalizar as jogadas com maior índice de possibilidade de acerto. Como não se deve ter muitos analistas e olheiros, e estes que tiver deveriam estar em missão para avaliar novos jogadores, é difícil ter um relato mais preciso de seus adversários, até porque nessas etapas é complicado se estabelecer um padrão de jogo bem homogêneo, pelo simples fato disso derivar mais da capacidade técnica e mental dos jogadores (fatores que, neste nível de futebol, não podemos levar muito em conta).

Então, para este nível, eu não costumo analisar muito meus adversários. O máximo que eu vejo é as estatísticas de jogadores criativos e dos atacantes mais perigosos para tentar limitar eles durante a partida, e isso não é muito difícil de fazer. As estatísticas gerais que uso para avaliar estes dois elementos são passes-chaves em jogo aberto (acho que é isso em português) e assistências para determinar os jogadores mais influentes na criação do adversário; xG/chute em 90 minutos,  %chutes no gol e gols marcados para saber quem são as ameaças de gol. Visto isso existem possibilidades: 1) marcar individualmente, 2) mandar pressionar, 3) mandar realizar desarmes mais duros, que acaba juntando um pouco dos dois anteriores. Cada uma dessas alternativas tem seus pros e contras, especialmente neste nível, já que marcar individualmente você pode abrir algum buraco no seu time e outros jogadores ganharem influência, pressionar o jogador ele pode se desvencilhar da marcação com alguma facilidade e ele mesmo ser influente e desarmes mais duros pode criar chances de bolas paradas que, neste nível, podem ser as principais ameaças de qualquer time.

contra adversários mais fortes não tem receita de bolo, mas o mais indicado é jogar em contra-ataque e para as bolas paradas (então é importante você ter algumas rotinas criadas para tentar se aproveitar disso ao máximo). Tem gente que não gosta de baixar as linhas, porque convida muita pressão do adversário; eu até gosto porque posso povoar todo meu setor defensivo e tentar obrigar o adversário a ter uma posse de bola ineficiente, que não ameaça muito, e sair puxando contra-ataques rápidos.

Times médios em divisões inferiores e/ou principais:
As coisas começam a ficar interessantes aqui, já que você tem um elenco que conseguiu alcançar um futebol mais competitivo e é possível que tenha investido em alguns analistas de dados e de desempenho, permitindo receber relatórios sobre seus adversários. Eu mantenho minha análise das mesmas estatísticas anterior e gosto de ver a influência que os jogadores que destaquei têm no jogo. Aí eu vejo rapidamente uma partida e clico nos jogadores que penso ser os mais influentes para ver como eles se comportam em campo. Com isso, eu posso determinar melhor o que fazer. As três possibilidades anteriores ainda se aplicam, mas posso, também, alterar a função ou tarefa de algum jogador específico, posso mudar o posicionamento de algum jogador no meu esquema e posso até mudar virtualmente o posicionamento de algum jogador na minha tática (isso se faz deixando ele na mesma posição que fica lá na tática e mandar ele marcar individualmente algum jogador que opere em uma faixa do campo específica que desloque o seu jogador para onde você quer que ele priorize a ocupação de espaços: um exemplo é usar um MAC, ou até um PL, para marcar um MC do adversário, que torna seu meia-ofensivo em um meia central, deixando ele um pouco mais recuado na fase defensiva e retornando ao posto original na fase ofensiva - isso era particularmente muito roubado nos FM21 e 22).

contra adversários mais fortes, neste caso, você já tem um time um pouco melhor e que pode exercer influências um pouco mais arrojadas. Então dá para avaliar as principais zonas de influência deles e por onde eles preferem atacar para, assim, buscar ocupar os espaços e atrapalhar um pouco essa construção de jogadas que eles têm maior familiaridade. Mas é importante entender que não é porque você tá fazendo isso que o outro lado/setor deles seja inoperante. Assim, continua sendo necessário tentar manter um equilíbrio mínimo. Outra coisa que dá pra fazer aqui é explorar alguma eventual fraqueza do seu oponente, já que vez ou outra eles podem colocar algum jovem para ganhar rodagem ou até mesmo improvisar algum jogador em uma função não muito familiar contra seu time e se você souber neutralizar ele já é meio caminho andado para tentar equilibrar a balança para seu lado, posto que um jogador neutralizado é um jogador a menos - e ai você pode explorar isso (isso acontece porque jogadores improvisados sofrem uma penalidade no atributo de decisões). Um exemplo foi uma vez que estava jogando com o St. Pauli na Bundesliga e o Bayer Leverkusen decidiu improvisar o Heinrichs, meia-ala/lateral, na defesa. Eu desloquei meu único atacante para jogar em cima do Henrichs e ele, que é bom jogador mas tava fazendo uma função que não era a dele, foi o pior em campo com meu atacante deitando em cima dele. Uma única mudança simples mudou todo o rumo do jogo.

Times grandes:
Aqui é bem fácil porque basicamente você já deve ter um plantel bem consagrado e capaz de impor seu estilo de jogo contra quase qualquer adversário que enfrentar. O que faço neste nível é analisar os confrontos contra oponentes da mesma força que a minha - e aí não tento necessariamente neutralizar as boas influências deles, mas explorar as fraquezas. Mas tudo que eu disse antes também pode ser aplicado, caso sinta necessidade. Então analisar jogadores que estão como titulares mas têm baixos rendimentos nos últimos jogos é uma estratégia interessante porque usualmente esse jogador está com o moral mais baixo e pode ter uma tendência maior a erros. E como seu time é tão forte quanto o adversário, explorar os erros é a melhor estratégia para vencer.

QUE AULA! Parabéns, @Herr Jones. Parabéns! Conteúdo primoroso. Uma dúvida: o que seria essa estatística GL MST?

ONTEM eu tava pensando em explorar e aproveitar melhor o FM, pensando justamente que se fosse só pra escalar e apertar um botão é melhor jogar Elifoot. E hoje entro aqui e vejo esse post fantástico.

Deu vontade de apagar todos os saves e começar um do zero! kkkkkkk

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Em 12/07/2023 em 18:39, Herr Jones disse:

Existem diversas formas de fazer isso, e existem skins que permitem você entender melhor os dados do seu adversário. E isso depende ainda mais da sua estrutura de analistas, redes de olheiros etc. A questão é que a forma de se interpretar os dados brutos também varia bastante e depende, principalmente, de como seu elenco é. Porque por vezes é impossível você "anular" um adversário que é muito mais forte que você, mas é muito fácil você dominar um jogo em que você tem um elenco pouco melhor do que outro time. Mas dito isso, vou trazer alguns exemplos - e tentar dividir por "etapas" de desenvolvimento do seu time. Isso vai ficar enorme, mas ok. Espero que ajude e, qualquer dúvida, pode colocar aqui no tópico porque certamente eu ou algum colega pode responder tranquilamente.

Dicas gerais:
Tente investir no setor de observação e análise de dados. É muito importante ter diversos olheiros, seja para captar novos jogadores, novas promessas, mas também para que eles formulem relatórios de seus oponentes; da mesma forma é também importante ter vários analistas: os de desempenho são avaliadores de como seus próprios jogadores estão performando - se estão bem, se estão mal, quais os repertórios mais comuns deles no seu esquema tático e coisas do gênero; os analistas de dados são avaliadores de jogadores externos ao seu clube, e também podem fornecer dados importantes sobre outras equipes, como elas atuam, as preferências de jogo e coisas assim.

Antes de jogos muito importantes pode ser interessante você pedir para algum olheiro (de preferência o que tenha melhores atributos) te enviar um relatório da equipe. Costuma demorar 1~3 dias para o envio, mas aí você tem um detalhamento um pouco melhor das informações e pode tomar decisões um pouco mais consciente para ter uma certeza melhor de quais são, de fato, os melhores jogadores do adversário e poder planejar de acordo com isso.

É fundamental prestar atenção durante o jogo! Isso porque os seus adversários modificam seu estilo de jogo de acordo com o resultado (e a narração, que fica explicando o que acontece no jogo) pode fornecer pistas de quais as mudanças feitas pelo seu oponente. E aí você tem que ver se essas modificações recolocaram/melhoraram a influência deles no jogo. Às vezes mudanças pro desespero de um resultado não surtem muito efeito, às vezes elas impactam demais. Quando for realizar modificações durante o jogo, evite mudar muito de uma só vez porque seu time pode demorar um pouco para absorver e, com isso, criar alguns problemas em que uns jogadores internalizaram o que você mudou e outros não que, por sua vez, cria uma disparidade na atuação do seu time - e seu adversário pode explorar isso. Só faça mudanças mais bruscas mesmo no momento de desespero porque, bem, é uma situação específica e que você depende do resultado (isso vale especialmente para mata-matas). Também é muito importante você avaliar a linguagem corporal e notas dos seus jogadores, um excelente jogador acomodado pode abrir espaço e cometer erros que alguém, piorzinho, que está motivado não cometeria.

Algumas premissas:
Vou trazer o exemplo e contextualizar um save que estou treinando o Cannes em 2030. Meu time conseguiu se estabilizar na Ligue 1, meu elenco está entre os seis melhores do campeonato mas ainda assim abaixo de Paris Saint-Germain e Monaco. Está parelho com outras forças do país, como Rennes, Nice e Olympique Marseille. O campeonato está até disputado, com Rennes e Monaco já tendo conseguido ser campeões, Nice já foi vice. A melhor posição que tive no campeonato, até aqui, foi a 4ª por duas temporadas consecutivas, o que me coloca pela segunda temporada seguida numa Champions num time que está apenas em sua quarta temporada na Ligue 1.

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Em azul estão os elementos principais que uso para avaliar a criatividade do jogador
Em vermelho estão os elementos principais que uso para verificar a capacidade de definição de um jogador
Em amarelo estão elementos que podem fazer você errar em uma avaliação, por serem estatísticas abaixo do necessário, mas que são jogadores de boa influência nestes setores

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As imagens que estiverem pequenas você pode clicar que acabam ampliando. Caso queira, pode ampliar, depois abri-la em uma nova janela e aumentar o zoom para ver um pouco melhor os números.

Inclusive, como ponto fora do tópico, recomendo usar essas estatísticas também caso queira pesquisar algum jogador, usando como comparação os jogadores do seu próprio time. Só ter um pouco de atenção com o nível de futebol que ele joga. Assim você pode encontrar um bom substituto sem muita valorização no mercado a um preço módico e vender, caso queira, um jogador do seu. É mais ou menos assim que o pessoal dos desafios do moneyball fazem. Ou então ter um bom jogador com um reserva à altura que "entregue as mesmas estatísticas" do seu titular.

Estas estatísticas destacadas vão ser melhor compreendidas mais adiante quando eu for esmiuçar um pouco mais de como eu faço minhas análises. O desenho tático é um 4-2-3-1nada muito diferente nem arrojado, baseado em posse de bola e com pouquíssimas instruções gerais (só mesmo as que me trazem o padrão esperado). Meu principal criador de jogadas é o segundo volante (Veretout), enquanto o meia defensivo (Ounahi) é o carregador de piano que joga mais recuado e acaba, mesmo com essa função, fechando uma linha de três na defesa porque eu costumo orientar ele para marcar individualmente um atacante, mas nem sempre. Quando faço isso, mudo a função de um dos laterais para ala (normalmente o da esquerda, para ultrapassar meu ponta invertido e esticar o campo para a linha de fundo). O jogador mais perigoso do meu esquema é meu extremo da direita (Bathly/Kim Sung-Min) porque são jovens, velozes e têm boa capacidade técnica (veja na imagem do plantel que ambos têm OP-KP/90 [passes chaves em jogo aberto por 90 min] mais elevado do time.

O meu meia-atacante é o jogador que acaba sendo a ameaça invisível, porque sempre invade a área, e meu extremo invertido pela esquerda dá o suporte junto com o segundo volante para isso. Assim, eles acabam puxando a marcação e meu atacante pode ter maior liberdade para receber em boas condições para marcar o gol. O diferencial é que meu meia-atacante e meu extremo invertido pela esquerda são intercambiáveis (e eu gosto bastante de mudar durante o jogo). Tanto é que os principais jogadores ali são o Hannibal, Cherki, Gavric e vez ou outra, o Ounahi (ele depende do adversário, porque tem características mais defensivas e às vezes uso ele contra PSG, Monaco e adversários mais fortes da Champions que tenham bons jogadores pela direita).

Assim, entendendo a tática, dá pra compreender mais ou menos o que demarquei ali na imagem do elenco e observar que, de fato, os jogadores que eu marquei como principais o são por um motivo que é claro no meu estilo de jogo. Então vamos ver como isso se encaixa na análise geral de estatísticas de equipes.

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Meu time tem o terceiro melhor ataque e a sexta melhor defesa. Algo excelente para uma equipe que há pouco tempo estava no National 3 (5ª divisão) e está em processo de consolidação. Quando observamos a xG favorável a coisa fica mais interessante, porque meu time tem uma performance de 5 gols a mais do que o esperado: apenas três times estão acima do esperado: PSG, Monaco e o meu. Justamente o 1º, 2º e 3º da liga (na verdade estamos em 4º, com a mesma pontuação do Nice, mas com um jogo a menos). Na sequência os dados de estilo de jogo: meu time tem a segunda maior posse de bola da liga, com uma média de 63% em 28 partidas. Trocamos simplesmente 21.663 passes, quase 3 mil passes a mais do que o PSG, líder de posse de bola e que tem um elenco muito superior ao meu. Isso se explica porque o time deles precisa de muito menos passes para criar as jogadas em virtude da qualidade individual de cada jogador. Da mesma forma, pelo meu time demorar mais para criar as oportunidades, acabamos girando mais a bola em passes mais simples com menos verticalidade e isso aumenta a porcentagem de passes certos e, sobretudo, se reflete na quantidade de chances criadas. O mais importante: tudo isto está dado na tática que mostrei acima! Meu time tem apenas 2 jogadores com tarefa de atacar e 2 com tarefa de defender, o restante todo apoia as jogadas e se dedicam igualmente às fases defensiva e ofensiva; meu time tem mais jogadores até a linha do meio-campo (9, laterais, zagueiros, volantes e meias-laterais) do que além dela (2, o meia atacante e o centroavante). Todos eles só avançam mesmo quando têm a oportunidade de romper as linhas, e isso reflete que quando meu time parte pra cima mesmo tem mais de 50% de chance de fazer gol (relação entre chances criadas e gols marcados), que é uma das maiores da liga. Então meu time, apesar de burocrático, é muito eficiente nas investidas ofensivas.

Analisando as estatísticas de três partidas:
1) Jogo comum na França, contra o Auxerre (semi-final da Coupe de France)
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- Repare que meu time teve 71% da posse de bola, deu 27 chutes e acertou 13 no gol. O placar, infelizmente, foi apenas 2x0 porque o goleiro deles simplesmente fechou o gol (até pênalti pegou) e, não à toa, teve nota 8,4. Isso, no geral, não importa muito. Repare as linhas de passe do meu time e do adversário: as do meu time são mais destacadas e verdes, indo para tudo quanto é canto até chegar nos dois homens de frente, que têm linhas de passe menos destacada, mas ainda assim recebem a bola com certa frequência.
- Nas linhas de passe você vai perceber que o Veretout (camisa 8) está mais recuado do que o Ounahi (camisa 20) e acima eu disse que era para ser o contrário. Mas como era um jogo que eu não estava com medo nenhum do Auxerre, decidi ir sem fazer muitas modificações e deixei ambos soltos. O Veretout (8) vinha mais embaixo para construir as jogadas e (não parece que dá para ver muito bem) ele tem seta indo para absolutamente todos os lugares do campo ao passo que o Ounahi (20) isso é menos frequente, mas também tem.
- A capacidade massiva do meu time ficar com a bola não permite que o adversário sequer tente jogar, já que eles deram apenas 3 chutes e todos foram no primeiro tempo. 

2) Adversário mais forte, contra o PSG fora de casa (Ligue 1)
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- Repare que aqui as coisas já tomaram outra forma, com uma posse de bola mais equilibrada e com o PSG criando oportunidades muito melhores.
- Veja que meu time tomou dois gols em menos de 10 minutos de jogo e tive que ir buscar o resultado. Aí entra a leitura do jogo: eu percebi que o time deles tava conseguindo construir bem pelo setor central do campo (basta ver as linhas de passe dos zagueiros deles que buscavam os meias centralizados). Mexi para reorganizar o esquema, recuando meus dois volantes para ocupar mais o espaço ali atrás e com dois jogadores eu tirei cinco jogadores deles da ação (basta ver as linhas de passe dos cinco jogadores centralizados ali) e a única válvula de escape deles era com o Hakimi pela direita, mas o principal jogador deles era o Mbappé pela esquerda e isso forçava muitos cruzamentos.
- Um detalhe que as estatísticas não mostram é que a maioria das oportunidades deles foram no primeiro tempo e as minhas no segundo, que foi o momento que escolhi para acrescentar mais instruções à minha equipe porque apesar de sermos mais fracos que eles no papel, ainda temos alguma qualidade para tentar competir.
- As minhas modificações não mudaram em nada meu estilo de jogo, basta ver que as linhas de passe do meu time são praticamente idênticas às do jogo anterior. A única diferença é que meu time ocupa espaços mais atrás no campo (depois veja a diferença no posicionamento, que contra o Auxerre tínhamos 4, quase 6 jogadores ocupando o campo deles e aqui, contra o PSG, apenas o meu atacante está depois da linha de meio-campo). Outra coisa que é perceptível é a linha de 4~5 jogadores na intermediária (3 alas e 2 volantes), porque eu recuei o Cherki (camisa 21) para lidar com o Mbappé (camisa 7): dá pra perceber claramente que eles estão ocupando a mesma faixa do campo, e o Cherki (21) tá praticamente junto com meu Zicchinello (6, meu lateral esquerdo). Neste jogo o Mbappé fez o gol dele aos 9 minutos e depois não conseguiu fazer mais nada, porque eu dupliquei a marcação em cima dele. Ao mesmo tempo que eu soltei meu ponta direita (camisa 7) para jogar mais avançado, na linha do meu meia-atacante, Kovacic (10). Detalhe: o esquema tático é exatamente o mesmo, a única modificação que eu fiz foi pedir a marcação individual do Mbappé para o Cherki (21) e mudar a tarefa do meu ponta direita, Bathly (7), para ataque. Resultado: ele deu o passe que encontrou o Kovacic para encontrar o Eketike (96) em infiltração e diminuir o placar. Depois deu a assistência, da mesma forma, pro Kovacic bater da entrada da área, sem marcação, e marcar o gol de empate.
- Eu sofri 2 gols em 10 minutos, mas ao mesmo tempo consegui marcar 2 gols num espaço de 7 minutos.

3) Jogo importante, contra o Arsenal fora de casa (Champions League - quartas de final, jogo de ida)
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- Jogo de mata-mata é sempre importante. Com um time sem muita rodagem, recheado de jovens, fora de casa contra um adversário tradicional (e forte) é muito complicado. Recebi dos meus analistas que eles gostavam da posse de bola, eram uma equipe menos móvel, mais lenta e que tinham no Odergaard o jogador mais influente na criação das jogadas. E avaliando pessoalmente cheguei à mesma conclusão. O que eu fiz foi abaixar um pouco minhas linhas, tanto de defesa quanto de pressão, aumentar bastante o ritmo de jogo, focando os ataques pela direita e tentar pegar eles no contrapé com um contra-ataque rápido, sobretudo me valendo da velocidade do Bathly (7, meu ponta direita). Também mudei a função do meu centroavante, de Poacher (acho que é PL Fixo) pra Deep Lying Foward (acho que é Atacante Recuado), com a tarefa de atacar.
- O jogo começou e a análise que recebi era certeira e estávamos tendo uma boa influência atacando pela direita (veja que o Bathly, camisa 7, está mais avançado do que o Eketike, meu centroavante, camisa 96, e mais ou menos na mesma linha do meu meia-atacante, Cherki (21). O primeiro gol saiu porque eles foram marcar meu centroavante, que estava recuado, e o Cherki (MAC) fez a ultrapassagem. Toda a marcação que estava no meu atacante correu pra cima do sérvio, que chegou e rolou pra trás e o Eketike estava sozinho, só bateu colocado e marcou. O segundo gol foi a mesma coisa, mas ao contrário. A marcação correu pro Cherki (21) e liberou o Eketike (96). Ele recebeu, a marcação correu pra cima dele, e ele deu o passe em profundidade pro Gavric (11), que passava fechando da esquerda para o meio, entrar sozinho e bater o goleiro.
- Eles fizeram durante o jogo algumas modificações e percebi eles mais ofensivos, mais no meu campo. Eu recuei minhas linhas e segurei alguns jogadores, mas deixei outros mais livres para sobrecarregar a defesa dele que tava praticamente só os zagueiros atrás. Achei que tinha errado na decisão quando tomei o gol aos 88 minutos (e tinha colocado a gurizada pra jogar e se desenvolver, risos). Mas pouco depois, num contra-ataque, um escanteio. O Medhi Segura, que é um zagueiro jovem do meu time, acabou conseguindo marcar depois da cobrança do Gavric, aos 92 minutos. Aos 95 conseguimos fazer exatamente a mesma jogada do primeiro gol, com o Bacar (uma promessa do meu ataque e que tinha entrado no lugar do Eketike, ocupando a mesma faixa dele que estava com a camisa 96) segurou a bola, atraiu a marcação e deu um passe em profundidade para o Herrmann (um meia-atacante promissor que entrou no lugar do Cherki, ocupando a mesma faixa do camisa 21) que invadiu a área sozinho e bateu o martelo na goleada.

4) Alguns fatos relevantes:
- Perceba que mostrei três partidas. Nas três meu time teve comportamentos diferentes com base no que eu queria que fizesse. A forma mais clara de se observar isso é com os posicionamentos médios dos jogadores;
- Nas duas partidas contra times que eu estou progredindo até chegar no mesmo nível, apesar de estar um pouco só abaixo, que são PSG e Arsenal eu baseei meu time nas minhas forças (basta ver que o Bathly, meu ponta direita camisa 7) era sempre um jogador que estava mais envolvido no ataque e o meu meia esquerda, mantendo a função de ponta invertido com a tarefa de apoio, ocupou três faixas diferentes do campo com base no que eu quis que ele fizesse (ora lá na frente, como todo o time, ora mais recuado, quase junto do lateral, pra marcar a maior ameaça do adversário, ora mais equilibrado quase em cima da linha central para ser opção;
- Em quase todos os jogos eu estive atento para tentar contrapor o que a IA queria fazer no jogo e consegui, de certa forma, um bom aproveitamento;
O mais importante: não é porque você fez uma boa análise que seu plano vai dar certo, porque cada jogo é um jogo. O jogo contra o PSG eu fui achando que tinha me ajustado pra cobrir das melhores qualidades deles e tomei dois gols nos primeiros dez minutos. Tive que reagir ao que a partida pedia e como eles pareciam jogar para conseguir me recompor no jogo;
- Não é necessário fazer um estudo detalhado do seu adversário a cada partida que você vai disputar, dá pra fazer umas análises mais superficiais pra entender alguns elementos importantes de como o time se comporta em campo, quais os principais jogadores e coisas do gênero; particularmente eu só faço análises mais detalhadas quando vou para jogos importantes (contra equipes mais fortes que a minha e que os pontos sejam importantes de serem conquistados ou em mata-mata).

Agora, que já falei mais extensivamente sobre algumas características analíticas na tentativa de familiarizar uma leitura mais crua do que são esses dados (e isso que eu disse é até superficial, porque tem jeito de ir muito além disso com o Data Hub, mas essa parte é muito ruim de se analisar em competições continentais porque os dados de lá só são referentes à liga nacional que seu time disputa - por isso é bom destacar um analista de dados/olheiro para analisar alguns jogos dos adversários importantes em outras competições para você ter uma base melhor de como trabalhar. E aqui vou desde a parte mais genérica, nos times pequenos cujos dados, por si, são limitados aos times mais fortes que têm uma composição de dados muito maiores e, também, você tem um time mais qualificado para lidar com isso.

Times pequenos e fracos de divisões bem inferiores:
Aqui não tem uma fórmula de bolo. Basicamente você monta um time que preze pela parte física dos jogadores e tenta ter um ou outro jogador mais técnico no plantel para saber lidar com a bola e distribuir/finalizar as jogadas com maior índice de possibilidade de acerto. Como não se deve ter muitos analistas e olheiros, e estes que tiver deveriam estar em missão para avaliar novos jogadores, é difícil ter um relato mais preciso de seus adversários, até porque nessas etapas é complicado se estabelecer um padrão de jogo bem homogêneo, pelo simples fato disso derivar mais da capacidade técnica e mental dos jogadores (fatores que, neste nível de futebol, não podemos levar muito em conta).

Então, para este nível, eu não costumo analisar muito meus adversários. O máximo que eu vejo é as estatísticas de jogadores criativos e dos atacantes mais perigosos para tentar limitar eles durante a partida, e isso não é muito difícil de fazer. As estatísticas gerais que uso para avaliar estes dois elementos são passes-chaves em jogo aberto (acho que é isso em português) e assistências para determinar os jogadores mais influentes na criação do adversário; xG/chute em 90 minutos,  %chutes no gol e gols marcados para saber quem são as ameaças de gol. Visto isso existem possibilidades: 1) marcar individualmente, 2) mandar pressionar, 3) mandar realizar desarmes mais duros, que acaba juntando um pouco dos dois anteriores. Cada uma dessas alternativas tem seus pros e contras, especialmente neste nível, já que marcar individualmente você pode abrir algum buraco no seu time e outros jogadores ganharem influência, pressionar o jogador ele pode se desvencilhar da marcação com alguma facilidade e ele mesmo ser influente e desarmes mais duros pode criar chances de bolas paradas que, neste nível, podem ser as principais ameaças de qualquer time.

contra adversários mais fortes não tem receita de bolo, mas o mais indicado é jogar em contra-ataque e para as bolas paradas (então é importante você ter algumas rotinas criadas para tentar se aproveitar disso ao máximo). Tem gente que não gosta de baixar as linhas, porque convida muita pressão do adversário; eu até gosto porque posso povoar todo meu setor defensivo e tentar obrigar o adversário a ter uma posse de bola ineficiente, que não ameaça muito, e sair puxando contra-ataques rápidos.

Times médios em divisões inferiores e/ou principais:
As coisas começam a ficar interessantes aqui, já que você tem um elenco que conseguiu alcançar um futebol mais competitivo e é possível que tenha investido em alguns analistas de dados e de desempenho, permitindo receber relatórios sobre seus adversários. Eu mantenho minha análise das mesmas estatísticas anterior e gosto de ver a influência que os jogadores que destaquei têm no jogo. Aí eu vejo rapidamente uma partida e clico nos jogadores que penso ser os mais influentes para ver como eles se comportam em campo. Com isso, eu posso determinar melhor o que fazer. As três possibilidades anteriores ainda se aplicam, mas posso, também, alterar a função ou tarefa de algum jogador específico, posso mudar o posicionamento de algum jogador no meu esquema e posso até mudar virtualmente o posicionamento de algum jogador na minha tática (isso se faz deixando ele na mesma posição que fica lá na tática e mandar ele marcar individualmente algum jogador que opere em uma faixa do campo específica que desloque o seu jogador para onde você quer que ele priorize a ocupação de espaços: um exemplo é usar um MAC, ou até um PL, para marcar um MC do adversário, que torna seu meia-ofensivo em um meia central, deixando ele um pouco mais recuado na fase defensiva e retornando ao posto original na fase ofensiva - isso era particularmente muito roubado nos FM21 e 22).

contra adversários mais fortes, neste caso, você já tem um time um pouco melhor e que pode exercer influências um pouco mais arrojadas. Então dá para avaliar as principais zonas de influência deles e por onde eles preferem atacar para, assim, buscar ocupar os espaços e atrapalhar um pouco essa construção de jogadas que eles têm maior familiaridade. Mas é importante entender que não é porque você tá fazendo isso que o outro lado/setor deles seja inoperante. Assim, continua sendo necessário tentar manter um equilíbrio mínimo. Outra coisa que dá pra fazer aqui é explorar alguma eventual fraqueza do seu oponente, já que vez ou outra eles podem colocar algum jovem para ganhar rodagem ou até mesmo improvisar algum jogador em uma função não muito familiar contra seu time e se você souber neutralizar ele já é meio caminho andado para tentar equilibrar a balança para seu lado, posto que um jogador neutralizado é um jogador a menos - e ai você pode explorar isso (isso acontece porque jogadores improvisados sofrem uma penalidade no atributo de decisões). Um exemplo foi uma vez que estava jogando com o St. Pauli na Bundesliga e o Bayer Leverkusen decidiu improvisar o Heinrichs, meia-ala/lateral, na defesa. Eu desloquei meu único atacante para jogar em cima do Henrichs e ele, que é bom jogador mas tava fazendo uma função que não era a dele, foi o pior em campo com meu atacante deitando em cima dele. Uma única mudança simples mudou todo o rumo do jogo.

Times grandes:
Aqui é bem fácil porque basicamente você já deve ter um plantel bem consagrado e capaz de impor seu estilo de jogo contra quase qualquer adversário que enfrentar. O que faço neste nível é analisar os confrontos contra oponentes da mesma força que a minha - e aí não tento necessariamente neutralizar as boas influências deles, mas explorar as fraquezas. Mas tudo que eu disse antes também pode ser aplicado, caso sinta necessidade. Então analisar jogadores que estão como titulares mas têm baixos rendimentos nos últimos jogos é uma estratégia interessante porque usualmente esse jogador está com o moral mais baixo e pode ter uma tendência maior a erros. E como seu time é tão forte quanto o adversário, explorar os erros é a melhor estratégia para vencer.

Que aula! Excelente! Muito obrigado!

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Em 13/07/2023 em 01:45, Thiago disse:

Muito provavelmente esse cara que fez a pergunta, nem veja sua resposta, mas eu li tudo... E que aula! Vc entende muito e parabéns pela paciência em digitar isso tudo. 

Obrigado. Eu comecei uma resposta meio breve, depois senti que precisava ilustrar e aí com tudo isso acabou virando aquele textão. E mesmo assim não tem todos os pontos que eu uso para (re)ações antes e durante um jogo. 

Em 13/07/2023 em 16:50, Masca disse:

QUE AULA! Parabéns, @Herr Jones. Parabéns! Conteúdo primoroso. Uma dúvida: o que seria essa estatística GL MST?

ONTEM eu tava pensando em explorar e aproveitar melhor o FM, pensando justamente que se fosse só pra escalar e apertar um botão é melhor jogar Elifoot. E hoje entro aqui e vejo esse post fantástico.

Deu vontade de apagar todos os saves e começar um do zero! kkkkkkk

Oxe, disponha! GL MST é estatística de erros que resultam em gol do adversário. Eu coloquei ela nessa visão porque eu notei que meu time cometia uns erros muito estranhos e tava suspeitando de ser sempre o mesmo jogador. E, de fato, era. Tanto que esse cara em questão eu mandei embora de qualquer jeito. 

Em 13/07/2023 em 17:07, gusMano disse:

Que aula! Excelente! Muito obrigado!

Por nada! :) 

9 horas atrás, Masca disse:

@Herr Jones uma outra dúvida, qual a descrição do xG/SHOT %? Não consegui encontrar, mesmo também jogando em inglês. 

Só achei sem a porcentagem:

image.png.448f2a4431c12b8f4db8889e7fbd16bb.png

Essa estatística é a expectativa de gol por cada finalização. Eu costumo usar ela mesmo no começo da temporada (os 10 primeiros jogos, que é o período usual antes dos jogos de competições continentais) que, neste save em questão, eu uso um padrão determinado de jogo e avalio o desempenho na construção da jogadas. Então costumo usar nessa faixa de partidas em conjunto com estatísticas de construção de jogo. Depois, quando começam as competições continentais e eu rotaciono muito mais o elenco, modifico as funções, tarefas e tudo mais já não uso mais isso tanto, passando pra outras estatísticas mais consistentes. 

 

Particularmente eu ainda estou tentando desbravar a questão de estatísticas pra goleiros, que me parecem ter algum tipo de inconsistência na minha própria análise ainda. Em algum momento eu vou conseguir encaixar algum encadeamento pra entender melhor. Mas já percebi que quanto melhores as estatísticas, os atributos já não importam tanto, só preciso encaixar algumas coisas mesmo. Nesse save em questão o meu goleiro reserva é um wonderkid com atributos absurdos e é reserva do Rajkovic, que é um goleiro consistente sem atributos muito fora do comum, mas em campo ele entrega muito mais do que o guri, que pelos atributos é inúmeras vezes superior. 

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12 minutos atrás, Herr Jones disse:

Obrigado. Eu comecei uma resposta meio breve, depois senti que precisava ilustrar e aí com tudo isso acabou virando aquele textão. E mesmo assim não tem todos os pontos que eu uso para (re)ações antes e durante um jogo. 

Oxe, disponha! GL MST é estatística de erros que resultam em gol do adversário. Eu coloquei ela nessa visão porque eu notei que meu time cometia uns erros muito estranhos e tava suspeitando de ser sempre o mesmo jogador. E, de fato, era. Tanto que esse cara em questão eu mandei embora de qualquer jeito. 

Por nada! :) 

Essa estatística é a expectativa de gol por cada finalização. Eu costumo usar ela mesmo no começo da temporada (os 10 primeiros jogos, que é o período usual antes dos jogos de competições continentais) que, neste save em questão, eu uso um padrão determinado de jogo e avalio o desempenho na construção da jogadas. Então costumo usar nessa faixa de partidas em conjunto com estatísticas de construção de jogo. Depois, quando começam as competições continentais e eu rotaciono muito mais o elenco, modifico as funções, tarefas e tudo mais já não uso mais isso tanto, passando pra outras estatísticas mais consistentes. 

 

Particularmente eu ainda estou tentando desbravar a questão de estatísticas pra goleiros, que me parecem ter algum tipo de inconsistência na minha própria análise ainda. Em algum momento eu vou conseguir encaixar algum encadeamento pra entender melhor. Mas já percebi que quanto melhores as estatísticas, os atributos já não importam tanto, só preciso encaixar algumas coisas mesmo. Nesse save em questão o meu goleiro reserva é um wonderkid com atributos absurdos e é reserva do Rajkovic, que é um goleiro consistente sem atributos muito fora do comum, mas em campo ele entrega muito mais do que o guri, que pelos atributos é inúmeras vezes superior. 

Vi seu post sobre a skin, no tópico da sua história e baixei a versão 4.1 pra testar.

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  • 1 mês depois...
Em 12/07/2023 em 18:39, Herr Jones disse:

Existem diversas formas de fazer isso, e existem skins que permitem você entender melhor os dados do seu adversário. E isso depende ainda mais da sua estrutura de analistas, redes de olheiros etc. A questão é que a forma de se interpretar os dados brutos também varia bastante e depende, principalmente, de como seu elenco é. Porque por vezes é impossível você "anular" um adversário que é muito mais forte que você, mas é muito fácil você dominar um jogo em que você tem um elenco pouco melhor do que outro time. Mas dito isso, vou trazer alguns exemplos - e tentar dividir por "etapas" de desenvolvimento do seu time. Isso vai ficar enorme, mas ok. Espero que ajude e, qualquer dúvida, pode colocar aqui no tópico porque certamente eu ou algum colega pode responder tranquilamente.

Dicas gerais:
Tente investir no setor de observação e análise de dados. É muito importante ter diversos olheiros, seja para captar novos jogadores, novas promessas, mas também para que eles formulem relatórios de seus oponentes; da mesma forma é também importante ter vários analistas: os de desempenho são avaliadores de como seus próprios jogadores estão performando - se estão bem, se estão mal, quais os repertórios mais comuns deles no seu esquema tático e coisas do gênero; os analistas de dados são avaliadores de jogadores externos ao seu clube, e também podem fornecer dados importantes sobre outras equipes, como elas atuam, as preferências de jogo e coisas assim.

Antes de jogos muito importantes pode ser interessante você pedir para algum olheiro (de preferência o que tenha melhores atributos) te enviar um relatório da equipe. Costuma demorar 1~3 dias para o envio, mas aí você tem um detalhamento um pouco melhor das informações e pode tomar decisões um pouco mais consciente para ter uma certeza melhor de quais são, de fato, os melhores jogadores do adversário e poder planejar de acordo com isso.

É fundamental prestar atenção durante o jogo! Isso porque os seus adversários modificam seu estilo de jogo de acordo com o resultado (e a narração, que fica explicando o que acontece no jogo) pode fornecer pistas de quais as mudanças feitas pelo seu oponente. E aí você tem que ver se essas modificações recolocaram/melhoraram a influência deles no jogo. Às vezes mudanças pro desespero de um resultado não surtem muito efeito, às vezes elas impactam demais. Quando for realizar modificações durante o jogo, evite mudar muito de uma só vez porque seu time pode demorar um pouco para absorver e, com isso, criar alguns problemas em que uns jogadores internalizaram o que você mudou e outros não que, por sua vez, cria uma disparidade na atuação do seu time - e seu adversário pode explorar isso. Só faça mudanças mais bruscas mesmo no momento de desespero porque, bem, é uma situação específica e que você depende do resultado (isso vale especialmente para mata-matas). Também é muito importante você avaliar a linguagem corporal e notas dos seus jogadores, um excelente jogador acomodado pode abrir espaço e cometer erros que alguém, piorzinho, que está motivado não cometeria.

Algumas premissas:
Vou trazer o exemplo e contextualizar um save que estou treinando o Cannes em 2030. Meu time conseguiu se estabilizar na Ligue 1, meu elenco está entre os seis melhores do campeonato mas ainda assim abaixo de Paris Saint-Germain e Monaco. Está parelho com outras forças do país, como Rennes, Nice e Olympique Marseille. O campeonato está até disputado, com Rennes e Monaco já tendo conseguido ser campeões, Nice já foi vice. A melhor posição que tive no campeonato, até aqui, foi a 4ª por duas temporadas consecutivas, o que me coloca pela segunda temporada seguida numa Champions num time que está apenas em sua quarta temporada na Ligue 1.

0vk8Rau.png
Em azul estão os elementos principais que uso para avaliar a criatividade do jogador
Em vermelho estão os elementos principais que uso para verificar a capacidade de definição de um jogador
Em amarelo estão elementos que podem fazer você errar em uma avaliação, por serem estatísticas abaixo do necessário, mas que são jogadores de boa influência nestes setores

  Mostrar conteúdo oculto

As imagens que estiverem pequenas você pode clicar que acabam ampliando. Caso queira, pode ampliar, depois abri-la em uma nova janela e aumentar o zoom para ver um pouco melhor os números.

Inclusive, como ponto fora do tópico, recomendo usar essas estatísticas também caso queira pesquisar algum jogador, usando como comparação os jogadores do seu próprio time. Só ter um pouco de atenção com o nível de futebol que ele joga. Assim você pode encontrar um bom substituto sem muita valorização no mercado a um preço módico e vender, caso queira, um jogador do seu. É mais ou menos assim que o pessoal dos desafios do moneyball fazem. Ou então ter um bom jogador com um reserva à altura que "entregue as mesmas estatísticas" do seu titular.

Estas estatísticas destacadas vão ser melhor compreendidas mais adiante quando eu for esmiuçar um pouco mais de como eu faço minhas análises. O desenho tático é um 4-2-3-1nada muito diferente nem arrojado, baseado em posse de bola e com pouquíssimas instruções gerais (só mesmo as que me trazem o padrão esperado). Meu principal criador de jogadas é o segundo volante (Veretout), enquanto o meia defensivo (Ounahi) é o carregador de piano que joga mais recuado e acaba, mesmo com essa função, fechando uma linha de três na defesa porque eu costumo orientar ele para marcar individualmente um atacante, mas nem sempre. Quando faço isso, mudo a função de um dos laterais para ala (normalmente o da esquerda, para ultrapassar meu ponta invertido e esticar o campo para a linha de fundo). O jogador mais perigoso do meu esquema é meu extremo da direita (Bathly/Kim Sung-Min) porque são jovens, velozes e têm boa capacidade técnica (veja na imagem do plantel que ambos têm OP-KP/90 [passes chaves em jogo aberto por 90 min] mais elevado do time.

O meu meia-atacante é o jogador que acaba sendo a ameaça invisível, porque sempre invade a área, e meu extremo invertido pela esquerda dá o suporte junto com o segundo volante para isso. Assim, eles acabam puxando a marcação e meu atacante pode ter maior liberdade para receber em boas condições para marcar o gol. O diferencial é que meu meia-atacante e meu extremo invertido pela esquerda são intercambiáveis (e eu gosto bastante de mudar durante o jogo). Tanto é que os principais jogadores ali são o Hannibal, Cherki, Gavric e vez ou outra, o Ounahi (ele depende do adversário, porque tem características mais defensivas e às vezes uso ele contra PSG, Monaco e adversários mais fortes da Champions que tenham bons jogadores pela direita).

Assim, entendendo a tática, dá pra compreender mais ou menos o que demarquei ali na imagem do elenco e observar que, de fato, os jogadores que eu marquei como principais o são por um motivo que é claro no meu estilo de jogo. Então vamos ver como isso se encaixa na análise geral de estatísticas de equipes.

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Meu time tem o terceiro melhor ataque e a sexta melhor defesa. Algo excelente para uma equipe que há pouco tempo estava no National 3 (5ª divisão) e está em processo de consolidação. Quando observamos a xG favorável a coisa fica mais interessante, porque meu time tem uma performance de 5 gols a mais do que o esperado: apenas três times estão acima do esperado: PSG, Monaco e o meu. Justamente o 1º, 2º e 3º da liga (na verdade estamos em 4º, com a mesma pontuação do Nice, mas com um jogo a menos). Na sequência os dados de estilo de jogo: meu time tem a segunda maior posse de bola da liga, com uma média de 63% em 28 partidas. Trocamos simplesmente 21.663 passes, quase 3 mil passes a mais do que o PSG, líder de posse de bola e que tem um elenco muito superior ao meu. Isso se explica porque o time deles precisa de muito menos passes para criar as jogadas em virtude da qualidade individual de cada jogador. Da mesma forma, pelo meu time demorar mais para criar as oportunidades, acabamos girando mais a bola em passes mais simples com menos verticalidade e isso aumenta a porcentagem de passes certos e, sobretudo, se reflete na quantidade de chances criadas. O mais importante: tudo isto está dado na tática que mostrei acima! Meu time tem apenas 2 jogadores com tarefa de atacar e 2 com tarefa de defender, o restante todo apoia as jogadas e se dedicam igualmente às fases defensiva e ofensiva; meu time tem mais jogadores até a linha do meio-campo (9, laterais, zagueiros, volantes e meias-laterais) do que além dela (2, o meia atacante e o centroavante). Todos eles só avançam mesmo quando têm a oportunidade de romper as linhas, e isso reflete que quando meu time parte pra cima mesmo tem mais de 50% de chance de fazer gol (relação entre chances criadas e gols marcados), que é uma das maiores da liga. Então meu time, apesar de burocrático, é muito eficiente nas investidas ofensivas.

Analisando as estatísticas de três partidas:
1) Jogo comum na França, contra o Auxerre (semi-final da Coupe de France)
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- Repare que meu time teve 71% da posse de bola, deu 27 chutes e acertou 13 no gol. O placar, infelizmente, foi apenas 2x0 porque o goleiro deles simplesmente fechou o gol (até pênalti pegou) e, não à toa, teve nota 8,4. Isso, no geral, não importa muito. Repare as linhas de passe do meu time e do adversário: as do meu time são mais destacadas e verdes, indo para tudo quanto é canto até chegar nos dois homens de frente, que têm linhas de passe menos destacada, mas ainda assim recebem a bola com certa frequência.
- Nas linhas de passe você vai perceber que o Veretout (camisa 8) está mais recuado do que o Ounahi (camisa 20) e acima eu disse que era para ser o contrário. Mas como era um jogo que eu não estava com medo nenhum do Auxerre, decidi ir sem fazer muitas modificações e deixei ambos soltos. O Veretout (8) vinha mais embaixo para construir as jogadas e (não parece que dá para ver muito bem) ele tem seta indo para absolutamente todos os lugares do campo ao passo que o Ounahi (20) isso é menos frequente, mas também tem.
- A capacidade massiva do meu time ficar com a bola não permite que o adversário sequer tente jogar, já que eles deram apenas 3 chutes e todos foram no primeiro tempo. 

2) Adversário mais forte, contra o PSG fora de casa (Ligue 1)
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- Repare que aqui as coisas já tomaram outra forma, com uma posse de bola mais equilibrada e com o PSG criando oportunidades muito melhores.
- Veja que meu time tomou dois gols em menos de 10 minutos de jogo e tive que ir buscar o resultado. Aí entra a leitura do jogo: eu percebi que o time deles tava conseguindo construir bem pelo setor central do campo (basta ver as linhas de passe dos zagueiros deles que buscavam os meias centralizados). Mexi para reorganizar o esquema, recuando meus dois volantes para ocupar mais o espaço ali atrás e com dois jogadores eu tirei cinco jogadores deles da ação (basta ver as linhas de passe dos cinco jogadores centralizados ali) e a única válvula de escape deles era com o Hakimi pela direita, mas o principal jogador deles era o Mbappé pela esquerda e isso forçava muitos cruzamentos.
- Um detalhe que as estatísticas não mostram é que a maioria das oportunidades deles foram no primeiro tempo e as minhas no segundo, que foi o momento que escolhi para acrescentar mais instruções à minha equipe porque apesar de sermos mais fracos que eles no papel, ainda temos alguma qualidade para tentar competir.
- As minhas modificações não mudaram em nada meu estilo de jogo, basta ver que as linhas de passe do meu time são praticamente idênticas às do jogo anterior. A única diferença é que meu time ocupa espaços mais atrás no campo (depois veja a diferença no posicionamento, que contra o Auxerre tínhamos 4, quase 6 jogadores ocupando o campo deles e aqui, contra o PSG, apenas o meu atacante está depois da linha de meio-campo). Outra coisa que é perceptível é a linha de 4~5 jogadores na intermediária (3 alas e 2 volantes), porque eu recuei o Cherki (camisa 21) para lidar com o Mbappé (camisa 7): dá pra perceber claramente que eles estão ocupando a mesma faixa do campo, e o Cherki (21) tá praticamente junto com meu Zicchinello (6, meu lateral esquerdo). Neste jogo o Mbappé fez o gol dele aos 9 minutos e depois não conseguiu fazer mais nada, porque eu dupliquei a marcação em cima dele. Ao mesmo tempo que eu soltei meu ponta direita (camisa 7) para jogar mais avançado, na linha do meu meia-atacante, Kovacic (10). Detalhe: o esquema tático é exatamente o mesmo, a única modificação que eu fiz foi pedir a marcação individual do Mbappé para o Cherki (21) e mudar a tarefa do meu ponta direita, Bathly (7), para ataque. Resultado: ele deu o passe que encontrou o Kovacic para encontrar o Eketike (96) em infiltração e diminuir o placar. Depois deu a assistência, da mesma forma, pro Kovacic bater da entrada da área, sem marcação, e marcar o gol de empate.
- Eu sofri 2 gols em 10 minutos, mas ao mesmo tempo consegui marcar 2 gols num espaço de 7 minutos.

3) Jogo importante, contra o Arsenal fora de casa (Champions League - quartas de final, jogo de ida)
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- Jogo de mata-mata é sempre importante. Com um time sem muita rodagem, recheado de jovens, fora de casa contra um adversário tradicional (e forte) é muito complicado. Recebi dos meus analistas que eles gostavam da posse de bola, eram uma equipe menos móvel, mais lenta e que tinham no Odergaard o jogador mais influente na criação das jogadas. E avaliando pessoalmente cheguei à mesma conclusão. O que eu fiz foi abaixar um pouco minhas linhas, tanto de defesa quanto de pressão, aumentar bastante o ritmo de jogo, focando os ataques pela direita e tentar pegar eles no contrapé com um contra-ataque rápido, sobretudo me valendo da velocidade do Bathly (7, meu ponta direita). Também mudei a função do meu centroavante, de Poacher (acho que é PL Fixo) pra Deep Lying Foward (acho que é Atacante Recuado), com a tarefa de atacar.
- O jogo começou e a análise que recebi era certeira e estávamos tendo uma boa influência atacando pela direita (veja que o Bathly, camisa 7, está mais avançado do que o Eketike, meu centroavante, camisa 96, e mais ou menos na mesma linha do meu meia-atacante, Cherki (21). O primeiro gol saiu porque eles foram marcar meu centroavante, que estava recuado, e o Cherki (MAC) fez a ultrapassagem. Toda a marcação que estava no meu atacante correu pra cima do sérvio, que chegou e rolou pra trás e o Eketike estava sozinho, só bateu colocado e marcou. O segundo gol foi a mesma coisa, mas ao contrário. A marcação correu pro Cherki (21) e liberou o Eketike (96). Ele recebeu, a marcação correu pra cima dele, e ele deu o passe em profundidade pro Gavric (11), que passava fechando da esquerda para o meio, entrar sozinho e bater o goleiro.
- Eles fizeram durante o jogo algumas modificações e percebi eles mais ofensivos, mais no meu campo. Eu recuei minhas linhas e segurei alguns jogadores, mas deixei outros mais livres para sobrecarregar a defesa dele que tava praticamente só os zagueiros atrás. Achei que tinha errado na decisão quando tomei o gol aos 88 minutos (e tinha colocado a gurizada pra jogar e se desenvolver, risos). Mas pouco depois, num contra-ataque, um escanteio. O Medhi Segura, que é um zagueiro jovem do meu time, acabou conseguindo marcar depois da cobrança do Gavric, aos 92 minutos. Aos 95 conseguimos fazer exatamente a mesma jogada do primeiro gol, com o Bacar (uma promessa do meu ataque e que tinha entrado no lugar do Eketike, ocupando a mesma faixa dele que estava com a camisa 96) segurou a bola, atraiu a marcação e deu um passe em profundidade para o Herrmann (um meia-atacante promissor que entrou no lugar do Cherki, ocupando a mesma faixa do camisa 21) que invadiu a área sozinho e bateu o martelo na goleada.

4) Alguns fatos relevantes:
- Perceba que mostrei três partidas. Nas três meu time teve comportamentos diferentes com base no que eu queria que fizesse. A forma mais clara de se observar isso é com os posicionamentos médios dos jogadores;
- Nas duas partidas contra times que eu estou progredindo até chegar no mesmo nível, apesar de estar um pouco só abaixo, que são PSG e Arsenal eu baseei meu time nas minhas forças (basta ver que o Bathly, meu ponta direita camisa 7) era sempre um jogador que estava mais envolvido no ataque e o meu meia esquerda, mantendo a função de ponta invertido com a tarefa de apoio, ocupou três faixas diferentes do campo com base no que eu quis que ele fizesse (ora lá na frente, como todo o time, ora mais recuado, quase junto do lateral, pra marcar a maior ameaça do adversário, ora mais equilibrado quase em cima da linha central para ser opção;
- Em quase todos os jogos eu estive atento para tentar contrapor o que a IA queria fazer no jogo e consegui, de certa forma, um bom aproveitamento;
O mais importante: não é porque você fez uma boa análise que seu plano vai dar certo, porque cada jogo é um jogo. O jogo contra o PSG eu fui achando que tinha me ajustado pra cobrir das melhores qualidades deles e tomei dois gols nos primeiros dez minutos. Tive que reagir ao que a partida pedia e como eles pareciam jogar para conseguir me recompor no jogo;
- Não é necessário fazer um estudo detalhado do seu adversário a cada partida que você vai disputar, dá pra fazer umas análises mais superficiais pra entender alguns elementos importantes de como o time se comporta em campo, quais os principais jogadores e coisas do gênero; particularmente eu só faço análises mais detalhadas quando vou para jogos importantes (contra equipes mais fortes que a minha e que os pontos sejam importantes de serem conquistados ou em mata-mata).

Agora, que já falei mais extensivamente sobre algumas características analíticas na tentativa de familiarizar uma leitura mais crua do que são esses dados (e isso que eu disse é até superficial, porque tem jeito de ir muito além disso com o Data Hub, mas essa parte é muito ruim de se analisar em competições continentais porque os dados de lá só são referentes à liga nacional que seu time disputa - por isso é bom destacar um analista de dados/olheiro para analisar alguns jogos dos adversários importantes em outras competições para você ter uma base melhor de como trabalhar. E aqui vou desde a parte mais genérica, nos times pequenos cujos dados, por si, são limitados aos times mais fortes que têm uma composição de dados muito maiores e, também, você tem um time mais qualificado para lidar com isso.

Times pequenos e fracos de divisões bem inferiores:
Aqui não tem uma fórmula de bolo. Basicamente você monta um time que preze pela parte física dos jogadores e tenta ter um ou outro jogador mais técnico no plantel para saber lidar com a bola e distribuir/finalizar as jogadas com maior índice de possibilidade de acerto. Como não se deve ter muitos analistas e olheiros, e estes que tiver deveriam estar em missão para avaliar novos jogadores, é difícil ter um relato mais preciso de seus adversários, até porque nessas etapas é complicado se estabelecer um padrão de jogo bem homogêneo, pelo simples fato disso derivar mais da capacidade técnica e mental dos jogadores (fatores que, neste nível de futebol, não podemos levar muito em conta).

Então, para este nível, eu não costumo analisar muito meus adversários. O máximo que eu vejo é as estatísticas de jogadores criativos e dos atacantes mais perigosos para tentar limitar eles durante a partida, e isso não é muito difícil de fazer. As estatísticas gerais que uso para avaliar estes dois elementos são passes-chaves em jogo aberto (acho que é isso em português) e assistências para determinar os jogadores mais influentes na criação do adversário; xG/chute em 90 minutos,  %chutes no gol e gols marcados para saber quem são as ameaças de gol. Visto isso existem possibilidades: 1) marcar individualmente, 2) mandar pressionar, 3) mandar realizar desarmes mais duros, que acaba juntando um pouco dos dois anteriores. Cada uma dessas alternativas tem seus pros e contras, especialmente neste nível, já que marcar individualmente você pode abrir algum buraco no seu time e outros jogadores ganharem influência, pressionar o jogador ele pode se desvencilhar da marcação com alguma facilidade e ele mesmo ser influente e desarmes mais duros pode criar chances de bolas paradas que, neste nível, podem ser as principais ameaças de qualquer time.

contra adversários mais fortes não tem receita de bolo, mas o mais indicado é jogar em contra-ataque e para as bolas paradas (então é importante você ter algumas rotinas criadas para tentar se aproveitar disso ao máximo). Tem gente que não gosta de baixar as linhas, porque convida muita pressão do adversário; eu até gosto porque posso povoar todo meu setor defensivo e tentar obrigar o adversário a ter uma posse de bola ineficiente, que não ameaça muito, e sair puxando contra-ataques rápidos.

Times médios em divisões inferiores e/ou principais:
As coisas começam a ficar interessantes aqui, já que você tem um elenco que conseguiu alcançar um futebol mais competitivo e é possível que tenha investido em alguns analistas de dados e de desempenho, permitindo receber relatórios sobre seus adversários. Eu mantenho minha análise das mesmas estatísticas anterior e gosto de ver a influência que os jogadores que destaquei têm no jogo. Aí eu vejo rapidamente uma partida e clico nos jogadores que penso ser os mais influentes para ver como eles se comportam em campo. Com isso, eu posso determinar melhor o que fazer. As três possibilidades anteriores ainda se aplicam, mas posso, também, alterar a função ou tarefa de algum jogador específico, posso mudar o posicionamento de algum jogador no meu esquema e posso até mudar virtualmente o posicionamento de algum jogador na minha tática (isso se faz deixando ele na mesma posição que fica lá na tática e mandar ele marcar individualmente algum jogador que opere em uma faixa do campo específica que desloque o seu jogador para onde você quer que ele priorize a ocupação de espaços: um exemplo é usar um MAC, ou até um PL, para marcar um MC do adversário, que torna seu meia-ofensivo em um meia central, deixando ele um pouco mais recuado na fase defensiva e retornando ao posto original na fase ofensiva - isso era particularmente muito roubado nos FM21 e 22).

contra adversários mais fortes, neste caso, você já tem um time um pouco melhor e que pode exercer influências um pouco mais arrojadas. Então dá para avaliar as principais zonas de influência deles e por onde eles preferem atacar para, assim, buscar ocupar os espaços e atrapalhar um pouco essa construção de jogadas que eles têm maior familiaridade. Mas é importante entender que não é porque você tá fazendo isso que o outro lado/setor deles seja inoperante. Assim, continua sendo necessário tentar manter um equilíbrio mínimo. Outra coisa que dá pra fazer aqui é explorar alguma eventual fraqueza do seu oponente, já que vez ou outra eles podem colocar algum jovem para ganhar rodagem ou até mesmo improvisar algum jogador em uma função não muito familiar contra seu time e se você souber neutralizar ele já é meio caminho andado para tentar equilibrar a balança para seu lado, posto que um jogador neutralizado é um jogador a menos - e ai você pode explorar isso (isso acontece porque jogadores improvisados sofrem uma penalidade no atributo de decisões). Um exemplo foi uma vez que estava jogando com o St. Pauli na Bundesliga e o Bayer Leverkusen decidiu improvisar o Heinrichs, meia-ala/lateral, na defesa. Eu desloquei meu único atacante para jogar em cima do Henrichs e ele, que é bom jogador mas tava fazendo uma função que não era a dele, foi o pior em campo com meu atacante deitando em cima dele. Uma única mudança simples mudou todo o rumo do jogo.

Times grandes:
Aqui é bem fácil porque basicamente você já deve ter um plantel bem consagrado e capaz de impor seu estilo de jogo contra quase qualquer adversário que enfrentar. O que faço neste nível é analisar os confrontos contra oponentes da mesma força que a minha - e aí não tento necessariamente neutralizar as boas influências deles, mas explorar as fraquezas. Mas tudo que eu disse antes também pode ser aplicado, caso sinta necessidade. Então analisar jogadores que estão como titulares mas têm baixos rendimentos nos últimos jogos é uma estratégia interessante porque usualmente esse jogador está com o moral mais baixo e pode ter uma tendência maior a erros. E como seu time é tão forte quanto o adversário, explorar os erros é a melhor estratégia para vencer.

Cara, sensacional sua aula. Qual skin você recomenda para esse tipo de análise? Estou procurando uma skin que tenha o máximo de informações possíveis 

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1 hora atrás, Mmelo33 disse:

Cara, sensacional sua aula. Qual skin você recomenda para esse tipo de análise? Estou procurando uma skin que tenha o máximo de informações possíveis 

Obrigado! Eu fico entre a Statman e a Mustermann, porque eu não gosto de jogar vendo os atributos dos jogadores e elas fazem um bom papel com isso. (no caso dos prints dessa resposta eu estava testando uma versão diferente da Mustermann que achei bem polida e bonita). A Statman é mais focada nas estatísticas enquanto a Mustermann eu gosto de vários outros painéis que não têm muito a ver com essa parte em si, então eu mesmo fucei ajeitei a Mustermann com vários painéis de outras skins que me agradavam para fazer uma do meu gosto.

Mas no geral a skin, em si, não importa muito porque o que se usa mesmo são as estatísticas e elas são adicionáveis em qualquer tipo de skin tanto para a tela do plantel. E aí eu uso várias diferentes: uma vista específica para o meu time, uma vista específica para times comandados pela máquina e outra específica para ver as seleções. Cada uma delas, pra mim, tem uma funcionalidade diferente.

Em 12/07/2023 em 18:39, Herr Jones disse:

0vk8Rau.png

Nesse print, por exemplo, só mostrei as estatísticas da visão geral do meu plantel que cabe na resolução de tela que eu uso e serve pra qualquer skin. Qualquer coisa só dar ideia que respondo, pode demorar um pouquinho mas respondo. :)

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Por falar nisso queria saber se existe a tabela com as escalas de penalização por fora de posição.

O máximo que consegui achar foi uma estimativa que o GPT forneceu.

Mas foi algo bem genérico do tipo redução de 10% para cada nível abaixo até chegar em 50% de queda de rendimento.

Daí insisti nas perguntas para saber se essa queda era calculada na nota máxima possível [ou seja, decréscimo de 50% em 10,00, fazendo com que a nota na partida não passe de 5], ou o que seria pior, no máximo que o jogador possa ter de média, digamos média 7 menos os 50% de decréscimo, para aí sim saber o que o jogador em sua pior posição possível teria de média ao jogar sempre naquela posição sem o devido treino.

Lembrando que têm vezes que nem é possível adicionar uma nova posição ao jogador, então achei válido pesquisar sobre essa escala.

Enfim. O GPT ao que tudo indica não sabe a resposta precisa, ou eu que não soube escolher a palavra-chave que teria acesso, mas em perguntas anteriores perguntei se era algo intencional não dizerem a real escala dessa penalização para torná-lo mais realista de se jogar.

Uma outra coisa @Herr Jones, com times menores que ainda não tem estrutura e qualidade de elenco dos tops 3 do país, você costuma usar táticas mais fechadas como essas variações do 4-4-2?

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8 horas atrás, Herr Jones disse:

Obrigado! Eu fico entre a Statman e a Mustermann, porque eu não gosto de jogar vendo os atributos dos jogadores e elas fazem um bom papel com isso. (no caso dos prints dessa resposta eu estava testando uma versão diferente da Mustermann que achei bem polida e bonita). A Statman é mais focada nas estatísticas enquanto a Mustermann eu gosto de vários outros painéis que não têm muito a ver com essa parte em si, então eu mesmo fucei ajeitei a Mustermann com vários painéis de outras skins que me agradavam para fazer uma do meu gosto.

Mas no geral a skin, em si, não importa muito porque o que se usa mesmo são as estatísticas e elas são adicionáveis em qualquer tipo de skin tanto para a tela do plantel. E aí eu uso várias diferentes: uma vista específica para o meu time, uma vista específica para times comandados pela máquina e outra específica para ver as seleções. Cada uma delas, pra mim, tem uma funcionalidade diferente.

Nesse print, por exemplo, só mostrei as estatísticas da visão geral do meu plantel que cabe na resolução de tela que eu uso e serve pra qualquer skin. Qualquer coisa só dar ideia que respondo, pode demorar um pouquinho mas respondo. :)

Ok, obrigado! Vou testar essa skins.

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11 horas atrás, felipevalle disse:

Por falar nisso queria saber se existe a tabela com as escalas de penalização por fora de posição.

O máximo que consegui achar foi uma estimativa que o GPT forneceu.

Mas foi algo bem genérico do tipo redução de 10% para cada nível abaixo até chegar em 50% de queda de rendimento.

Até onde me consta, a penalização que existe é no atributo de decisões e me parece ser algo sutil. É perceptível, mas sutil. Ela fica menos evidente quando o jogador faz a mesma função em posições que não são a dele, por exemplo: um MC que não sabe jogar de MD e atua como construtor de jogo recuado é menos penalizado quando joga na posição de MD fazendo a mesma função. Agora um MD que não sabe jogar de MAC é mais penalizado porque não tem absolutamente nada que se interseccione entre as funções destas duas posições.

E foi com essas percepções meio sutis que eu criei uma estratégia um pouco diferente de treinamentos. Eu uso dois esquemas táticos distintos e eles ficam ativos. A terceira opção tática ficava vazia então eu criei uma tática que permita improvisar os jogadores com menos penalização: por exemplo, se na minhas táticas originais eu uso um 4-2-3-1, os meus três meias ofensivos dessa tática têm a função de trequartista porque ela é comum a essas posições. Os dois meias centrais são um construtor de jogo recuado e um construtor de jogo avançado porque é possível improvisar, caso necessário, como volante e/ou como meia-atacante. Os laterais têm a mesma função e tarefa de ambos os lados, embora eu não costume usar assim na minha tática principal. Dessa forma, quando preciso improvisar alguém, eu tenho que modificar só a função/tarefa de quem entra pra reduzir a penalidade. O jogador ainda erra, sim, em alguns fundamentos até porque essa tática, por ser a terceira, tem menos tempo de treinamento (e é algo que eu incluo nos treinos sempre que possível a parte de tática). Mas isso aqui que eu tô falando é na base do achismo e percepção individual mesmo, não cheguei a testar estatisticamente pra verificar a incidência dessa hipótese.

De qualquer forma eu gosto sempre de treinar o jogador para ter uma maior versatilidade e tentar limitar essa penalização.

11 horas atrás, felipevalle disse:

Uma outra coisa @Herr Jones, com times menores que ainda não tem estrutura e qualidade de elenco dos tops 3 do país, você costuma usar táticas mais fechadas como essas variações do 4-4-2?

Eu uso as táticas de acordo com os jogadores que eu tenho no time. Às vezes coloco uma coisa bem assimétrica porque encaixa com o plantel, às vezes é algo bem tradicional e assim vou levando. O que eu mudo em jogos importantes é os posicionamentos dentro do esquema pra cobrir problemas da minha tática e/ou reforçar a tentativa de neutralizar o potencial de perigo do adversário.

A diferença é que em times de pouca técnica eu uso menos instruções coletivas e individuais e em times bem melhores tecnicamente eu vou aumentando conforme eu queira um padrão de jogo mais específico. O uso de algumas funções e tarefas também muda, porque é difícil um time pequeno ter um bom raumdeuter, defesa com bola,  ala completo, falso 9, regista, mezalla, organizador móvel e por aí vai. Basicamente as funções que são mais livres em posicionamento (free role) eu não costumo usar em times pequenos porque o cara não tem a capacidade mental de saber o que tá fazendo (da mesma forma que os adversários, tão ruins quanto, também podem não saber marcar esse jogador). Mas como eu prefiro a consistência em detrimento da sorte, acabo preferindo funções mais delimitadas e deixo o time mais fluido mexendo mesmo nas tarefas dos jogadores.

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  • Diretor Geral

@Herr Jones, primeiramente parabéns e obrigado por compartilhar suas experiências e conhecimento tópico afora, ainda não li tudo mas quero ler. É desse tipo de interação e troca que o fórum se alimenta e se fortalece, valeu demais!

Agora queria te pedir algo:

20 horas atrás, Herr Jones disse:

[...]

Mas no geral a skin, em si, não importa muito porque o que se usa mesmo são as estatísticas e elas são adicionáveis em qualquer tipo de skin tanto para a tela do plantel. E aí eu uso várias diferentes: uma vista específica para o meu time, uma vista específica para times comandados pela máquina e outra específica para ver as seleções. Cada uma delas, pra mim, tem uma funcionalidade diferente.

[...]

Teria como tu disponibilizar pra gente essas vistas? Fiquei bastante curioso.

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Em 13/09/2023 em 13:58, Leho. disse:

@Herr Jones, primeiramente parabéns e obrigado por compartilhar suas experiências e conhecimento tópico afora, ainda não li tudo mas quero ler. É desse tipo de interação e troca que o fórum se alimenta e se fortalece, valeu demais!

Obrigado! Eu gosto bastante de jogar desse jeito, ainda mais depois de várias frustrações contratando uns caras que pareciam ser absurdamente bons pelos atributos e não renderem absolutamente nada no meu time. Assim eu tenho conseguido montar uns times interessantes e gastando muito menos e, principalmente, entender melhor os prós e contras das minhas táticas; ver se um jogador está rendendo abaixo do esperado (porque acontece de ter jogador com média boa, mas que não cumpre direito o que eu queria que fizesse - e aí depender de um lampejo ou outro é complicado)

Em 13/09/2023 em 13:58, Leho. disse:

Teria como tu disponibilizar pra gente essas vistas?

https://www.mediafire.com/file/99u8nlflnvfscgb/Estat%C3%ADsticas_Plantel.fmf/file

Essa é a vista que eu uso pro plantel. As vistas de lista preferencial e da observação eu uso as feitas pelo FMStag

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@Herr Jones e quando quer um jovem de menos de 21 anos, acompanha os dados em vermelho desse jogador mesmo assim? Inclusive, os em amarelo não aparecem na imagem.

Aproveitando o gancho, 21 anos é uma idade limítofre para ser considerado jovem de adulto?

Não entendo qual o critério que usam para definir a idade de um jogador.

E por fim, você que definiu quais os critérios mais adequados para contratar em detrimento dos atributos ou se baseou numa lista para cada posição? Caso tenha pode compartilhar conosco?

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9 horas atrás, felipevalle disse:

e quando quer um jovem de menos de 21 anos, acompanha os dados em vermelho desse jogador mesmo assim? Inclusive, os em amarelo não aparecem na imagem.

Acabou que saímos um pouco da temática do tópico porque inevitavelmente pra aprofundar um pouco mais sobre o que eu havia exposto ali na primeira resposta tive que mobilizar outras coisas que estão intimamente conectadas à análise dos jogadores de forma geral. E aí a observação é um ponto fundamental para isso, porque é através dela que você pode receber um diagnóstico dos adversários e dos próprios jogadores. No que diz respeito à parte de observação de jovens eu sou um pouco mais leniente com os dados crus porque estão em fase de desenvolvimento e é normal que por este motivo tenham índices de rendimento um pouco menores e menos consistentes também. Mas eu mantenho uma média um pouco menor na análise, sim.

Quanto ao amarelo, ele aparece, sim, só que é apenas de um jogador: é do Zeljko Gavric que tinha um índice de passes corretos de 79%, que é uma média baixa para um jogador de time principal, mas que me entrega outras estatísticas relacionadas ao passe que são bem altas (>1,7 passes para gol em jogo aberto, 0.45 assistências por 90 minutos e lidera a estatística de assistências do meu time, com 11 passes para gol). Nesse caso, ele é o jogador com menor índice de passes certos do meu time e é o que tem maiores médias na contribuição para gols. Tem algumas explicações para isso, sobretudo porque ele é um jogador que, na minha tática, acaba ficando mais isolado e com maior possibilidade dos adversários marcarem as linhas de passe (e isso explica o alto índice de movimentações frontais, de dribles/90min, de km percorrido em campo etc.), então ele carrega, tenta romper as linhas de marcação adversária com o drible e, a partir daí, encontra o passe certo. Quando ele não faz isso costuma errar o passe, porque é fácil marcar isso. E ele faz relativamente poucas corridas ofensivas porque, como dá pra ver na tática, ele é um ME (extremo invertido>apoiar) porque quero que ele também dê consistência na marcação. Se eu colocar ele em atacar, e eu já fiz, todas as estatísticas de contribuição para gols dele melhoram significativamente; em contrapartida, as estatísticas defensivas caem drasticamente e meu lado esquerdo fica muito exposto. Então foi um cálculo que tive que ir acertando até encontrar o ponto mais adequado para ele conseguir contribuir do jeito que eu queria que contribuísse.

10 horas atrás, felipevalle disse:

Aproveitando o gancho, 21 anos é uma idade limítofre para ser considerado jovem de adulto?

Depende. Cada jogador se desenvolve de uma forma diferente no jogo, como na própria vida real. Alguns explodem e chegam ao auge ainda jovens, com 19~21 anos; outros demoram mais, entre 23~25. Nas minhas redes de observação eu coloco o limite nos 23 anos e confio um pouco nos olheiros, porque se ainda tiver uma boa margem de desenvolvimento e, caso não seja muito caro, até arrisco na contratação. Ainda mais depois que implementaram aquele "efeito Vardy" que qualquer jogador pode se desenvolver para além do próprio potencial. Não cheguei a pegar nenhum caso desses, mas já vi acontecendo em alguns saves que fiz.

 

10 horas atrás, felipevalle disse:

E por fim, você que definiu quais os critérios mais adequados para contratar em detrimento dos atributos ou se baseou numa lista para cada posição? Caso tenha pode compartilhar conosco?

Eu praticamente não uso os atributos. Contrato baseado nas estatísticas deles, que são aquelas que mostrei nos prints. Espero que cada jogador entregue um número X de tal coisa e é isso. Tomando como exemplo o Gavric que eu falei ali em cima. Caso eu fosse vendê-lo, eu gostaria de um jogador que entregasse uma média de pelo menos 1,5 passe pra gol em jogo aberto. Reduziria um pouco os índices de assistência por 90 minutos, porque considero muito alta a que ele tá entregando (praticamente 1 a cada dois jogos). Poderia acrescentar, talvez, o índice de dribles completos, corridas progressivas e outras coisas que eu percebi, com base naquelas estatísticas dele, que são coisas que ele faz. Teria, inevitavelmente, que avaliar a liga onde joga para entregar as estatísticas da análise e tudo mais. Dá um trabalhinho legal, mas acaba automatizando, ainda mais que na primeira observação eu escolho de jogadores que atuem nas 5 melhores ligas, depois vou abrindo mais o escopo pra outras ligas e assim acho jogadores interessantes em outras competições. Um exemplo disso é no save que compartilho aqui na área que subi recentemente o Hauts Lyonnais pra Ligue 1 e montei um time com vários jogadores africanos que nunca pisaram na Europa (tem egípcio, marroquino, zambiano, etc) e eles têm sido fundamentais na campanha que estamos fazendo. Encontrei eles com olheiros passeando pela África, pedi análise e ao final da temporada separei vários numa lista preferencial e fiz o garimpo por estatísticas que esperava por cada posição com base no que meus jogadores fizeram na Ligue 2. 

Isso acaba indo muito de percepção individual mesmo porque apesar de existir estatísticas fundamentais para cada posição, também existem outras conexas que acabam sendo tão importantes quanto para jogadores em posições específicas do seu esquema tático. O FMStag tem algumas ideias de como prosseguir nesse sentido mais global, que inclusive tem a ver bastante com as próprias visualizações que ele disponibiliza naquele link que compartilhei na resposta anterior

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    • Carlos Magno22
      Por Carlos Magno22
      Apresentação geral  -I- >>> Pular para o índice
       
      Olá amigos!
      Vamos chegando para mais uma aventura nesse belo espaço chamado FMANAGER!
      Sou o Carlos Magno, e antigamente eu tinha uma outra conta que me deu problemas chamada "Tricolor de coração", o qual estranhamente não consegui mais acessar, mas tudo bem. Nessa conta anterior recordei essa semana de um save contando uma história baseada no modesto Oldbury FC, clube de um bairro homônimo da cidade de Birmingham na Inglaterra. O save era muito lento à época e aquilo desanimou a continuar (...)
      Recentemente voltei a escrever uma saga baseada no Paysandu, mas como sou uma pessoa com bastante disponibilidade de tempo, viciado em jogar FM quase todo dia, as vezes me angustia esperar a interação do fórum, o qual por outro lado é necessária e saudável. E assim com tempo sobrando construirei nos momentos vagos, (naqueles que da uma "cansada" na história do Paysandu ) uma história por terras britânicas.
       
      Detalhando melhor
      Bem, não tenho expectativas de postagens, pode ser que poste diariamente, semanalmente, mensalmente ou além de 30 dias....não sei vai depender do tempo, da interação....enfim. 
      Para o jogo serão carregadas 20 níveis de divisões inglesas desde o nível amador dos bairros locais até a Premier League e mais 2 divisões galesas haja visto que alguns clubes de Gales atuam no futebol inglês como o Swansea, Cardiff, Whexram entre outros. 

      Com apenas 2 países com 22 ligas carregadas ao todo, o computador já indicou 2,5 estrelas de capacidade e temo que ao avançarmos de temporada a situação torne-se ainda mais lenta. Por isso enquanto não atingirmos o sexto nível da Pirâmide inglesa não irei adicionar outros países na no jogo e irei excluindo as divisões abaixo para ganharmos um pouco tempo e qualidade na história.
      Essa versão do jogo é a do FM 23, possui um editor MAS honestamente falando isso não será usado haja visto que não quero interferência alguma desse tipo na proposta dessa jogatina e o motivo de possuir o Editor é pelo fato de que jogarei em conta compartilhada de um terceiro, que fique bem claro isso.
      Foi procurado o mais baixo nível que costuma ser a 24ª divisão na região de Bristol ou então a de Middle Sussex mais a sudeste da Inglaterra, próximo a Londres. Porém como é normal nas divisões inferiores abaixo do 11º nível da pirâmide se fundir ou deixarem de existir por vezes, pode ser esse o motivo de eu não encontrar mais níveis abaixo do 20º nível.
       
      O personagem escolhido
      Bem geralmente eu escolho eu mesmo para ser o treinador ou algum personagem relacionado ao local, mas dessa vez resolvi homenagear Charles Miller, um brasileiro introdutor do futebol e rugby no Brasil, considerado assim o "pai do futebol no Brasil". Então vou me passar pelo suposto neto chamado Charles Miller Neto. De semelhança a seu avô, Charles Miller Neto também nasceu em São Paulo, mas não pegou grande simpatia pelos clubes da capital paulista. Antes preferiu torcer pelo Southampton, um dos clubes por onde seu avô passou. De seu pai veio a paixão pelo Manchester United, Arsenal e Chelsea. 


      Ele chega a Inglaterra sem experiência alguma no futebol, a não ser pelos seus tempos de jogador amador em São Paulo.
       
      O clube escolhido e o por que da escolha
      Bem no último nível (20ª divisão) quase não temos escolha.

      Existem apenas os clubes mais ao sul do país na região de Devon e Exeter com Bristol sendo possivelmente a cidade de maior destaque, ou os clubes da região sul e central de Norfolk onde destacamos na macrorregião a cidade de Cambridge, mais ao centro-leste do país.
        ou 
                    Devon e Exeter em destaque                                                                       Norfolk, em destaque já no mapa do país
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      Os clubes da região de Devon e Exeter ficavam muito mais próximos a Southampton (próximo a Guildforf) também. Excluindo as equipes reservas e sub-21 de equipes de divisões acima, sobravam apenas 2 opções para escolha na região de Devon e Exeter: o Ex Dons e o North Tawton. Na região de Norfollk também haviam umas 3 ou 4 opções a escolher fora as equipes reservas e sub-21, entre elas a mais interessante talvez o Colkirk mas pela proximidade com Southampton e a história a ser criada escolhi a região de Devon e Exeter para essa história. E o clube escolhido foi.....
      NORTH TAWTON FUTEBOL CLUBE


      E confesso, como era de esperar está difícil achar informações sobre o clube.
       
      O estádio
      O clube manda seus jogos no North Tawton Football Ground. Não tenho certeza se há arquibancadas mas pelas fotos que nosso personagem encontrou e pela informação de que as instalações podem acomodar 300 pessoas vamos confiar então.


      Bem, vamos confiar por ora. No fim das contas eles hoje são mais conhecidos pelo Rúgbi do que pelo Futebol.
       
      Objetivo Principal geral do save
      Levar um clube do último nível até o primeiro nível.  
      Objetivos Secundários
      Verificar quanto tempo levarei para chegar ao nível semiprofissional (primeira parte). (Atualizado: atingido em 10 temporadas). Ter a melhor saúde financeiro que conseguir. Ter a melhor infraestrutura que conseguir. Verificar quanto tempo levará para chegar até a Premier. Chegar na Premier League o quanto antes for possível. Verificar quais serão os maiores desafios. Verificar quantos clubes será necessário negar propostas quando vierem.  
      Objetivo Terciário
      Superar Alex Ferguson a frente de um clube com seus 27 anos de clube.  
      Expectativa de tempo
      Provavelmente levará no mínimo 20 temporada mas estimo umas 30 temporadas ou mais, portanto será um save longo, muuuuuuito longo com certeza. Por isso eu dividirei em partes para não ficar tão cansativo e nesse momento abordaremos a fase amadora desse clube, sendo que assim que atingirmos o semiprofissionalismo essa saga será interrompida e reaberta em um novo projeto, ou talvez continuamos aqui mesmo. A ver como as coisas vão andar.
      Por ora é isso pessoal. Ainda preciso pensar num banner para esse projeto e agradeço quaisquer contribuições de informações adicionais.
       
      Edit: Agradecimento especial ao @GG.pelo arte do banner!
       
       
      >>> Pular para o índice -I- <<< Voltar para a Apresentação -i- >>> Pular para o Capítulo 1
    • Carlos Magno22
      Por Carlos Magno22
      <<<Ir para o Índice  -I-  Ir para o Capítulo 01 >>> 
       
      Apresentação do save!
      Olá a todos! Embora o FM24 já esteja ai para todos, vou continuar a explorar o FM23, agora numa nova proposta. 
      Enfatizo que a saga "A jornada de Hernan Kingston" continuará a ser postada, mas poderá ser que por vezes eu dedique mais tempo aquela em detrimento desta ou vice-versa, fato que uma coisa não afetará tanto a outra. 
      Continuando a apresentação vamos para o foco dessa história agora que voltarei a fazer save nas ligas brasileiras, que terá o Paysandu como foco desse projeto.

      Primeiramente essa história também será um save para testar algumas curiosidades, pois como todos sabem a região Norte parece ser a região que menos costuma ter clubes na elite e já faz um bom tempo que o Paysandu saiu de lá. Fato é que hoje todas equipes encontram-se da Série C para baixo (Paysandu subiu para a Série B na vida real mas aqui nesse save ele está ainda na Série C). E ainda que com exceção dos estados do Pará e do Amazonas, os demais cinco estados (Acre, Tocantins, Rondônia, Roraima e Amapá) nunca tiveram um representante sequer na elite nacional do Brasil.
       
      Funcionamento, regras e objetivos
      Bem pelo fato de eu jogar o FM numa conta compartilhada, ocorreu que o dono da conta tem um editor instalado e isso me possibilita fazer algumas alterações interessantes, mas nada a ponto de ser "roubado" até por que isso tiraria toda a graça da jogatina. E qualquer alteração ocorrida será postada aqui (se e quando houver) e será ainda melhor se for debatida e interagida.
      Mas vamos direto ao ponto: eu irei começar a saga no clube paraense denominado Paysandu Sport Clube por ser considerado o maior clube da região Norte do Brasil segundo me informou o site Google. E a saga funcionará levemente inspirada no grupo City do Manchester City, adaptado para a região Norte brasileira.
       

      Sendo mais específico:
      O Paysandú será o clube mãe O Paysandú possuíra 6 clubes satélites com vínculo permanente, um para cada estado dessa região. O critério para a escolha foi a sua popularidade, tamanho ou recente estado de crescimento na mídia. Os clubes poderão se emprestar qualquer jogador entre si, até mesmo jogadores juniores. Compartilharão conhecimentos de jogadores e de marketing entre si, além de amistosos O Paysandu não interferirá diretamente em questão de Direção dos satélites (não ativei a opção "mesma direção" por medo de se tornar algo automático e fugir do controle da proposta, embora seja tudo um grupo) Os clubes satélites num primeiro momento não receberão renda pelos amistosos (fato se deve por no momento o Paysandú estar em más condições financeiras enquanto alguns clubes como o Nacional- AM estar em situação oposta, aparentemente) mas poderão receber assim que o Paysandu melhorar financeiramente Os clubes só encerrarão contratos com atletas e staffs se não tiverem jogos oficiais nacionais após os estaduais (caso do Santos Amapá por exemplo que joga apenas uns 4 ou 5 meses no máximo de jogos oficiais na 1ª temporada). A princípio não pretendemos adicionar melhores técnicos lá, nem interferir administrativa Quanto ao futuro, não sabemos o que poderá ocorrer  
      Usarei todos os patches oficiais do Brasil Mundiup atualizados até dia 07 de novembro de 2023, portanto ontem, como entre eles o Mod da Libertadores com mexicanos e norte americanos, a copa mundial de clubes como ocorrerá na vida real, e ainda o E-crowd para dar maior realismo sonoro.
      Ainda faremos uma análise anual, cinquenal ou a qualquer tempo se acharmos necessário nos clubes satélites e no clube mãe para ver sua evolução e involução.
      Objetivos
      O que pretendemos verificar com isso?
      Até onde esses clubes satélites conseguem evoluir Se o Paysandu conseguirá ser/manter-se maior que eles Se eles conseguirão chegar/manter-se na elite Manter o Paysandu como maior do norte Manter o Paysandu na elite sendo mais forte que atualmente  
      A princípio é isso!
       
      <<<Ir para o Índice  -I-  Ir para o Capítulo 01 >>> 
    • #Vini
      Por #Vini
      O Tempero do Futuro - Artmedia Petrzalka
      Capítulo 1 - Considerações Iniciais
       
      Apresentação do Save
      Olá, pessoal, tudo bem?
      Depois de quase três meses do término de "Sob o Cruzeiro do Sul", fui por diversos caminhos até encontrar meu novo save. A dificuldade na escolha se deu pela proximidade do FM 24 e também do desafio que eu gostaria de encarar e se ele seria factível no dia-a-dia. 
      Pois bem, depois de muito decidir, resolvi que faria o Youth Challenge, no qual só me utilizarei da base e não farei contratações para o time principal e de base. Decidido o desafio, veio a escolha do país. Sempre tive um interesse pela região da Europa Central, muito por conta da leitura do "Noites Europeias" que detalha um pouco mais sobre o Futebol do Danúbio, que teve como seus maiores expoentes, a Áustria dos anos 30 e a Hungria dos anos 50. Só que não queria fazer o caminho óbvio e decidi ir para um país que teve dias melhores no futebol enquanto unido a outro, mas que caminhando de forma independente tem resultados bastante tímidos, que é a Eslováquia. 
      Como Tchecoslováquia, o currículo é impressionante pelo tamanho do antigo país, com quatro finais de Copa do Mundo e Euro, tendo o título continental de 1976 como o seu maior feito. Além do mais, gosto da história do antigo estado, parte da Cortina de Ferro, seu apreço pelo esporte nacional da defenestração (ato de jogar alguém pela janela) e suas efemérides recentes, que termianam em anos final 8 ou 3, o que acaba tornando o início do save em 2023 repleto de datas comemorativas. 
      Por fim, chegamos ao clube. Quando comecei a acompanhar a Champions League, me chamou a atenção a participação de um time eslovaco, a época chamado Artmedia Bratislava, que na minha cabeça era um BAITA nome de time e em 04/05 foi o primeiro time do país a participar de uma fase final de UCL. E não fizeram feio, ficando em terceiro e por um gol não foram as oitavas de final daquele ano. Hoje o time se chama Artmedia Petrzalka e vive tempos menos auspiciosos, militando na segunda divisão nacional. O nome do save vem do fato que, segundo o Google Tradutor, Petrzalka em eslovaco significa Salsinha. 
      Por falar em efeméride, em 2023 comemoram-se 125 anos do clube, que conta com infraestruturas modestas e ainda conta com o fato de, por estar sediada na capital do país, ter muita concorrência no recrutamento jovem. 

      Expectativas da Diretoria
      Aqui faço um adendo. Como o YC era algo novo para mim e queria me certificar que teria adesão ao save antes de postar, eu joguei três temporadas inteiras antes de começar a relatar o save. Perde-se um pouco da imersão na história, mas acredito que terei bastante tempo de jogo e essas 3 temporadas poderão ser melhor desenvolvidas caso vocês tenham alguma dúvida. Estou me adaptando ao formato do desafio, então caso sintam falta de informações, por favor, me avisem. 
       
      As Temporadas
      Assim, vamos contar um pouco de como as temporadas se desenvolveram até aqui.
      2022/23
      Na primeira temporada do save, sofremos bastante com a falta de laterais e depois de teimar muito em esquemas com 4 homens na zaga, resolvi abrir mão das minhas convicções e alinhar o time em um 3-1-3-3, especialmente após a primeira fornada entregar alguns atacantes. O time conseguiu se recuperar de uma sequência de apenas 13 pontos em 14 jogos, para 22 pontos em 10 jogos. Essa recuperação foi suficiente para afastar o time do rebaixamento e nos seis últimos jogos o time relaxou demais e conquistou apenas um ponto. Terminamos na 11ª posição, com 36 pontos, a 9 do primeiro time rebaixado. 

      Na Copa, avançamos três fases e caímos para o MSK Rimavska Sobota, time sem divisão jogável. 
      Na primeira fornada, muitos nomes inconstantes mentalmente, mas conseguimos que três que saíram na temporada 2022/23 fossem incorporados ao time titular e hoje são peças fundamentais na equipe. São eles: Mentel, Krasnovskis e Jakubov. Eu utilizei o ano que eles surgiram na fornada. Pesquisei a data em que a leva de novos jogadores sai e é em abril, então para os próximos anos, devo aguardar esta data para fazer o ranking de potencial dos atletas.

      Liga | Copa
      Campeão 1ª Divisão - Slovan Brastilava | Campeão 2ª Divisão - MSK Puchov | Campeão Copa - FK Dunajska Streda 
      2023/24
      No ano seguinte, havia uma expectativa da minha parte de, com mais atletas surgindo e um time mais entrosado, que pudéssemos fazer uma campanha ao menos de parte de top 10. Porém, o time oscilou bastante, especialmente na segunda metade da temporada e terminou com 37 pontos, um ponto a mais que na edição anterior, mas com a 12ª posição. A título de comparação o vice-campeão, que disputa o playoff de promoção com o penúltimo colocado da primeira divisão, fez 59 pontos em 2023/24, contra 53 de 2022/23. 
      Na Copa, mais uma vez avançamos três fases e caímos para o Slovan Bratislava. 
      A fornada de 2023/24 reservou nomes piores do que a anterior e com personalidades bem ruins. Comecei a mexer no staff (que iniciou assim) a partir daí, pois os contratos de boa parte da equipe expiravam em 2023/24. Não consegui nomes que subissem muito o nível, mas tentei pelo menos personalidades melhores. Nenhum deles teve impacto imediato e só na temporada seguinte acabei incorporando mais Vesely, melhor jogador desta fornada e Nemec, que nem parecia tão bom assim, mas um surto de lesões e sua personalidade equilibrada, me levou a testá-lo no time principal. 

      Liga | Copa
      Campeão 1ª Divisão - Slovan Brastilava | Campeão 2ª Divisão - FK Pohronie | Campeão Copa - FC ViOn Zlate Moravce 
      2024/25
      Na temporada que se encerrou agora, o time encaixou. Mesclando nomes das fornadas anteriores com os jogadores que já estavam no clube, o time nunca saiu das primeiras posições e duas sequências invictas, uma em outubro e outra em março, contribuíram para que o time conseguisse uma gordura importante para aguentar as oscilações que aconteceram. No final, as coisas ficaram bem acirradas e por apenas dois pontos garantimos o playoff e o título veio com um ponto de diferença, com direito a derrota na última rodada. Esse acesso levou o clube a iniciar obras para aumentar o estádio em 500 lugares.

      Filip Orsula contribuiu com 24 dos 40 gols que marcamos na liga e isso foi um ponto de atenção, visto que os nomes de frente na fornada ainda não se estabeleceram e quando o artilheiro não marcava, tudo ficava mais díficil, tanto é que a defesa, com 25 gols sofridos, foi quem carregou o Petrzalka. 
      Na Copa, um caminho dos sonhos. Depois de passar pelo Puchov, que bateu e voltou na primeira divisão, derrotamos o Spartak Trnava nos pênaltis após aguentar um bombardeio, que corou o goleiro Krizik com uma nota 10. Na semi, vencemos o ViOn Zlate Moravce, então campeão, com um 3 a 2 muito louco na ida, em que saímos perdendo por 2 a 0, nos recuperamos para empatar e no final o goleiro entregou a virada de bandeja em nossas mãos. Ratificamos a ida a final com mais uma vitória por 1 a 0 e encaramos o bicho-papão Slovan Bratislava. Aí, não houve nada que pudéssemos fazer e tomamos um 4 a 1 para mostrar como será a nossa vida na primeira divisão. 

      Liga | Copa
      Campeão 1ª Divisão - Slovan Brastilava | Campeão 2ª Divisão - Artmedia Petrzalka | Campeão Copa - Slovan Brastilava 
       
      --
      ÍNDICE
      Capítulo 1 - Considerações Iniciais
      Capítulo 2 - Slovak Super Liga
      Capítulo 3 - Uma virada de seis pontos
      Capítulo 4 - Cada um tem um 6 a 1 que merece
      Capítulo 5 - Sefcik é o nome da fera
      Capítulo 6 - Azar?
      Capítulo 7 - Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.
      Capítulo 8 - Dando adeus às primeiras turmas
      Capítulo 9 - Mais uma repescagem
      Capítulo 10 - Mudar ou mudar de vez
      Capítulo 11 - Um divisor de águas?
    • Marcolation
      Por Marcolation
      APRESENTAÇÃO
      Dizem que todo jogador de FM que se preze tem que ter jogado o clássico de pegar um clube na divisão mais baixa da Inglaterra e levá-lo até as mais altas glórias que o futebol pode trazer. Considerando que eu tenho uma grande preferência por saves de clube sobre os de carreira, e que nunca cheguei a fazer esse caminho começando pela National League North/South, bem, essa é a minha tentativa de fazer isso depois de um bom tempo testando o FM 23 com clubes grandes.
      Minha ideia foi escolher um desafio um pouco maior desde o início, escolhendo um time entre as equipes das duas conferências que estivesse cotado para a parte de baixo e que não tivesse a situação financeira tão boa de cara, e o escolhido foi, como o título do tópico deixa óbvio, o Braintree Town Football Club.
      Por que esse entre tantas opções? Simplesmente porque gostei do apelido, "The Iron", inclusive presente no escudo do clube e que remete às origens do clube, formado pelos trabalhadores de uma fábrica local, a Crittall Window, empresa que fabrica até hoje janelas com esquadria de aço. Outro motivo foi o belo uniforme do clube, que costuma utilizar como cor principal o laranja. Fora isso, foi uma escolha ao acaso seguindo os critérios - é um clube com situação financeira complicada, cotado para a 19ª posição na National League South, e sem histórico de frequentar divisões superiores, além, claro, de ser um clube semi-profissional, o que torna as coisas mais desafiadoras e interessantes.
       

       
      O clube já teve algumas mudanças de nome, fundado como Manor Works em 1898 pela companhia, virou Crittall Athletic em 1921, em alusão à fábrica de janelas que deu origem a sua existência, depois passou a ser Braintree & Crittall Athletic, em 1968, e por fim, em 1981, cortou de vez as relações com a Crittall e mudou para o nome de Braintree F.C., com o "Town" sendo adicionado no ano seguinte. O Braintree Town F.C. manda seus jogos no estádio Cressing Road, que aparece no fundo do banner, com capacidade para 4222 espectadores no FM. 
      Para assumir o clube, criei um treinador ficcional chamado Jack Jackson, com aparência criada aleatoriamente pelo jogo, com experiência no mínimo possível, mas já tendo a primeira licença de treinador, a Nacional C:
       

       

      HISTÓRICO DO CLUBE
      O time teve lá um relativo sucesso nas divisões regionais de Essex, e jogou uma época nas divisões regionais de Londres, mas só recentemente começou realmente sua ascensão na pirâmide do futebol inglês. Em 2001, o clube subiu da Isthmian League Division One (que na época seria a 7ª divisão inglesa) com o 3º lugar, e acabou "caindo" em 2004, quando ficou em 23º, devido à reforma do sistema de ligas, que fez com que não houvesse rebaixamento, mas abaixou a Isthmian League Premier Division no sistema, passando a ser equivalente ao 7º nível de futebol do país.
      Logo no ano seguinte, o Braintree Town ficou na 4ª colocação, alcançando um lugar nos Play-offs de acesso, mas foi derrotado frente ao eventual campeão e promovido Eastleigh, por 2x0. Se pelo playoff não foi possível, mais um ano a frente, em 2006, o clube foi campeão da Isthmian League Premier Division com 94 pontos, garantindo sua participação na Conference South (hoje National League South, uma das duas ligas da 6ª divisão e atual divisão do clube).
      Logo na primeira participação, o The Iron conseguiu alcançar o Playoff com uma improvável 3ª colocação, e ainda avançou à final, vencendo nos pênaltis o Havant & Waterlooville após dois empates por 1x1. Na final, quem esperava era o Salisbury City, outro clube recém promovido, também como campeão da sua divisão, a Southern Football League Premier Division, e que terminou a temporada na 2ª posição da liga com apenas 1 ponto a mais do que o Braintree. Na final, que foi bem disputada e acabou sendo emocionante (quem tiver interesse, leia o relato do jogo em um jornal local de Salisbury), o Salisbury saiu vitorioso com o gol do 1x0 vindo de seu artilheiro perto do fim da partida, disputada no estádio do Stevenage Borough.
      O sonho de alcançar a conferência nacional não havia acabado ali, mas foi seguido por um novo baque, com o Braintree chegando novamente no playoff na temporada seguinte, mas caindo para o futuro campeão por 5x0 no agregado. Nos dois anos seguintes, um 14º lugar e um 7º (este a apenas 1 ponto de alcançar o playoff) antecederam o que seria o maior feito do clube de Essex até hoje: o título de campeão da National League Conference South de 2010/11, conseguido numa campanha com 89 pontos conquistados (7 a mais do que o vice-campeão) e 45 gols de saldo.
      O sonhado acesso à National League finalmente veio, e nos anos seguintes o Braintree até fez boas campanhas, quase alcançando o playoff de acesso à League Two em 2013/14 com um 6º lugar, e finalmente alcançando com uma 3ª colocação na temporada 2015/16. O adversário foi o Grimsby Town, e mesmo vencendo o jogo de ida por 1x0 na casa do adversário, na volta, em Cressing Road diante de 3102 espectadores, o clube acabou sendo derrotado pelo mesmo placar no tempo normal, com gol de pênalti aos 30' do segundo tempo, e ainda teve um jogador expulso no minuto final da etapa regulamentar. Com um jogador a mais, o Grimsby acabou marcando o segundo gol no segundo período da prorrogação e saiu classificado à final, em que garantiu o acesso.
      A derrota acabou sendo o último jogo do técnico Danny Cowley que ficou apenas aquela temporada em Braintree, e enquanto no ano seguinte Danny levantou o troféu da mesma competição dirigindo o Lincoln City, o sucesso parece ter ido embora com a saída do treinador. Terminando na 22ª posição com 48 pontos, o clube foi rebaixado para a agora renomeada National League South, e apesar de ter subido novamente na temporada seguinte, após vencer o playoff (mesmo chegando como 6º colocado e tendo que recorrer aos pênaltis na rodada preliminar e na final), foi novamente rebaixado em 2018/19 após uma fraca campanha que viu o clube ficar na 23ª posição.
      As temporadas 2019/20 e 2020/21 ficaram marcadas pelo encerramento precoce das competições devido à pandemia de COVID-19, e também foi decidido que não haveria rebaixamento da sexta divisão em ambos os anos. Para o Braintree Town, que fez péssima campanha em ambas as campanhas, podemos dizer que foi um bom resultado final, com o clube se mantendo na divisão. Chegamos então na última temporada antes do início do save, com uma campanha na parte de baixo da tabela em 2022 por parte do Braintree, em um ano em que a liga teve apenas 21 clubes participantes e apenas um rebaixado, o clube fez 45 pontos em 40 partidas disputadas e terminou na 17ª colocação.
      Na vida real, o Braintree acabou indo muito bem na temporada 2022/23, com um 7º lugar e vaga na rodada preliminar do playoff de acesso à National League, onde foi derrotado pelo Worthing por 1x0. Resta saber se conseguirei fazer algo parecido ou melhor do que isso nessa temporada de estreia.
       
      O CLUBE NO FM
      Dando a primeira olhada no clube, dá para ver por que somos considerados um time da metade de baixo da tabela: além de ser semi-profissional em uma liga onde temos clubes profissionais e, portanto, com a semana de treinos cheia, também temos estruturas bem ruins, com más condições de treino para o time principal e o sub-18 (esse, aliás, composto apenas por jogadores cinzas), recrutamento básico e estádio em mau estado. Não lembrei do print, mas quando comecei o save também tínhamos apenas dois ou três membros na comissão técnica - um adjunto e um ou dois preparadores, que para um time que treina duas vezes na semana acho que está coerente.
       

       
      Por sermos claramente uma equipe abaixo do nível dos adversários e da liga, temos a expectativa da direção de apenas ser competitivos nas copas - disputaremos a FA Cup e também o FA Trophy - e de apenas conseguir um meio de tabela na Sextona. A princípio, tudo factível para um treinador humano.
       

       

      CONFIGURAÇÕES DO SAVE
      Selecionei como ativas apenas as duas primeiras divisões dos demais países do top-5 europeu, além das divisões principais das ligas de Portugal, Argentina e Brasil, com uma base de dados pequena.
       

       
      Fora isso, segue um print com tudo que ficará a cargo do treinador e que, salvo alguma mudança que eu adiantarei aqui caso aconteça, deve se manter até o fim do save: contratações, vendas e negociações contratuais, além de treino geral e específicos do time principal ficarão todos a cargo do Treinador, ou seja, a meu cargo. As demais funções dentro do clube ficarão a critério da máquina - contratações e contratos da base e de staff. Não é um save estilo Desafio do Diretor Esportivo, mas não quero ter impacto sobre a contratação da equipe técnica, médica e de observação do clube, porque sei que isso gera um tanto de vantagem para o treinador humano, além claro da questão do tempo que isso demanda, que prefiro usar para gerir o elenco.
       

       
      Creio que o desafio já está mais do que compreendido nesse ponto, então em breve venho com a primeira atualização, destacando o elenco inicial, transferências e os primeiros passos da equipe de Jack Jackson.
    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Apresentação
      Normalmente não fujo muito de Europa e América do Sul no FM, seja por razões mais técnicas, como uma maior precisão das competições e jogadores, quanto pessoais, por falta de interesse em algum desafio. Entretanto, já há algum tempo nutro a vontade de fazer um save na África. Até criei um na Nigéria no FM 2022 para tentar fazer um desafio da base, entretanto, não vingou. Contudo, a vontade vem se fortalecendo e resolvi executar a ideia neste FM.
      Como a África é um continente com 56 países federados à sua confederação e eu queria aproveitar o máximo desta experiência, resolvi me inspirar em uma ideia do @#Vini, onde ele criou potes de ligas para desbravar o Mar Mediterrâneo na história Mare Nostrum. Ia citar outra pessoa que me recordo vivamente de ter feito algo similar no Brasil com Estaduais, mas como não achei indícios da existência do save, vou deixar só essa "indireta" mesmo. Também tivemos o interessante desafio do @Fujarraem conquistar os 27 estaduais do Brasil, na história Do Oiapoque ao Chuí - O rei dos estaduais, que também utilizou um mecanismo semelhante para definir destinos para o treinador.
      Os potes
      Os potes foram criados baseados no ranking da CAF disponível no FM e serão 6 potes. O primeiro pote é o único que terá menos do que 10 países, pois era uma maneira de fechar os potes de forma harmônica e designar um pote com um desafio mais adequado. Poderia ter limitado por baixo, mas, preferi premiar o topo, ao invés de facilitar na base.
      O pote 1 foi formado pelos 6 melhores países no ranking da CAF e os restantes foram preenchidos pelos 10 países subsequentes no ranking em cada pote até completarmos os 56 países associados à CAF.
      Pote 1: África do Sul , Argélia , Egito , Marrocos , RD Congo  e Tunísia ; Pote 2: Angola , Costa do Marfim , Guiné , Líbia , Nigéria , Quênia , Sudão , Tanzânia , Zâmbia  e Zimbábue ; Pote 3: Botsuana , Congo , Essuatíni , Etiópia , Gana , Mali , Moçambique , Ruanda , Togo  e Uganda ; Pote 4: Benim , Burquina Faso , Camarões , Chade , Comores , Gabão , Gâmbia , Guiné Equatorial , Mauritânia  e República Centro-Africana ; Pote 5: Burúndi , Lesoto , Libéria , Madagascar , Maláui , Maurício , Namíbia , Níger , Senegal  e Seychelles ; Pote 6: Cabo Verde , Djibuti , Eritréia , Guiné-Bissau , Reunião , São Tomé e Príncipe , Serra Leoa , Somália , Sudão do Sul  e Zanzibar ; Para que o sistema de potes acompanhe qualquer desenvolvimento inesperado que possa ocorrer no save, decidi utilizar potes dinâmicos. A cada 5 anos, irei observar o ranking da CAF e atualizar os potes conforme as novas posições dos países. Entretanto, este dinamismo só valerá para os países em que o treinador humano não está presente, para evitar a diminuição de opções em um pote.
      A construção desse sistema de potes trouxe algumas coisas que não esperava, como Senegal e Guiné-Bissau no final do ranking, Quênia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué tão lá em cima e até mesmo Togo e Mali em posições mais intermediárias. Isso demonstra que analisar o futebol de clubes através da ótica das seleções nem sempre é interessante, já que muitas vezes, os melhores talentos desses países saem cedo para a Europa ou tem dupla cidadania europeia e nunca jogaram nesses países.
      Ligas
      Como são 56 países de um continente que tem apenas uma liga oficial no jogo, tive que optar por ligas alternativas e pensei que precisasse só me escorar no MegaPack do Timo, que tenta fazer recriações mais fidedignas, entretanto, Benim, Somália, Sudão e Togo não estavam presentes e tive que recorrer ao Megapack do Bohemio, que já preza menos por formatos reais e mais pela adição das mesmas ao jogo.
      Entendo que é uma proposta arriscada, principalmente porque tive que carregar as 56 ligas simultaneamente para poder adicionar e remover livremente posteriormente, mas, é um risco que estou disposto a correr por essa ideia. Neste momento carreguei todas as ligas e divisões referentes ao Pote 6 como jogáveis e o restante como Ver Apenas e irei alternar conforme avançar potes.
      Critérios de transição e objetivo final
      Não pretendo ganhar todas as 56 ligas do continente africano e nem ser 56 vezes campeão continental, e também acredito que os potes iniciais tem que ter regras mais simples para tentar simular de uma maneira mais orgânica o crescimento de um treinador. Entretanto, decidi estipular um número mínimo de países que tenho que jogar por pote para abrir o nível seguinte. Serão no mínimo 3 países diferentes por pote, à exceção do Pote 1, que deve condizer com a linha final de consagração e será o que terá o requisito de apenas 1 país.
      Pote 6 para o Pote 5: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, participar uma vez com cada clube de uma competição continental; Pote 5 para o Pote 4: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, chegar até a fase de grupos de uma competição continental passar de fase em um torneio continental com cada clube; Pote 4 para o Pote 3: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, chegar até a fase decisiva da CAF Champions League chegar até a fase de grupos da CAF Champions League; Pote 3 para o Pote 2: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, conquistar ao menos um título continental como treinador (não com cada clube); Pote 2 para o Pote 1: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, conquistar ao menos dois títulos continentais como treinador (não com cada clube); Pote 1: Conquistar a CAF Champions League com um time que nunca conquistou um título continental; Como as vagas para as competições continentais da CAF são menores, a participação na mesma inclui a conquista de títulos nacionais, não achei que seria necessário explicitar a conquista dos mesmos para abrir um pote, mas achei por bem explicar aqui este quesito pertinente para a dinâmica do futebol continental africano de clubes.
      Amara Mbayo
      Depois de cuidar da logística do save e dos objetivos por cada pote, era hora da parte mais complicada, criar um alter ego e dar um nome para o save. Tive muitas dificuldades com o nome do save, porque não queria algo clichê que fizesse alusão ao continente africano e também não queria nada que remetesse ao passado, portanto, não achei nada que falasse comigo de uma maneira neutra e interessante, portanto, decidi me apoiar no nome do treinador e fiquei com o nome mais genérico possível.
      Amara Mbayo, nascido em Serra Leoa no dia 26/11/1991, será o responsável por essa odisseia no continente africano. A escolha por Serra Leoa não foi aleatória. O país é o que tem a pior classificação no ranking da CAF e por isso, optei por começar a jornada lá. O treinador não tem experiência e nem licenças prévias e dependerá da boa vontade dos clubes da segunda divisão serra-leonesa para ter um emprego no país. O jogo iniciou no final do ano de 2021, quando começa a pré-temporada que está disponível para os times do país. Eu queria uma data mais intermediária, mas os países que me forneceriam esta opção estavam muito acima no ranking do pote.
      Histórico
      Police ()
      2022: 3º colocado na Segunda Divisão (promovido para a Primeira Divisão), semifinalista da Copa de Serra Leoa; 2023: 4º colocado na Primeira Divisão, eliminado na 2ª Eliminatória da Copa de Serra Leoa; 2024: 4º colocado na Primeira Divisão, semifinalista da Copa de Serra Leoa; 2025: 4º colocado na Primeira Divisão, eliminado na 3ª Eliminatória da Copa de Serra Leoa; FC Canchungo ()
      2025/2026: campeão da Primeira Divisão, eliminado nas quartas-de-finais da Copa de Guiné-Bissau; 2026/2027: campeão da Primeira Divisão, eliminado na fase preliminar da Copa das Confederações da CAF, eliminado nas quartas-de-finais da Copa de Guiné-Bissau; Nile Eagle FC ()
      2027/2028: Campeão da Primeira Divisão, eliminado na segunda fase da Copa do Sudão do Sul; 2028/2029: Eliminado na 1ª eliminatória da Liga dos Campeões da CAF, eliminado na 2ª Eliminatória da Copa das Confederações da CAF; Waxool FC ()
      2029/2030: 2º colocado na Primeira Divisão, eliminado na segunda fase da Copa da Somália; 2030/2031: 5º colocado na Primeira Divisão, vice-campeão da Copa da Somália, eliminado na fase preliminar da Copa das Confederações da CAF; Orlando Pirates ()
      2031/2032: 2º colocado na Primeira Divisão; eliminado na 3ª fase da Copa da Namíbia; 2032/2033: 1º colocado na Primeira Divisão, eliminado na 2ª fase da Copa da Namíbia, eliminado nas quartas-de-final da Standard Bank Top 8 Cup; 2033/2034: 1º colocado na Primeira Divisão; vice-campeão da Copa da Namíbia, eliminado nas semi-finais da Standard Bank Top 8 Cup, eliminado na Primeira Eliminatória da Liga dos Campeões da CAF, eliminado na Segunda Eliminatória da Copa das Confederações da CAF; Muscat FC ()
      2034/2035: 1º colocado na Primeira Divisão; eliminado na 2ª rodada da Copa da Libéria; 2035/2036: 1º colocado na Primeira Divisão; campeão da Super Copa da Libéria, eliminado na 2º rodada da Copa da Libéria, eliminado na Fase Preliminar da Liga dos Campeões da CAF; 2036/2037: 1º colocado na Primeira Divisão, campeão da Super Copa da Libéria, eliminado nas quartas-de-final da Copa da Libéria, eliminado na 1º Eliminatória da Liga dos Campeões da CAF, eliminado nas quartas-de-final da Copa das Confederações da CAF; AS Racing ()
      2037/2038: em andamento; Índice
      6 meses de muita intensidade; Ambições distintas; Uma realidade diferente; Police contrata Bangura; Consolidado como 4ª força; Mais uma, ou a última, temporada na força policial? Eterno 4º colocado; Leões, águias e lobos; Um time de contratações; Nós temos o Super Umaro; Pesadelo burocrático; Nem Sadio, nem Garrincha, George é o melhor Mané! O adeus à Costa Oeste; Uma nova joia do Nilo; Mais um atacante consagrado; A chegada à Mogadíscio; Mbayo contra Mogadishu City Club; Sem dar sopa pro azar; O martírio do amadorismo; Uma despedida melancólica; No multiverso dos Piratas de Orlando; Conhecendo o futebol namibiano e o novo clube; Estrangulamento financeiro; Melhor ou pior que a encomenda? Encorpando o elenco; O Antonio Conte serra-leonino; Saqueando o Young Africans; Como água e óleo; Um cenário parecido com o da Namíbia; Ajustes no Mbayoball; Um novo predador no ecossistema; Os anseios da juventude; Uma derrota que mudou o campeonato; Uma turnê internacional de despedida?; Uma zebra felina; Níger ou Lesoto? A última parada do Pote 5;
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