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'Eles não sabem meu nome': como é estar preso dentro dos centros de detenção na Líbia


PsychoShow

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Milhares de pessoas estão empacadas nos alojamentos apertados do Centro de Detenção de Imigrantes Treeq Alsika em Trípoli, com o desamparo estampado em seus rostos.
Estes são alguns dos entre 700 mil imigrantes que as Nações Unidas acreditam que estão presos na Líbia. Eles fugiram da pobreza e repressão na África Subsaariana, abandonando tudo na tentativa desesperada – e sem sucesso – de viajar para a Europa. Explorados por descarados contrabandistas que não se importam se vão viver ou morrer, muitos dos que estão neste centro de detenção contam relatos de terror, trabalho forçado, exploração e condições inumanas sob as mãos dos homens que pagaram para os levar através do Mediterrâneo.

“Eu estou aqui há três semanas, ninguém escreve meu nome. Eles não sabem meu nome.” diz o ganês Ali Jemma de 29 anos, um dos muitos imigrantes que se sentem presos e esquecidos na capital líbia. Ele esperava chegar na Itália, mas durante seis meses em detenção, tudo o que ele quer é retornar ao seu lar.

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Ali Jemma é um dos muitos imigrantes detidos no Centro de Detenção Migratório Treeq Alsika em Trípoli.

“Aqui nós temos cerca de mil pessoas e o lugar é bem apertado pra eles.” Diz Anes Alazabi, a supervisora do centro de detenção. “Algumas pessoas não conseguem nem encontrar um lugar para dormir e estão faltando muitas coisas dos imigrantes, como roupas, cobertores, travesseiros, chinelos, todas essas coisas.”
Em outro quarto, homens famintos e sedentos sentam no chão lotado. “ Nós não sabíamos que a jornada seria assim.” Diz Victory, nigeriano de 21 anos que foi leiloado por contrabandistas na Líbia antes de ser libertado.

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Oficiais líbios admitem que centros de detenção como Treeq Alsika em Trípoli estão lotados, mas insistem que eles estão fazendo  o que eles podem para ajudar os imigrantes a retornarem aos seus lares.

Nos galpões onde os contrabandistas os mantiveram, alguns imigrantes eram espancados e não viam a luz do sol por dias. Outros foram vendidos para trabalhos. Agora eles estão sem dinheiro e esperando a deportação para seus devidos países.

“Eu gastei minhas economias para deixar o país,” Diz Victory. “Eu voltarei e terei que começar do zero. É doloroso. Muito doloroso.”

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Victory queria um novo começo na Europa, onde ele acreditava que mais oportunidades eram disponíveis. Quase um ano depois, ele diz a CNN que desistiu de seu sonho.

Líbia se tornou um ponto congestionado na rota central pelo Mediterrâneo. Estes imigrantes presos nunca tiveram intenções de ficar neste país, mas estão sendo forçados a permanecer até arranjos serem feitos para os repatriar.

Fora do centro, mulheres se juntam na chuva para pegar uma caravana até o aeroporto, onde serão mandadas de volta a Nigéria.
Uma mulher diz que está grávida “Me ajudem,” outra implora. As duas estão chorando enquanto são preparadas para a deportação, deixando seus maridos na Líbia.

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Uma mulher chora enquanto lhe dizem que ela deve deixar o marido para trás porque ele ainda tem que receber seus documentos.

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Outra mulher em lágrimas diz adeus ao seu marido ao deixar o país sozinha.

As duas mulheres dizem ter recebido documentos necessários de suas embaixadas para serem mandadas da Líbia, mas seus esposos não. Alazabi, o supervisor, diz que os homens irão ser deportados em dez dias. As mulheres imploram para que Alazabi faça uma exceção. Mas sem os documentos necessários, Alazabi diz que suas mãos estão atadas. Ele leva as mulheres até o ônibus, dizendo a elas que verão seus maridos logo.

CNN

Escravidão, caras. Escravidão em pleno século 21. É aquela coisa: vejo humanos, mas não humanidade.

p.s.: Perdoem-me por algum erro de tradução que tenha cometido.

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  • PsychoShow changed the title to 'Eles não sabem meu nome' como é estar preso dentro dos centros de detenção na Líbia

Muito triste ler isso. Ainda mais sabendo que, mesmo que eles conseguissem chegar a Europa, o sofrimento não diminuiria tanto. 

E enquanto isso discute-se a questão de fechar ou não as fronteiras na Europa, quando o maior problema não está lá. 

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  • Leho. changed the title to 'Eles não sabem meu nome': como é estar preso dentro dos centros de detenção na Líbia
  • 3 semanas depois...

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    • Leho.
      Por Leho.
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