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Futebol sempre foi coisa para pobre no Brasil, até decidirem que não seria mais


Iagotta

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16 minutes ago, Iagotta said:

Ja que tavam falando de experiência de ir no estádio, curtir o dia antes da partida, tomem essa: BM pediu o fim dos churrascos no entorno do estádio.

Aí. Devem ter lido meu post sobre as diferenças culturais e pensaram "não somos EUA". Pq só pode!

Qual o problema do torcedor fazer um churrasco? Qual o problema do torcedor transformar um evento esportivo em um momento de lazer?

Agora, garantir a segurança, organizar o evento direitinho, para que os marginais não tenham espaço, não existam riscos para os torcedores, que antes de tudo são cidadãos, isso não é recomendado. Infelizmente no BR a política é cercear ao invés de fomentar condições para que aquilo ocorra de uma forma positiva.

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56 minutos atrás, Zé. disse:

Que mundo vc tá vivendo? O time constrói o estádio, paga manutenção, tem vantagem pelo mando de campo e vai querer jogar em campo neutro?????

Essa é a pergunta que te faço, isso não é novo no Brasil, ainda mais aqui no Rio quando só o Vasco tem um estádio próprio. Fazendo com campo neutro e 50% pra cada torcida ninguém sai prejudicado e é uma puta festa linda quando tem duas torcidas com a quantidade igual brigando pra ver quem canta mais alto.

Aqui no Rio acontece direto isso, no Carioca é todo jogo assim. Só o Vasco que mudou isso com o Flamengo levando o jogo pra SJ.

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1 hora atrás, Yan Perisse disse:

Essa é a pergunta que te faço, isso não é novo no Brasil, ainda mais aqui no Rio quando só o Vasco tem um estádio próprio. Fazendo com campo neutro e 50% pra cada torcida ninguém sai prejudicado e é uma puta festa linda quando tem duas torcidas com a quantidade igual brigando pra ver quem canta mais alto.

Aqui no Rio acontece direto isso, no Carioca é todo jogo assim. Só o Vasco que mudou isso com o Flamengo levando o jogo pra SJ.

Vc tá comparando RJ com resto do país, nunca que eu quero deixar de ir na Arena pra ir no panetone (Morumbi) meio a meio. Futebol é esporte, eu to indo pra ver o Corinthians, não a torcida adversária.

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1 hora atrás, Zé. disse:

Vc tá comparando RJ com resto do país, nunca que eu quero deixar de ir na Arena pra ir no panetone (Morumbi) meio a meio. Futebol é esporte, eu to indo pra ver o Corinthians, não a torcida adversária.

Não tô comparando, isso acontecia no Mineirão também. Lógico que não seria na casa do adversário, até porque nem faz sentido colocar meio a meio no Morumbi ou no Allianz. Seria meio a meio num estádio neutro e tem vários por aí no país, alguns até sem uso nenhum (Maracanã e Pacaembu).

Mas no sul, por exemplo, que é mais difícil achar estádio neutro, não faz sentido colocar meio a meio na Arena da Baixada, Beira-Rio, etc. Ou seja, é algo ideal, nem sempre vai ser possível ocorrer.

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20 minutos atrás, Yan Perisse disse:

Não tô comparando, isso acontecia no Mineirão também. Lógico que não seria na casa do adversário, até porque nem faz sentido colocar meio a meio no Morumbi ou no Allianz. Seria meio a meio num estádio neutro e tem vários por aí no país, alguns até sem uso nenhum (Maracanã e Pacaembu).

Mas no sul, por exemplo, que é mais difícil achar estádio neutro, não faz sentido colocar meio a meio na Arena da Baixada, Beira-Rio, etc. Ou seja, é algo ideal, nem sempre vai ser possível ocorrer.

Mas o caminho é estádios "individuais" para todos os clubes grande. Grêmio, Palmeiras, Corinthians, Galo tá nos finalmentes para começarem as obras... É o caminho.

Galo, por exemplo, vai construir estádio próprio pra jogar clássico no Mineirão? Palmeiras vai sair do Allianz? Corinthians da Arena? Não tem sentido mais cara.

Voltando ao assunto dos preços... Fui dar uma olhada nos valores dos ingressos para shows de vários estilos de música diferentes. O valor médio do ingresso é parecidíssimo com o do futebol.

O defeito não está só no futebol, aqui o povo é excluído de praticamente todas as formas de lazer. Futebol foi só reflexo disso tudo.

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  • Vice-Presidente
4 minutos atrás, Dsmoreira disse:

O defeito não está só no futebol, aqui o povo é excluído de praticamente todas as formas de lazer. Futebol foi só reflexo disso tudo.

Mas essa que é a questão do texto. O futebol era uma forma de lazer acessível e que abrangia totalmente a população em todas as camadas, do nada, excluíram uma grande parcela da população.

O preço do ingresso é o menor dos fatores, se a experiência de assistir um jogo de futebol fosse tranquila, familiar, lazer para um dia inteiro ou para uma noite, não haveria tanta choradeira assim. Hoje para tu fazer qualquer programinha que seja vai uma onça embora por cabeça. Se a média da experiência fosse positiva, muita gente não se importaria de pagar 80/100 reais para ver o time.

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19 minutos atrás, Henrique M. disse:

Mas essa que é a questão do texto. O futebol era uma forma de lazer acessível e que abrangia totalmente a população em todas as camadas, do nada, excluíram uma grande parcela da população.

O preço do ingresso é o menor dos fatores, se a experiência de assistir um jogo de futebol fosse tranquila, familiar, lazer para um dia inteiro ou para uma noite, não haveria tanta choradeira assim. Hoje para tu fazer qualquer programinha que seja vai uma onça embora por cabeça. Se a média da experiência fosse positiva, muita gente não se importaria de pagar 80/100 reais para ver o time.

Mas eu não neguei a existência do fato. Eu só não acredito que isso seja o fator definitivo para termos os estádios vazios.

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18 minutos atrás, Dsmoreira disse:

Mas o caminho é estádios "individuais" para todos os clubes grande. Grêmio, Palmeiras, Corinthians, Galo tá nos finalmentes para começarem as obras... É o caminho.

Galo, por exemplo, vai construir estádio próprio pra jogar clássico no Mineirão? Palmeiras vai sair do Allianz? Corinthians da Arena? Não tem sentido mais cara.

Mesmo com o caminho ser os estádios individuais, os estádios públicos não deixam de existir, muito menos sua história. E eu não vejo nenhum problema em sair do seu estádio por uma partida, já que na outra rodada o rival faria o mesmo e ambos não seriam prejudicados.

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Agora, Yan Perisse disse:

Mesmo com o caminho ser os estádios individuais, os estádios públicos não deixam de existir, muito menos sua história. E eu não vejo nenhum problema em sair do seu estádio por uma partida, já que na outra rodada o rival faria o mesmo e ambos não seriam prejudicados.

Aí você deixaria de construir a história no seu novo estádio?

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21 minutos atrás, Dsmoreira disse:

Aí você deixaria de construir a história no seu novo estádio?

Fazendo clássicos com torcida visitante dentro de estádios particulares você tá longe de construir uma história dentro do seu novo estádio, talvez uma história de terminar com uma tradição de clássicos festivos e emocionantes.

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Você tá sendo saudosista, ninguém, ou quase ninguém mais liga pra ver a torcida adversária no estádio. Eu vou no estádio pra ver meu time, e se tiver cheio só da minha torcida melhor ainda. 10% ou ainda menos pra visitante tá mais que bom. Se tiver algum turista ou corajoso que queira passar horas esperando a torcida local ir embora pra poder sair em segurança ele tem a chance dele.

O espetáculo é o futebol dentro de campo, é ter uma programação no dia do jogo, um evento antes da partida, um trajeto fácil até o estádio. Bandeirão da torcida rival que se foda, que dirá ficar ouvindo grito deles.

O estádio público vai continuar a existir e por mim que seja comprado ou demolido. Ninguém tem obrigação de jogar no Pacaembu, e a história vai continuar a existir. Respeitar é diferente de tentar reviver ou reemular. Pra quem gosta dos bandeirões e as marchinhas tem carnaval todo ano, futebol é futebol, com torcida única ou não.
 

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8 horas atrás, Yan Perisse disse:

Fazendo clássicos com torcida visitante dentro de estádios particulares você tá longe de construir uma história dentro do seu novo estádio, talvez uma história de terminar com uma tradição de clássicos festivos e emocionantes.

Fale isso para os gremistas pós 5x0 no Inter na Arena do Grêmio.

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10 horas atrás, Dsmoreira disse:

Mas o caminho é estádios "individuais" para todos os clubes grande. Grêmio, Palmeiras, Corinthians, Galo tá nos finalmentes para começarem as obras... É o caminho.

Galo, por exemplo, vai construir estádio próprio pra jogar clássico no Mineirão? Palmeiras vai sair do Allianz? Corinthians da Arena? Não tem sentido mais cara.

Voltando ao assunto dos preços... Fui dar uma olhada nos valores dos ingressos para shows de vários estilos de música diferentes. O valor médio do ingresso é parecidíssimo com o do futebol.

O defeito não está só no futebol, aqui o povo é excluído de praticamente todas as formas de lazer. Futebol foi só reflexo disso tudo.

Não há o menor cabimento nessa comparação.

Um show, pra maioria das pessoas, é algo esporádico (é razoável presumir isso, né?). A pessoa média não acompanha loucamente sua banda favorita, indo em todos os eventos possíveis em que a banda vá tocar. Vai no show como se fosse uma festa (é o que eu vejo em eletrônica e sertanejo, por exemplo), ou, em outros casos, pra aproveitar uma oportunidade raríssima, que dificilmente vai se repetir, de ver um músico que voce gosta (Paul McCartney em BH, por exemplo). Em ambos os casos voce pode cobrar um preço alto, pois o serviço oferecido é condizente com isso.

Já o futebol é um pouco diferente - pelo menos pra mais pessoas. Em média, é um jogo em casa por semana, e as pessoas acompanham por paixão, pura e simplesmente. Não que não existam pessoas que não amem música pra caralho e talz, mas nem se compara com a quantidade de pessoas que amam o seu time de coração.

Pq sério, só amor mesmo pra explicar o motivo das pessoas ainda acompanharem futebol no brasil, mesmo com tantas dificuldades. O torcedor, via de regra, é tratado como um pedaço de lixo pelo clube e pela cidade, e ainda por cima vê dirigente filho da puta capitalizando em cima do seu amor. Sim: o torcedor, hoje, tem plena consciência de que é explorado. Qualquer idiota sabe que o preço do ingresso não é condizente com a "experiência". Mas, há pessoas que continuam indo; por que? Justamente pelo fator amor. 

De outro giro, no entanto, temos que muitas pessoas pararam de ir no estádio também; é certo que algo mudou. O que explica isso é um conjunto de fatores, mas dentre eles, um em especial merece importância: o preço dos ingressos, que já foi fartamente discutido por aqui. O futebol sempre foi um esporte que mobilizou todos as as classes socias, mas, ao colocar o preço do ingresso em um valor impraticável pra muitas familias, você está excluindo essas pessoas. Há, agora, uma impossibilidade material desse segmento social de comparecer no estádio, algo que nunca ocorreu na historia do futebol brasileiro. Claro que sempre vai ter os doidos que vão fazer sacrifícios pessoais pra conseguir ir ao estádio, economizando o dinheiro que não tem, mas definitivamente, nao é qualquer um que pode fazer isso. 

No início do século o torcedor recebia um tratamento igual ou até mesmo pior no estádio, e mesmo assim muita gente ia. Quem aí já foi de geral ou similares sabe o que eu tô falando. A diferença era que o ingresso era 10 conto, então, querendo ou não, o preço era compatível com o péssimo serviço. hoje em dia, por outro lado, há um descompasso muito grande, e é justamente isso o que mudou. A melhora da "experiencia" nao acompanhou o aumento do preço. Agora, muito Menos gente tem possibilidade de ir no campo.

Enfim, pra finalizar, é certo que o fator paixão é relevantíssimo pra diferenciar futebol e música. Se não é, experimente fazer um show nas mesmas condiçoes que o Espk expôs e anota aí qual será o seu público. No futebol, independentemente do preço, o torcedor sempre irá ao estádio pq ele AMA PRA CARALHO isso, mas, a cada aumento, é menos um recorte social que poderá comparecer. Ingresso a R$90 faz com que o pobre passe a não poder mais exercer a sua paixão, simples assim. Se continuar assim é possível que daqui a umas 3, 4 geraçoes o futebol nao seja mais um esporte que mobiliza milhoes. Suga mesmo o seu torcedor, Kalilzinho, vai dar super certo isso.

 

 

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30 minutos atrás, Bernardo13 disse:

Não há o menor cabimento nessa comparação.

Um show, pra maioria das pessoas, é algo esporádico (é razoável presumir isso, né?). A pessoa média não acompanha loucamente sua banda favorita, indo em todos os eventos possíveis em que a banda vá tocar. Vai no show como se fosse uma festa (é o que eu vejo em eletrônica e sertanejo, por exemplo), ou, em outros casos, pra aproveitar uma oportunidade raríssima, que dificilmente vai se repetir, de ver um músico que voce gosta (Paul McCartney em BH, por exemplo). Em ambos os casos voce pode cobrar um preço alto, pois o serviço oferecido é condizente com isso.

Já o futebol é um pouco diferente - pelo menos pra mais pessoas. Em média, é um jogo em casa por semana, e as pessoas acompanham por paixão, pura e simplesmente. Não que não existam pessoas que não amem música pra caralho e talz, mas nem se compara com a quantidade de pessoas que amam o seu time de coração.

Pq sério, só amor mesmo pra explicar o motivo das pessoas ainda acompanharem futebol no brasil, mesmo com tantas dificuldades. O torcedor, via de regra, é tratado como um pedaço de lixo pelo clube e pela cidade, e ainda por cima vê dirigente filho da puta capitalizando em cima do seu amor. Sim: o torcedor, hoje, tem plena consciência de que é explorado. Qualquer idiota sabe que o preço do ingresso não é condizente com a "experiência". Mas, há pessoas que continuam indo; por que? Justamente pelo fator amor. 

De outro giro, no entanto, temos que muitas pessoas pararam de ir no estádio também; é certo que algo mudou. O que explica isso é um conjunto de fatores, mas dentre eles, um em especial merece importância: o preço dos ingressos, que já foi fartamente discutido por aqui. O futebol sempre foi um esporte que mobilizou todos as as classes socias, mas, ao colocar o preço do ingresso em um valor impraticável pra muitas familias, você está excluindo essas pessoas. Há, agora, uma impossibilidade material desse segmento social de comparecer no estádio, algo que nunca ocorreu na historia do futebol brasileiro. Claro que sempre vai ter os doidos que vão fazer sacrifícios pessoais pra conseguir ir ao estádio, economizando o dinheiro que não tem, mas definitivamente, nao é qualquer um que pode fazer isso. 

No início do século o torcedor recebia um tratamento igual ou até mesmo pior no estádio, e mesmo assim muita gente ia. Quem aí já foi de geral ou similares sabe o que eu tô falando. A diferença era que o ingresso era 10 conto, então, querendo ou não, o preço era compatível com o péssimo serviço. hoje em dia, por outro lado, há um descompasso muito grande, e é justamente isso o que mudou. A melhora da "experiencia" nao acompanhou o aumento do preço. Agora, muito Menos gente tem possibilidade de ir no campo.

Enfim, pra finalizar, é certo que o fator paixão é relevantíssimo pra diferenciar futebol e música. Se não é, experimente fazer um show nas mesmas condiçoes que o Espk expôs e anota aí qual será o seu público. No futebol, independentemente do preço, o torcedor sempre irá ao estádio pq ele AMA PRA CARALHO isso, mas, a cada aumento, é menos um recorte social que poderá comparecer. Ingresso a R$90 faz com que o pobre passe a não poder mais exercer a sua paixão, simples assim. Se continuar assim é possível que daqui a umas 3, 4 geraçoes o futebol nao seja mais um esporte que mobiliza milhoes. Suga mesmo o seu torcedor, Kalilzinho, vai dar super certo isso.

Quando eu trouxe o preço dos shows não foi para justificar o preço dos ingressos do futebol e falar que é justo, mas sim para mostrar que o entretenimento no Brasil exclui o povo. Lazer no Brasil é caro, não deveria ser.

Claro que show é visto como uma festa esporádica, Se fosse frequente, o cara não conseguiria consumir. Talvez por isso não temos o costume de ir em shows, teatros, etc... O povo não tem condições de bancar entradas frequentemente. Como consequência, maioria desses setores no Brasil são mortos, raramente você consegue ver um "pequeno artista" se mantendo no mercado daqui.

Não é só shows que são caros, nosso cinema é um dos mais caros do mundo. Comer fora é impraticável para o povo...

O ponto que quero chegar é: Não é um problema só do futebol. Então, porque o entretenimento no Brasil exclui o povo? Porque o futebol seguiu?

O @Danut me convenceu na primeira postagem dele que o preço do ingresso no Brasil é irreal se compararmos com a média da Europa + nosso poder de compra vs o poder de compra europeu (pau no cu dessas matérias comparando com Espanha e Inglaterra, má fé do caralho). O que eu questiono é se isso é o fator determinante para termos estádios vazios.

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11 horas atrás, Zé. disse:

Você tá sendo saudosista, ninguém, ou quase ninguém mais liga pra ver a torcida adversária no estádio. Eu vou no estádio pra ver meu time, e se tiver cheio só da minha torcida melhor ainda. 10% ou ainda menos pra visitante tá mais que bom. Se tiver algum turista ou corajoso que queira passar horas esperando a torcida local ir embora pra poder sair em segurança ele tem a chance dele.

O espetáculo é o futebol dentro de campo, é ter uma programação no dia do jogo, um evento antes da partida, um trajeto fácil até o estádio. Bandeirão da torcida rival que se foda, que dirá ficar ouvindo grito deles.

O estádio público vai continuar a existir e por mim que seja comprado ou demolido. Ninguém tem obrigação de jogar no Pacaembu, e a história vai continuar a existir. Respeitar é diferente de tentar reviver ou reemular. Pra quem gosta dos bandeirões e as marchinhas tem carnaval todo ano, futebol é futebol, com torcida única ou não.

Respeito seu gosto, mas eu vou no estádio pelo espetáculo completo, com festa da torcida e emoção dentro de campo. A segunda parte já existe só por ser um clássico, mas a primeira acontece bem mais com uma disputa das torcidas, cada uma tentando gritar mais alto. A nossa torcida pode sim ser emocionante, mas competir pelo barulho feito é outro nível.

Eu não penso assim sobre o estádio público, eles viveram inúmeros clássicos e por a gente seguir nosso rumo (estádio próprio) eles precisarão ser demolidos ou inexistir por não ter jogos?

Futebol pra mim vai muito além das quatro linhas.

4 horas atrás, Dsmoreira disse:

Fale isso para os gremistas pós 5x0 no Inter na Arena do Grêmio.

Agora imagina esse placar com torcida meio a meio. Sei que no RS é impossível isso, mas imagina.

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31 minutos atrás, Yan Perisse disse:

Agora imagina esse placar com torcida meio a meio. Sei que no RS é impossível isso, mas imagina.

eu lembro que la pelos anos 90 não cheva a ser 50% pra cada lado, mas era tranquilamente 30% (pra mais) de espaço do estádio pra torcida visitante.

Nesses vídeos da pra ter uma noção de como era:

1º - No segundo gol (que é uma falta relativamente longe) só da pra ver torcedores do Grêmio, mesmo o jogo sendo no Beira rio.

2º - Da pra ver melhor ainda no replay dos lances como tem colorado pra caralho no estádio mesmo sendo uma final e no Olimpico (sdds Monumental).

 

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Esse podcast fala de um assunto que é inevitavelmente relacionado com o tratado aqui no tópico. Fica a recomendação para quem quiser.

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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, vetou em março um projeto de lei que determinava que 30% dos ingressos de qualquer evento esportivo fossem vendidos a preços populares. A decisão voltou a ser polêmica nesta semana após, em entrevista ao jornal "El País", o ex-presidente do Atlético-MG ter afirmado que "futebol não é coisa para pobre".

O ex-dirigente voltou ao assunto nesta sexta-feira, no "Redação SporTV", e afirmou que o preço das entradas no estádios da cidade (Mineirão e Independência, principalmente, onde jogam Galo, Cruzeiro e América-MG) já são acessíveis.

- O ingresso hoje já é baratíssimo. Estamos falando de um tíquete médio de R$ 25. Então quer dizer que, se subir o ingresso, está resolvido? Não. Infelizmente, não adianta. Não está enchendo a R$ 25 o ingresso. Se o futebol fosse só ir ao estádio, por que a televisão paga tão caro pelo futebol? Por que o pay per view é tão bom para os clubes e paga tão caro? - disse o prefeito.

Na sua opinião, se um clube reduzir o preço dos ingressos, terá problemas financeiros e, com um time de menor qualidade, seria rebaixado.

- O problema do futebol brasileiro não é o ingresso. O futebol não é para quem não tem dinheiro. Nunca foi no mundo inteiro. Quem tem que fazer bem social é governo. Não é clube de futebol. Clube de futebol não é entidade filantrópica. Se você pegar um clube de futebol e você transforma em uma entidade filantrópica, cai para a segunda divisão e você vai enfrentar a torcida na rua.

Alexandre Kalil afirmou que, se houver uma lei obrigando a diminuição dos preços dos ingressos, o poder público precisa ser responsável por ressarcir os clubes, pela diminuição de receitas. O prefeito também criticou a Lei da Meia Entrada, que reserva 40% dos ingressos de eventos culturais para estudantes, deficientes físicos e jovens de baixa renda.

- Eu faço um projeto de lei que obriga o Atlético-MG, o Cruzeiro, o Flamengo e o Corinthians a baixar o ingresso. Fazer um projeto de lei é o seguinte. Nós vamos baixar o preço do ingresso em 40% e o governo federal vai recompor o ingresso. Aí sim. Fazer projeto de lei para clube de futebol bancar. É o caso que ninguém fala, não pode falar... o Ney Matogrosso vem fazer um show no Palácio das Artes, e o governo obriga que X ingressos sejam meio ingresso. Coloca preço no show do Ney Matogrosso. São aberrações que acontecem no Brasil sem explicação. Quem recebeu esse dinheiro? As empresas. Os clubes não receberam. Os clubes foram isolados e vetados. Hoje todo mundo sabe o motivo. Existia um grande esquema na Copa do Mundo que todo mundo viu. Mas eu venho dizendo isso há anos. O futebol brasileiro, além de tudo, não tem solução. Ele está entregue para empreiteiras.

Alexandre Kalil afirmou que, se o poder público retomasse o controle de estádios que hoje são administrados por consórcio (por exemplo, o Mineirão), seria possível diminuir o preço dos bilhetes.

- Com ajuda do governo, entregando aos clubes algum tipo de subsídio, aí sim. Toma o Mineirão, nós pagamos a obra, que é obrigação do estado, e vocês explorem. Aí sim você pode falar com o governo está subsidiando alguma coisa. Vai vender camarote, vai vender cadeira. Aí você abaixa o preço, porque ganhou um estádio. Quem tem fazer isso é o governo, não é o Atlético, nem o Cruzeiro, nem o Flamengo, nem o Fluminense, nem o Vasco, nem o Botafogo.

O prefeito fez duras críticas em relação às reformas dos estádios do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e também à forma como as concessões foram feitas com a iniciativa privada. Na sua opinião, os atuais consórcios "exploram" os clubes e fez alusão ao envolvimento das empreiteiras na Operação Lava-Jato.

- O estádio era do governo. Tinha uma época que dava estádio para o clube, não tinha dono, não tinha explorador. Não é exploração de equipamento, é explorador de clube de futebol o que está aí. Está certo? Estão denunciados, estão desmoralizados e explorando. A única coisa que eles ainda conseguem é meter a mão nos clubes de futebol (...) Todo esse dinheiro gasto nessa maldita Copa do Mundo poderia ter subsidiado os clubes, com estádios menores. Qual é o motivo de fazer um estádio de sessenta e tantas mil pessoas, onde o clube não tem nada?

Alexandre Kalil disse que, em outros países, os ingressos para o estádio são mais caros e quem tem menor poder financeiro assiste aos jogos pela televisão. Por isso, acredita que no Brasil houve uma inversão da lógica.

- No mundo inteiro, o pay per view é feito para os menos abastados e quem frequenta o campo de futebol são os mais ricos. Eu não falei o que eu acho, eu falei o que é. O futebol é coisa para quem tem dinheiro, porque é caro. No Brasil, chegou a tal ponto que, se você pensar com mais seriedade, o futebol não tem saída. É só alguém pegar e abrir a internet, dar uma estudadinha de 20 minutos, e vai constatar que o pay per view foi criado na Europa para quem gosta de futebol e não pode ir ao estádio. No Brasil, se inverteu a lógica: a família está acuado e o estádio está vazio, com alguns abnegados e algumas torcidas organizadas. E os estádios não se pagam, independente se cheios ou vazios, porque o governo está bancando até hoje.

Autor do projeto de lei discorda e cita "estádio cheio, sem prejudicar a maioria"

O autor do projeto de lei foi o ex-vereador Leonardo Mattos, do PV. Na sua opinião, o objetivo era ocupar assentos nos estádios de Belo Horizonte que atualmente estão vazios na maioria das partidas. Assim, conseguiria incluir pessoas de baixa renda nos estádios sem prejudicar as receitas dos clubes.

- Eu pedi que uma parte desses ingressos fosse vendida a preços populares, para exatamente permitir que o cidadão que ganha um salário mínimo não seja privado desse lazer que ele construiu ao longo dos anos em nosso país. Eu sugeri que 30% dos ingressos fossem vendidos a, pelo menos, 50% do valor do ingresso mais barato. Mas não tem cifra, é sem percentual. O número de 30%, nós entendemos que é a carência de público dentro do estádios. Nós estamos vendo que os estádios estão com a presença de 50%, 60%. Nós reduzimos um pouco e encontramos um número razoável para permitir que os estádios estejam ocupados em 90%, 100%, sem prejudicar a grande maioria da população, que recebe um salário baixo para pegar o preço de ingresso que as equipes de nosso país estão pretendendo.

Leonardo Mattos reconheceu que não ouviu os clubes da cidade antes de fazer o projeto. Porém, afirma que o dinheiro das bilheterias não é a maior fonte de renda dos clubes.

- Todo esse processo foi feito com recurso público, nós não consultamos nenhum clube. Nós consultamos a fonte de renda desses clubes e percebemos percebemos que a receita de renda de estádios era ínfima perto das demais receitas dos clubes, como direito de imagem, venda de camisa.

O ex-vereador acredita que os clubes precisam ter responsabilidade social e não podem afastar os torcedores de baixa renda do estádio.

- Os clubes hoje não funcionam mais amadoristicamente, funcionam com uma responsabilidade profissional muito grande. Até porque é ordenado pela Lei Pelé. Portanto, é fundamental que os clubes também tenham responsabilidade social. Não pode a iniciativa privada se apropriar dos recursos públicos para se beneficiar, sem olhar os demais membros da nossa sociedade. Aí é que reside o grande problema. Com o veto, essas pessoas vão ficar afastadas do futebol. Muitas delas vão ficar próximas dos estádios, assistindo aos jogos próximas, com aquela sensação de que estão no estádio. Com a sanção, permitira que a Prefeitura de Belo Horizonte fosse inovadora. Ela iria tratar as pessoas diferentes de formas diferentes.

Achei a PL do Kalil na teoria boa, mas estamos num contexto de crise econômica e esse ressarcimento geraria um alto custo público, imagina o que o Estado pagaria com quanto jogo rolando duas vezes por semana pra cada clube, é algo parecido com o que rolava entre o Maracanã e o RJ antigamente. Aliás, isso poderia ser uma das obrigações do Profut.

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