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Zagueiro do City e da seleção Belga dá exemplo na guerra contra o terror


Leho.

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  • Diretor Geral

No coração do terror, zagueiro do City peita jihadistas e compra time para imigrantes

Publicado em 18/11/2015, 07:00 / Atualizado em 18/11/2015, 07:00
Francisco De Laurentiis, do @ESPN.com.br

LAURENCE GRIFFITHS/GETTY IMAGES
Kompany Manchester City Aston Villa Campeonato Ingles 08/11/2015
Kompany investe boa parte de seu salário em time que apoia refugiados na Bélgica

Poucos jogadores tomam algum posicionamento mais forte em questões polêmicas da política europeia atual, como a crise de refugiados e a "guerra fria" entre as comunidades católicas/judaicas e muçulmanas nas grandes cidades do "Velho Mundo".

O zagueiro Vincent Jean Mpoy Kompany, capitão do Manchester City e avaliado em R$ 122 milhões (segundo o site Transfermarkt), porém, não tem medo de dizer o que pensa.

Filho de refugiados políticos do antigo Zaire (atual República Democrática do Congo), o astro da Premier League e da seleção belga levantou a bandeira do respeito mútuo e vem tomando a frente de diversas ações de integração em seu país natal, com o objetivo de formar uma "Bélgica colorida, pacífica e unida, independente de raça, credo ou nacionalidade", em suas próprias palavras.

Nascido em Uccle, na grande Bruxelas, Kompany é desde 2013 o dono do BX Brussels, clube fundado no bairro de Molenbeek, casa da maior comunidade muçulmana da Bélgica - e justamente onde a polícia vem conduzindo buscas incessantes atrás de suspeitos dos atentados ocorridos na última sexta-feira, que deixaram cerca de 130 mortos em Paris.

O zagueiro colocou sua irmã, Christel, como presidente da equipe, que disputa a 5ª divisão nacional, e passou a tomar conta da escolinha do clube. O local abriga cerca de 1 mil garotos de todas as origens, mas a maioria filhos de imigrantes. Tudo para tirá-los das ruas e tentar dar uma vida nova, quem sabe descobrindo um "novo Kompany".

Para cuidar da escola, o defensor também se matriculou em um curso de administração de empresas, que ele frequenta em seu tempo livre em Manchester.

"Eu cresci em Uccle, que não era um bairro fácil de se viver. Sei o que essas crianças passam todo dia. Eu e meus amigos tinhamos que lidar todo dia com racismo e preconceito durante a infância. Isso tornou-se parte do meu caráter. Aprendemos a enfrentar esse problema e seguir em frente", contou Kompany, em entrevista à CNN.

O capitão da Bélgica não revelou o quanto investe no complexo esportivo que montou em Molenbeek, mas disse que gasta "uma boa parte" de seu salário para manter a estrutura. PelosCitizens, ele fatura 480 mil libras (R$ 2,8 milhões) por mês.

"Sei que essa é uma oportunidade que pode significar muito para as pessoas. Quando comprei o time, foi para criar algo para dar às crianças a oportunidade de ter uma rotina diferente, longe dos problemas", afirmou.

JEAN CATUFFE/GETTY IMAGES
Kompany Discurso Belgica Israel Eliminatorias Euro-2016 13/10/2015
Kompany é capitão da seleção da Bélgica

"Sei que ganho um bom salário, mas não faço isso como retribuição. Acho que é parte do meu DNA. O dinheiro que ganho me deu a oportunidade de apoiar uma série de causas, é algo que me deixa muito feliz. Mas, mesmo que eu ganhasse menos, ainda assim faria isso", completou.

O clube, aliás, tinha outro nome: FC Bleid-Molenbeek. Após comprá-lo, porém, Kompany promoveu um concurso para escolher um novo nome para a agremiação. O vencedor foi a sugestão "BX Brussels", já que "BX" é como os jovens se referem a Bruxelas.

No final de agosto, o astro do City participou de uma ação divertida, na qual enfrentou 100 crianças ao mesmo tempo. Como era de se esperar, levou um tremendo sacode. No campo da cidadania, porém, ganhou de goleada.

Sem papas na língua

Enquanto vários astros muçulmanos do futebol, como Zidane, Ribéry e Benzema, preferiram o silêncio e não fizeram nenhum tipo de comentário sobre os atentados recentes em Paris (o da última sexta e o de janeiro deste ano, na redação da revista satírica Charlie Hebdo), Kompany decidiu opinar, mesmo não sendo muçulmano.

DIVULGAÇÃO
Kompany BX Brussels
Kompany com os garotos do BX Brussels

Logo após o massacre noCharlie Hebdo, Kompany mostrou não ter medo dosjihadistas e usou suas sempre ativas contas no Twitter eFacebook para postar uma mensagem de condolências às vítimas e pedir liberdade.

"A Kalashnikov silencia o indivíduo, mas encoraja as massas. Liberdade de expressão!", postou, em mensagem que foi mundialmente compartilhada - até por se tratar de um raro caso de um jogador de futebol profissional que se envolveu em um assunto delicado.

No entanto, como também era de se esperar, Kompany teve que também lidar com uma série de comentários que criticaram suas postagens. Muitos disseram que ele, por não ser muçulmano, não deveria opinar sobre o tema. O atleta do City também recebeu uma enxurrada de comentários racistas e preconceituosos.

Nada que o assustasse, porém. Assim como não tem medo dos atacantes rivais, o zagueirão promete continuar enfrentando a intolerância com a mesma coragem.

Já considerava um baita jogador, zagueiro refinado de nível mundial... mas depois de ler essa matéria, o cara ganhou mt pontos como "cidadão" pra mim também. Bela atitude. 

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      📍Escalações iniciais:

    • CCSantos
      Por CCSantos
      O Royal Football Club de Liège foi fundado em 1892 e possui o registro nº4, ou Le Matricule 4 na Federação Belga de Futebol, apenas atrás de Royal Antwerp, Daring Club de Molenbeek e Club Brugge.
      Desde então, o clube esteve entre altos e baixos, mas é considerado como um dos maiores clubes belgas da história, com 5 títulos nacionais da Liga belga em 67 temporadas atuando na elite belga. Além disso, possui títulos também na 2ª (3 títulos), 3ª (3 títulos) e 4ª (1 título) divisões nacionais.
      Além disso, a equipe conquistou em 1990 o título da Coupe de Belgique, a Copa da Bélgica, e teve boas campanhas no âmbito europeu, onde chegou nas semifinais da Copa das Feiras, competição que inspirou a criação da Copa UEFA em 1963-64, quando caiu em um jogo desempate contra o Real Zaragoza (ESP), que seria o campeão naquela oportunidade. Durante o caminho, ele eliminou Aris Bonnevole (LUX), Arsenal (ING) e Spartak Brno (TCH).
      Jogou também a Copa UEFA de 1989-90, onde chegou a fase de quartas de final, eliminando ÍA (ISL), Hibernian (ESC) e Rapid Vienna (AUT), até ser eliminado pelo Werder Bremen (ALE), em uma ompetição onde haviam chegado naquela fase dois times belgas, dois times italianos e três alemães, além do francês Auxerre. No final, os italianos se sobresaíram sobre todos e a Juventus venceria a Fiorentina na decisão.
      Outra participação marcante foi na Copa dos Campeões de Copas de 1990-91, onde a equipe, campeã da Copa da Bélgica na temporada anterior - importante destacar que esta foi a última conquista relevante da equipe - apenas fora eliminada pela poderosa Juventus (ITA) nas quartas de final, após eliminar Viking Stavanger (NOR) e Estrela Amadora (POR).
      Como bem citado no 2ºparágrafo, a equipe possui cinco títulos, sendo dois bicampeonatos da 1ªDivisão Belga:
      1896 (14j, 12v, 1e, 1d, 32gp, 11gc);
      1898 (8j, 6v, 2e, 30gp, 5gc);
      1899 (Sem dados completos das semifinais contra o AC Gantois);
      1952 (30j, 20v, 4e, 6d, 71gp, 40gc);
      1953 (30j, 18v, 6e, 6d, 65gp, 36gc).

      O time já teve diversos estádios, mas atualmente joga no Stade de Rocourt, que tem capacidade para 3 mil torcedores. No total, o time já mandou partidas em 11 estádios, todos no entorno de Liège.




      A equipe acabara de subir para a Derde Klasse, que se tornara a 3ªDivisão Belga após a reformulação da forma de disputa, em 2015. A meta é simples para a temporada: Permanecer.


      Muita gente não sabe, mas o RFC Liège é peça importante na história do futebol mundial - inclusive pra você que joga FM, e ama as datas de 1/1 e 30/6, quando se abre a janela de transferências. O caso emblemático que deu cria para o que se tornana a Lei Bosman envolveu diretamente o Liège.
      Jean-Marc Bosman era um meio-campista com passagem pela seleção belga e que atuava pela equipe de Liège, quando recusou uma proposta de renovação do clube. O atleta recebera proposta do francês Dunkerque, e se recusa a jogar pelo time, e teve o seu contrato rescindido. Em agosto de 1990, ele processa o Liège e ganha a causa somente cinco anos depois. A briga entre clube e atleta envolveu também a Federação Belga e a UEFA e, meses após o veredicto no Tribunal de Justiça da UE, que atletas comunitários tivessem livre trânsito entre equipes do continente.

      Voltar para a 1ºDivisão Belga;
      Se reestabelecer como força no futebol local;
      Colocar uma estrela em seu escudo (Na Bélgica, cada estrela corresponde a 10 títulos nacionais);
      FILOSOFIAS:
      NÃO SE UTILIZAR EM NENHUMA HIPÓTESE DA LEI BOSMAN. Contratar apenas atletas com base de transferências pagas, empréstimos e/ou atletas com passe livre dos clubes.
      É isso nesse momento, vou atualizando com mais detalhes daqui a pouco, como a configuração das Ligas, entre outras informações.
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