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Reflexão sobre o Futebol Brasileiro


Leoon

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Aí galera, ultimamente tenho pensado sobre o momento do nosso futebol.

Fazendo uma analise dos últimos 10 anos, há mais dinheiro, a economia aqueceu, maiores patrocínios, cotas de televisão e etc. Passamos a trazer jogadores do mercado europeu, revelamos alguns bons jogadores, alguns clubes aos poucos procuraram se profissionalizar mais, se estruturar. Resumindo, houve uma evolução.

Será?

Depois dessa Libertadores que todo mundo caiu fora e eu fiquei ouvindo o choro incessante da imprensa de que é um absurdo, que a diferença econômica é gritante, que deveríamos dominar com sobras e etc. Mas será que ter mais dinheiro, folhas de pagamento maiores, é o suficiente mesmo pra dominar o futebol? Bom, em um mercado organizado como o europeu, sim, lá os times mais abastados dominam o cenário intercontinental, só ver os times que sempre estão nas cabeças na UCL, e por vezes também vemos um clube de menor expressão neste cenário, com menos grana, mas que com muita organização consegue fazer uma graça, Borussia ano passado, Atl. Madrid esse ano. Então cheguei a conclusão, dinheiro faz a diferença, mas se houver organização, planejamento, e, acima de tudo, um fortalecimento geral do futebol.

Daí a imprensa daqui fica chorando, querem comparar as folhas salariais, mas será que os nossos clubes pagam o valor que os jogadores valem? Vejo nabas ganhando 200, 300 mil reais, exemplos escrotos recentes como Diogo e Deivid mamando mais de 1 milhão no Flamengo, trouxemos alguns jogadores em final de carreira da Europa pagando uma fortuna pra na maioria dos casos os caras fazerem graça, jogar com o nome. Casos como o do Kardec, que por ter feito meia duzia de gols na Série B e no Camp Paulista foi disputado a tapas e vai papar R$350 mil. Tem o Lodeiro agora, que vai pro Corinthians pra tirar por aí.

Dai eu fico vendo o choro, e eu parei pra pensar em alguns times que vi na LA esse ano como León, Bolívar, San Lorenzo, Atlético Nacional, Defensor. Times longe de serem fortes, mas com padrão de jogo, com jogadores que sabem jogar, e fiquei pensando, Será que Kardecs e Lodeiros, pelo que ganham/irão ganhar, seriam estrelas absolutas nestes times, já que teriam um salário muito superior aos demais?

Vi um pessoal se referindo aos técnicos, concordo que não temos a melhor safra de treinadores, mas não se resume a isso exclusivamente, cheguei a uma conclusão.

Nosso futebol é bagunçado, tem dinheiro mas não é bem aplicado, desperdiça-se fortunas com jogadores de nível mediano, transferências estúpidas, salários astronômicos com técnicos que há anos não fazem um trabalho decente, as gestões em sua maioria são uma bagunça, os clubes não investem o dinheiro pensando no futuro, buscando criar uma estrutura melhor a fim de revelar novos talentos. Isso internamente, externamente temos o fator de que o nosso futebol nada mais é que o reflexo da nossa sociedade, uma bagunça completa, corrupção, conchavos, desunião, times na mão de uma emissora, violência nos estádios, impunidade, públicos medíocres...

Enfim, não adianta ficar chorando que com dinheiro deveríamos dominar a Libertadores com folgas, não tem nada a ver com o fato de não sabermos jogar a competição ou termos técnicos ruins também, é só uma questão que onde não há organização, o dinheiro não fará milagres.

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Acho que nem precisa falar muito em cima disso. É o mesmo drama que o Brasil como nação sofre, acha que está matando a pau pq cresceu, mas cresceu pq TODO MUNDO cresceu, jogou fora a oportunidade de crescer de maneira efetiva e agora é só declinio.

Futebol brasileiro é igual, cresceu pq o país cresceu, só que ao invés dos times se organizarem, só criaram uma bolha econômica gigantesca, onde qualquer jogador de bosta ganha 300 mil, onde quase todo mundo que fez estádio tá fudido, pois tem algo custoso e sem sentido pra sustentar. Eu vejo a solução do Brasil a mesma que tenho pra reclamar da politica, tentar mudar a visão do seu clube (na politica da sua cidade), já que a grosso modo, um pingo no oceano não faz diferença.

No caso do Grêmio, temos um grupo de facebook, onde fizemos uma página chamada de Grêmio Alerta para postar as visões de política e jogo do clube, que muitas, muitas, MUITAS vezes são deturpadas pela mídia fudida que em sua maioria é colorada e pelo próprio gremista padrão, que não tem educação nenhuma e logo não dá de esperar muita coisa.

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Discussão bem interessante.

Essa questão dos salários me incomoda muito, e desanima pra caralho. É fácil o clube fazer um monte de bobagens financeiras e depois simplesmente aumentar o preço dos ingressos como o Corinthians fez.

A diretoria do Palmeiras faz das suas burradas, mas adota uma postura de não ir muito além de seus limites, além de vir tentando contratos de produtividade. Se houvesse uma união entre os clubes nesse sentido para fazerem o mesmo, acho que poderia ser um caminho. Porém, sabemos como são nossos dirigentes.

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Cara, é porque você não acompanha o Vasco mais de perto, mas pqp, perto da direção do Vasco, Juvenal Juvêncio, Zezé Perrella, e outras figuras são gênios.

Enquanto a tendência dos times brasileiros, no geral, é vender as pratas da casa para clubes europeus e trazer medalhões da Europa, no Vasco, as promessas são vendidas para os próprios clubes brasileiros(é só ver aí, Dedé, Marlone, etc) e em troca, ficamos com os medalhões(diga-se merdalhões) desses clubes(e o incrível, é que consideram Ney, Sandro Silva, Everton Costa, Pedro Ken, Cris(!!!) como medalhões) ou então, servimos de clube pra dar experiencia as promessas dos outros clubes (empréstimos como: André, Thiaguinho, Felipe Souto e etc), porra, isso é um apequenamento total! Time de Série A tem que montar um time de Serie A, e não ficar servindo de experiencia pros outros. E claro, essa postura deu merda, vide esse rebaixamento.

São coisas do naipe de demorar 1 mês pra regularizar um jogador(caso Montoya), ter o time desmanchado pelo simples fato de não prestar atenção nos contratos dos jogadores, assim ficando de ''mãos atadas''(Dedé, Marlone, Nilton, Prass etc), vender Rômulo(um volante muito promissor) pra contratar Éder Luis(na sua fase tenebrosa) e Fellipe Bastos(o cara mais odiado pela torcida) em definitivo. Pagar um milhão no Diogo Silva(lembra das falhas escrotas dos goleiros do Vasco no ano passado? Então, a maior parte era dele), e pra mim, a pior de todas, que eu espero muito que não seja verdade, recusar o empréstimo do Marcelo Grohe por confiar nas três merdas de goleiro do ano passo(e todos viram o que essa ''confiança'' resultou...), caralho, isso foi como um tiro...

E um bagulho que está foda é a desgraça, mais conhecida como Adilson Batista. Na boa, uma coisa que já esclarece bem a situação, é o fato que Fellipe Bastos, simplesmente, o pior jogador disparado do Vasco, preguiçoso, displicente, odiado pela torcida, é o jogador que mais jogou pelo Vasco esse ano(!!!), tipo, ele e mais 10. Agora mesmo, no jogo contra o Sampaio Corrêa, veja quem é o titular..., pois é.

Outra coisa é que ele(Adilson) é um cara nojento, porra, os queridinhos deles fazendo uma merda atrás da outra e ele vai implicar com quem? Thalles, um dos poucos que presta nesse time, ou Montoya, que é 1000 vezes melhor que o Bastos ou Pedro Ken. Melhor ainda, é ele dizer que Diogo Silva(a desgraça de goleiro) é mais goleiro que o Jordi(o campeão da Taça BH, pegando penalty e etc), quer dizer, todos os vascaínos não entendem nada de futebol, só ele é o supra sumo da inteligência e pode fazer as decisões...

E pra finalizar, não importa qual seja o adversário, temos que se comportar como times pequenos e acuar mesmo que seja dentro de casa. Tipo, Vasco jogando em casa contra o Treze, um adversário bem inferior tecnicamente, o jogo 1x1, e qual a reação do guru tático?? Tirar um atacante e botar um volante(volante porradeiro, o Aranda), gênio não? Aí o Treze tem um jogador expulso, e só depois de uns 10 minutos que ele percebeu que pra chegar com efetividade ao ataque, teria que botar um jogador mais ofensivo no lugar de um volante... que enigma complexo que o nosso Premio Nobel do futebol resolveu, não? Todo jogo é o mesmo drama, ele bota os 3 volantes, o time não cria porra nenhuma, aí ele toma vergonha e bota um atacante ou um meia. Peço de novo pra olhar a escalação inicial do Vasco nesse jogo contra o Sampaio. Quantos volantes tem? Pra que meio campo, né?

Enfim, ficou um texto grande de mais e parece um desabafo(ahsashuashus), mas deu pra ver que a situação é bem crítica.

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  • 1 mês depois...

Depois da derrota humilhante para a Alemanha eu lembrei deste tópico.

Gostaria muito que houvesse um reflexão geral sobre o nosso futebol, de confederações a mídia, de olhar pro nosso umbigo e sabermos que não somos mais o país do futebol, a seleção pica da galaxia que sempre será temida por todos e que sempre se credenciara a ganhar tudo por causa do passado vitorioso. O futebol muda, e se não mudarmos juntos e nos adequarmos, correremos o risco de em breve sequer figurarmos entre as seleções de nível TOP.

Não falta material humano, nisso somos de longe a nação mais forte, o falta são novas ideias, uma nova mentalidade, o que, infelizmente, não acredito que irá mudar.

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Os técnicos daqui são uma merda, acham que o passe e a movimentação são "firulas". Preferem ganhar de 1x0 com gol de escanteio, fazer falta o tempo todo, defender com 11 atrás sem nem mesmo puxar contra-ataques, nego aqui faz 1x0 e para, passa a ser sufocado.

A base dos clubes está entregue a empresários que colocam quem quiser lá, não temos mais laterais bons, camisas 10 bons. Atacante bom estilo Romário, Ronaldo só saiu o Neymar. Estamos com a mania de formar corredores, os caras não conseguem parar a bola, dar um drible, cadenciar, correr na hora certa.

Outra coisa é o nível técnico do futebol nacional, nós pagamos caro por jogadores de merda, 300~400 mil para lixos.

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A bolha inflacionária nos preços do futebol brasileiro é algo que não se explica...

É algo surreal!

O que adianta os clubes ganharem 4 vezes mais, se pagam 5 vezes mais caros pelos mesmos jogadores perebas?!

E ainda tem a mania de que todo moleque bom que desponta, precisa ser vendido pra Europa pra fazer caixa...

E os que tentam segurar por aqui, a própria mídia faz a ideia de que "precisa ir pra Europa pra evoluir..."

O que Lucas Moura aprendeu indo pra França?!

E o futebol do Neymar?! Que muda nele ter ido pro Barcelona com o que ele já jogava no Santos?!

Jogador bom, tem que ficar é aqui! Valorizar o nosso campeonato...

E não ficarmos como está: pagando salários de astros para jogadores meia-boca.

Ps. Lembrei do detalhe de que até "jovens promessas" estão pedindo salário de 100 mil reais...

Só no meu Santos tem vários desses (Jean Chera, oi?! Neilton, oi?! Victor Andrade, oi?!)

Não saíram das fraldas e querem ganhar salário maior que qualquer outro jogador de qualquer outra liga sulamericana. Não tem lógica isso...

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A bolha inflacionária nos preços do futebol brasileiro é algo que não se explica...

É algo surreal!

O que adianta os clubes ganharem 4 vezes mais, se pagam 5 vezes mais caros pelos mesmos jogadores perebas?!

E ainda tem a mania de que todo moleque bom que desponta, precisa ser vendido pra Europa pra fazer caixa...

E os que tentam segurar por aqui, a própria mídia faz a ideia de que "precisa ir pra Europa pra evoluir..."

O que Lucas Moura aprendeu indo pra França?!

E o futebol do Neymar?! Que muda nele ter ido pro Barcelona com o que ele já jogava no Santos?!

Jogador bom, tem que ficar é aqui! Valorizar o nosso campeonato...

E não ficarmos como está: pagando salários de astros para jogadores meia-boca.

Ps. Lembrei do detalhe de que até "jovens promessas" estão pedindo salário de 100 mil reais...

Só no meu Santos tem vários desses (Jean Chera, oi?! Neilton, oi?! Victor Andrade, oi?!)

Não saíram das fraldas e querem ganhar salário maior que qualquer outro jogador de qualquer outra liga sulamericana. Não tem lógica isso...

Cosme Rísmoli, você por aqui?

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Cosme Rísmoli, você por aqui?

Pelas divergências de opiniões sobre o Cosme, eu tô até agora tentando entender se isso foi um elogio ou uma crítica...

kkkkkkkkkkkkkkkk

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Cara, há anos se discute os diversos problemas do futebol brasileiro, aqui mesmo no fórum. Na época que eu era mais ativo, liam-se notícias de tentativas de modernização por parte de países europeus e já ficava evidente que o modelo brasileiro, além de totalmente corrupto, estava ficando defasado.

Pois bem: vimos o Barcelona valorizar sua categoria de base e a Espanha trucidar todo mundo por pelo menos seis anos, agora vemos o projeto alemão dar certo e a Alemanha chega a sua segunda final com essa geração (Euro 2008; Copa 2014), com promessa de vir mais coisa por aí.

Aqui mesmo na América do Sul, vimos coisas totalmente absurdas. Os times brasileiros ainda são muito superiores tecnicamente do que os outros, apesar de tudo (de modo geral). Nos outros anos, vimos brasileiros sendo engolidos por times inferiores graças a um pequeno detalhe que é desvalorizado em terra brasilis: TÁTICA. Mas sempre sobrava um time, às vezes resultado de bons trabalhos dos técnicos (caso, por exemplo, do Corinthians/12), às vezes na qualidade do time (Santos/11), às vezes um pouco dos dois (Galo/13). Uma hora não ia sobrar porra nenhuma.

Óbvio que existe uma série de outros fatores que influenciam, mas com o material humano que nós AINDA temos, dava pra fazer coisa assustadoramente melhor. Enxerga-se, desde o início, que a culpa é dos técnicos. Mas, na realidade, os técnicos são apenas o produto do que tem sido praticado aqui no Brasil, um mero reflexo, assim como nossa seleção.

Isso que eu só passei os olhos sobre o que há de mais superficial no futebol brasileiro. Se for pra entrar de verdade na raiz do problema, dá pra escrever um livro com muita tranquilidade.

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Pelas divergências de opiniões sobre o Cosme, eu tô até agora tentando entender se isso foi um elogio ou uma crítica...

kkkkkkkkkkkkkkkk

Foi a forma como você escreveu, cheio de parágrafos.

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  • Diretor Geral

10 de julho de 2014 • 21h47 • atualizado às 22h04

Aldo Rebelo exige mudanças e defende intervenção estatal no futebol

Após a vexatória derrota do Brasil para a Alemanha, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta quinta-feira que o futebol nacional necessita de mudanças, incluindo maior intervenção estatal no esporte.

"Precisamos examinar o motivo e a causa desse acidente. É uma marca profunda. Precisamos extrair lições para que o Brasil reponha a seleção no status que ela deve ter. O futebol precisa de mudanças. A derrota contra a Alemanha evidencia essa necessidade. Precisamos, por exemplo, montar uma infraestrutura nova para aproveitar esses estádios (construídos para a Copa)", afirmou Rebelo em coletiva de imprensa, organizada pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL), no Rio de Janeiro.

O ministro defendeu como prioritárias as medidas para melhorar a gestão dos clubes, que enfrentam graves crises financeiras. Rebelo também criticou a reforma na legislação que terminou com as possibilidades de intervenções do governo nas entidades esportivas.

"Após a redemocratização do Brasil surgiu um clamor contra a presença do Estado no esporte, especialmente no futebol. Era uma coisa ligada ao regime militar. Assim surgiu uma legislação que retirou totalmente o Estado e deixou o futebol nas mãos do mercado, dos grandes empresários e dos dirigentes", afirmou.

Rebelo assegurou que se opôs a essa legislação, já que pensa que o esporte é um assunto de interesse público. Por isso, ele propõe reformas para permitir que o governo possa ter mais atuação no futebol.

"Temos pouco poder na regulamentação ou gestão dos clubes. Não sou favorável que o governo escolha o presidente da CBF ou dos clubes, mas deveríamos ter uma participação maior. Mais atuação, já que oferecemos recursos a eles", afirmou.

O ministro acrescentou que o governo discute atualmente com o Congresso maneiras de ajudar os clubes a organizar suas finanças e respeitar as obrigações trabalhistas com os atletas. Para o ministro, uma das possíveis mudanças seria reformar a legislação que permite o êxodo dos jovens jogadores brasileiros para a Europa.

"Vários críticos já disseram que somos fornecedores de matéria-prima e importadores de produtos acabados. Uma parte de nossa seleção sub-15 está no exterior. Nossa legislação tirou o poder dos clubes e o deu aos empresários. O que facilita a importação da nossa matéria-prima", disse.

As propostas do ministro, no entanto, esbarram nas regras da Fifa, que veta qualquer tipo de intervenção estatal na gestão do futebol, sob ameaça de afastar o país das Copas.

Fonte: Terra

E aí... o que acham da intervenção do governo? Dá pra se ter algum tipo de esperança?

E hoje fui assistir à entrevista do Paul Breitner, ex-jogador da Seleção Alemã e do Bayern de Munique, hoje "ministro do exterior" do clube segundo o próprio hahaha. E que puta entrevista, parece que ele a concedeu essa semana mesmo, após o massacre. Quem tiver disposição, vale mt a pena:

Impressionante como é clara e mt objetiva a visão de futebol desse cara. Passei a admirá-lo, demais.

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E aí... o que acham da intervenção do governo? Dá pra se ter algum tipo de esperança?

Bom, depende do que chamam de "intervenção" do Governo.

Se for uma "intervenção" pra acabar com o monopólio da Globo, a lavagem de dinheiro de empresários e dirigentes, é mais que óbvio que é benéfica - e nem precisa mudar nada da legislação, já se pode fazer algo neste sentido hoje mesmo.

Uma outra coisa seria criar uma legislação que visasse a proibição - ou diminuição, de ida de "jovens" para times do exterior... fazendo-os permanecer aqui... mas aí nem chamaria de "intervenção", muito menos do "Governo", e sim apenas uma iniciativa legislativa do Congresso, que seria aplicada às práticas esportivas brasileiras em geral...

Agora, o tipo de "intervenção" que não gosto, e não admito, é aquela que já foram propostas, como as de "perdoar" as imensas dívidas de clubes. Isso é irracional. Primeiro, porque lesa o erário público. Segundo, porque simplesmente "foderia" os times que ficaram anos com times "meia bocas", fazendo seu papel direitinho, pra não se endividar, enquanto outros, por décadas e décadas, nunca tiveram um planejamento descente, traziam deus e o mundo pros seus clubes, sem ter como pagar... e aí, num "toque de condão", tem toda essa ineficiência administrativa retirada do panorama... isso é inconcebível... (e falando como pessoa, não como torcedor, já que meu clube mesmo deve vários milhões...).

Outra "intervenção" que não me agrada é a do Governo nos campeonatos, como era feito na ditadura, que deu origem até ao ditado de "onde a ARENA vai mal, mais um time no nacional".

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Seria ótima mesmo uma intervencao para quebrar o monopolio da mafia Globo-CBF.

Outra solucao seria os clubes simplesmente para lutar por seus interesses, uma liga. Ai teriam forca politica para bater de frente com a CBF e as federacoes estaduais.

Outra possibilidade é o Bom Senso FC convocar uma greve geral, e ir aos poucos melhorando o futebol.

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http://espn.uol.com.br/post/425635_uma-noite-no-museu-de-ideias

Texto interessante. Acho que não é o único problema que temos, mas já da pra entender um dos aspectos.

Boa!

Excelente texto...

Os "treinadores" ali são Joel Santana, PC Gusmão e Autuori, salvo engano, que participaram do Footlink de ontem.

O jovem é o Seabra, que foi treinador do Red Bull.

Mostra o quão problemática é nossa situação...

Como todos aqui já disseram, o problema é enorme: passa pela CBF, organização dos campeonatos, falta de métodos para as categorias de base dos clubes, e falta de termos jogadores aqui, que sejam desde o começo, TREINADOS por treinadores de verdade...

A fala desse pessoal, que estão a anos no futebol, não bate nem com a minha experiência de futebol - que se limita a jogos "managers" e FIFA/PES.

Eles parecem aquele jogador de FM, que pega o emprego, fica procurando jogadores para seu time, procurando melhorar...

Mas aí não analisa o adversário, não procura os erros e espaços deixados, escala jogadores para fazer funções erradas, vai pra um jogo com uma formação que favorece a escalação/funções/jogadores adversários...

Pelamor! Até nisso o FM consegue ser realístico...

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Cara, o pior que a formação de treinadores é algo que eu acho REALMENTE complicada de ser melhorada. Claramente falta quem ensine a ser técnico. Como fazer surgir quem entenda de tática pra ensinar os futuros treinadores que é a pica.

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  • Diretor Geral

Cara, o pior que a formação de treinadores é algo que eu acho REALMENTE complicada de ser melhorada. Claramente falta quem ensine a ser técnico. Como fazer surgir quem entenda de tática pra ensinar os futuros treinadores que é a pica.

Valeu por trazer a coluna do ótimo André Rocha pra cá, havia passado batido por mim. :yest:

Quanto à "ensinar a ser técnico", realmente por aqui as coisas são mais complicadas, visto que os mais velhos se apoderam das rédeas da situação (no caso, a gestão do futebol) sempre que lhes convém, com a carta do "conhecimento e anos de prática" na manga, sendo esfregada na cara dos jovens.

Pra quebrar isso só mesmo "ir ganhando terreno aos poucos", colocando gente nova e arejada próxima de cargos que de fato tenham poder de alterar alguma coisa, pra mais pra frente podermos criar um curso de técnicos atualizado, padronizado e que preze pela qualidade do treinador em todas as frentes: tática, técnica, gerencial, administrativa, psicológica e etc, etc.

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Intervenção de governo? Não, obrigado, governo já mete o nariz em coisas de mais nessa bosta, precisamos de menos governo e mais ação.

Artigo interessante sobre essa abordagem e algumas das ações que poderiam ser abordadas:

Mudar os clubes. Ou nada mudará

O Armagedon de 8 de julho, como chamou a revista The Economist, repercutiu intensamente em todo o mundo. Segundo uma das mais respeitadas publicações do mundo da economia, o Brasil precisa de “novas ideias no campo e fora dele”.

Perfeito. Como perfeitas são várias outras colocações.

Várias, mas não todas, pois já tem gente clamando pela intervenção da Presidente Dilma Rousseff no processo. Novamente, tristemente de novo, como sempre, setores da sociedade clamam pela ação do Estado contra a própria sociedade da qual fazem parte. O Estado, ou como se diz em Pindorama, o “governo”, nada tem que intervir no futebol, assim como na economia e em muito mais onde já intervém de forma permanente e, obviamente, sem a menor competência. Querer que um Estado que se mostra claramente incapaz de cuidar com um mínimo de decência de educação, saúde, segurança e transporte, cuide também de produzir bens, matérias-primas e serviços e agora até do futebol, é uma demonstração de nosso brutal atraso social, cultural e político.

Compete hoje ao Estado, na figura da Presidente da República, assinar a Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte, tão logo ela passe pela Câmara e Senado, da qual muito já se falou nesse OCE. Mesmo com as mudanças que o projeto do Deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) sofreu, todas favorecendo a CBF, ainda é nosso melhor caminho para o enquadramento dos clubes num modo de vida decente e compatível com o das empresas e cidadãos.

No mais, que fique o Estado a cuidar do que deve cuidar e deixe a sociedade cuidar de si própria. No caso do futebol, as muitas mudanças necessárias devem ser feitas a partir dos clubes.

Por que mudar os clubes?

Porque são os clubes a base do futebol. Tudo começa e termina neles. Futebol é clube. Seleção é somente um aproveitamento dos clubes, hoje num nível exagerado, a ponto de virar verdadeiro parasitismo.

Quando falo “mudar os clubes” fica implícita a necessidade vital de mudar seus dirigentes. Tanto faz o nome, tanto faz quem comande ou venha a comandar, o que tem que mudar é a mentalidade hoje dominante e a visão do processo futebolístico.

Os clubes têm que se assumir como o componente mais importante desse processo, dessa cadeia e agir como tal.Isso implica, outra obviedade, tomar pulso nas federações e na confederação e organizarem, de forma profissional, moderna e avançada, as competições de que participam.

O papel dessas entidades parasitas – de novo esse termo, reparem – é agir como um mero cartório de registro de inscrições e disporem de corpos técnicos para elaboração de tabelas, nada mais. No caso da confederação, fica também a responsabilidade pelos selecionados nacionais nas diversas faixas etárias.

Não é e não pode ser objetivo dessas entidades gerar lucro ou superávit. Isso é uma total distorção de todo o processo. E seus dirigentes, quanto mais desconhecidos do público forem, melhores serão. Porque não devem passar de gerentes administrativos. Não podem ser pavões imperiais a ditar normas e regras para nosso futebol, sem peso, sem lastro, sem o apoio e envolvimento com as muitas dezenas de milhões de torcedores que sustentam toda essa estrutura.

Tirar esses pavões nacionais e estaduais do doce e aconchegante poder não será tarefa fácil, mas sem que isso aconteça nunca teremos mudanças reais, consistentes, sólidas, sustentáveis.

Para mudar, os clubes têm que se democratizar, nem que para isso o futebol tenha que ser separado das áreas sociais dos clubes. Esse é um ponto em que a sociedade, através de seus representantes eleitos para o parlamento, deve intervir. Todo e qualquer clube que queira gozar de mínima benesse da sociedade deve separar as áreas e deve ser democrático.

Isso implica conselhos deliberativos que sejam mais do que são hoje em sua quase totalidade: vaquinhas de presépio. Conselheiros – há exceções em todos os clubes – têm mais interesse na “carteirinha” e na vaga privilegiada para estacionar do que, de fato, nos destinos do futebol do clube. Manutenção das piscinas e planejamento estratégico do futebol não podem conviver no mesmo corpo, pois, como temos visto, a piscina vence. E a tudo os pequenos grupos encastelados em seus pequenos nichos de poder dizem amém.

Os colégios eleitorais precisam ser ampliados. O torcedor, na figura do sócio-torcedor, já tem o direito natural e democrático de ter voz e voto. Esse direito precisa ser sacramentado, com o mínimo de restrições, em todos os clubes. Isso está muito longe de ser utópico e a melhor prova está nos dois grandes clubes de Porto Alegre – Grêmio e Internacional – onde essa prática já é corrente e segue avançando, com alguns percalços, o que é natural nas atividades humanas.

O corolário disso tudo será a aparição de novos dirigentes, modernos, conectados com o mundo real e com a democracia. Eles já existem, mas não têm peso. A exceção, nesse momento e por enquanto, é a direção do Flamengo. Que está longe de ser perfeita, logicamente (somos humanos, lembram?), mas em seus discursos e em sua prática, tem buscado trabalhar pela sustentabilidade do clube e seu futuro decente.

Ou seja, não é utopia, não é impossível. Clubes mudados terão mais poder, mais força para mudarem federações e a confederação.

Durante esses poucos dias pós-Armagedon já vi manifestações dizendo que os clubes deveriam “mudar” a CBF. Como se fosse fácil e fácil parece ser para quem não buscou informações. A CBF, como esse OCE já destacou várias vezes, em diferentes oportunidades, é uma entidade fechada e solidamente defendida por seu estatuto.

São 47 os votos que elegem seu presidente (e companheiros de chapa). Desses, 27 são os votos das federações estaduais e 20 são os votos dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Ou seja, não existem os “40 votos” A e B que muitos imaginam. Uma chapa precisa ter o apoio formal, escrito, de no mínimo 8 federações e 5 clubes da Série A.

Os clubes têm direito a voto apenas e tão somente na Assembleia Geral Eleitoral, de quatro em quatro anos. Das Assembleias ordinárias, anuais ou extras, que decidem o dia a dia da entidade, os clubes não participam. Somente as federações estaduais participam do poder propriamente dito.

Não se muda tudo isso com canetada de presidente. Muda-se por dentro, vencendo uma eleição e colocando em discussão um novo estatuto, mais aberto e democrático. Essas são as mudanças realmente necessárias para nosso futebol. São as mudanças de base, mudanças estruturais, mudanças profundas.

Claro está que o 8 de Julho, o Armagedon, exige mudanças imediatas, a começar pela Comissão Técnica do selecionado, a mesma que nos mandou, a todos, para o inferno. Mandou de fato, para nossa profunda e imorredoura tristeza.

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Olha, eu discordo do texto filosoficamente, acho que o Estado tem que intervir na sociedade sim. E não é diferente com o futebol. Só que isso não significa estatizar os clubes, mas sim criar mecanismos de regulação para que as coisas funcionem corretamente. Punição SÉRIA pra improbidade administrativa e calotes dos clubes é o principal, pra mim. Porque se dirigente fosse pra cadeia, não era essa bagunça que é.

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