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Cena Pernambucana


Visitante João Gilberto

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Alguém tem outro link pro CD do Joseph Tourton? Ouvir no Soundcloud é tenso, mas a velocidade do 4shared é mais tensa ainda.

MP, por favor... se bem que acho que não seria warez, né...

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Visitante João Gilberto

acho que se voce procurar no myspace deles acha tranquilo...

edit: achei este site onde vc pode baixar: AQUI!

não creio ser warez porque é um portal oficial do governo de pernambuco..

você pode baixar musica por musica ou tudo de uma vez.

falow...

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  • 1 mês depois...
Visitante João Gilberto
Resenha: Karina Buhr – Eu Menti pra Você

Por Hugo Montarroyos

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Das dezenas de novas cantoras surgidas nos últimos anos no Brasil, Karina Buhr é, de longe, a mais talentosa e criativa delas. E por um motivo muito simples: Karina não é cantora de ofício. Não possui vozeirão, vícios e maneirismos que tanto irritam nas novas candidatas a herdeira de Elis Regina. Como sua voz cabe numa caixa de fósforos – e ela sabe disso -, Karina lança mão de outros recursos. E, os mais valiosos deles são a mão certeira nas composições e uma despretensão que deveria servir de ensinamento para muita menininha que se acha a nova Marisa Monte de sua geração.

Como Karina admite na genial “Ciranda do Incentivo”, ela só sabe tocar seu tamborzinho e olhe lá. Karina Buhr é velha conhecida de quem, como o autor dessas linhas, frequenta a cena pernambucana desde o início dos anos 90, tempos em que ela roubava olhares e suspiros dos marmanjos no público dos shows do Eddie. De lá, embarcou numa corajosa carreira com o Comadre Fulôzinha, talvez a menos comercial das bandas já surgidas em Pernambuco. Depois, São Paulo, Teatro Oficina. E a maturação de um disco que cansou de esperar por fundos de incentivo à cultura e foi lançado do próprio bolso. Em outras palavras, punk. Não tem quem lance, eu mesmo lanço! E assim foi.

Demorei a resolver escrever sobre este disco. Primeiro, por burramente me prender ao “rock” que adorna o nome deste site. Segundo, porque achava que, depois da Ilustrada, da Folha de São Paulo, dar merecida capa ao álbum no início do ano, não haver mais nada de relevante a dizer sobre “Eu Menti Pra Você”. Em ambos os casos, estava enganado.

Produzido por Karina, Bruno Buarque, Mau e Duda Vieira, o disco prova, em 13 faixas, que é possível fazer música original, descolada, criativa e antenada sem precisar lançar mão de produções glamourosas, exageros, afetações e quetais. E, claro, a guitarra de Fernando Catatau em algumas músicas só ajuda. De “Eu Menti Pra Você” até o final com “Plástico Bolha”, a palavra de ordem é uma só: inteligência, artefato cada vez mais rareado na cada vez mais combalida indústria cultural.

Karina Buhr corre por fora. Quem mais teria coragem de fazer “Ciranda do Incentivo”? Um funk em que desdenha do próprio talento e dá um verdadeiro tapa na cara das comissões julgadoras de trabalhos artísticos contemplados pela “generosidade” do governo. “Tá tudo padronizado no nosso coração / nosso jeito de amar, pelo jeito, não é nosso não”, canta em “Mira Ira”. Atenção, nova cantora: você não conseguirá produzir verso tão certeiro da noite pro dia. Isso exige vivência, leitura, trabalho, carreira. E Karina já dispõe de tudo isso há um bom tempo.

2010 foi repleto de bons lançamentos. Na música pernambucana, então, nem se fala. Pois o melhor deles, para este escriba, é “Eu Menti pra Você”. E, pode acreditar, não é mentira dele.

Cotação – ótimo

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  • 1 mês depois...
Visitante João Gilberto

pesquisando ontem, encontrei um link no 4shared pra um CD do Del Rey...

como os caras não gravam nada pelo fato das musicas serem do Roberto Carlos e o Del Rey apenas um projeto paralelo de diversão, não creio que tenha problema em postar o link aqui.

a qualidade não é das melhores, mas faz tempo que tento encontrar algo deles... é quase uma raridade!

pois bem, o link é este: BANDA DEL REY.

vale a pena, fazendo uma boa equalização no som dá pra curtir numa boa...

espero que curtam.

=)

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Visitante João Gilberto

esqueci de comentar:

China e alguns integrantes da Mombojó agora reinventam o iêiêiê com a banda DEL REY. Em maio de 2003 surgiu a idéia de formar a banda, após um telefonema de uma amiga que pedia sugestão de um grupo para animar uma festa. Com o telefone na orelha, eles acabavam de encontrar a primeira oportunidade para "ensaiar" a Del Rey e ver se o negócio tinha futuro. Poucos dias depois, China (ex-Sheik Tosado, agora com projeto próprio), Chiquinho, Felipe S, Samuel e Vicente (todos da Mombojó) já faziam o primeiro show no Capibar, um bar na margem do Rio Capibaribe, no Recife. O sucesso foi inesperado. "As músicas mexem com o coração de todos da banda e quando estamos tocando, cada um põe a alma e o coração a serviço da canção", diz China. "Por isso, cada música tem nosso sentido e nosso balanço", acrescenta.

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DEL REY é: China (vocal), Marcelo Machado (guitarra), Vicente Machado (bateria), O Rafa (baixo), Chiquinho Moreira (teclados) e Felipe S (guitarra).

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Só estou passando por aqui pra relatar que conheci "Eddie" esses dias e achei do caralho.

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  • 2 meses depois...
Visitante João Gilberto

Lula Côrtes faleceu nesta madrugada

Por Guilherme Moura em 26 de março de 2011

Cantor e compositor Lula Côrtes faleceu nesta madrugada (26/03/2011 | 01h37 | Morte).

O cantor, compositor e poeta Lula Côrtes morreu na madrugada deste sábado. Ele sofria de um câncer na garganta há anos e, segundo amigos, estava na praia de Maracaípe quando passou mal, sendo trazido por uma ambulância para o Hospital Barão de Lucena, onde já chegou sem vida.

Lula foi um dos pioneiros em fundir o ritmo regional nordestino ao rock and roll, fazendo história junto a compositores como Zé Ramalho e Alceu Valença. Sua última apresentação aconteceu no Pátio de São Pedro, no domingo de Carnaval.

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

RecifeRock!

Programação do Abril Pro Rock 2011

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Saiu a programação dos 2 dias do Abril Pro Rock no Chevrolet Hall. Confira:

15.04 – SEXTA

The Misftis (EUA)

D.R.I. (EUA)

Musica Diablo (SP)

Torture Squad (SP)

Violator (DF)

Desalma (PE)

Facada (CE)

Cangaço (PE)

17.04 – DOMINGO

The Skatalites (Jam)

Eddie (PE)

Arnaldo Antunes (SP)

Karina Buhr (PE)

Tulipa Ruiz (SP)

Holger (SP)

Chicha Libre (EUA)

Mamelungos (PE)

Banda vencedora da promoção Bis Pro Rock

RecifeRock!

só eu acho que piora a cada ano?!

=/

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Também acho isso João, o Abril já foi um grande festival... a cada ano perde público e patrocínios.

E recentemente perdeu 1 dia... são apenas 2 agora, pra mim é questão de tempo o festival só ter apenas 1 dia.

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  • 3 meses depois...
Visitante João Gilberto

vou tentar movimentar isso novamente.. pqp!

por enquanto apenas um video antigo, mas não postado aqui ainda:

Pernambuco além da crítica

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por Thiago Venanzoni

Na garoa de uma sexta-feira qualquer, desembarcam no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, jovens de Pernambuco que diziam fazer o chamado Manguebeat, estilo de música que, grosso modo, mistura a batida do maracatu e sons regionais com instrumentos elétricos, mas que na realidade vai muito além disso. Pupilo, Otto, Fred 04, Lucio Maia e Chico Science eram alguns desses que partiam, no começo da década de 90, para tocar em festivais universitários e pequenas casas noturnas de São Paulo, desbravando, como verdadeiros migrantes nordestinos, a cidade grande e o sul do Brasil.

O que hoje é conhecido como um marco nacional, naquela época ainda era completamente novo. Os expoentes do Manguebeat queriam fazer música e cada um à sua maneira. Otto, um dos mais experimentais, afirmou algumas vezes que havia entre eles uma rivalidade sadia, na qual um queria se diferenciar musicalmente do outro. Por essa razão é possível presenciar na cena uma composição tão diversa da outra, mesmo que colocassem, já naquela época, tudo em um mesmo rótulo (indevido, diga-se).

A razão da rotulação é bem simples: tratava-se de algo estranho aos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, e por todos serem de uma mesma região, o agrupamento indevido aconteceu. A crítica criou uma confusão, fácil de ser resolvida, mas que ainda, por insistência de alguns, permanece no senso comum.

Atualmente, como afirma o cantor China, “Recife (e Pernambuco) tem música ruim, como qualquer lugar, mas é onde se faz a melhor música do Brasil!”. O discurso nada burocrático do músico tem sua razão de existir. Não só para dizer que há diversidade na música do estado, como também afirmar que há muita qualidade. A recente geração de Mombojó, do próprio China – em carreira solo –, da não tão recente Eddie, de Jr. Black, Catarina Dee Jah, A Banda de Joseph Tourton, Karina Buhr, Orquestra Contemporânea de Olinda, entre outras, reafirma a exclamação colocada acima.

Um dos exemplos colocados, Mombojó, se traduz simbologicamente para a dita diversidade musical. Em seu mais recente álbum, “Amigo do Tempo”, lançado em junho do ano passado, ouve-se uma banda em profundo redescobrimento harmônico, situando-se em outras lacunas musicais que se diferem dos dois primeiros discos, “Nadadenovo” e “Homem Espuma” – esses dois, já diferentes entre si.

A explicação não está apenas na mudança estrutural do Mombojó como grupo, com a saída de um integrante e o trágico falecimento de outro, mas também em uma busca constante pelo movimento, pela mudança. Como dizem em sua canção “Justamente”, do disco de 2010, “Todo dia muda alguma coisa e não sou a mesma pessoa de algumas horas atrás”. Apesar da alternância de valores e sentimentos de suas canções, o Mombojó não perde a identidade, nem do Recife, e nem a construída desde a sua formação.

China acredita que o Pernambuco não se pode restringir apenas ao que houve no começo da década de 1990, cena a qual participou ativamente com sua antiga banda Sheik Tosado. Porém, não nega – e nem deve negar – que a turma que veio antes, do Manguebeat, foi, e ainda é, de suma importância para o que se faz atualmente no Estado. “A nossa última grande referência em Pernambuco tinha sido Alceu Valença, ainda da década de 1970 e 1980. O ‘mangue’ trouxe uma renovação na música local muito sentida e respeitada.”, completa o músico. De fato, as referências diversas e o modo autoral de composição nascido no estilo são as características que permanecem vivas entre os atuais músicos, e não apenas ao que se restringe à antropofagia e regionalidade do Manguebeat, como comparam por aí.

Entre os quase desconhecidos, a cantora e compositora Catarina Dee Jah compartilha dessa opinião. Para ela, tudo faz parte do desenvolvimento natural que o tempo trás e da revolução na troca de informações que hoje voa junto com a internet. Apesar de considerar isso algo bom, pondera e polemiza sobre o que se faz hoje em seu estado: “O Manguebeat foi a ponta de lança de tudo o que está acontecendo, mas hoje sobra estética e falta conteúdo”.

Dona de um estilo único e distante de quase tudo que se faz no país, com influências do soundsystem jamaicano, Bollywood e punk rock, Catarina – que em alguns momentos recebe a alcunha de “Joelma punk” – atrela a sua liberdade e seu conhecimento musical, e a de todo estado, à revolução citada: “Antes não existia uma cena, não existiam profissionais e técnicos, tudo isso foi formado a partir daquela época com as primeiras turnês internacionais e as primeiras edições do Abril pro Rock (festival de rock mais importante do Recife). Somos comprometidos com a música, isso está intrínseco na nossa maneira de falar, compor e viver.”

Na mesma toada estão os garotos instrumentais da Banda de Joseph Tourton. Para eles, não tem como dizer que não há nada do estilo encabeçado por Chico Science na música que é feita hoje em Pernambuco, porque, afinal, ele “mexeu na história da canção pernambucana”. Apesar disso, até por serem bem novos, defendem a opinião que este não existe mais e seu tempo já passou, ideia contemplada por alguns que fazem música por lá.“No nosso caso não fazemos músicas “manguebeat”, fazemos o som que nós gostamos de fazer: que nada mais é do que todas as influências dos integrantes unidas e sintetizadas.”, afirma Gabriel, um dos integrantes. A Banda de Joseph Tourton, que mescla influências de música do mundo inteiro em um som instrumental, é outra que reflete a qualidade musical, e, principalmente, a diversidade que se apresentam atualmente no Pernambuco.

O Manguebeat foi algo que teve – e tem – uma importância fundamental para a propagação do Pernambuco hoje e isso é um fato que nunca será alterado. Porém, as influências mudaram e a diversidade musical aumentou, o que desvencilha, um pouco mais, o que ocorre agora com o que houve antes. Deixando as claras, a música do estado está em um processo de amadurecimento, que busca outras musicalidades e outros suportes. Como diz Catarina Dee Jah, Pernambuco tem uma profusão de estilos que vai desde a cultura popular renovada à bandas de infinitos estilos sonoros. Ou seja, há no estado uma liberdade de criação e originalidade que não se vê no resto do país, o que coloca a dita cena musical contemporânea pernambucana muito além de um estilo, de um rótulo e, principalmente, da crítica.

SCREAM & YELL 2.0

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  • 6 meses depois...
Visitante João Gilberto

Encontrei alguns sites novos e vou tentar movimentar esse tópico novamente:

PERNAMBUCO TAMBÉM TEM ROCK, E DOS BONS!

Pernambuco. Estado do Brasil da região Nordeste, conhecida como a “nova Roma” de bravos guerreiros, pois é, pra realizar rock no estado tem que ser guerreiro mesmo. Para se ter uma ideia, não são apenas as regiões, principalmente, sudeste/sul, que realizam “pré-conceitos” sobre a qualidade das bandas de rock daqui, mas sim a maior parte da população do estado.

E o governo contribui muito nisso, pois não há programas que incentivem este tipo de gênero musical aqui, já para o frevo e o maracatu, é outra história. Além disso, os meios de comunicação, leia-se canais televisivos e estações de rádio locais, insistem em divulgar o brega.

Embora todas essas adversidades, os “guerreiros”, que curtem o rock em Pernambuco, realizam suas bandas, e muitas de qualidade. Sem desmerecer os outros estados da região Nordeste, mas junto com o Ceará, Pernambuco tem as principais bandas do estilo no estado.

E engana-se quem acha que o rock só fica centralizado na capital Recife. Claro que neste pólo há mais atrações, porém iniciou-se um processo de interiorização de eventos de rock. Quem poderia imaginar os gaúchos da Doyoulike? tocando em Serra Talhada, uma cidade sertaneja? Agora vale lembrar, que estes eventos ocorrem por causa de bons produtores e bandas locais fiéis ao projeto de incentivar o estilo de som no estado.

Os sons daqui são de todos os tipos. Quer escutar um punk/rock? Tenta o Subversivos, que fez até uma tour pela Europa no início do ano, vai para o Indie? Que tal o Team.Radio, destaque nos sites tramavirtual e na MTV Brasil? Se você for mais para o powerpop/eletrônico, procura por Lune Square. Sua praia é mais um hardcore estilo Dead Fish? Então duvido você não curtir a Dillema. Som mais “escrachado”, feito o do Cueio Limão? Vai de Funside.

Enfim, não é clichê nenhum dizer, que há uma lista imensa de bandas que merecem serem citadas. Embora todas as dificuldades, o rock em Pernambuco está cada dia mais forte, por que você não dá uma chance? Você vai se surpreender com os sons.

PUNKNET

PERNAMBUCO TAMBÉM TEM ROCK, E DOS BONS! #2

O mau uso das redes sociais pelas bandas pernambucanas

Uma coisa que incomoda há muitos aqui em Pernambuco são as bandas de rock locais, que exploram de uma má maneira as suas páginas do twitter e do Facebook, enfim, as redes sociais. E como diz aquele velho ditado: “Propaganda é a alma do negócio”. Do que adianta o conjunto lançar um EP/CD bem gravado, que muitos elogiam, e depois ficar meses sem anunciar mais nada para seus fãs? Fazendo, no máximo, uns dois shows, por mês?

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O conjunto, que tem tudo para ser uma grata revelação da cena rock nacional daqui de Pernambuco é a Scenes of a Crime, muito por causa do seu vocalista, Michel Douglas, mais conhecido como MD. O garoto é bem talentoso, e os vários grupos que o vocalista participou ao longo de sua carreira contribuíram para isso, são cerca de umas dez bandas, além de seus projetos. No youtube, você pode encontrar o videoclipe da canção “go away”, do seu projeto solo A Only Vision. Vale a pena conferir.

Retornando ao som da Scenes relacionado ao mau assessoramento do conjunto, já podemos perceber na falta de comprometimento de datas. O grupo estava um tempo parado, mas voltou anunciando nas redes sociais que dia 31 de julho sairia o seu mais novo álbum, que seria visando uma carreira internacional, sim internacional! Com todas as faixas sendo cantadas em inglês. Final do ano está chegando, e o máximo que o conjunto disponibilizou foram alguns singles.

É bom a banda ser um pouco mais humilde, tentar conquistar primeiro o público da cena nacional, honrar seus comprometimentos, e se houver algo que não estava nos planos do grupo, comunicar para seus fãs os reais motivos do problema. Se vão conquistar fãs internacionais é outro caso, mas que pelo menos não ficarão restritos a Pernambuco, o pessoal que gosta de um “rock pop” nacional, pra não dizer teen, vai gostar do som da banda.

O caso da Scenes of a Crime é só um exemplo para representar como as bandas locais ainda precisam evoluir no quesito relacionamento com seus fãs. Há exemplos de tudo: de troca de nome da banda, e que não foi anunciado o novo, briga entre membros pelo twitter, uma banda falando mal da outra, entre outros casos. O som dos grupos evoluiu bastante, porém, em relação ao quesito redes sociais, as bandas pernambucanas ainda estão longe de passar por média.

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PERNAMBUCO TAMBÉM TEM ROCK, E DOS BONS! #3

O passado, presente e futuro do metalcore pernambucano

Todo mundo já sabe, que para se ter informações do rock em Pernambuco, é complicado. O máximo de notícias conseguidas são em poucos sites ou blogs voltados ao estilo no estado, ou seja, pela internet. Muito pouco para divulgar pequenos eventos, principalmente se entre as atrações principais estão as de metal. Mesmo assim, há algumas bandas que “invadem” a cena mais popular do estado, que conta com shows de bandas de pop rock/ powerpop /pop punk, são as rotuladas bandas de metalcore (mistura de hardcore com heavy metal).

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Atualmente, duas bandas desse estilo vêm figurando em vários shows de rock no estado. Os conjuntos são A Seventy Times Seven e a Panic, Sky Fell. A primeira, lançou em 2011 seu EP de estréia, intitulado “Em meio ao desespero”, além do clipe da canção “O desespero de Caim”, que pode ser conferido no youtube. É muito desespero para uma banda só. Já a Panic, Sky Fell lançou o seu segundo EP este ano, chamado de “The Dark Side of The Dancefloor”. E se lembram que eu falei no inicio da coluna sobre os sofridos sites e blogs? Pois bem, um desses fez uma resenha do novo álbum da Panic,que até elogiou a banda, mas fez uma crítica (como toda boa resenha), sobre o som da banda. E o conjunto não gostou. Xingou muito no twitter, no site mesmo da resenha, e em outros meios de comunicação que com certeza eu não vi. Ou seja, eles ainda não possuem maturidade para escutar que precisam melhorar para conseguir algum respeito. Respeito este, que bandas, não tão antigas assim, como Miami Device, Aléxis Has Taken Revenge (FOTO) e Sangria conseguiram. A Miami Device lançou vários singles, sendo uma das selecionadas até no antigo Guaraná Antarctica Sound, que foi transmitido para todo o Brasil através da RedeTV! A Alexis Hás Taken Revenge realizava um som tão bem feito, que muitos perguntavam: “essa banda é gringa?”. Já a Sangria, apesar de mais modesta, sempre foi humilde, aceitou criticas, e fez um EP “Mártir”, que foi bem elogiado pela critica.

Todas essas bandas acabaram por causa de falta de comprometimento de alguns membros do conjunto. O que fez, alguns desistirem da música, mas não por muito tempo. Eu fiquei sabendo que alguns componentes de todas essas boas bandas citadas acima, estão com conjuntos novos, só esperando a melhor hora para divulgar os seus sons. O metalcore pernambucano agradece.

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PERNAMBUCO TAMBÉM TEM ROCK, E DOS BONS! #4

Amarelo (ex-Iupi) retornando aos trabalhos

Uma das últimas bandas do gênero rock de Pernambuco, que obteve um destaque na mídia nacional foi a Iupi. Com um pop rock relacionado a canções de letras amorosas, Amarelo (vocalista da banda) e sua turma conseguiram bons vôos, realizando shows no sudeste, além de fecharem um contrato com a gravadora independente Oba Records! Com isso, em 2005, o conjunto lançou o seu primeiro álbum: “As viagens da vida”, título, com uma clara menção ao que a banda conseguiu.

Após o “As viagens da vida”, a banda, que já era muito elogiada no seu estado, conseguiu o respeito do público nacional, sendo uma das bandas independentes mais elogiadas. O próximo álbum do conjunto foi esperado com muita expectativa. O conjunto ganhou um “e” no final do nome da banda, “Iupie”, foi também o nome do novo álbum do conjunto. O CD foi “vazado” na internet alguns dias após seu lançamento. Tão foi surpresa o rápido compartilhamento do álbum, como foi o hiato da banda. A Iupi não deu uma resposta convincente, deixando os fãs perplexos com o fim do conjunto.

Anos se passaram, e no início de 2011, Amarelo reuniu alguns amigos, que já participaram da formação da Iupi, e começou a “brincar” lançando “Adeus amor”, uma nova canção, que ele tinha feito no youtube. Ele achava que o público já tinha se esquecido do som da banda. Enganou-se. O rápido número de acessos que o grupo conseguiu com o pouco tempo da música postada, fez Amarelo se dedicar novamente, para a música.

Após isso, mais um single foi postado, “Folhas secas”, e novamente uma chuva de acessos e de elogios foram feitos. Então, Amarelo decidiu lançar um EP, que tudo indica vai sair no início do próximo ano. No último domingo (27), ele postou em uma rede social, uma foto segurando um CD gravável. Estava escrito no CD: “Amarelo”, e o nome de 5 canções. Precisa dizer mais alguma coisa?

Abaixo segue dois vídeos. Um da Iupi e o outro com uma das novas canções do Amarelo:

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PERNAMBUCO TAMBÉM TEM ROCK, E DOS BONS #5

Os famosos shows “Remarcados”

Geralmente, aqui em Pernambuco, ocorrem shows de bandas nacionais independentes, realizados por três tipos de produtoras: as que de fato você sabe que o evento vai ocorrer; alguns iniciantes ou pequenos produtores que fazem um esforço enorme, mas conseguem produzir; e os que só querem ganhar dinheiro e não produzem o show.

Quando eu ainda não era formado em jornalismo e logo não ganhava credencial para entrar nos shows, pois não tenho “amiguinhos” na cena, pagava para ir aos eventos. Certa vez, uma “produtora”, que já acabou, anunciou o show do Cueio Limão em Recife. Curto muito o som dos caras e, como bom fã, comprei logo o ingresso do show. Resultado? O show foi cancelado, sem maiores informações pela “produtora”, faltando apenas um dia para o evento. Legal, né? Ano passado, finalmente, uma produtora que a gente sabe que o evento de fato vai ocorrer, trouxe os rapazes e eu finalmente pude presenciar um show dos “cueios”.

São vários shows que são cancelados sem uma resposta convincente. Mas o último, e que não deixa de ser um absurdo a parte, é o show do NX Zero aqui em Recife. O evento, de responsabilidade de uma “produtora”, a qual não vou citar o nome e, portanto, vou me referir como “X”, já foi cancelado duas vezes. Cancelado não! Eles dizem que está sendo remarcado. Bela piada galera!

Entendam a história: o show do NX Zero estava marcado para o dia 15 de outubro, porém, perto do evento, ele foi remarcado pela “Produtora X” para o dia 11 de dezembro. Mas quem não quisesse ir nesta nova data, teria esses longos dias para ser reembolsado? Nada disso, a produtora deu menos de uma semana para quem quisesse seu dinheiro de volta.

A justificativa dada pela produtora, para a nova data, foi presentear os fãs do conjunto com um belo evento no final do ano, com a participação do Restart também. Sim, eles prometeram mais uma banda para o público teen. Ao invés de ter dado essa desculpinha ridícula, a “X” poderia ter dito a verdade: a seleção da banda de abertura, que seria com bandas locais, foi cancelada porque os conjuntos se uniram e desistiram de realizar o famoso “pagar para tocar”. Quem vendesse mais ingressos era a banda selecionada para tocar antes do NX Zero. Bela forma de seleção hein? Aí, a “X” ficou sem grana para bancar o evento.

Chegamos em dezembro, perto do evento, e o show do Restart realmente vai ocorrer, no Mirabilândia, parque de diversões de Olinda. Ué? Não seria em Recife o evento? E o NX Zero vai tocar também? Que nada, a bela nova justificativa da produtora foi que os fãs pediram para separar os shows das bandas. Dá pra acreditar nisso? Aí, o evento do NX Zero, mais uma vez foi “remarcado”. Como disse Giovanni “Didio” Vicentini, na época, produtor do Cueio Limão, são por essas e por outras que trabalhar no underground é cada vez mais difícil.

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PERNAMBUCO TAMBÉM TEM ROCK, E DOS BONS #6

Hellcife.jpg

HELLcife Rock

Recife, pode ter vários aspectos positivos, até mesmo turístico, porém, no quesito rock, a cidade realmente é um “inferno” para as bandas. São vários fatores básicos que falta na capital pernambucana, entre eles podemos citar três: segurança, infra-estrutura das casas de shows e a falta de comprometimento de muitas produtoras e das bandas também.

A maioria dos shows de rock na cidade são realizados no bairro do Recife Antigo, ponto que está “entregue às baratas”. A prefeitura mostra imagens do local com ele todo iluminado, por causa das épocas de festas, como está sendo agora de fim de ano, e esconde a real situação do bairro. Situação esta que quem anda pelo Recife Antigo já sabe da triste realidade, como diria minha namorada: “O Recife Antigo sempre foi e sempre será perigoso”. Há a movimentação do comércio de drogas, que age livremente à noite.

Venda e consumo na cara de todo mundo, com vários menores envolvidos. As rondas policiais não impedem o funcionamento do mercado livre que se formou no local. Além disso, há o aspecto da violência, sendo o Recife Antigo um dos bairros mais violentos de Recife.

No quesito infra-estrutura, é difícil encontrar um bom local tanto para as bandas como ao público em si. Os locais estão cada vez mais precários. Em uma entrevista que fiz meses atrás com o produtor João Soares, ele resumiu muito bem a situação das casas de shows de Recife: “Estão com péssima infra-estrutura, geralmente os shows são realizados em garagens, ou em bares pequenos, fedidos, sujos e sem banheiro”. Um dos últimos locais, que eu conferi show aqui em Recife, foi no Burburinho Bar, ele é o que está oferecendo uma melhor infra-estrutura, pelo menos para o público isso eu tenho certeza, é uma pena que a maioria dos shows de lá são de bandas covers.

Finalizando essa análise, cito, mais uma vez, a falta de comprometimento de certos “produtores” e de algumas bandas. O que dizer de um show que é cancelado do nada, faltando poucos dias do evento? E uma banda que promete um cd no meio do ano, diz que já ta gravado, mas não é lançado? E nem explica direito o porque do álbum não ter sido lançado?

Agora, você ficou sabendo porque Recife é conhecido também de “Hellcife”, além de seu calor infernal, há os inúmeros problemas relacionados ao rock na cidade.

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  • 2 semanas depois...
  • 1 mês depois...
Visitante João Gilberto

...o álbum novo já saiu e tem pra DOWNLOAD GRÁTIS AQUI!

:excitedtroll:

Basta fazer um cadastro simples e pronto.

PS: Link da própria gravadora.

PERNAMBUCO TAMBÉM TEM ROCK, E DOS BONS! #22 – O novo álbum da Volver

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Formada por Bruno Souto (vocal e gui­tarra), Kleber Croaccia (gui­tarra), Augusto Passos (baixo), Thiago Nistal (bate­ria) e Missionário José ( tecla­dos), a Volver sur­giu em 2003 e ganhou des­ta­que por seguir na con­tra­mão da pro­du­ção musi­cal da cena per­nam­bucana pós­Mangue Beat.

As canções contavam desilusões, rejeições e o amor com cores de Jovem Guarda, em um cotidiano ainda adolescente, perdido entre o princípio da seriedade madura e o acaso de um certo deboche juvenil.

No início, a banda contava apenas com os amigos Bruno Souto (vocal) e Diógenes Baptisttella (guitarra) em sua formação. Enquanto entravam e saiam baixistas e bateristas, no final de Julho de 2003, os dois entram no estúdio para gravar um CD demo, antes mesmo de estabilizarem a formação e sem nunca terem feito qualquer apresentação ao vivo. As gravações são finalizadas na primeira quinzena de Agosto de 2003.

Apesar da pouca divulgação, a demo foi bem recebida pela crítica especializada local e nacional, sendo indicado, por exemplo, na categoria de melhor Cd Demo no 3° Indie Destaque, promovido pelo selo Midsummer Madness Records, além de ser incluído entre os melhores CDs Demos de 2003 em todo país pela revista eletrônica Senhorf, do respeitado crítico e pesquisador musical Fernando Rosa e pela revista masculina Playboy.

Atualmente, já com a formação fixa, a Volver continua sendo uma dos conjuntos mais conceituados do rock pernambucano. E nos últimos dias, a banda lançou seu mais novo álbum, intitulado de “Próxima Estação”

Bastante aguardado pelos fãs, o disco foi gravado e mixado em Recife e certamente é o trabalho mais pop e maduro do grupo pernambucano até aqui, destacando as pungentes e melódicas composições do vocalista Bruno Souto, que tratam, entre outras coisas, da mudança para São Paulo (onde a banda reside desde 2009), relacionamentos, reflexões e saudade.

O novo trabalho, que futuramente também estará disponível em CD e em vinil, já foi lançado virtualmente.

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      Foram as duas palavras que vieram à mente e à boca assim que soube da notícia da morte de Kurt Cobain. Era a tarde de 8 de abril de 1994. Estava de férias do jornal “Notícias Populares”, onde trabalhava, e estava com a TV ligada na MTV Brasil.
      O corpo do líder da banda Nirvana tinha sido encontrado num cômodo de sua casa em Seattle (EUA) com a cabeça estourada por um tiro na boca. Os legistas determinaram que a morte aconteceu três dias antes, em 5 de abril.
      O meu “Ele fez” resignado ao saber da tragédia deveu-se ao número de vezes em que esse fim foi anunciado, com o lado autodestrutivo e depressivo de Cobain (ele tinha outros bem melhores e positivos) levando-o a bater na trave em overdoses acidentais de heroína ou tentativas de suicídio que falharam.
      Nirvana foi minha banda do presente, que acompanhei enquanto os fatos surgiam e não com uma história construída no passado, como Beatles, Stones, Led Zeppelin ou Sex Pistols.
      Kurt tinha nascido no mesmo ano que eu, apenas alguns meses antes. Os dois anos e meio de auge da banda, entre o último trimestre de 1991 e o suicídio, podiam ser acompanhados milimetricamente pela mídia.

      O Nirvana tinha em Kurt um líder que compunha bem. Que dava entrevistas inteligentes. Que tinha um senso de humor torto e esperto. Que quebrava a guitarra no fim dos shows como The Who. Que misturava punk, rock clássico, pop a la Beatles, folk e hard rock e conseguia algo novo.
      Que se vestia comicamente de mulher para provocar machões broncos que ele não queria como fãs, era feminista e pró-LGBTQIA+ e poilticamente progressista.
      E Kurt era capaz de cantar suave e também rugindo, berrando do fundo da alma – tal qual os melhores gritadores como do fundo da alma como Little Richard, James Brown, John Lennon, Eric Burdon, John Fogerty e Johnny Rotten, entre outros.
      Minha admiração e a curiosidade para pesquisar me renderam a autoria de um livro: “Kurt Cobain: Fragmentos de Uma Autobiografia”, publicado em 2002 pela Conrad Editora e atualmente esgotadíssimo há anos. Nele, traduzi letras das músicas do Nirvana e estabeleci contextos e ligações com a vida de Kurt.
       
      Hoje eu não repetiria a experiência, tanto que o livro nunca foi reeditado nestes 22 anos. Mergulhar na complexa personalidade de alguém sem ser um profissional de psicologia ou psiquiatria não é algo que eu recomende. Tem seu peso. E, prestes a fazer 57 (idade que Kurt já teria se sobrevivesse até agora), minha vida é muito diferente de quando escrevi a obra.
      Mas o espaço aqui é para falar de Cobain, não de mim. Passemos para as vezes em que ele chegou perigosamente perto da morte até que finalmente conseguiu atingi-la.
      Overdoses
      Kurt descobriu a heroína na fase de experimentar drogas variadas, no fim da adolescência. Descobriu que a droga acalmava a dor e queimação que sentia no estômago, com a qual ele conviveu até morrer sem que algum médico diagnosticasse a causa.
      Também havia toda a mitologia romantizada da heroína no rock com junkies como Lou Reed, o rolling stone Keith Richards, John Lennon e Yoko Ono, Marianne Faithfull, Janis Joplin, Iggy Pop, Johnny Thunders, Dee Dee Ramone, Sid Vicious e seus contemporâneos em outras bandas grunge de Seattle.
      Sem falar no escritor beat William Burroughs, autor de “Junky” e “Almoço Nu” nos anos 1950. O apreço de Cobain pelo velho junkie sem remorsos levou-o a tocar guitarra enquanto Burroughs narrava uma história curta no single independente “The ‘Priest’ They Called Him”, lançado em 1993.
      Cobain se viciou em heroína e nunca conseguiu se livrar. E as overdoses começaram a se suceder de maneira alarmante assim que o Nirvana ficou famoso.
      Em 11 de janeiro de 1992, com a música “Smells Like Teen Spirit” e o álbum “Nevermind” nas colocações altas da parada Billboard, o Nirvana se apresentou ao vivo no programa humorĩstico-musical “Saturday Night Live”, da emissora americana NBC.
      Um triunfo (o “SNL” ainda era um programa de prestígio na época) que Kurt estragou horas depois ao ter uma overdose na festa pós-programa com o elenco. Foi salvo pela ainda namorada e futura esposa Courtney Love, que tinha medicação de emergência obtida ilegalmente.
      O consumo de heroína de Cobain ao longo daquele ano foi uma ignorância em seu excesso. Tanto que, em agosto de 1992, o casal se internou ao mesmo tempo num hospital – Courtney para dar à luz a menina Frances Bean, Kurt para fazer detox e quem sabe se livrar do vício.
      Courtney estava limpa de heroína desde que soube que estava grávida. Já Kurt exagerava e, sentindo-se culpado, passou a pensar que seu lindo bebê teria uma vida melhor sem seus pais problemáticos.
      Segundo Courtney, Kurt foi até o quarto dela com uma arma (sabe-se lá como ele conseguiu levar para dentro do hospital, mas a história contada é essa) e propôs um pacto suicida para que a recém-nascida Frances tivesse uma vida melhor com outros pais.
      Courtney disse que chegou a segurar a arma, mas conseguiu convencer Kurt a não cometer aquela besteira.
      Já 1993 foi um ano bem assustador. Courtney salvou Kurt de duas overdoses em casa, em maio e julho.
      E Cobain lidou por um tempo com a ideia de que queria batizar o álbum novo (que se chamaria “In Utero”) como “I Hate Myself and I Want to Die” (“Eu me odeio e quero morrer”).

      Reta final
      Em setembro de 1993, o Nirvana lançou “In Utero”. Em novembro, gravou o programa “MTV Unplugged”. Logo a banda sairia em turnê por EUA e Europa. Mas, em vez de se sentir feliz, Kurt estava amargo e se sentia consumido pela “máquina” da indústria de entretenimento.
      Na Europa, o Nirvana fez o que seria seu último show em 1º de março de 1994 em Munique, Alemanha. Kurt foi diagnosticado com bronquite e laringite, e shows seguintes foram remarcados.
      Kurt foi para Roma para se recuperar e, no dia 3, Courtney Love chegou de Londres, onde estava com sua banda Hole. O casal dormiu.
      Na manhã seguinte, Courtney encontrou Kurt estirado no chão e uma folha de papel com uma nota de suicídio escrita. Ele teve uma overdose com uma mistura de champanhe com o sonífero Rohypnol.
      Kurt passou cinco dias no hospital em Roma. Liberado, voltou para casa em Seattle. O resto da turnê europeia foi cancelado.
      Em 18 de março, uma desesperada Courtney ligou para a polícia, dizendo que Kurt tinha se trancado num quarto com algumas armas e uma atitude suicida. Os policiais conseguiram evitar a tragédia e confiscaram as quatro armas na casa.
      Perdido, Kurt perambulava por Seattle buscando mais e mais heroína. Traficantes amigos não queriam que ele se aplicasse em suas casas, com medo de que Kurt tivesse uma overdose ali e lhes arrumasse complicações.
      A situação era tão crĩtica que Courtney, membros do Nirvana e outros amigos praticaram uma intervenção e exigiram que Kurt fosse para um rehab – no caso, a clínica Exodus em Los Angeles.
      Mesmo se sentindo acuado naquela sala e traído em sua confiança, Kurt concordou em ir para a clínica.
      Antes de ir para Los Angeles, em 30 de março, pediu para que seu velho amigo Dylan Carlson (o cara que “gosta de dar uns tiros” do refrão de “In Bloom”) lhe comprasse uma arma. Para supostamente proteger seu lar.
      Kurt pegou a arma que Dylan arrumou e a escondeu em casa. No dia seguinte, se internou na clĩnica Exodus.
      O rehab durou um dia. Em 1º de abril, Kurt escalou o muro da clínica, fugiu, pegou um avião em Los Angeles e voltou para casa em Seattle.
      Courtney Love estava em compromissos com a banda Hole longe de Seattle. Quando soube que Kurt fugiu da clínica, alertou muita gente em Seattle para tentar encontrá-lo.
      Kurt vagou, comprou heroína e não foi visto por ninguém que o procurava. Também não ocorreu nem mesmo à polícia verificar se ele estava em casa.
      Em 5 de abril, ele estava em casa. Foi para um quarto nos fundos. Colocou o CD “Automatic for the People”, do R.E.M., para tocar.
      Escreveu uma carta de despedida. Aplicou-se uma dose gigantesca de heroína que bastaria para matá-lo. Mas não quis esperar e, com a arma comprada dias antes, deu um tiro na boca.
      Três dias depois, um eletricista que iria fazer um serviço na casa encontrou o corpo e chamou a polĩcia. Kurt já fazia parte do Clube dos 27 – integrado por artistas lendários que morreram de causas variadas aos 27 anos, como Robert Johnson, o rolling stone Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e, anos depois, Amy Winehouse.
      Uma pena. Kurt não resistiu a si mesmo.
      @Gizmodo
      Marcelo Orozco,
      Jornalista que adora música, cultura pop, livros e futebol. Passou por Notícias Populares, TV Globo, Conrad Editora, UOL e revista VIP. Colaborou com outros veículos impressos e da web. Publicou o livro "Kurt Cobain: Fragmentos de uma Autobiografia" (Conrad, 2002)
    • felipevalle
      Por felipevalle
      Essa votação consiste em escolher as duas músicas que mais gostaram do grupo A.
      Os links das 4:
       
    • felipevalle
      Por felipevalle
      FMC FF'21
      E aqui estou no hall do rock para apresentar a vocês o projeto de fazermos juntos uma copa de músicas do Foo Fighters.
      A ideia é semelhante a que tinha na MTv, com o programa do The Clash, se lembram?
      É uma ideia bem legal, e que se o pessoal daqui aderir bem, podemos fazer de outros artistas também.
      E o mais legal é que vamos nos aprofundando na história musical de artistas consagrados.
      Muitos daqui devem se lembrar do círculo do livro que vinhamos mantendo até um tempo atrás. Eu confesso que gostei. Sempre aparecia algo bacana que talvez não fosse ler por conta própria.
      Enfim, hora da apresentação de como se dará esse projeto musical.
      Basicamente, eu reuni 32 músicas do Foo Fighters, e as organizei em 8 grupos de 4. De cada grupo, as duas mais bem votadas se classificam para as oitavas-de-final, e assim, através de eliminatórias vai se realizando até chegar as semi-finais. Nisso, o sistema de votação passa a ser constituído do voto e mais da justificativa. E aí, que entra o mais legal, que é saber os detalhes de que cada música despertou, e se vocês vão se sair bem.
      Alguns detalhes; 8 músicas são cabeças-de-chave, cada uma representando um álbum especifico deles, no geral, músicas que fizeram mais sucesso naquele álbum. Daí, outras 16 são distribuídas aos pares pelos grupos, e outro grupo de 8 que nem sempre são singles fecham os grupos.
      Acreditem-me, eles têm 32 músicas de alto nível. Fiquei surpreso pela quantidade de música boa. Não faço ideia de qual música vocês gostarão mais, e confesso que nem eu sei qual é a minha favorita deles.
      E minha ideia é que essa copa não passe de um mês de duração.
      Enfim, aqui está a tabela:
      Lembrando que caso dê desempate em algum embate, será sorteado um membro da comissão para efetuar o desempate.
      Gostaria que digam aqui embaixo 3 candidatos que gostam da banda para se candidatarem. 
    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Como sabem, iremos oferecer um FM 2021 para o líder do nosso ranking de atividades, com a primeira atividade já encerrada há algum tempo, chegou a hora de começarmos a criar o ranking.
      Ranking atual
      @LucasGuitar - 20 pontos; @Lucas Matías - 18 pontos; @Lanko - 16 pontos; @Henrique M. - 13 pontos; @joga - 12 pontos; @gm360, @Neynaocai, @Gundogan, @Ricardo Bernardo, @Roman, e @Valismaalane - 10 pontos @Andreh68 - 9 pontos; @fabiotricolor, @ggpofm, @dralzito, @bstrelow, @EduFernandes e @PedroLuis - 8 pontos @DiegoCosta7 - 7 pontos @marciof89, @div e @André Honorato - 6 pontos @passarin33, @CristianTh9, @AllMight, @Vini-Ministro da Educação, @SilveiraGOD., @Mings, @Bruno Trink, @TicianoB, @JGDuarte, @Stay Heavy, @Messias Götze e @Ariel' - 5 pontos @Goias270187, @Vannces,  @Tsuru, @CCSantos, @Darknite, @Lowko é Powko, @Buzzuh e @ZMB - 4 pontos @Serginho10, @Danut, @Queiroz14, @Bigode., @Ighor S., @-Lucas e @felipevalle - 3 pontos @maninhoc12, @pedrodelmar1, @skp e @David Reis - 2 pontos @munozgnm, @LuisSilveira, @Mandalorian, @joseroberto389, @Leho., @Bruno NoWaK e @luancampos89 - 1 ponto Atividades participantes (em andamento)
      Jogos Vorazes; Bolão NBA; Atividades participantes (concluídas)
      Copa FManager; Copa Quarentena; Fantasy da Premier League; O Jogo dos Tronos; O melhor onde for; Ranking de participação - Profissão Manager 2020; Bolão FManager; Fantasy da Champions League;
    • Leho.
      Por Leho.
      Rapaaaaaaaz... olha esses convidados hahahaha! FODA PRA CACETE! Tem tudo pra ser pica demais, tá louco.
      E sempre ele né? Sempre Dave Grohl. Baterista, guitarrista, depois frontman de uma das maiores bandas do mundo, e agora (já há algum tempo, na verdade) diretor hahahaha. Rodrigo Hilbert é meu pau de óculos, esse cara tem que ser a referência maior.
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