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Cena Pernambucana


Visitante João Gilberto

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Chegou-me às mãos um folder sobre a noitada de Recife-Olinda. Lugar para badalar com pessoas inteligentes é que não falta. Tirando os lugares onde você só encontra Forró, Cantatas & Recitais, Brega, música clássica, MPB, apresentações folclóricas, House, Trance e músicas de péssima qualidade, há alguns oásis de diversão verdadeira.

Para quem não se deixa abater pela inexorável segunda-feira, há no Camaleão Bar (rua Correia de Araújo, 81,Graças) DJ Toni Lima, tocando rock clássico à noite inteira. Para os de ressaca a pedida também pode ser um pouco de Blues e Jazz com Tonny Yucatan no Mingus, lá no Pina (rua Atlântico 102).

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Bairro das Graças

Terça-feira meu amigo, tu vais lá na Terça Negra né ? Isso acontece lá no Pátio de São Pedro. Pega o busão, desce na Pracinha do Diário e é só perguntar onde fica que indicam. Lá rola muito reggae, mas também tem rock e a galera da grassmedia. Pense num underground?

Na quarta-feira tem o Estudio Coca Cola Zero no Audrey Dinnin Club (Rua Tenente João Cícero, 202 ,Boa Viagem) que é da horinha. Esse "Estúdio Coca Cola Zero" é um projeto de marketing interessante da água negra do capitalismo. Ele mistura o que há de mais sofisticado e rústico na música brasileira. Já tocaram lá Charlie Brown Jr. , Paralamas do Sucesso... O problema é a programação. Parece-me que essas apresentações são feitas ocasionalmente e o show do dia sai sempre de última hora. A dica é ficar de olho nos blogs ou simplesmente levantar o traseiro da cadeira e ir lá.

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Pátio de São Pedro

Na quarta tem coca-cola porque na quinta tu vai beber uísque aqui em Olinda. No Black Jack Pub, ali na Praça de São Pedro, onde tem aquela casa vermelha que dizem ter sido lar de Maurício de Nassau, mas que na verdade é onde esconderam o corpo de JimmY Hoffa. Bar novinho que premete muito. Mas se quiser escutar blues em Recife mesmo o lugar é a Rua da Moeda, no Recife Antigo. O Bar e Galeria de Arte Casa da Moeda tem o Comando Delta e tu podes passar uma noite como os irmãos cara-de-pau.

Sexta sim ! É o dia do sauceiro! Se quiseres continuar no blues vai no Burburinho, na Rua Tomazina ainda no Recife Antigo. Melhor, nem vai prá casa, dorme com a tchuchuca no alto da Torre Malakoff e emenda. Mas se quiser escutar rock cheirosinho , dorme um pouco e de noite vai em Parnamirim. O bar Pedra de Toque fica no número 77 da rua João Tude de Melo. Tu vai escutar Tributos ao rock lá.

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Recife Antigo

Sábado é então melhor ainda. Porque tu não trabalhaste hoje e nem vai o vai fazê-lo amanhã. Toma um Engov e vai ver encontro de bandas lá no Cais do Porto (Armazém 14). Tem Hevo 84 ( de São Paulo ), Devanie, Amusia, One'st, Pyro Rock, Aficção, Especulum, No Clear, Império 102 e Scenes of a Crime.Também tem outro encontro de bandas de pop rock lá no Conselheiro. Avenida Conselheiro Aguiar 1275, Boa Viagem. Ainda tem o projeto Som das Tribos no bar Zero Um ( rua Tomazina 199, Recife Antigo). No Downtown ( rua Vigário Tenório 105,Recife Antigo e roqueiro ) vai haver um tributo ao Foo Fighters e ao Legião Urbana. Sábado bomba!

Domingo tem o Manicômico em Olinda (Domingo do Guetto) ainda de tarde tem balada, mas como vou estar na Ilha vendo o jogo contra o São Paulo vou só para a Sé de noite. Comer um churrasquinho com cátchia e cerveja. Ver aquela paisagem onírica e pensar sobre o que escreverei aqui no outro dia.

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Igreja da Sé

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O Camaleão é legal... estilo um pub inglês...

Todos esses bares são legais César, ou tu acha que ia te mandar prá ver show punk lá no Coque?

porra só tô há duas semanas em Caruaru, mas já com uma saudade do cassete do Antigo e da Sé!

o fim de mundo este!

¬¬

Porra João , vamo marcar um dia prá encher a caveira pô! Tá querendo ser doador de fígado é?

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Toda sexta feira eu gosto de tuma uma la atrás da joaquim nabuco..

no frigideira bar :lol:

Rapariga e cerveja gelada é o que interessa. :D

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Toda sexta feira eu gosto de tuma uma la atrás da joaquim nabuco..

no frigideira bar :lol:

Rapariga e cerveja gelada é o que interessa. :D

Ôxi Kalazans, sabia que tu era daqui não. E o que seria do mundo sem rapariga e cerveja gelada?

Esse Camaleão é preço de bar ou de boate?

Mais caro que bar e mais barato que boate.

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Aê seus loucos! Dia 29 de Agosto vai ter o OLINDA REGGAE ROOTS lá no Clube Atlântico, Praça do Carmo. Se não souberes onde fica essa praça na cidade dos hippies, é melhor parar de escutar reggae e fumar maconha porque cê já tá há muito tempo fora da casinha.

As bandas são Bantus Reggae, Diska Raggae, N'Zambi e Dona Bagga. As apresentações começam às 21:00. Os ingressos além de poderem ser comprados no local também podem ser adquiridos nas lojas Bob Nick. Os telefones para contato são: 8872-6804 e 8805-3667.

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Kaya mas se oriente seu fresco!

:coolio:

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A cena pernambucana é foda! Gosto de muitas bandas, mais de Mombojó e Volver. No Brasil só curto mais a antiga de Brasília e a Gaúcha :specool:

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A antiga de Brasília é foda. A chamada "Turma da Colina" com Aborto Elétrico, Plebe Rude e Legião Urbana claro...Cresci escutando isso. No Rio Grande do Sul aprendi a escutar NXZero, Cachorro Grande. Menção honrosa ao Graforréia Xilarmônica com a música " Amigo Punk", se puderem ouví-la façam pois não irão se arrepender... :guitar:

:excl: Ah,tinha me esquecido! Dia 7 de Setembro vai ter encontro de bandas de rock no Mercado da Boa Vista. Precisa nem levar tua mulher doido, vai chover priquito lá...

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A antiga de Brasília é foda. A chamada "Turma da Colina" com Aborto Elétrico, Plebe Rude e Legião Urbana claro...Cresci escutando isso. No Rio Grande do Sul aprendi a escutar NXZero, Cachorro Grande. Menção honrosa ao Graforréia Xilarmônica com a música " Amigo Punk", se puderem ouví-la façam pois não irão se arrepender... :guitar:

:excl: Ah,tinha me esquecido! Dia 7 de Setembro vai ter encontro de bandas de rock no Mercado da Boa Vista. Precisa nem levar tua mulher doido, vai chover priquito lá...

Ótima banda.

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Sem dúvida Batata. Quando cheguei no sul tinha um certo preconceito com as bandas de lá. Achava os caras muito certinhos sabe. Bem vestidinhos e comportados em comparação com as bandas daqui,que geralmente abordam a luta de classes etc. O tempo foi passando , passando ...e comecei a ver a cena de lá com outros olhos.

Um dia estava jogando sinuca com minha namorada num barzinho. E colocaram um show para rolar no telão. Tocaram uma música, duas , três... Parei de jogar e perguntei : "Que banda é essa? " O garçom me disse : "NXZero" . Desde esse dia procuro só criticar aquilo que conheço.

NXZero é uma ótima banda, lembrando a safra de Rock Nacional dos anos 80. Yeah Tchê...

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NxZero é uma das piores bandas que nasceram e fizeram sucesso na ultima década.

Lixo completo. E eles são paulistas, a Fresno que é gaucha, e é outra grande merda.

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A antiga de Brasília é foda. A chamada "Turma da Colina" com Aborto Elétrico, Plebe Rude e Legião Urbana claro...Cresci escutando isso. No Rio Grande do Sul aprendi a escutar NXZero, Cachorro Grande. Menção honrosa ao Graforréia Xilarmônica com a música " Amigo Punk", se puderem ouví-la façam pois não irão se arrepender... :guitar:

:excl: Ah,tinha me esquecido! Dia 7 de Setembro vai ter encontro de bandas de rock no Mercado da Boa Vista. Precisa nem levar tua mulher doido, vai chover priquito lá...

NX Zero é paulista e eu acho muito ruim :heh:

A banda gaúcha que é emo é o Fresno, mas eu acho uma merdinha.

Agora Cachorro Grande é uma de minhas bandas favoritas, eles mantém o velho espirito e não se venderam ao mainstream, continuam fazendo a música deles, do jeito deles sem se importar com modismos. E "Amigo Punk" da Graforréia Xilarmônica é um hino do Rock Gaúcho, muito interessante vc do outro lado do país (internet maravilha) ter conhecimento dela, gosto muito.

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NX Zero é paulista e eu acho muito ruim :heh:

A banda gaúcha que é emo é o Fresno, mas eu acho uma merdinha.

Agora Cachorro Grande é uma de minhas bandas favoritas, eles mantém o velho espirito e não se venderam ao mainstream, continuam fazendo a música deles, do jeito deles sem se importar com modismos. E "Amigo Punk" da Graforréia Xilarmônica é um hino do Rock Gaúcho, muito interessante vc do outro lado do país (internet maravilha) ter conhecimento dela, gosto muito.

Eu moro no Rio Grande Mantrax. Estou aqui por problemas de saúde na família. Quando cheguei lá , 4 anos atrás, "Amigo Punk" era só o que se ouvia...Da hora mesmo. :thumbsup:

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Algumas dicas pra quem não conhece:

Graforréia Xilarmônica - Amigo Punk

Sei lá se é viagem minha, mas vejo influência na Graforréia da primeira fase do Pink Floyd com o Syd Barret :huh:

Wander Wildner - Eu Tenho Uma Camiseta Escrita Eu Te Amo

Bidê ou Balde - Melissa

TNT - Cachorro Louco

Não to em casa, senão traria outras :thumbsup:

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Agora Cachorro Grande é uma de minhas bandas favoritas, eles mantém o velho espirito e não se venderam ao mainstream, continuam fazendo a música deles, do jeito deles sem se importar com modismos.

Sei não... o ultimo CD do Cachorro Grande tá bem popzinho.

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Sei não... o ultimo CD do Cachorro Grande tá bem popzinho.

Popzinho? :mellow:

Não entendo como pode ser popzinho aquilo, eu achei ele bem dificil de assimiliar, com idéias que não tem nada do que tá na "modinha" em MTV e afins. Sem falar q o instrumental tá sensacional.

Eu percebi apenas o acréscimo de influências, mas mesmo assim mantendo elementos das antigas :thumbsup:

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"Hino do Centenário" do Maravilhoso Incomensurável e Incomparável Sport Club do Recife interpretado pela banda "Os Cachorros". Segura o peso xupisco !!!

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  • 1 mês depois...
Visitante João Gilberto

porra... se eu não movimento vocês deixam morrer mesmo, não é?!

vamos lá... tentando atualizar:

RESENHA:

Por Hugo Montarroyos

AMP – “Pharmako Dinâmica”

cd-amp.jpg

“Pharmako Dinâmica”, disco de estreia do AMP, é, de certa forma, uma radicalização – e um ciclo fechado – de um processo que começou lá atrás, em 2003, com os lançamentos de “De Algum Lugar do Sistema Solar”, dos Astronautas, e “To The Gig on The Road”, do Vamoz! Ali, começava a se configurar uma geração pautada pelo peso da guitarra, assumindo, pela primeira vez, influências de gente como Neil Young ou Queens Of The Stone Age. Ou seja, nada que remeta ao estereotipo de “banda pernambucana”. O AMP ousa falar ainda mais alto, parindo um disco cuja sonoridade é áspera, suja e extremamente roqueira no que de mais “cavalar” carrega esse gênero.

Produzido por Iuri Frieberger (Tom Bloch) no Rio de Janeiro, o disco é recheado de guitarras esquizofrênicas, baixo em primeiro plano e vocais sujos. No meio de tanta barulheira, alguns pequenos detalhes saltam aos ouvidos: é o caso da guitarrinha minimalista e “incômoda” que permeia “Devils Prize”. A politicamente incorreta “Acidez (Sinestesia)”, cuja letra hedonista pede, em um dos versos, “pra esse dia acabar, uma dose de adrenalina”, possui uma pegada irresistivelmente pop, mas sem jamais cair para o lado comercial que volta e meia vem associado ao termo.

“Billy” aponta para um caminho inusitado; o do rockabilly. Ainda que aqui ele seja adornado por camadas de peso e distorção. Outro bom momento é o baixo piradão de Dudu Sat em “Black Grass”, assim como o criativo solo de guitarra de “Effecslast Try”. Em todo o álbum, o trabalho de guitarra da dupla Djalma Rodrigues e Capivara é primoroso, costurando cada música com extrema criatividade.

“Ataque dos Aliens” começa com uma excelente batida de Crika”, para ir entrando, um a um, guitarra base, baixo e guitarra solo, onde as partes fazem o todo pouco a pouco, até explodir no vocal nervoso que permeia todo o trabalho.

O CD é tão bom que nem a insuportável “coxinha” que a banda faz no final é capaz de atrapalhar sua apreciação. Poderia ser um disco do Queens of The Stone Age, mas é do AMP mesmo. E, mais impressionante, é carregado de DNA próprio, ou seja, deixa nítida a diferença entre influência e cópia. Aposto que vai figurar em todas as listas de melhores de 2009.

Cotação – ótimo

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Fonte: www.reciferock.com.br

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Visitante João Gilberto
Clipe: Zeca Viana – Torneira (Quanto Tempo Faz?)

Por Bruno Negaum

O TramaVirtual divulgou, essa semana, uma lista dos cinco melhores álbuns nacionais lançados em 2009. Entre eles estava o “Seres Invisíveis” do Zeca Viana!

Para comemorar, o disco vai ganhar uma versão física, nova arte gráfica e quatro faixas bônus, inclusive este clipe inédito abaixo é de uma delas. Confiram abaixo:

Fonte: www.reciferock.com.br

Zeca Viana – Seres Invisíveis

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Seres Invisíveis é a estréia solo do músico pernabucano Zeca Viana. Lançado virtualmente pelos selos Bazuka Discos e Coquetel Molotov, o álbum traz onze faixas nas quais sobram referências aos Mutantes e Arnaldo Baptista, Beatles, psicodelia californiana e um insuspeito toque de pop oitentista. O disco foi gravado de forma caseira por Zeca Viana, em seu “estúdio imaginário”, o Quintal Sideral.

Seres Invisíveis deve ganhar uma versão física em breve, com a faixas bônus e nova arte. Para baixar a versão virtual, basta clicar na capa acima.

Contato: www.myspace.com/zecaviana

Fonte: www.oinimigo.com

As muitas cabeças de Zeca Viana

Por Alexis Peixoto

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Você pode conhecer Zeca Viana como baterista da Volver, uma das bandas mais alardeadas dentro da nova leva da cena pernambucana. Ou então como o vocalista e guitarrista da difusa entidade psicodélica que atende por Asteróide B-612. Ou ainda como um dos integrantes da Zero Kelvin, banda que entrou para os anais do bairro da Estância, em Recife, devido aos shows caóticos e imprevisíveis, cuja trajetória foi abortada, segundo o próprio Zeca, “por causa da bebida e das drogas”.

Pois bem: desde meados do ano passado, em especial a partir da última edição do festival No Ar Coquetel Molotov, nosso herói foi visto não mais por trás das baquetas, mas de microfone em punho, interpretando as canções de seu primeiro álbum solo, Seres Invisíveis, lançado virtualmente em fins de 2008 e divulgado em centenas de blogs e sites.

Numa tarde modorrenta de sexta-feira, pouco antes de escapar para ver um show dos conterrâneos do Malvados Azuis, Zeca Viana conversou rapidamente com O Inimigo e contou um pouco sobre seu processo de composição, sua postura inconstante no palco e os planos para o futuro próximo.

Entrevista:

O Inimigo: Antes mesmo de entrar na Volver, você já havia passada por várias bandas. Quando veio a vontade de começar esse trabalho solo, com teu nome na capa?

Zeca Viana: Na verdade, desde criança. Sempre quis ter uma banda de rock e ficava criando músicas na cabeça, andando na rua, brincando de compor. As primeiras músicas que escrevi mesmo eu tinha uns 14 anos. Entrei na Volver em 2006 e já tocava no Asteróide B-612 e já tinha sido baterista de outras bandas, Happy Sundays, depois Zero Kelvin. Essa última banda ficou bem conhecida no bairro onde eu moro (Estância) até hoje encontro algumas pessoas que foram em shows, era bem caótico.

Zero Kelvin? Sério? Caótico como?

Teve uma vez que o Zero Kelvin tocou no Haloween de uma escola aqui perto, devia ter umas 300 pessoas, tocamos umas cinco músicas e o colégio ficou bem quebrado. O diretor interrompeu o show pegando na guitarra de Rafael [vocalista e guitarrista] e meio que tomou dele.

Porra, e por que acabou? (risos)

Porque o vocalista não queria mais cantar, achava a voz dele feia. Aí chamamos outro cara, mas era pior ainda. Fomos gravar e os meninos disseram pra eu gravar a bateria e a voz. Foi aí que eu saquei que eu podia cantar. As músicas eram minhas, mas eu não cantava em estúdio. Chamamos um baterista, eu assumi os vocais, mas a bebida e as drogas acabaram com a banda (risos).

E partir daí, você criou coragem para gravar as tuas composições.

A primeira vez que eu gravei em casa foi em 2005, mais ou menos. Eu tinha muitas músicas guardadas na “caixinha de composições”, tipo um lugar onde eu colocava as letras e melodias que eu fazia. Mas gravei de forma muito precária. O microfone era um fone de ouvido meio velho, eu gravava no gravador de som do Windows, fazendo loops e gravando por cima do que já tinha gravado. Algumas das gravações dessa época vão sair na versão física do Seres Invisíveis.

O último disco da Volver (Acima da Chuva, de 2008) teve versão física (pelo Senhor F Discos), mas a própria banda disponibilizou para download logo em seguida. E o Seres Invisíveis também foi amplamente divulgado virtualmente, em blogs e tal. É sinal de um desapego com o formato?

Acho que o grande problema da versão física é a distribuição. Na internet a distribuição é mundial, qualquer um tem acesso. A versão física é muito restrita, só poucos terão como comprar. Mas mesmo assim vou fazer a versão física do Seres com algumas faixas bônus: “Hey Mister Trouble Boy”, “That´s so Good in a Wet Situation” e “The Sleeping Clock”. A arte do disco será nova também.

Concordo com o que você falou sobre a distribuição, mas tem um negócio que pra mim é o grande mal irremediável da internet e do mp3: o armazenamento. Tu pode ter 1 milhão de mp3, mas se um dia ter pau no computador, acabou tudo. Ou se você colocar pra baixar num canto e o link expirar, fodeu.

Isso é verdade. Mas, de certa forma, disco hoje é artigo de luxo. Não é todo mundo que pode ou quer comprar. A versão física é uma boa oportunidade para quem quer ter o disco na coleção. Vai sair pela Bazuka Discos/Coquetel Molotov.

Ouvindo o disco, uma coisa que me chamou a atenção foi a espontaneidade das faixas. A impressão que se tem é de uma coisa fluida, despreocupada. Isso foi intencional no estúdio?

Não, eu gravei tudo em casa, no meu estúdio imaginário Quintal Sideral. Acho que eu nunca ia conseguir esse resultado gravando em um lugar estranho (risos). Sou muito tímido pra gravar voz, essas coisas. Pra gravar bateria é bem mais tranquilo, mas voz eu travo mesmo. E as letras são muito pessoais, aí acabo ficando muito tímido pra cantar em estúdio. Gravar em casa foi o mais natural.

E no palco, como funciona? Encarar a platéia me parece ser mais complicado do que o microfone de um estúdio...

No palco o som alto ajuda a se esconder um pouco. Fiz um show recentemente em fortaleza só voz e violão e um amigo, o Zé Mario, tocando guitarra. E me senti muito confortável.

Essa seria minha próxima pergunta. Essa espontaneidade que falei a pouco às vezes acaba levando as faixas para uma direção pouco convencional. Como ficam os arranjos ao vivo?

Cada show eu faço de uma forma diferente, meio que ao sabor do acaso. Tenho 3 shows marcados em Recife. A Lulina vem tocar comigo também, no mês que vem. Quero fazer com guitarra, teclado, flauta e violão. Chamo os amigos mais próximos pra tocar, pessoas que já me conhecem bem.

Com essa transformação constante das músicas no palco, como é que você vê hoje as versões do disco? Se sente mais distante daquilo?

Pelo contrário, me sinto mais próximo. O disco foi gravado aberto a possibilidades. E todas as músicas são tão pessoais que criam vida própria, mesmo só com voz e violão. Sou apenas um canal para que elas se manifestem, mas elas estão todas prontas em algum lugar.

Fonte: www.oinimigo.com

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Visitante João Gilberto
Baixe:

Coletânea da Revista O Grito!

Por Guilherme Moura

O download é gratuito e tem como intuito promover novos artistas.

01. POCILGA DELUXE (PE) – Paris é uma Festa (4:55)

02. RETROFOGUETES (BA) – Vênus Cassino (3:28)

03. BINÁRIO (RJ) – Funeral (5:12)

04. JR. BLACK - Muito Além do Cenozóico (3:02)

05. HOLGER (SP) – The Auction (4:53)

06. NANCY (DF) – Keep Cooler (2:39)

07. STELA CAMPOS (SP) – Brand New Robots (3:27)

08. A BANDA DE JOSEPH TOURTON (PE) – #3 (4:02)

09. O GARFO (CE) – Alpa Tino (4:08)

10. THE KEITH (PE) – Even God is a Junkie (3:24)

11. NUMISMATA (SP) – O Inferno e um Pouco Mais (2:39)

12. RÔMULO FRÓES (SP) – Para Fazer Sucesso (3:14)

13. NUDA (PE) – Maruimstad (3:23)

14. JULIANA R. (SP) – El Hueco (2:25)

15. THIAGO PETHIT (SP) – Birdhouse (2:58)

16. GLAUCO E O TREM (PE) – Nau Frágil (3:40)

17. PATA DE ELEFANTE (RS) – Um Olho no Fosforo, Outro na Fagulha (4:12)

18. JÚLIA SAYS (PE) – Menos é Mais (2:52)

19. THE NAME (SP) – Come Out Tonite (Assonance Dub Mix) (3:42)

20. MICKEY GANG (ES) – I Was Born in the 90’s (Naji Nahas Footloose Remix) (5:44)

[bazuka Discos, 2009]

Produção: Jarmeson de Lima

Arte: Zeca Viana

Destaque aos Pernambucanos (lógico!):

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POCILGA DELUXE – “Paris é uma festa”

“Música tão passional, nervosa e emotiva quanto o cara que ficou em Recife e viu seu amor se mandar de mala e cuia para Paris.” (André Balaio – Vocal)

http://www.myspace.com/pocilgadeluxe

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A BANDA DE JOSEPH TOURTON – “#3″

“#3 é, na verdade, uma reconstrução de #2. Ela foi a primeira musica que a gente deixou ensaiada. Foi gravada a partir de uma gravação aleatória de bateria, de um take só. E depois que a gente gravou tudo por cima dela, a gente tirou como fazia e refez nos ensaios. Depois gravamos #3 pra fazer o EP juntamente com #2. A gente ainda adicionou ‘Lembra o que?’ ao EP, que também é composta de apenas duas notas. As mesmas de #2 e #3!” (Diogo – Guitarra)

http://www.myspace.com/josephtourton

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THE KEITH – “Even god is a junkie”

“Foi a primeira música composta para o segundo EP da banda (Noiseless) e traz um pouco do estilo de compor que a banda tinha no primeiro trabalho registrado em 2007, com riffs rápidos e vocais mais rasgados, no que eu chamaria de Strokes + Nirvana.” (Tagore – Vocal / Guitarra)

http://www.myspace.com/thekeithband

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NUDA – “Mariumstad”

“Rectrópolis é alvo de uma homenagem às avessas nas palavras cáusticas de ‘Maruimstad’. Cabem na acidez da canção estatísticas da criminalidade, obras faraônicas e as ‘mãos invisíveis’ da vaidade e da estupidez política. Mas nunca coube nem caberá o eterno descaso à miséria do ser humano.” (Raphael – Voz / Guitarra)

http://www.myspace.com/sitionuda

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GLAUCO E O TREM – “Nau frágil”

“A música Nau Frágil foi composta em um momento de revolta do compositor quanto à mídia e ao caminho árduo do artista em busca do espaço. No refrão surge a frase: (’Por isso eu parei de compor…’) Reclamando uma falta de inspiração causada pela falta de retorno quanto ao trabalho feito. (’Depois de tanto trabalho os louros do ‘fracasso’ recebi de braços castros…’) mas ao mesmo tempo essa indignação e falta de inspiração foi a própria inspiração para o surgimento da canção-resposta. O compositor explica que parou de compor, mas explica em forma de composição. E fica assim subentendido que o problema é a própria solução.” (Glauco – Vocal / Teclado)

http://www.myspace.com/glaucoeotrem

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JÚLIA SAYS – “Menos é mais”

“Menos é Mais traduz nosso modo de tocar e pensar, buscar sempre mais e extrair beleza das coisas simples.” (Pauliño Nunes – Vocal / Guitarra / Programações)

http://www.myspace.com/juliadisse

Fonte: www.reciferock.com.br

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    • felipevalle
      Por felipevalle
      Essa votação consiste em escolher as duas músicas que mais gostaram do grupo A.
      Os links das 4:
       
    • felipevalle
      Por felipevalle
      FMC FF'21
      E aqui estou no hall do rock para apresentar a vocês o projeto de fazermos juntos uma copa de músicas do Foo Fighters.
      A ideia é semelhante a que tinha na MTv, com o programa do The Clash, se lembram?
      É uma ideia bem legal, e que se o pessoal daqui aderir bem, podemos fazer de outros artistas também.
      E o mais legal é que vamos nos aprofundando na história musical de artistas consagrados.
      Muitos daqui devem se lembrar do círculo do livro que vinhamos mantendo até um tempo atrás. Eu confesso que gostei. Sempre aparecia algo bacana que talvez não fosse ler por conta própria.
      Enfim, hora da apresentação de como se dará esse projeto musical.
      Basicamente, eu reuni 32 músicas do Foo Fighters, e as organizei em 8 grupos de 4. De cada grupo, as duas mais bem votadas se classificam para as oitavas-de-final, e assim, através de eliminatórias vai se realizando até chegar as semi-finais. Nisso, o sistema de votação passa a ser constituído do voto e mais da justificativa. E aí, que entra o mais legal, que é saber os detalhes de que cada música despertou, e se vocês vão se sair bem.
      Alguns detalhes; 8 músicas são cabeças-de-chave, cada uma representando um álbum especifico deles, no geral, músicas que fizeram mais sucesso naquele álbum. Daí, outras 16 são distribuídas aos pares pelos grupos, e outro grupo de 8 que nem sempre são singles fecham os grupos.
      Acreditem-me, eles têm 32 músicas de alto nível. Fiquei surpreso pela quantidade de música boa. Não faço ideia de qual música vocês gostarão mais, e confesso que nem eu sei qual é a minha favorita deles.
      E minha ideia é que essa copa não passe de um mês de duração.
      Enfim, aqui está a tabela:
      Lembrando que caso dê desempate em algum embate, será sorteado um membro da comissão para efetuar o desempate.
      Gostaria que digam aqui embaixo 3 candidatos que gostam da banda para se candidatarem. 
    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Como sabem, iremos oferecer um FM 2021 para o líder do nosso ranking de atividades, com a primeira atividade já encerrada há algum tempo, chegou a hora de começarmos a criar o ranking.
      Ranking atual
      @LucasGuitar - 20 pontos; @Lucas Matías - 18 pontos; @Lanko - 16 pontos; @Henrique M. - 13 pontos; @joga - 12 pontos; @gm360, @Neynaocai, @Gundogan, @Ricardo Bernardo, @Roman, e @Valismaalane - 10 pontos @Andreh68 - 9 pontos; @fabiotricolor, @ggpofm, @dralzito, @bstrelow, @EduFernandes e @PedroLuis - 8 pontos @DiegoCosta7 - 7 pontos @marciof89, @div e @André Honorato - 6 pontos @passarin33, @CristianTh9, @AllMight, @Vini-Ministro da Educação, @SilveiraGOD., @Mings, @Bruno Trink, @TicianoB, @JGDuarte, @Stay Heavy, @Messias Götze e @Ariel' - 5 pontos @Goias270187, @Vannces,  @Tsuru, @CCSantos, @Darknite, @Lowko é Powko, @Buzzuh e @ZMB - 4 pontos @Serginho10, @Danut, @Queiroz14, @Bigode., @Ighor S., @-Lucas e @felipevalle - 3 pontos @maninhoc12, @pedrodelmar1, @skp e @David Reis - 2 pontos @munozgnm, @LuisSilveira, @Mandalorian, @joseroberto389, @Leho., @Bruno NoWaK e @luancampos89 - 1 ponto Atividades participantes (em andamento)
      Jogos Vorazes; Bolão NBA; Atividades participantes (concluídas)
      Copa FManager; Copa Quarentena; Fantasy da Premier League; O Jogo dos Tronos; O melhor onde for; Ranking de participação - Profissão Manager 2020; Bolão FManager; Fantasy da Champions League;
    • Leho.
      Por Leho.
      Rapaaaaaaaz... olha esses convidados hahahaha! FODA PRA CACETE! Tem tudo pra ser pica demais, tá louco.
      E sempre ele né? Sempre Dave Grohl. Baterista, guitarrista, depois frontman de uma das maiores bandas do mundo, e agora (já há algum tempo, na verdade) diretor hahahaha. Rodrigo Hilbert é meu pau de óculos, esse cara tem que ser a referência maior.
    • Leho.
      Por Leho.
      Ouvi no rádio falando sobre o tema e resolvi vir aqui alertar os senhores: não conheço sobre a tal fundação aí (Teenage Cancer Trust), mas aparentemente é inglesa e estará completando 30 anos em 2020 agora. Por conta da pandemia, vão disponibilizar streaming's de várias bandas/artistas (tipo um festival mesmo) pra comemorar e, claro, angariar fundos.
      Os shows são inéditos, material exclusivo e serão liberados de acordo com a programação. Será disponibilizado a opção para que as pessoas doem de bom grado valores para a instituição, mas os shows em si são de graça.
      Line-up:
      8/Out - Ed Sheeran 9/Out - Muse 10/Out - Rudimental 11/Out - Paul McCartney 12/Out - Paul Weller 13/Out - Stereophonics 14/Out - Pulp 15/Out - Noel Gallagher 16/Out - Them Crooked Vultures 17/Out - The Who 18/Out - The Cure 31/Out - The Who   
      Para assistir aos shows, canal deles no Yotube já tá no ar: https://www.youtube.com/TCTUnseen
      Página do Festival: https://www.teenagecancertrust.org/about-us/our-story/music/unseen
       
       
       
      (tô aqui só pelo Stereophonics, hahahahaha)
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