fm 2026 Sertão de Ouro - "O primeiro grande passo" (22/12)

[mfeitosa]

3 horas atrás, twitch.tvstayheavy87 disse:

Complicado quando as finanças chegam nesse ponto. Folha salarial extremamente reduzida e limitada, o que dificulta demais os reforços.

Luz no fim do túnel é chegar à série A do cearense e conseguir o quanto antes jogar a Série D do BRzão.

Exato, não tem outro caminho a não ser buscar os acessos necessários até chegar na elite cearense e, pelo menos, na Série D do Brasileiro. Até lá, vamos nos virando da forma que for possível.

Valeu!

[mfeitosa]

Depois de passar toda a temporada anterior com o freio de mão puxado em relação a contratações, 2026 marcou uma mudança completa de postura no Vila Real. Dessa vez, trouxemos um verdadeiro pacotão de jogadores, aproveitando melhor as brechas do mercado para reformular o elenco quase por inteiro.

Começando pela meta, contratamos em definitivo o goleiro Leandro Reis (17 anos, cearense), que havia defendido o clube por empréstimo em 2025, além de Matheus (17 anos, alagoano), ex-Atlético/PI. Nas laterais, chegaram Denílson (17 anos, pernambucano), ex-Santa Cruz, e Marcinho (23 anos, piauiense), ex-Atlético/PI, ambos para o lado direito, além de Gilberto (17 anos, cearense), ex-Fortaleza, para a esquerda.

Para a zaga, garantimos em definitivo o zagueiro Brian (23 anos, cearense), vindo do São Benedito/CE, que também esteve no clube por empréstimo em 2025. Junto a ele, chegaram Bruno Kourani (17 anos, paraibano), ex-VF4/PB, e Mateus Paulista (17 anos, pernambucano, natural de Paulista/PE).

No ataque, as novidades foram numerosas: o meia Raffael Martins (17 anos, alagoano), ex-Cruzeiro de Arapiraca/AL; o ponta-direita Diogo Ferreira (17 anos, potiguar), ex-Força e Luz; o ponta-esquerda baixinho Pingoto (17 anos, potiguar), também ex-Força e Luz; e o centroavante Renan (17 anos, paraibano), ex-São Paulo Crystal/PB. Com isso, fechamos a janela com doze reforços para a temporada 2026.

As mudanças, porém, não se limitaram ao mercado. Também promovemos alguns garotos da base, todos oriundos da última fornada: os volantes Kayo (16 anos) e Bat Gut (16 anos), além do ponta Paulinho Sobral (16 anos).

Com os reforços desta janela, o Vila Real passou a ser visto como uma equipe de nível técnico mais equilibrado dentro da Série C do Campeonato Cearense, deixando de figurar como mero azarão. A estreia foi em casa, contra o  Maranguape, e veio de forma imponente: 3 a 0, com gols de Pingoto, Manoel e Renan. Na rodada seguinte, enfrentamos o  Terra e Mar, atual vice-campeão da divisão, e conquistamos uma vitória importante por 1 a 0, com gol de pênalti de Renan.

Na sequência, tivemos dois jogos como mandante. Contra o  Esporte Limoeiro, os visitantes até saíram na frente, mas rapidamente assumimos o controle da partida e construímos uma goleada por 5 a 1, com direito a hat-trick de Manoel. Já diante do  Pacajus, optei por poupar os titulares em função do "Dérbi Sobralense", que aconteceria dois dias depois, e acabamos ficando em um empate sofrido por 1 a 1.

No clássico contra o  Guarany de Sobral, o primeiro do save, tivemos um primeiro tempo complicado, mas a partida mudou após um pênalti a nosso favor, que nos permitiu ir para o intervalo em vantagem. Na volta para o segundo tempo, a porteira se abriu: vitória por 4 a 1, com grande atuação do lateral Denílson e uma performance decisiva do goleiro Matheus, que frustrou qualquer tentativa de reação do rival com defesas importantes.

Já classificado para as semifinais com duas rodadas de antecedência, o Vila Real ainda enfrentou o  Acopiara (vitória por 4 a 2, em casa) e o  Limoeiro (vitória por 3 a 1, fora), somando mais seis pontos e fechando a primeira fase em alta.

Com essa campanha invicta, o Vila Real encerrou a primeira fase isolado na liderança da competição, com 19 pontos conquistados, seguido de Guarany de Sobral, Pacajus e Maranguape. Na parte de baixo da tabela, o Terra e Mar escapou do rebaixamento apenas na última rodada, enquanto Limoeiro e Acopiara acabaram rebaixados para o quarto escalão do futebol cearense.

Na semifinal, o adversário foi o  Maranguape, então 4º colocado da competição. No jogo de ida, fora de casa, abrimos dois gols de vantagem, mas acabamos cedendo o empate nos minutos finais, com Ely Thadeu aproveitando duas bobeiras da nossa zaga para fechar o placar em 2 a 2.

Na volta, jogando em casa, o roteiro voltou a ser complicado. O Vila Real abriu o placar, mas o  Maranguape novamente buscou o empate, desta vez em 1 a 1, resultado que levou a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, o goleiro Matheus defendeu a segunda batida do time do Gavião da Serra e foi decisivo para colocar o Vila Real na final da competição.

Na decisão da Série C do Campeonato Cearense, o adversário foi o  Pacajus, que havia surpreendido o Guarany de Sobral na semifinal e chegou à final como favorito ao título e ao acesso. Dominamos o primeiro tempo e abrimos três gols de vantagem, mas no segundo tempo permitimos a reação do adversário, que chegou a ameaçar seriamente o empate. Marconi ainda desperdiçou um pênalti aos 72 minutos, mas, felizmente, o erro não custou caro.

 Vila Real campeão da Série C Cearense 2026! Primeiro título e acesso da história do clube!

Nesta temporada, dois jogadores acabaram sendo desfalques importantes por conta de lesões graves, comprometendo boa parte - ou até a totalidade - da campanha. O caso mais sério foi o do volante Kauan, que não conseguiu disputar nenhuma partida oficial em 2026. Logo atrás vem o ponta-direita Diogo Ferreira, que se lesionou ainda na primeira rodada e só voltou a atuar na final, entrando após o intervalo.

Em contrapartida, alguns nomes cresceram muito ao longo da competição. Na lateral-direita, Denílson acabou sendo uma grata surpresa, especialmente após um início bastante irregular no Vila Real. Na ponta-esquerda, o mesmo vale para o baixinho Pingoto, que começou mal, mas terminou a Série C praticamente decidindo o título. No comando do ataque, o centroavante Renan tomou a titularidade de Marconi e foi fundamental para a campanha. Por fim, destaque também para o meia Manoel, que apesar de também ter sofrido com lesões, retornou em ótimo nível em sua segunda temporada pelo clube.

A situação financeira do Vila Real segue nada boa. Após mais uma temporada com pouquíssimos jogos no calendário, o clube encerrou 2026 com um rombo de cerca de R$ 2,7 milhões. A preocupação de que o clube tome alguma medida drástica, como vender a infraestrutura das categorias de base, volta com bastante força, o que seria péssimo para as minhas pretensões. 

Por outro lado, o acesso à Série B Cearense surge como um primeiro passo concreto para sair da lama. A tendência é que, em 2027, o Vila Real passe a contar também com a Copa Fares Lopes no calendário, o que significa mais jogos, maior visibilidade e, principalmente, mais cotas de participação, algo fundamental para começar a reequilibrar as contas.