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Diários de Uma Carreira


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Olá! Tudo bem com vocês? Espero que sim. 

Sou novo aqui, pelo menos em relação a uma participação mais ativa. Acesso o fórum há algum tempo, costumava ler sobre dicas táticas ou contratações para me atualizar no FM (tive um hiato bem longo entre edições do jogo). De um tempo pra cá, passei também a frequentar esta zona do fórum e foi aqui que mais gastei meu tempo, li diversas histórias e resolvi criar a minha própria.

Como o próprio nome da história já fala, este save tem foco na carreira de um treinador, não em um clube específico. Assim, não terei compromisso com nenhum clube caso surja proposta que represente um avanço na carreira do treinador. Tudo dependerá da proposta e do que for mais adequado para a história. Comecei o jogo desempregado, com a menor reputação e experiência possíveis e tentarei subir na carreira de técnico, até chegar ao topo (considero que os principais objetivos seriam: Chegar num clube da Série A, ganhar a Libertadores, treinar na Europa, ganhar a Champions, treinar uma seleção e ganhar a Copa do Mundo. Muita coisa? Talvez, mas por que não?).

Como verão abaixo, carreguei Brasil, Argentina, Uruguai e as principais ligas europeias apenas. Confesso que tentei carregar mais divisões inferiores e mais ligas sul-americanas, mas o jogo ficou com um processamento muito lento e tive que refazer o save pra retirar algumas ligas e divisões (notebook do milhão é complicado). Como a ideia é começar no Brasil, além do nosso país só carreguei a Argentina e o Uruguai, pra ver se a Libertadores não ficava uma Copa do Brasil 2.0, e as principais ligas europeias, que são uns dos objetivos finais do save.

De antemão já peço desculpas em razão da longuíssima introdução que fiz antes de adentrar no save (vocês verão nos próximos posts), mas sinto que era necessário para que pudesse estabelecer algumas bases para a história.

Pra terminar essa apresentação, queria dizer que espero que gostem de acompanhar essa história, e que críticas e sugestões são sempre bem-vindas.

 

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Versão do Jogo: Fm 2019

Update: Brasil MundiUp, atualizado até novembro de 2019, com algumas transferências atualizadas por mim nos times da Série A do brasileiro (já joguei outro save com esta db e não tive problemas de crash ou erro no jogo).

Ligas: Brasil (Divisão Inferior e acima), Inglaterra (Sky Bet Championship e acima), Argentina, Uruguai, Portugal, Itália, Holanda, Alemanha, Espanha e França (somente a primeira divisão nacional).

 

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Temporada 1 - 2019

Prólogo (07/08/2020)

Capítulo 1 (08/08/2020)

Capítulo 2 (08/08/2020)

Capítulo 3 (10/08/2020)

Capítulo 4 (16/08/2020)

Capítulo 5 (19/08/2020)

Capítulo 6 (22/08/2020)

 

Temporada 2 - 2020

Capítulo 7 (25/08/2020)

Capítulo 8 (28/08/2020)

Capítulo 9 (31/08/2020)

Capítulo 10 (04/09/2020)

Capítulo 11 (06/09/2020)

 

Temporada 3 - 2021

Capítulo 12 (08/09/2020)

Capítulo 13 (11/09/2020)

Capítulo 14 (14/09/2020)

 

Temporada 4 - 2022

Capítulo 15 (17/09/2020)

Capítulo 16 (21/09/2020)

 

Temporada 5 - 2023

Capítulo 17 (24/09/2020)

Capítulo 18 (27/09/2020)

Capítulo 19 (30/09/2020)

Capítulo 20 (03/10/2020)

 

Temporada 6 - 2024

Capítulo 21 (06/10/2020)

Capítulo 22 (09/10/2020)

Capítulo 23 (12/10/2020)

Capítulo 24 (15/10/2020)

 

Temporada 7 - 2025

Capítulo 25 (18/10/2020)

Capítulo 26 (21/10/2020)

Capítulo 27 (24/10/2020)

Capítulo 28 (26/10/2020)

 

Temporada 8 - 2026

Capítulo 29 (05/11/2020)

Capítulo 30 (10/11/2020)

Capítulo 31 (16/11/2020)

Capítulo 32 (21/11/2020)

 

Temporada 9 - 2027

Capítulo 33 (24/11/2020)

Capítulo 34 (28/11/2020)

Capítulo 35 (07/12/2020)

Capítulo 36 (12/12/2020)

Capítulo 37 (17/12/2020)

Capítulo 38 (22/12/2020)

 

Temporada 10 - 2028

Capítulo 39 (26/12/2020)

Capítulo 40 (28/12/2020)

Capítulo 41 (31/12/2020)

Capítulo 42 (04/01/2021)

Capítulo 43 (06/01/2021)

 

Temporada 11 - 2029

Capítulo 44 (12/01/2021)

 

Temporada 12 - 2030-31

Capítulo 45 (14/01/2021)

Capítulo 46 (17/01/2021)

Capítulo 47 (23/01/2021)

Capítulo 48 (28/01/2021)

Capítulo 49 (02/02/2021)

 

Temporada 13 - 2031-32

Capítulo 50 (04/02/2020)

Capítulo 51 (06/02/2021)

Capítulo 52 (09/02/2021)

Capítulo 53 (11/02/2021)

 

Temporada 14 - 2032-33

Capítulo 54 (14/02/2021)

Capítulo 55 (17/02/2021)

Capítulo 56 (20/02/2021)

Capítulo 57 (23/02/2021)

 

Temporada 15 - 2033-34

Capítulo 58 (25/02/2021)

Capítulo 59 (28/02/2021)

Capítulo 60 (02/03/2021)

Capítulo 61 (05/03/2021)

 

Temporada 16 - 2034-35

Capítulo 62 (07/03/2021)

Capítulo 63 (10/03/2021)

Capítulo 64 (13/03/2021)

Capítulo 65 (16/03/2021)

 

Temporada 17 - 2035-36

Capítulo 66 (17/03/2021)

Capítulo 67 (20/03/2021)

Capítulo 68 (23/03/2021)

Capítulo 69 (26/03/2021)

 

Temporada 18 - 2036-37

Capítulo 70 (29/03/2021)

Capítulo 71 (31/03/2021)

Capítulo 72 (03/04/2021)

Capítulo Final (06/04/2021)

 

Bônus

Capítulo Bônus (29/10/2020)

 

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Spoiler

 

Títulos de Equipe

Operário de Mafra

1x Campeonato Catarinense - Série C (2019)

1x Copa Santa Catarina (2020)

Democrata GV

1x Campeonato Brasileiro - Série D (2022)

1x Campeonato Brasileiro - Série C (2023)

1x Taça Minas Gerais (2023)

Chapecoense

1x Campeonato Brasileiro - Série B (2024)

2x Campeonato Catarinense (2025 e 2026)

1x Copa do Brasil (2026)

Grêmio

2x Recopa Gaúcha (2027 e 2028)

1x Campeonato Gaúcho (2027)

2x Campeonato Brasileiro (2027 e 2028)

2x Copa do Brasil (2027 e 2028)

1x Libertadores da América (2027)

1x Recopa Sul-Americana (2028)

Seleção Brasileira

1x Copa do Mundo (2030)

Bétis

1x La Liga (2031-32)

2x Copa do Rei (2031-32 e 2032-33)

Chelsea

3x Premier League (2033-34, 2035-36 e 2036-37)

1x UEFA Europa League (2033-34)

2x Supercopa da Inglaterra (2034-35 e 2036-37)

1x Supercopa da Europa (2034-35)

2x Carabao Cup (2034-35 e 2035-36)

1x FA Cup (2035-36)

1x UEFA Champions League (2035-36)

1x Mundial de Clubes (2036)

 

Prêmios Individuais

Operário de Mafra

-

Democrata GV

2x 🥇Melhor Treinador - Campeonato Mineiro (2021 e 2022)

1x 🥈 Melhor Treinador - Campeonato Mineiro (2023)

1x 🥇 Melhor Treinador - Campeonato Brasileiro Série D (2022)

1x 🥇Melhor Treinador - Campeonato Brasileiro Série C (2023)

Chapecoense

1x 🥉 Melhor Treinador - Campeonato Brasileiro Série B (2024)

2x🥇Melhor Treinador - Campeonato Catarinense (2025 e 2026)

1x 🥈Melhor Treinador - Campeonato Brasileiro Série A (2025)

1x 🥇Melhor Treinador - Campeonato Brasileiro Série A (2026)

1x 🥇Melhor Treinador - Copa do Brasil (2026)

Grêmio

1x 🥇Melhor Treinador - Campeonato Gaúcho (2027)

1x 🥇 Melhor Treinador - Copa do Brasil (2027)

1x 🥇 Melhor Treinador - Campeonato Brasileiro Série A (2027)

1x 🥉Melhor Treinador - Campeonato Brasileiro Série A (2028)

1x 🥉 Melhor Treinador - Campeonato Gaúcho (2028)

Bétis

1x🥇 Melhor Treinador - La Liga (2031-32)

Chelsea

3x🥇 Melhor Treinador - Premier League (2033-34, 2035-36 e 2036-37)

1x🥇 Melhor Treinador - Mundial de Clubes (2036)

 

 

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O sol já vai se pondo em Gramado (RS) e Edu segue empacotando os pertences de seu pai. Parece surreal que uma pessoa possa estar aqui em um momento e no momento seguinte nunca mais poder-se-á dizer um “obrigado”, um “eu te amo” ou até mesmo um "me desculpa", mas… “essa é a vida, dura e cruel”, pensou Edu.

Edu estava empacotando os pertences do escritório de seu pai enquanto se perguntava se o velho (como Edu chamava o pai, André, quando ele não estava por perto) realmente leu todos aqueles livros ou simplesmente serviam como mera decoração. Caixas e mais caixas de livros sobre os mais variados assuntos, desde enologia (produção de vinhos) a romances, guias ilustrados, e, claro, livros relacionados a futebol.

 

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Vinho e futebol… suas duas paixões”, pensou Edu, se questionando se ele mesmo seria incluído em uma das paixões do velho. Depois de colocar todos os livros em suas caixas, Edu começou a esvaziar as gavetas da escrivaninha.

- Ah sim, a gaveta secreta… - murmurou Edu ao tentar, sem sucesso, abrir uma gaveta trancada à chave. - Não entendo porque ele guardava com tanto afinco aquele diário.

- Falou alguma coisa, amor? - Perguntou Natália, esposa de Edu, o espreitando da porta.

- Não, estava falando sozinho… Nat, por acaso as chaves do vel… digo, do pai, estão contigo? - Perguntou Edu, se corrigindo, achando que agora que o pai havia falecido seria um tanto desrespeitoso continuar o chamando de “o velho”.

- Acho que sim, pera aí. - Respondeu ela, largando uma caixa no chão. 

 

Absorto em suas memórias, somente nesse momento Edu percebeu que a esposa, grávida, estava carregando caixas pra lá e pra cá.

 

- Natália, o que tu tá fazendo?

- Procurando as chaves do seu pai. - Respondeu ela, com as mãos nos bolsos do casaco. - Achei! - Disse, entregando o molho de chaves para Edu. - Por quê?

- Natália… tu tá grávida, tu sabe que não pode ficar carregando peso. Foi pra isso que a gente contratou o pessoal da transportadora. - Enfatizou Edu, enquanto abria a gaveta e pegava o velho diário de seu pai.

- Ah, amor, deixa de ser chato. Nem tá tão pesado. E além do mais, - disse ela, agora baixando o tom de voz e chegando mais perto de Edu para que só ele pudesse ouvir - esse pessoal que ‘cê contratou tá meio fora de forma, não? - Disse, indicando com a cabeça um senhor, de uns 60/65 anos, quase sem cabelos e mancando enquanto carregava, com muito esforço, algumas cadeiras. - Deveria ter aberto a mão e contratado os autômatos, eles já teriam terminado o serviço.

- É… Tem razão, mas isso não é desculpa. Não quero mais te ver carregando nada.

- Se você insiste… - Disse ela, saindo em direção à varanda. Quando chegou à porta, se virou e complementou - Vou ali beber uma taça de vinho e já venho. - E saiu pela porta.

 

Ela tá brincando… é... é uma brincadeira, ela tem senso de humor, mesmo nessas horas… é, deve ser uma brincadeira”. Pensou Edu, enquanto saía atrás da esposa, claramente desconfiado da última declaração. Sem perceber que estava com o diário de seu pai em mãos, Edu chegou à esposa e se tranquilizou ao ter a certeza de que ela estava brincando.

 

- Amor, desculpa por ter sido grosso, mas tu sabe que a gente já passou da idade para ter filhos, a gravidez é de risco e sair carregando peso não vai ajudar.

- Eu sei, eu sei… Isso é uma agenda? Um caderno? - Disse ela, mudando de assunto.

- Que? - Perguntou Edu.

- Na sua mão. - Respondeu, apontando para o diário de André.

- Ah, isso é um velho diário do vel… do pai.

- Nunca pensei que seu pai fosse do tipo que escreveria um diário.

- Pois é, mas não tem nada de mais, uma vez quando era criança consegui roubar a chave dele e abri a gaveta. Imagina a minha desilusão ao ver que só tinha esse diário na “gaveta secreta”.

- Você já leu esse diário?

- Li naquela vez, nem me lembro mais o que ele escrevia aqui - disse, folheando o diário sem parar em uma página específica, notando haverem bem mais anotações do que se lembrava. - Só lembro que julguei chato demais e guardei de volta logo em seguida.

- Pretende ler?

- Não sei, acho que não. Que bem faria?

- Pode ser um meio de se reconectar com o seu pai, quem sabe criar um laço mais forte com as memórias do “velho” - Disse ela, dando ênfase à última palavra.

- Éééé… acho que esse período já passou, esse laço era pra ter sido feito muito tempo atrás, mas ele estava sempre tão envolvido com a carreira de técnico… - Disse, deixando a voz embargada morrer.

- Então quem sabe seja a chance de ver as coisas sob uma nova perspectiva? 

- Também acho que não, aquele diário deve ser sobre a carreira dele, se vangloriando pelo o que ganhou. Sabe como ele é… era. Aposto que nem as derrotas ele colocou ali.

- Edu, Edu… ‘Cê realmente acha que alguém manteria um diário em segredo só pra relatar seus feitos futebolísticos? Acho que não. Digo, claro que ele deve ter incluído parte da carreira no diário, eu conheço o homem há mais de 20 anos, sei o quanto aquilo é importante pra ele. Era. - Disse, com olhos lacrimejantes, enquanto abraçava o marido.

 

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Enquanto ainda era abraçado por Natália, Edu ouviu um pigarrear vindo da direção da porta. Ao se virar, deparou-se com Zé, o senhor manco da transportadora. Ele os olhava com um ar de constrangimento e empatia. Edu podia jurar que viu os olhos do senhorzinho ficarem marejados. Vendo que o sujeito nada dizia, Edu perguntou:

 

- Precisa de alguma coisa, Zé?

- Ah, não, “dotô”, é só que já tá ficando escuro e como tá sem luz aqui nós não “vamo” conseguir terminar isso hoje. Ele tinha muita coisa né?

- É verdade, já tá anoitecendo. - Disse Edu, olhando no relógio e vendo que se aproximava das 18h, naquele gelado julho na serra gaúcha. - Vamos lá que vou mostrar pra vocês onde vão ficar essas coisas. Até mais, amor. Daqui a pouco te encontro no hotel. Já vai arrumando as coisas. A gente sai assim que eu me liberar aqui. - Disse, virando-se para a esposa.

- Tá bem. - Respondeu Natália.

 

Edu saiu com Zé para guiar o caminhão até a casa de sua tia, que ficaria com grande parte dos pertences de André e venderia ou doaria o resto. O destino da mobília não interessava a Edu, desde que conseguisse terminar logo com isso e pudesse voltar pra casa o quanto antes. Além disso, Edu guiaria o caminhão para ter certeza que as coisas chegariam onde deveriam chegar. 

 

Não que eu desconfie do Zé, longe de mim, mas com gente de transportadora é sempre bom ter um pé atrás.”.

 

Algumas horas depois, Edu entrou correndo no quarto do hotel.

 

- Tá pronta? - Disse, ofegante.

- Sim, há horas. Por que demorou tanto? - Indagou Natália com certa irritação.

- Sabe como é a tia Marina, não me deixou sair até que eu comesse o seu famoso bolo de cenoura.

- Mas porque demorou tanto para comer o maldito bolo?

- E-Ela não tinha feito ainda…

- Tá, depois você me conta tuuudo sobre o incrível papo de duas horas com a tia Marina… só que não. Agora vamos que meu voo é daqui menos de três horas.

 

Edu dirigiu o carro alugado o mais rápido possível em direção à Porto Alegre para que Natália pudesse pegar o voo de volta para São Paulo. Em uma viagem de normalmente duas horas, Edu conseguiu chegar em pouco mais de uma hora e com certa folga para o check-in e embarque.

 

Após o check-in eles foram para a zona de embarque:

 

- Quanto tempo vai precisar ficar aqui? - Perguntou Natália.

- Não sei, ainda tem que terminar o inventário, registrar a casa e colocar pra vender. Não menos de um mês eu acho, sempre tem algum enrosco nessas coisas. - Disse Edu, que, como advogado, tinha uma certa experiência com a morosidade dessas coisas.

- Um mês! Caramba, desse jeito você vai perder o nascimento do Fábio. - Disse ela, cabisbaixa.

- Vou terminar isso aqui a tempo. Prometo! 

- Queria poder ficar aqui pra te ajudar…

- Eu também, mas não dá pra desmarcar as consultas essa altura do campeonato.

- Eu sei...

 

Atenção senhores passageiros do Vôo 347 com destino à São Paulo, por favor se dirigirem para a zona de embarque.” - Anunciou o alto falante.

 

- 347 é o teu? - Perguntou Edu.

- Sim, tchau amor. Te ligo quando chegar em casa.

- Tchau, boa viagem. Diz pro Duke e pra Mel que eu volto logo.

- Às vezes eu acho que ‘cê gosta mais desses cachorros que de mim.

- Tu sabe que isso é a mais pura verd… digo, mentira.

 

Edu ficou no aeroporto até que o avião do vôo 347 levantasse voo e sumisse no horizonte do céu noturno de Porto Alegre. A viagem de volta a Gramado foi mais tranquila. Sem pressa, Edu pôde colocar o carro no piloto automático, ouvir uma música e relaxar na estrada.

Chegando de volta no hotel, Edu entrou no quarto, tomou um banho e se preparou para dormir, notando que Natália deixou o diário de seu pai convenientemente posicionado no gaveteiro do lado cama onde Edu dormia.

 

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Filha da mãe…

Edu tentou ignorar o diário, procurando algo pra ver na televisão, mas não encontrou nada de interessante.

290 canais e 0 programas interessantes pra ver… isso deve ser um sinal. Tá bom, Nat… vamos dar uma chance pro velho

O diário de André é um pequeno caderno de capa marrom de couro. Devido ao tempo e ao uso, o diário tem algumas páginas quase se descolando, de modo que Edu teve que fazer um certo malabarismo para que as páginas não caíssem no chão e se embaralhassem enquanto tentava abrir o diário. Notou também que haviam algumas colagens no diário.

Ele tava com tempo pra recortar e colar…

***

12 de Setembro de 2018

Eu não sei por quanto tempo vou seguir fazendo isso, mas foi quase uma exigência da Dra. Lourdes.

Faça um diário”, “Vai te ajudar a atravessar esse momento de luto”, disse ela. Bom, vamos ver, eu acho que isso é baboseira, mas vamos dar uma chance…

Hoje faz um mês que a Carolina morreu. Maldito câncer, por que diabos ainda não inventaram a cura pra essa merda?

Tá difícil, o Edu parece ainda não entender, ele vem me perguntar que horas a mãe chega, onde ela foi. Coitado do garoto, perder a mãe com 5 anos deve ser difícil, queira Deus a minha fique viva por bastante tempo.

Estou a meia hora olhando para essa folha, essas pequenas frases que juntei aqui e nada mais me vem à mente, acho que isso ainda é muito novo pra mim, quem sabe um dia eu pegue o jeito.

 

06 de Outubro de 2018

Já faz um tempo que não escrevo nada aqui, tenho dito para a Dra. Lourdes que tenho escrito, para que ela não me incomode, mas a verdade é que não tenho nada para dizer. Só que agora parece que as coisas vão mudar. Não sei quanto ao diário, mas quanto a minha vida e a do Edu com certeza.

O pessoal do Brasil de Farroupilha tá dizendo que deve vir uma demissão geral no clube. Que m… Por que fui largar um emprego de 13 anos no administrativo da vinícola por um papel de preparador num clube do interior? Eu devo ter perdido algum parafuso. E a Carolina, a Carolina também, por me apoiar nessa maluquice.

Vai na fé, meu bem”, ela disse, “Se é o que tu ama, vai na fé. Vai lá, faz a faculdade e busca teu sonho. Eu vou te apoiar não importa o que tu decidir".

É, acho que não era assim que ela tinha pensado que as coisas se desenrolariam. Edu nasceu depois que eu entrei pra Educação Física, larguei um emprego de quase 15 anos pra trabalhar com futebol, recebendo um salário miserável pra tentar alavancar um sonho que nunca se concretizou plenamente. Também, o que eu tinha na cabeça? Fazer um caminho semelhante ao Parreira, Autori e outros que se formaram em Educação Física e, sem terem sido jogadores, conseguiram ter sucesso como treinadores? Delírio.

O pior de tudo é que desde que a Carol se foi tenho precisado usar das nossas reservas pra conseguir pagar as contas. Sem emprego, essa grana se vai mais rápido que tombo de anão.

Vamos ver, talvez seja hora de pensar num plano B.

 

15 de Dezembro de 2018

Realmente os boatos eram reais, o Brasilzinho tá sem dinheiro.

 

- Veja, André, precisamos cortar gastos, senão não conseguiremos pagar os jogadores pra disputa da terceirona do ano que vem. E se não disputarmos a terceirona ano que vem, não ganhamos dinheiro, entende? - Me disse o presidente Anderson, ou Fumaça, pros íntimos.

- Tá, mas e quem vai preparar esse time?

- O Allan, ué.

- O Allan? Fumaça, o Allan é uma grande pessoa e tal, mas ele não entende nada de preparação física.

- Desculpa André, mas o momento é crítico e a gente precisa fazer isso. Não foi uma escolha fácil, mas era o que tinha que ser feito.

- Tá bem, não vou ficar esperneando, mas... e quanto à rescisão, quando eu vou receber?

- Sabe, essa era outra coisa que eu precisava conversar contigo. Vamos precisar parcelar, tá complicada a situação.

- Parcelar? Complicado? Complicado é sustentar sozinho um filho de 5 anos sem emprego. Complicado é receber uma rescisão parcelada em o que, três vezes?

- Dez.

- Dez vezes? Tá de sacanagem com a minha cara, né Fumaça?

- Tu sabe que o clube não tem dinheiro, o administrativo me contou que tu vem ajudando nos balancetes. Não posso te prometer que vou te pagar em três vezes e não conseguir honrar os nossos compromissos.

- Porra, Fumaça, faz em quatro ou cinco então que daí eu recebo com o seguro. Se não por mim, pelo Edu. Eu preciso desse tempo, cara.

- Vou ver com o contador, não te prometo nada.

 

E não é que deu certo? Foi só falar do guri que ele se amoleceu todo...

***

Sentindo que já tinha lido o suficiente, Edu largou o diário, ligou para a esposa para saber como foi a viagem e foi dormir.

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Gostei da introdução e da forma como pretende guiar o save, com os objetivos. 

Boa sorte, meu caro!

(Não sei se eu não devia perceber mas tem algo errado com essa data ou vai optar por fazer a história numa realidade futura alternativa?)

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Opa, longas introduções, tudo de bom!

Como vc disse tem frequentado vários saves, mas não comentou nenhum. E vc ja demonstrou que não tem problema em escrever!

Não se acanhe, será bom pra ti!

Ah, os fondues de Gramado!

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4 horas atrás, Peepe disse:

Gostei da introdução e da forma como pretende guiar o save, com os objetivos. 

Boa sorte, meu caro!

(Não sei se eu não devia perceber mas tem algo errado com essa data ou vai optar por fazer a história numa realidade futura alternativa?)

Opa, valeu meu velho.

Quanto às datas, não sei se tu estás te referindo à data do diário. Se for, está em 2018 em razão do fm 2019 começar a época em 24/12/2018. Se não for a data do diário, temos dois tempos distintos na história: um futuro distante, onde André acabou de falecer e Edu já é adulto e o período em que se passam as anotações do diário, que será o período que rolará o save.

3 horas atrás, vmos disse:

Bem legal a proposta da saga. Vou acompanhar.

Valeu!

1 hora atrás, Andreh68 disse:

Opa, longas introduções, tudo de bom!

Como vc disse tem frequentado vários saves, mas não comentou nenhum. E vc ja demonstrou que não tem problema em escrever!

Não se acanhe, será bom pra ti!

Ah, os fondues de Gramado!

Que bom que gostas, fiquei com medo de estar longo demais hahaha

Pode deixar que vou passar a ser uma figura mais ativa em outras sagas.

Realmente, fondue é uma marca registrada da cidade. Não moro lá, mas gostaria hahaha

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Edu se levantou na manhã seguinte, tomou um café e foi logo para a casa do velho terminar de empacotar as coisas.

 

Vê se pode, aquele desgraçado me usava pra conseguir o que queria, que filho da p… fiz bem em ter me afastado dele. Agora vamos terminar essas coisas pra voltar logo e deixar tudo isso pra trás

 

Mais tarde, quando finalmente todas as coisas foram empacotadas e a casa finalmente esvaziada, Edu levou tudo para os cuidados de sua tia Marina.

 

-          Sabe, Edu. O André gostava muito de ti. Acho que ele ficaria feliz em te ver por aqui.

-          É… sei. - Respondeu Edu, lembrando-se do que havia lido na noite anterior.

-          Então, já pensou sobre aquilo que conversamos ontem?

-          Pensei sim, tia. Mas vou ficar em São Paulo mesmo. Tenho o meu trabalho lá, a Nat tem o dela. Ainda tem o Fabinho que tá pra nascer, São Paulo é uma cidade mais estruturada, ele vai ter muitas oportunidades por lá.

-          Para de bobagem, aqui também é cheio de oportunidades. E claro que um advogado e uma médica não teriam problemas em achar emprego por aqui.

-          Pode até ser. Mas queremos levar a nossa vida lá. A Nat tem família por lá também.

-          Muito bem, Deus é testemunha que tentei. Mas vê se aparece com mais frequência. Tu sabe que é praticamente um segundo filho pra mim.

-          Por falar nisso, como tá o Luís?

 

No final da noite naquele dia, após ter conversado por quase uma hora com Natália pela videochamada, descobrindo tudo que Duke e Mel aprontaram na casa do César e da Jê, Edu se viu encarando novamente o diário. Sua mente relutava em pegá-lo novamente para ler, mas a curiosidade falou mais alto.

 ***

 Continuação de 15 de Dezembro de 2018

 (...)

E não é que deu certo? Foi só falar do guri que ele se amoleceu todo. É cruel, mas é a realidade. Sem o dinheiro da rescisão, só com o seguro, eu e o Edu não teremos o que fazer. Tá difícil de achar emprego, já larguei currículo em todos os lugares e nada de retorno ainda. E olha que eu tenho duas faculdades, Administração e Educação Física. Se o Fumaça não ajudar, não sei o que a gente vai fazer.

 

24 de Dezembro de 2018

 O Fumaça vai me pagar em cinco vezes. Não é o ideal, mas é melhor que nada. Desse jeito, com o seguro, vou ter dinheiro até Abril, mais que isso e a nossa reserva começa a ir pro ralo.

Ainda nada de retorno dos lugares que mandei currículo. Acho que vou ter que procurar outras áreas talvez, só não sei em quê. Se bem que qualquer coisa tá vindo a calhar. Mas antes vou tentar aquela última cartada, vamos pro “ou vai ou racha”. Vi na TV que muitos clubes do interior tem demitido os treinadores agora no final do ano. Quem sabe não é agora eu “se consagro”. Mal não vai fazer eu mandar currículo pra esses times.

Mudando de assunto, parece que o Edu está começando a compreender o que aconteceu. É muito triste vê-lo daquele jeito, sem vontade de brincar, sem amigos. Quem me dera a situação estivesse melhor pra que eu pudesse levá-lo pra ver um filme, passear. Mas vou seguir na luta. Por ele.

***

Edu, finalmente deixando seu luto tomar conta, cai em lágrimas enquanto via as dificuldades que seu pai passou, os perrengues que ele aguentou e, agora, distante daquela época, Edu começou a perceber as razões das ações de seu pai.

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No dia seguinte, Edu ficou envolvido angariando documentação e esperando em repartições públicas pela impressão da documentação necessária para dar seguimento ao inventário do “velho”, chegando ao hotel somente no final da tarde. Após sair para comer uma pizza, Edu voltou novamente ao quarto, falou com Natália e se deitou, tentando disfarçar de si mesmo a vontade de continuar lendo o diário.

 

Talvez a Nat esteja certa e essa seja uma oportunidade de ver as coisas por outros olhos”. Pensou Edu, enquanto segurava o diário no colo, se preparando para continuar a leitura.

 ***

26 de dezembro de 2018

 Recebi alguns retornos hoje, aparentemente meu pensamento estava correto, as equipes precisam muito mais de um treinador do que de um preparador. Tenho algumas entrevistas agendadas por videoconferência (que maravilha essa tecnologia!). Mesmo filtrando as entrevistas para clubes apenas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (pela proximidade e para que o Edu não tenha que lidar com uma mudança drástica de cultura tão cedo), minha agenda ficou lotada do nada, vou precisar me preparar para essas conversas, pode ser uma chance única.

 

28 de dezembro de 2018

 Ufa! Finalmente terminei essas entrevistas. Engraçado como os dirigentes têm sempre as mesmas dúvidas. Depois da 2ª entrevista tu acaba respondendo até no automático. Acredito que nos próximos dias devo ter algum retorno, será que consegui convencer alguém no meu papo de ter experiência anterior no Brasil de Farroupilha, que já acompanhei de perto grandes técnicos e que estou preparado para dar o próximo passo? Não sei.

Ah, amanhã viajamos pra Torres (RS) com a Marina, o esposo e o filho para a casa de praia do nosso tio. Acho que vai ser bom pro Edu ter outra criança para brincar durante as férias, ele precisa aliviar a cabeça.

 

29 de dezembro de 2018

Mal chegamos em Torres e meu celular já não para de apitar. Recebi uma série de contatos por e-mail! Parece que muitos dos presidentes com quem conversei viram algum potencial em mim. Ou isso, ou eles acharam que eu poderia economizar me colocando pra fazer três funções: técnico, administrativo e preparação.

Seja o que for, preciso me decidir.

Conversei com a Marina, ela me ajudou a reduzir para três propostas. Agora preciso avaliar qual delas será melhor para mim e para o Edu. Já pedi um tempo pra refletir e eles me deixaram pensar sobre o assunto na virada de ano.

 

30 de dezembro de 2018

 Inter de Santa Maria (RS), Guarani de Palhoça (SC) ou Operário de Mafra (SC)?

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Dúvida cruel. O Inter-SM é um bom time do interior aqui do estado, faz tempo que eles não vão pra 1ª divisão, mas eram figurinhas carimbadas na última década. O problema é o salário, quase metade do oferecido pelo Guarani. O bom é que é mais próximo, não precisaríamos sair das fronteiras do Estado e a habituação à Santa Maria pode ser mais fácil pro Edu. O Guarani de Palhoça parece ser o melhor time dos três e oferece o melhor salário, mas imagino que as expectativas sejam altas e eu não sei se essa pressão por resultados seja o melhor pra mim no início. Preciso de estabilidade no primeiro trabalho, embora o salário seja bom, nada garante que um início de trabalho ruim não arruíne minhas chances futuras. O Operário de Mafra confesso que não conhecia antes das minhas pesquisas por clubes sem treinador. Aparentemente é um clube intermitente, que já fechou as portas, mas retornou às atividades. O salário é intermediário entre as propostas e aparentemente é um clube que não terá muita pressão por resultados rápidos.

Tenho alguns dias para dar uma resposta.

 

04 de janeiro de 2019

 Já tomei a minha decisão. Devo ligar para a presidente daqui a pouco para anunciar minha intenção, se tudo der certo, hoje mesmo já saio para assinar o contrato amanhã.

É isso mesmo, daqui a pouco tô partindo, só vou arrumar as malas e explicar as coisas pro Edu. Ele vai ficar aqui enquanto eu resolvo as coisas por lá e cuido da nossa mudança, espero conseguir me assentar lá o mais rápido possível.

***

 Eu me lembro desse dia. Ele deve ter esquecido de me explicar, porque passei a noite inteira chorando achando que ele tinha me abandonado com a Tia Marina”. Pensou Edu.

 ***

 05 de janeiro de 2019

 Caramba, achei que nunca fosse chegar. Que indiada… primeiro busão de Torres pra Porto Alegre (a porcaria da companhia não faz viagem de Torres pra Floripa no domingo em pleno janeiro!), depois de Porto Alegre até Florianópolis e de lá, finalmente, pra Itaiópolis. Quase 12 horas de viagem, fora as esperas nas rodoviárias.

Cheguei aqui por volta das 10:00 e fui direto na sede do clube, no Estádio 16 de abril. Cheguei lá e a presidente já me aguardava no estacionamento.

 

-          Bom dia! André?

-          Ele mesmo! Bom dia. - Respondi. - Prazer. - Disse, estendendo a mão para cumprimentá-la.

-          Prazer, Luciana. Mas você já sabe disso. - Disse ela, correspondendo o aperto de mão. - Vamos lá no escritório acertar os últimos detalhes.

 

O estádio é bem pequeno, mas é simpático. A Luciana foi me falando sobre ele no caminho, parece que cabem umas 1.500/2.000 pessoas nas arquibancadas, mas eles não lotavam o estádio fazia tempo. Parece ter havido algum imbróglio com a prefeitura de Mafra e o clube está temporariamente em Itaiópolis, cidade vizinha.

 

-          Então, aqui está. Pode ficar à vontade pra ler. Como combinamos, seu salário será de R$ 8.250,00. - Disse ela, quando chegamos à sala dela, me estendendo uma caneta para assinar o documentos.

-          Olha Luciana, lembra que eu te comentei que outros clubes tinham me proposto contrato?

-          Sim, claro. Você precisava de um tempinho pra pensar. Fico grata por ter acreditado no nosso projeto.

-          Pois então. O Guarani de Palhoça me ofereceu um salário mais vantajoso. Eu gostaria de treinar aqui, não me leve a mal, foi por isso que eu vim todo esse caminho desde Torres até aqui. - Disse, já mostrando o e-mail com a oferta do Guarani.

-          Entendo. Se me permite fazer uma pergunta: Por que você escolheu nosso clube acima do Guarani, se o Guarani está uma divisão acima de nós no estadual? - Pertinentemente questionou ela.

-          Sinceramente?

-          Por favor.

-          Considero que seja melhor começar em um clube numa divisão mais baixa. – Disse, tentando não mentir, mas não contar toda a verdade, isso poderia pôr em risco o que eu pretendia para aquela conversa.

-          Ah... entendo. Bom, acho que podemos chegar num meio termo, então. Quem sabe em R$ 10 mil?

-          Como eu disse, eu vim aqui porque eu gostaria de treinar este clube, mas preciso que a oferta do Guarani seja coberta, senão vou ter que tentar reservar um hotel em Palhoça para essa noite. - Disse eu, tentando forçar minha mão.

-          Ok. Vou conversar com a Ingrid, da tesouraria, e de tarde te passo uma posição.

-          Excelente. - Disse eu, me levantando. - Alguma indicação do que fazer enquanto espero?

 

Algumas horas depois e eu já começava a achar que na verdade ela não ligaria e que aquele tinha sido um jeito educado de me dispensar por ser tão restrito. Pelo menos não era a minha última oferta, ainda poderia ir para o Guarani ou para o Inter-SM. Por volta das 16h, quando eu já precisava economizar a bateria do celular, finalmente ele toca e era Luciana me dando a boa notícia: eles conseguiriam igualar a proposta do Guarani. Voltei ao estádio na mesma hora e assinei meu primeiro contrato de treinador profissional. Um sonho se realiza! Amanhã vou conhecer mais a fundo o elenco e as estruturas do clube.

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***

Se tinha uma coisa que o ‘velho’ sabia fazer era barganhar.”. Pensou Edu, antes de largar o diário e dormir.

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cara... véspera do dia dos pais... vou chorar...

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Você me diz que seus pais não lhe entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo
E isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer

caraca, peitou a presidente e se deu bem. Aliás, não tá muito intimo com essa história de Luciana pra ca e pra lá não?

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Eu na verdade entendi mal a proposta da história e fiquei me perguntando como as coisas aconteceriam se o Edu tinha 5 anos em 2018, mas esclareci as coisas agora.

Boa sorte no novo clube, ser sincero é uma arte, não é mesmo? Nada como dizer "eu não sou bom ainda para os outros" de forma sutil

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Em 08/08/2020 em 18:38, Andreh68 disse:

cara... véspera do dia dos pais... vou chorar...

caraca, peitou a presidente e se deu bem. Aliás, não tá muito intimo com essa história de Luciana pra ca e pra lá não?

Bah, nem tinha me tocado nisso, não foi proposital postar na véspera de dia dos pais.

Bela lembrança de Legião, reflete bastante o que está acontecendo na história.

Aquela máxima "quem não chora não mama" hahaha

Olha, quem sabe, o cara perdeu a esposa, o filho tá longe, tá precisando de um aconchego hahaha

 

Em 09/08/2020 em 11:58, Peepe disse:

Eu na verdade entendi mal a proposta da história e fiquei me perguntando como as coisas aconteceriam se o Edu tinha 5 anos em 2018, mas esclareci as coisas agora.

Boa sorte no novo clube, ser sincero é uma arte, não é mesmo? Nada como dizer "eu não sou bom ainda para os outros" de forma sutil

Ah tá, não sei se ficou muito claro que eram duas timelines hehehe

Valeu! É mais ou menos nessas mesmo.

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Edu tem o dia seguinte livre de compromissos, agradecendo que a chuva não chegou enquanto descarregavam os móveis, Tia Marina fica fula da vida se molhassem os belos móveis do “velho”. Sem mais o que fazer por hora quanto aos trâmites para venda dos bens senão esperar, Edu resolveu descansar no hotel, aproveitando para continuar a leitura do diário de seu pai.

***

06 de janeiro de 2019

Hoje o dia foi corrido.

 Acordei cedo e fui direto pro 16 de abril. Cheguei no estádio antes das 08:00 e a Luciana já estava lá, junto com um senhor ao seu lado. Eu imaginava quem seria, mas preferi que a presidente fizesse as apresentações.

 - Bom dia, André. Preparado para o primeiro dia?

- Bom dia. Claro, vamos nessa! – Respondi.

- Ah... Esse aqui é o Edmar, nosso antigo treinador e, por acaso, meu esposo. – Disse ela, com as mãos nas costas daquele senhor troncudo.

- Prazer, André. – Disse eu, estendendo a mão para cumprimenta-lo.

- Opa, prazer, meu filho. – Disse, correspondendo ao aperto de mão. - Luciana, eu preciso resolver umas coisas, mais tarde eu apareço por aqui.

- Claro, claro. – Disse ela, dando um beijo de despedida no marido. – Vamos, vamos te mostrar a sua sala. - Falou, virando-se para mim. – Gostaria que eu te falasse sobre a história do clube?

Achei por bem que ela me apresentasse o clube. Claro que eu já tinha lido algumas coisas na internet. Sabia, por exemplo, que o clube teve várias idas e vindas ao longo dos anos. Foi fundado como clube de futebol em 1920 (antes era um clube social apenas) e profissionalizado em 1977 e logo no ano seguinte teve a melhor temporada na elite do futebol catarinense, chegando às fases finais do estadual, mas desde então nunca mais teve o mesmo prestígio. O clube já teve várias denominações, chegando à mais recente, que é Esporte Clube Operário de Mafra (ECOM), em 2015. O clube mandava os jogos no estádio Alfredo Herbst, na cidade de Mafra (SC), porém um problema com a prefeitura da cidade fez com que o clube tivesse que se mudar para Itaiópolis (SC) e mandar jogos aqui no 16 de abril. Em 2015, o Operário, já com Luciana e Edmar, comprou a vaga do Canoinhas na segundona do catarinense, o que não adiantou muito, já que o time atualmente joga a 3ª divisão do estadual.

Ela me falou que o Edmar treinou a equipe de 2015 ao ano passado, mas ele resolveu se aposentar da carreira de treinador e eles precisavam de alguém novo pra dar uma chacoalhada no clube. Também comentou que fora campeonatos municipais e da zona norte o clube não tinha nenhum título, mas que ela tinha planos de conquistar alguma coisa futuramente.

- O staff técnico já chegou? - Questionei, querendo já ir me apresentando e vendo o que poderiam me dizer sobre o elenco antes que eu conhecesse os atletas.

- Pois então… não temos staff técnico, estávamos esperando que você trouxesse seu auxiliar.

 

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Staff

- Nem preparador físico?

- Não, mas isso não deve ser problema, o Edmar fazia tudo por aqui.

Não me admira tenha sido rebaixado”. Pensei.

- Ok, posso conhecer o olheiro do clube?

- Também não temos olheiro, o Edmar cuidava dessa parte também.

Só me falta ele ser o médico do clube também”.

- Tá bem, acho que vamos precisar de alguém pra observar outros jogadores, mas podemos ver isso depois. Podes me apresentar pro médico do clube?

- Pois então…

- O Edmar era médico do clube também? - Não me aguentei.

- Não, não… Mas o médico é muito amigo dele e disse que só trabalhava aqui porque trabalhava pro Edmar, ele não queria trabalhar pra outro técnico.

- Ok. Já tenho uma ideia de como as coisas funcionavam por aqui, mas vamos precisar mudar as coisas, preciso de uma equipe técnica, olheiro e médico.

- Bom, o que podemos oferecer de condições para contratações de jogadores e staff é isso aqui - Disse, apontando para uma folha já deixada em minha nova mesa.

 

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Finanças

- Deve ser mais do que suficiente.

- Isso é música para meus ouvidos. - Respondeu ela. - Imagino que queira conhecer os jogadores.

- Sim, por favor. - Disse, me perguntando se eles não foram embora com o Edmar também.

Chegamos no gramado e vejo cerca de 15 jogadores, 3 deles com uniformes de goleiro.

 

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Plantel.

- O resto do pessoal ainda não voltou de férias ou tá atrasado?

- Não, esse é todo o elenco.

- Todo o elenco? - Questionei pra ter certeza que não estava surdo.

- É… sim, o contrato de alguns jogadores terminou ao final do ano e queríamos acertar com o treinador antes de terminar a montagem do elenco.

Taqueopariu... 12 jogadores de linha e 3 goleiros. Sem olheiro ainda, como é que eu vou fazer pra montar um time? Impressionante como essas coisas nunca foram mencionadas na entrevista de emprego.”, pensei, considerando que poderia ter feito besteira em não escolher o Guarani de Palhoça. Mas agora não era tempo para lamentações, preciso fazer isso dar certo.

- Enquanto não fazemos nenhuma contratação podemos usar os guris da base pra ajudar nos treinamentos. - Disse eu, conformado.

- Nós terceirizamos a nossa categoria de base, não temos controle sobre o grupo e eles não treinam na cidade.

- Como assim?

- É uma longa história. Mas resumindo, a prefeitura não cumpriu uma promessa pra nos ajudar a manter a categoria de base, então não criamos mais atletas no clube. Temos a base apenas pra cumprir o requisito e poder jogar no estadual.

- Bah, complicada essa situação. Mas vamos conversar sobre isso depois, quem sabe a gente não consegue reativar a base nativa do clube.

- Seria um sonho. Bom, vou chamar os rapazes pra te apresentar e você dar uma palavrinha com eles.

- Tá bem.

Luciana chama os 15 guerreiros que lá estavam, me apresentou e voltou para dentro do estádio, me deixando para conversar com os jogadores. Falei brevemente com eles, expliquei de onde vim e como parei aqui no clube. Disse também aquelas coisas padrão: que vamos ter uma temporada longa, que vai ser difícil, mas que eu acreditava no projeto do clube e eles também deviam, etc.

Pedi para eles me falarem seus nomes e posições e fui anotando em um caderninho. Pedi para que eles fizessem alguns exercícios que eu queria avaliá-los. Ao final do dia estava bem claro que o destaque do time era Rafael Mello, um meia que podia jogar de atacante. Guaxi e Léo Taivã, ambos volantes, também foram bem no teste.

Como já era de se esperar, para a maioria das posições não tínhamos reservas e precisaríamos contratar pesado, além de não termos nenhum jogador que pudesse jogar como meia-central e como atacante ou meia pelas pontas. Tinha quase R$ 70 mil sobrando no meu orçamento de salários, precisaria usar.

Terminando o trabalho com os jogadores, queria dar uma última palavrinha com a presidente. Tinha uma pergunta e um pedido pra fazer pra ela.

- Com licença. - Disse eu, batendo à porta semiaberta do escritório da presidente.

- Oh, André. Entra, entra. Em que posso te ajudar?

- Luciana, a gente acabou não falando sobre isso até agora, mas… quais são as expectativas pro ano? - Perguntei sabendo que o clube disputaria a 3ª divisão estadual, a Copa Catarinense e a divisão Regional do Brasileirão, a 5ª divisão nacional.

- Bom, nosso elenco é curto e a saída do Edmar deixou o clube em maus lençóis, já que ele fazia praticamente tudo que não era administrativo ou médico. Com isso em mente, nós somos realistas e queremos apenas não cair pra 4ª divisão no estadual. Quanto à Copa Catarinense e o nacional, vamos estabelecer metas quando as competições estiverem mais próximas.

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Expectativas 

- Tá bem, acho que com contratações pontuais conseguimos manter esse clube na 3ª divisão. – Comentei, acreditando que as expectativas baixas devessem refletir na qualidade dos poucos jogadores que temos, precisaríamos ser cirúrgicos nas contratações.

- Precisa de mais alguma coisa?

- Na verdade sim.

- Diga.

- Sei que acabei de chegar ao clube e talvez seja um pouco cedo para fazer um pedido, mas sinto que quanto mais cedo nós começarmos, melhor será pra todos.

- Começarmos o que? – Perguntou, me olhando com uma cara estranha. Agora umas horas mais tarde, percebo que posso ter passado uma impressão errada de onde eu queria chegar.

- Bom, a CBF tem disponibilizado um curso de licença provisória nível C e eu gostaria de poder participar.

- Claro, pode ir. Tem minha benção, só não vá faltar a treinos e jogos. – Disse ela, com certo alívio.

- Teria alguma chance do clube bancar esse curso?

- Não.

- Olha, se eu pudesse eu realmente pagaria, mas eu tava desempregado até ontem, nem aluguei casa aqui ainda e tenho que fazer toda a mudança. Além disso, tenho um filho pequeno pra criar sozinho. O clube não pode fazer essa força? Vai ser um investimento no clube, se parar pra pensar.

- Qual o valor?

- Cerca de R$ 3 mil.

- Eu não tinha intenção de deixar, mas você me convenceu. O clube pagará seu curso dessa vez.

- Muito obrigado!

Saí dali direto pro hotel. Amanhã preciso começar a ver as coisas da mudança e achar alguns funcionários e jogadores pro clube.

 

07 de janeiro de 2019

Mais um dia corrido, acredito que será assim por um tempo, pelo menos até contratar um staff pra ajudar.

Cheguei no clube logo cedo e fui direto para minha sala. Fiz alguns telefonemas, mandei alguns e-mails e quando os jogadores começaram a chegar, já tinha conseguido acertar as bases com um auxiliar técnico, um preparador físico, um preparador geral, um preparador de goleiros, um diretor esportivo, um olheiro e um médico. Com isso, logo a gente já poderia começar se focar na montagem do elenco.

Como o estadual é curto (a 1ª fase é composta por 8 times divididos em 2 grupos, jogando entre si no mesmo grupo duas vezes - 6 partidas, além de semi-final e final, cada uma em dois jogos, ou seja, um máximo de 10 partidas) e o início da competição só ocorre em fevereiro, temos tempo para montar o elenco antes da estreia.

Ah sim, veja isso, hoje estava na beira do gramado dando o treino do dia e o Edmar chegou para conversar e me dar algumas dicas sobre o elenco e dar a visão dele sobre o que precisávamos (espero que ele não seja daquelas pessoas que quer se afastar, mas fica dando pitacos e esteja só tentando ajudar no início). De qualquer forma, estávamos conversando e ele me contou uma história bizarra que aconteceu com ele em 2017: Um cara se passou por ele pra enganar atletas desempregados, o cara cobrava R$ 900,00 pra supostamente inscrever os jogadores em uma competição. Ele pegava o dinheiro, obviamente não inscrevia o jogador, e vazava. Muito bizarro isso. Depois da história com a base, do clube comprar a vaga de outro num campeonato, agora isso. Agitadas as coisas por aqui.

Falando no Edmar, hoje senti que a minha ideia de não ter pressão, pode ser um pouco errada, aparentemente ele é um ícone do clube, e hoje quando fui na padaria um torcedor me abordou dizendo que não vai ser nada fácil superar o Edmar e coisa e tal. Eu respondi educadamente dizendo que iria fazer o meu melhor, mas a vontade era mandar ele pastar e esperar eu ter alguns jogos no clube antes de falar qualquer coisa.

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Em 11/08/2020 em 00:14, Andreh68 disse:

Nooussa, onde vc foi amarrar seu burro. Que horror. Cada história pior que a outra. Tomara queo FM não reflita essa zorra!

Cara, pior que não fiquei fuçando muito, fui só fazer uma pesquisa no google pra ver a história do time e pipocaram essas notícias. Achei bem interessante, pra dizer a verdade hahaha

Não sei se vai refletir no FM, talvez não ter equipe técnica podia ser pelo fato do treinador ser um "faz-tudo", mas acho que deve ser pelo FM não dar muita atenção aos times menores mesmo. Pelo menos no quesito financeiro o time tem um bom saldo, vamos ver como se passa com a temporada.

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31 de janeiro de 2019

 

Nossa, faz tempo que não escrevo aqui. Tenho andado realmente ocupado. Por onde começo?

Bom, vamos começar pelo mais simples. Finalmente saí daquele quarto de hotel semana passada (aquela mancha no teto já tava me dando agonia). O Edu veio pouco depois, acho que ele está começando a se aclimatar à cidade. A Marina veio junto com o Luizinho. Ele e o Edu tem se dado muito bem. A Marina vai me ajudar cuidando do Edu até que comecem as aulas na escola.

No Operário, conseguimos contratar alguns membros para a equipe técnica, mas sofri com alguns vetos da Luciana:

- Você já contratou um auxiliar e um preparador físico, não precisamos de mais treinadores, foque seu tempo nos jogadores. Como você mesmo disse, temos que nos reforçar. - Disse ela.

Eu também disse que deveríamos aumentar a equipe técnica.”. Pensei.

- Está bem. - Respondi, a contragosto, considerando muito cedo pra criar caso com a pessoa que me deu minha primeira oportunidade no ramo.

Pelo menos na observação e na equipe médica, não tive vetos.

Buscando reforçar o time, parti ao mercado, fiquei focado nisso durante boa parte da pré temporada e fiz o olheiro trabalhar pra justificar o salário. No meio tempo fizemos alguns jogos amistosos que deram um ritmo pra equipe.

No final das contas, entre entradas e saídas, começaremos o campeonato com uma equipe bem mais forte do que tínhamos quando cheguei. Contratamos um total de 15 jogadores e dispensamos 2. Conseguimos contratar 1 Goleiro, 2 Laterais-Esquerdos, 1 Lateral-Direito, 3 Zagueiros, 2 Meias-Centrais, 4 Pontas e 2 Atacantes.

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 Atividades de Transferências Antes do Estadual

Sempre gostei de times que atacassem pelos lados do campo e acredito que especialmente nessas divisões, ter dois jogadores de cada lado (um lateral e um ponta) pode ser muito benéfico para o centroavante receber os cruzamentos, por isso a contratação de 4 jogadores para as pontas, já que não tínhamos jogadores para essas funções.

Acredito que entre as novas caras do elenco, os destaques ficam por conta do atacante Kaio Felipe e do Meia Central Luan Braz. Dito isso, a princípio apenas dois jogadores que estavam aqui começarão a temporada como titulares. Montei o time num 4-2-3-1 desequilibrado.

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 Tática Padrão

O time base será Richard, Gustavo Dinardi, Douglas, Alefe e Diego; Gaxim, Luan Braz, Gllawcyo, Rafael Mello e Filipe Renan; Kaio Felipe.

Tenho dúvidas apenas no volante, se coloco Gaxim ou Léo Taivã, e no centroavante, se jogo com Kaio Felipe ou Márcio Júnior. Vou dar 3 jogos para cada um me impressionar no estadual.

Nosso grupo no estadual é composto por 4 times, contando conosco. Começamos conta o Orleans fora, seguido por Carlos Renaux em casa e Atlético Itajaí fora. O Atlético é disparado o melhor time do grupo e deve passar com tranquilidade, acho que a nossa briga é com o Orleans para não cair, o que significa que não perder no primeiro jogo é crucial.

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 Calendário Fase de Grupos do Estadual

Para cumprir as expectativas, acredito que 7 pontos é o número mágico, um pouco mais e quem sabe não dá pra ir pra uma semifinal? Quem sabe, mas é um jogo de cada vez.

           

18 de fevereiro de 2019

Uau... Uau, que início! Nem nosso mais otimista torcedor poderia imaginar um primeiro turno como esse. Mas comecemos do começo. O primeiro jogo foi fora contra o Orleans, dominamos o jogo, fizemos um gol cedo de bola parada e tivemos mais duas na trave. Rafael Mello já começou a temporada com dois gols. Kaio, que começou a temporada como o centroavante titular, foi mal a frente do gol e perdeu algumas chances, que, felizmente, não fizeram falta. 2x0 na estreia. Na sequência, fiz meu primeiro jogo como mandante, contra o Carlos Renaux, foi outro grande jogo do Rafael Mello, mais dois gols e mais uma vitória tranquila por 3x0. Acreditava que o jogo seria mais complicado, mas fico feliz por estar errado. Por fim, encaramos ontem o Atlético Itajaí, em Itajaí, chegamos na rodada com os dois clubes com 6 pontos, eles na frente pelo saldo de gols, um empate aqui e já garantia o cumprimento dos objetivos do clube, uma vitória e fico muito bem encaminhado para uma classificação. E em caso de derrota, bom, ninguém nos passaria ainda. Desta forma, fomos pra fazer o nosso jogo na casa deles. Resultado: vitória de 3x0 e eles não deram um chute na direção do nosso goleiro. Com isso terminamos o 1º turno 100% e com a melhor campanha geral. Precisamos apenas vencer o próximo jogo, contra o Orleans, em casa, para garantir a classificação para semifinal.

 2-Classifica-o-1-Turno.png

 Classificação do Catarinense Série C - Fase de Grupos - 1º Turno

Vou aproveitar que tivemos um grande 1º turno e vou testar o ataque com Márcio Junior no lugar de Kaio Felipe, vamos ver quem terá um rendimento melhor para um possível mata-mata.

           

25 de fevereiro de 2019

A Marina voltou hoje para Gramado, ela certamente foi de muita ajuda. Consegui matricular o Edu em uma escola perto do Estádio, se ele precisar estarei perto. Além disso, já consegui uma babá para ficar com ele nos dias que eu precisar viajar por causa dos jogos. Está sendo um certo malabarismo para conduzir o emprego e cuidar do Edu sozinho, mas acho que tudo isso é para o melhor. Gostaria de ter mais tempo com ele, mas a rotina não tá permitindo.

***

Pisada na bola, hein velho? Se quisesse, realmente encontraria um tempo.”, pensou Edu, que ainda relutava em aceitar todas explicações que o pai colocara no diário.

***

11 de março de 2019

Se tivemos um grande 1º turno no grupo, confirmamos a boa fase no segundo. Entramos em campo no 16 de abril contra o Orleans e logo aos 8 minutos, Gllawcyo (lindo nome) abriu o placar. E ele mesmo ampliou. O Orleans até tentou se engraçar, mas nosso sistema defensivo está on-fire e nada passa. 2x0 e classificação pra próxima fase garantida. Na sequência, jogamos contra o Carlos Renaux fora de casa e foi o jogo em que mais passamos sustos, o que era natural, afinal, coloquei vários jogadores que não vinham jogando pra adquirirem ritmo de jogo. O destaque vai para o goleirão Richard com nada menos que duas assistências para Marcos Júnior. Novamente 2x0 no placar. Pra fechar, recebemos o outro time classificado do nosso grupo, o Atlético Itajaí, em um jogo que, pra nós, não mudaria nada na tabela: Não perderíamos a 1ª posição no geral, de modo que talvez o time tenha entrado em campo de sangue doce. Em nosso pior jogo até aqui, acabamos perdendo o 100% de aproveitamento, mas não a invencibilidade. 0x0 sonolento pra cumprir tabela num jogo em que, na soma das equipes, apenas um chute acertou o alvo.

 3-Resultados-1-Fase-Catarinense.png

 Resultados - Catarinense Série C - Fase de Grupos

Assim, não só não brigamos pra não cair, como ganhamos o grupo e vamos com a melhor campanha e único invicto para as Semifinais contra o Porto (SC). Entre os jogos da 4ª e 5ª rodada, anunciamos Allan Delon, aquele mesmo que jogou muito tempo no Vitória. Ele chega para dar experiência ao time.

Terminamos a 1ª fase com 16 pontos conquistados em 18 disputados, com uma média de 2 gols por jogo e sem sofrer nenhum gol. São muitos os pontos positivos, vamos com confiança para a semifinal.

 3-Classifica-o-Final-Fase-de-Grupos.png

 Classificação Final - Catarinense Série C - Fase de Grupos

As semifinais e finais são disputadas em jogos de ida e volta e em caso de empate nos 90 minutos, teremos prorrogação e, após, caso persista o empate a equipe com a melhor campanha se classifica e apenas o campeão sobe de divisão. Assim, temos o empate como aliado.

 

25 de março de 2019

Ontem jogamos o jogo de volta das semifinais. Tivemos duas baixas para esses jogos, dois titulares: Rafael Mello, que vinha como destaque da equipe, vai parar por até 4 meses, e Kaio Felipe, que retomaria a titularidade após eu dar chance a Márcio Júnior no returno, também se lesionou e para por até 5 semanas. Seria a chance então de Allan Delon e Márcio Júnior mostrarem seu valor.

O primeiro jogo contra o Porto foi fora de casa. Amassamos a cópia do time português, dominamos a partida e vencemos por 2x0, que poderia ter sido mais não fossem as 3 bolas na trave. No jogo de volta, novamente não demos chance ao adversário e o 1x0 ficou barato. Classificação garantida, era só olhar na televisão a prorrogação no jogo entre Caçadorense e Atlético Itajaí. Num agregado de 3x3, enfrentaríamos o Caçadorense, que tem melhor campanha (fez 13 pontos contra 10 do Atlético)... só que não, a final vai ser contra o Atlético.

Não entendi nada e tô sentindo um cheirinho de tapetão, já não tenho mais certeza se o empate nos favorece, ainda mais que jogaremos a segunda partida fora. Não faz sentido algum.

 

07 de abril de 2019

Acabei de chegar em casa depois da viagem. O Edu já está dormindo. Acho que vou poder passar mais tempo com ele agora que teremos mais de um mês antes da nossa estreia no Brasileirão Série Regional.

Ah, nossa, quase ia esquecendo de contar aqui como foi a final.

O jogo de ida foi aqui em Itaiópolis, jogamos melhor que o adversário, criamos mais, tivemos bola na trave, acertamos 6 bolas no gol e eles 0, mas fizemos o mesmo número de gols: nenhum. 0x0 no primeiro jogo e aquela sensação estranha de que pode acontecer conosco o que aconteceu com o Caçadorense. Antes do jogo de volta eu reuni os jogadores e disse a eles que poderíamos conquistar o acesso, bastava uma vitória. Eles reagiram bem diferente do que eu imaginava e reclamaram que eu estaria colocando pressão para eles ganharem a série C, sendo que já tinham feito muito mais do que o pedido. Dei um esporro geral, dizendo que lhes faltava ambição e saí, sem dar chance de ter uma respostinha. O jogo de hoje, contudo, foi bem melhor que a ida e o Atletico Itajaí, pela primeira vez nesses 4 confrontos, foi pra cima e criou chances de gol. No primeiro tempo, com cerca de 25 minutos foi marcado pênalti pra nós. O experiente Allan Delon foi pra batida e o goleiro pegou. Era a chance de colocar o Atlético contra as cordas, mas não aconteceu e os 90 minutos acabaram sem gols. Na prorrogação, mais uma chance de criar e abrir o marcador quando no final do 1º tempo eles tiveram um jogador expulso. Nada feito novamente, e o jogo terminou com 0x0 após a prorrogação. Eu sabia que tínhamos a melhor campanha e que o título e o acesso deveriam ser nossos, mas a pataquada da semifinal me fez temer pelo pior. Quando o presidente da FCF (Federação Catarinense de Futebol) veio me congratular pelo título, respirei aliviado e pude comemorar.

 14-Oper-rio-Ganha-pela-classifica-o.png

 Operário de Mafra - Campeão da Série C do Campeonato Catarinense

Ao chegarmos em Itaiópolis fomos recebidos pelos torcedores em festa, gritando os nomes dos jogadores e o meu ao descermos do ônibus. Acho que, mesmo depois de tão pouco tempo, já conquistei a confiança da torcida. Esse foi o 1º título oficial da história do Operário e pode-se dizer que surpreendemos a todos com esse acesso à Série B estadual. Talvez tenha sido cedo demais e precisávamos nos estruturar melhor para não virar um bate-volta, mas sou do time que quanto mais cedo for promovido, melhor.

Agora temos mais de 1 mês antes do início do Regional, vou ver se marco alguns amistosos pra manter o time nos cascos e procurar mais negócios de ocasião, como foi com Allan Delon. Mas antes vou curtir a minha folga. Depois do resultado no estadual, acredito que temos chance de fazer um bom campeonato regional, nossa defesa vem funcionando extraordinariamente bem, ao todo em 10 jogos não levamos gol e tivemos uma média de apenas 1,5 chutes certos do adversário.

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Ah, correu o risco da reunião pre final que da errado. Se na vida real jogador brasileiro já é mimado, no fm então...

Mas acabou surpreendendo e surpreendido... nessas camadas muito baixas acho que a AI não da pro gasto não. Vc que não tem nada com isso vá passando o rodo.

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Ideia muito original para contar a história, parabéns e vida longa ao post!

Dentro de campo começou bem, é isso aí, vai subindo reputação pra crescer na carreira!

 

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É rapaz, o técnico já começou bem a sua árdua caminhada nos cafundós de Santa Catarina. Campanha invicta de acesso é sempre bom pra dar moral e mostrar que talvez o time esteja pronto pro nível acima. É o que esperamos!

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Allan Dellon ja virou um dinossauro, mas até que está bem em atributos. Parabéns pela primeira taça da carreira, apesar da rateada na final o título ficou com quem merecia.

Agora, que loucura é essa de ter prorrogação e o empate resolver a final? Cadê os penaltis? Deve ser a primeira vez que eu vejo isso, os estaduais pelo Brasil sempre nos surpreendem. 

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Em 16/08/2020 em 21:47, Andreh68 disse:

Ah, correu o risco da reunião pre final que da errado. Se na vida real jogador brasileiro já é mimado, no fm então...

Mas acabou surpreendendo e surpreendido... nessas camadas muito baixas acho que a AI não da pro gasto não. Vc que não tem nada com isso vá passando o rodo.

Pois é, o tiro da reunião saiu completamente pela culatra, menos mal que não impediu o acesso hahaha

Em relação à facilidade, tem uma explicação que eu admito que não tinha percebido até o final do campeonato: Nosso time era o único na Série Regional ou acima. Fui nas expectativas da presidente e achei que estávamos em um patamar inferior, mas era o contrário.

Em 17/08/2020 em 14:58, gutofritzen disse:

Ideia muito original para contar a história, parabéns e vida longa ao post!

Dentro de campo começou bem, é isso aí, vai subindo reputação pra crescer na carreira!

 

Obrigado pelo elogio e pelo comentário!

Vamos tentando subir de degrau em degrau, tentando não dar o passo maior que a perna, mas andando pra frente.

 

Em 17/08/2020 em 20:42, marciof89 disse:

É rapaz, o técnico já começou bem a sua árdua caminhada nos cafundós de Santa Catarina. Campanha invicta de acesso é sempre bom pra dar moral e mostrar que talvez o time esteja pronto pro nível acima. É o que esperamos!

Bota cafundó nisso, fica longe das praias e de Chapecó hahaha

A campanha no estadual pode enganar, mas dá uma confiança pro Brasileirão.

Valeu pelo comentário!

Em 17/08/2020 em 21:04, Peepe disse:

Allan Dellon ja virou um dinossauro, mas até que está bem em atributos. Parabéns pela primeira taça da carreira, apesar da rateada na final o título ficou com quem merecia.

Agora, que loucura é essa de ter prorrogação e o empate resolver a final? Cadê os penaltis? Deve ser a primeira vez que eu vejo isso, os estaduais pelo Brasil sempre nos surpreendem. 

Eu tive que procurar no google pra ter certeza que era o mesmo Allan Dellon, não fazia ideia que ele jogava ainda. 

Obrigado, seria bastante injusto se ficasse com o Itajaí, ainda mais que só o campeão subia de divisão, não merecíamos mais um ano na série C do estadual.

Essa regra é muito estranha mesmo, se era pra ter um critério de desempate não tem sentido ter prorrogação.

 

 

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15 de abril de 2019

Temos ainda quase um mês pro início do regional, tenho tentado aproveitar meu tempo para ficar com o Edu, mas ele não sai daquele computador. Passa o dia jogando aquele tal de minecraft, ô joguinho bem feio. E quando não tá jogando, tá vendo alguém jogar. Tentei entender sobre o que é o jogo pra quem sabe nos relacionarmos com isso, mas não consegui, não faz sentido ele ficar tão viciado nisso. E pra tirar ele da frente do computador também é um inferno.

Ontem tivemos um amistoso e aproveitei para levar o Edu pro estádio pra ele acompanhar o jogo e quem sabe começar a ter um gostinho pelo futebol, mas que nada. Passou o jogo inteiro correndo pra lá e pra cá. Talvez quando for mais velho.

 

30 de abril de 2019

Essa semana concluí meus estudos no curso da Licença C Nacional, posso finalmente dizer que tenho uma habilitação pra dirigir o time (ba-dum-tss). Logo que meu diploma chegou, fui conversar com a Luciana sobre expandir meus conhecimentos às custas do clube (é bem verdade que eu até poderia pagar, mas podemos considerar que fará tão bem ao clube quanto à mim esse curso, então nada mais justo que meu patrão pagar). Para minha surpresa ela aceitou, talvez seja minha campanha no estadual subindo à cabeça dela, mas... melhor pra mim.

 

11 de maio de 2019

Amanhã será nossa estreia no campeonato brasileiro, meu primeiro jogo como técnico profissional em uma competição nacional. Sinto um leve nervosismo correndo em mim, talvez seja somente ansiedade para fazer a estreia, talvez seja receio de que o estadual tenha nos colocado contra equipes muito mais fracas e que por isso não possamos o levar como parâmetro. O índice de apenas 1,5 chutes corretos dos adversários por jogo pode indicar que seja esse o caso, ou talvez nosso time seja realmente forte. De qualquer modo, não adianta quebrar a cabeça agora, vamos fazer o nosso jogo e conforme as coisas vão desenrolando, vamos ajustando.

A imprensa fez uma previsão para a classificação desta temporada (incrível terem se dado ao trabalho de ranquear todas as 256 equipes participantes do torneio!). Aparecemos como a 49ª força.

1-Grupo.png

Brasileirão Série Regional - Grupo O

Nosso grupo é composto quase inteiramente por times de Santa Catarina, embora o principal candidato à promoção no grupo seja paulista. Analisando a projeção, nossa posição prevista no grupo é o 7º lugar, mas a Luciana acha que não temos esse cacife todo e me disse que a expectativa dela era apenas não cair. De acordo com esta previsão os demais membros do grupo sejam dispostos nessa ordem de força, em comparação com todos os times do campeonato:

Portuguesa Santista – 3º

Marcílio – 6º

Metropolitano – 23º

Fluminense de Itaum – 43º

Almirante Barroso – 47º

Guarani de Palhoça – 48º

Operário de Mafra – 49º

União Beltrão – 87º

Concordia – 115º

Juventus Jaraguá – 131º

Panambi – 143º

Barra – 161º

Iraty – 209º

Camboriu – 213º

URSO – 236º

Independente São Joeesnes – 248º

Percebe-se claramente que existem 3 times em patamar bem superior ao nosso, enquanto concorremos com outros 3 por uma colocação secundária e parece-me que 4 times brigarão para não cair, enquanto os outros devem terminar no meio de tabela. É claro que o futebol é dinâmico e tudo isso pode mudar de uma hora pra outra, mas de acordo com as projeções, é o que devemos esperar do campeonato.

Confesso que a nossa projeção como 7ª força do grupo até me surpreendeu. Não apenas pela baixa expectativa da presidente, mas também pelo fato de que nosso jogador mais bem pago recebe em torno de R$ 8.250,00. Conversando com o pessoal aqui, descobri que somente 3 times não tem jogadores com salário maior. Isso pode mostrar que conseguimos bons negócios, mas também que talvez não tenhamos um elenco tão qualificado. Ah, tô de novo duvidando do elenco sem vê-los jogar nesse nível, quer dizer... já enfrentamos um dos nossos adversários em um amistoso. Goleamos, mas não devemos levar isso como parâmetro.

Passaram-se apenas algumas horas desde que escrevi esse último parágrafo, já é madrugada e não consigo dormir, comecei a fazer contas na cabeça, o que seria necessário para não cair e cumprir o que se espera de mim e o que seria necessário para sonhar com uma eventual classificação. Quer dizer, são 16 clubes, caem 2 e se classificam 4 pro mata-mata, são 25% de chances de ir pras eliminatórias e apenas 12,5% de chance de cair. Serão 15 jogos, o que faz com que o campeonato possa ser dividido em 3 terços de 5 jogos cada. Acredito que para não cair, uns 5 pontos em cada terço deve ser mais que suficiente (talvez até 4, dependendo do desempenho dos outros times). Para classificar, creio que pelo menos 10 pontos em cada terço, 11 para garantir.

Nossa tabela nos reserva confrontos contra 3 equipes piores estimadas que a nossa, logo nas 3 primeiras rodadas e dois confrontos contra equipes bem superiores no papel na sequência.

 

10 de junho de 2019

Finalizamos o primeiro terço do campeonato no sábado. Acredito que as coisas correram como esperado. O primeiro jogo foi fora de casa contra o Independente São-Joseense e não podíamos esperar estreia melhor. Ganhamos de 6x0, fazendo um jogo bem tranquilo. Eles conseguiram acertar alguns chutes, mas Richard foi bem e não deixou a bola entrar. Uma goleada pra começar bem com saldo de gols. Depois, nossa estreia em casa, contra o Iraty, foi outro jogo tranquilo, tivemos oportunidades de fazer até mais gols, mas o 4x0 foi o suficiente. Começando em grande estilo. Ah, e a nossa defesa ainda não foi vazada no ano! O terceiro jogo foi contra o Juventus Jaraguá, fora de casa, foi nosso pior jogo até então, mas ganhamos de 2x0 com uma boa atuação do sistema defensivo, contando com um gol contra deles. Fizemos a nossa parte nesses jogos contra equipes teoricamente inferiores. Em seguida pegaríamos a 6ª e a 23ª força do campeonato, respectivamente. Pensei em alterar o esquema para jogar com mais cautela, mas achei por bem manter o sistema que vinha dando certo. O jogo em casa contra o Marcílio Dias foi complicado. O adversário era possivelmente a segunda melhor equipe do grupo. Até criamos, mas não fomos felizes na concretização e perdemos por 0x2. Não dá pra dizer que foi injusto, nem que a derrota não estava prevista, mas foi decepcionante perder a invencibilidade e a marca de não ter levado gols ainda. O último jogo dessa primeira parte do campeonato foi contra o Metropolitano, outra equipe prevista pra terminar na nossa frente, tivemos dois momentos de apagão e eles marcaram dois gols em cada, quando começamos a tentar reagir, já era tarde demais, derrota por 2x4.

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Resultados Brasileirão Série Regional - Grupo O - Rodadas 1 a 5

Ao final desses 5 jogos, estamos na 7ª posição, como previsto. O que não saiu como previsto foi que o 4º colocado tem mais pontos do que o que imaginei nessa altura do campeonato, indicando que a briga pelo G4 vai ser mais difícil.

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Classificação Brasileirão Série Regional - Grupo O - 5ª Rodada

Nos segundo terço do campeonato, enfrentaremos a principal força do grupo, a Portuguesa Santista, que não começou tão bem. Pegaremos mais alguns clubes que estão abaixo de nós na tabela. Além da Portuguesa Santista, o Almirante Barroso que deve ser um enfrentamento mais complicado.

 

15 de julho de 2019

Mais cinco jogos se passaram e dependemos apenas de nós mesmos para nos classificarmos para a próxima etapa!

Começamos a 2ª parte do campeonato contra o URSO, fora de casa. Foi um grande jogo para retomar as vitórias, abrimos 3x0 ao natural no primeiro tempo e administramos o jogo na sequência. O placar de 3x1 não reflete a nossa superioridade. Em seguida enfrentamos o Panambi, em casa, em um jogo que ficou marcado por ter começado nas coletivas. Primeiro, o treinador deles nos atacou gratuitamente, dizendo que nosso gramado era um lixo, respondi, dizendo que, se era ruim, era ruim pros dois. Ele respondeu, mas nem me dei ao trabalho de ver. Em campo, apesar do que pode parecer ao se olhar as estatísticas, foi um jogo muito difícil. Precisei usar uma estratégia kamikaze para virar o jogo no 2º tempo, praticamente um 4-1-3-2 ou até mesmo um 4-1-5, sendo que eles também vieram pra cima no final. Deu certo e os dois centroavantes viraram o jogo pra nós, garantindo a vitória por 2x1. Mantive essa estratégia até o final para tentar aproveitar um possível desânimo deles. Olhando em retrospectiva, talvez tenha tido sorte de não levar o empate. Na sequência, o confronto mais complicado dessa 2ª sequência. Enfrentamos a Portuguesa Santista fora de casa. Coloquei o time pra jogar numa formação e numa estratégia diferente. Costumamos jogar com um 4-2-3-1 ofensivo, porém para esse jogo montei o time num 4-1-4-1 bem defensivo para tentar não correr muitos riscos, percebendo que manter a estratégia nos jogos anteriores contra o Marcílio e o Metropolitano (equipes mais fortes) não deu muito certo. E a estratégia para essa partida não poderia ter corrido melhor. Aos 18 minutos, escanteio a nosso favor e Renan Paschoalino aparece sozinho dentro da área para fazer um gol à la Karate Kid. O resto do jogo foi exatamente como queríamos: um tédio e sem chance pra nenhuma das equipes. Final de jogo, 1x0 pra nós. A vitória nos colocou novamente no G4. Seguimos embalados para jogar em casa contra o União Beltrão. O resultado de 3x1 foi enganoso a nosso favor. Não gostei da atuação da equipe e parece que tiveram uma certa displicência no jogo, tenho que deixar claro que a esta altura do campeonato, estando na 4ª posição, não estamos a passeio. Por fim, jogamos contra o Almirante Barroso fora de casa. Foi um jogo bem feio, saímos atrás, fomos com tudo pra frente e conseguimos empatar, mas não tivemos fôlego pra virar o jogo. Empate em 1x1.

9-Resultados-BR-Parte-2.png

Resultados Brasileirão Série Regional - Grupo O - Rodadas 5 a 10

Terminamos o 2º terço do campeonato em 5º, na briga pela classificação à próxima fase.

3-2-Ter-o.png

Classificação Brasileirão Série Regional - Grupo O - 10ª Rodada

Nosso último terço é mais complicado que o 2º, começamos com dois jogos contra equipes da parte de baixo da tabela, enfrentamos um time que está logo na nossa cola e terminamos numa sequência contra os atuais 4º e o 1º colocados, respectivamente. Com uma boa arrancada nos três primeiros jogos, quem sabe conseguimos decidir a vaga contra o Fluminense do Itaum. Nosso problema está no saldo de gols, caso venha a ser necessário o critério de desempate, estamos em maus bocados.

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Algo que foi bem observado por você é o seu saldo de gols que é bem baixo perto dos outros times da parte de cima. Isso é problemático, se não arrumar umas goleadas, vai ter que se garantir na pontuação mesmo.

Bom, são 5 jogos e você ainda enfrenta o Fluminense, então tudo pode acontecer. Mas ate aqui a campanha já é bem louvável para um estreante, pode se orgulhar bastante do trabalho feito.

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18 horas atrás, marciof89 disse:

Algo que foi bem observado por você é o seu saldo de gols que é bem baixo perto dos outros times da parte de cima. Isso é problemático, se não arrumar umas goleadas, vai ter que se garantir na pontuação mesmo.

Bom, são 5 jogos e você ainda enfrenta o Fluminense, então tudo pode acontecer. Mas ate aqui a campanha já é bem louvável para um estreante, pode se orgulhar bastante do trabalho feito.

Pois é, meu medo era chegar numa rodada e o Fluminense perder, eu empatar e ficar atras ainda pelo saldo de gols.

Dois confrontos diretos precedidos por três mais fáceis, diria que estamos na briga. Aconteça o que acontecer, acho que dá pra dizer que a temporada foi bem melhor que eu imaginava (talvez tenha me deixado levar pelas expectativas da direção haha)

Valeu pelo comentário!

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      “Depois de maio de 1940, os bons tempos se acabaram: primeiro a guerra a capitulação, seguida da chegada dos alemães. Foi então que, realmente, principiaram os sofrimentos dos judeus. Decretos anti-semitas surgiam, uns após os outros, em rápida sucessão. Os judeus tinham de usar, bem à vista, uma estrela amarela; os judeus tinham de entregar suas bicicletas; os judeus não podiam andar de bonde; os judeus não podiam dirigir automóveis. Só lhes era permitido fazer compras das três as cinco e, mesmo assim, apenas em lojas que tivessem uma placa com os dizeres: LOSA ISRAELIA. Os judeus eram obrigados a se recolher a suas casas às oito da noite, e, depois dessa hora, não podiam sentar-se nem mesmo em seus próprios jardins. Os judeus não podiam frequentar teatros, cinemas e outros locais de diversão. Os judeus não podiam praticar esportes publicamente. Piscinas, quadras de tênis, campos de hóquei e outros locais para a prática de esportes eram-lhes terminantemente proibidos. Os judeus não podiam visitar os cristãos. Só podiam frequentar escolas judias, sofrendo ainda uma série de restrições semelhantes.
      Assim, não podíamos fazer isto e estávamos proibidos de fazer aquilo. Mas a vida continuava, apesar de tudo Jopie costumava dizer-me: _ A gente tem medo de fazer qualquer coisa porque pode estar proibido. _ Nossa liberdade era tremendamente limitada, mas ainda assim as coisas eram suportáveis.” Diário de Anne Frank, págs. 11 e 12.
       
      Não possuo qualquer ligação com a comunidade judaica, nem ascendência ou apreço maior por algum clube com tal relação. Por outro lado, os absurdos cometidos pelos nazistas foram muito bem documentados para não deixar ninguém incauto. Nada obstante, a idiotice humana aparece com mais força em tempos e situações de escassez (econômica, política, cultural...), portanto não me surpreendem que manifestações preconceituosas se reciclem em nossa história.
      A não ser que cheguemos em um tempo de disponibilidade total de recursos (o que considero improvável), entendo que o preconceito sempre existirá, transmutando-se em mentes fracas e com medo. Sim, o preconceito é a voz do medo e faz do ódio seu fio condutor. Por isso, não consigo ver muito sentido na frase comum: “não acredito que em 2019 alguém ainda pense assim”. Pois pensamos absurdos todo santo dia e o melhor que podemos fazer é explorar nossas opiniões, amadurecê-las e buscar evoluir – a expressão preconceituosa é imatura, fechada em si mesma e irracional.
      Apesar de não ser judeu, meu nome – para quem ainda não sabe – é Israel (tambores de revelação). O livro da Anne Frank chegou agora em minha vida e a genialidade, sensibilidade e capacidade de transmitir a crueldade e dor de um período com a sutileza do olhar de uma criança de 13 anos, me tocou demais.
      Pensei, portanto, em fazer uma jornada entre Alemanha e Holanda, lugares por onde Anne passou. Mas como ficaria um tanto limitado, decidi que vou começar de baixo, trabalhando em clubes com ligações à comunidade judaica, especialmente em Alemanha, Holanda e Israel, eventualmente jogando em algum clube dos EUA. O objetivo é chegar ao topo da carreira treinando Ajax e/ou Tottenham.
      A princípio começaria em Frankfurt, mas não consegui encontrar na base de dados (German System Football League - dica muito boa do @Johann Duwe) que estou utilizando o FC Gudesding Frankfurt, um clube criado por amigos judeus em Frankfurt an Main, cidade de nascimento de Anne. Enquanto procurava, me chamou atenção o TuS Makkabi Berlin e é por lá que vamos começar. Ou melhor, por onde Pedro Van Pels vai começar sua carreira.
       
      Makkabi Berlin
      Fundado em 1898, o clube antecessor Bar Kochba Berlin era uma das maiores organizações judaicas do mundo em 1930, com mais de 40.000 membros de 24 países, parte do movimento geral de Bar-Kochba destinado a promover a educação física e a herança judaica. O clube organizou equipes em vários esportes, incluindo um time de futebol que competiu nas ligas da cidade entre 1911 e 1929. Em 1924, Lilli Henoch, recordista mundial de eventos de discus, arremesso de peso e revezamento de 4 × 100 metros, treinou as mulheres. (Henoch foi assassinada pelos nazistas em um gueto próximo a Riga, Letônia, em 1942).
      Em 1929, o Bar Kochba fundiu-se com o Hakoah Berlin para formar o clube esportivo Bar Kochba-Hakoah . O lado Hakoah teve um sucesso cada vez maior, conquistando três campeonatos consecutivos na divisão inferior entre 1925 e 1927. Eles eram promovidos a cada vez até que, em 1928, jogavam futebol de primeira linha. O lado recém-combinado continuou a competir como Hakoah depois de 1929.
      A ascensão ao poder dos nazistas no início dos anos 30 levou à discriminação contra judeus e, em 1933, as equipes judias foram excluídas da competição geral e limitadas a jogar em ligas ou torneios separados. Em 1938, as equipes judaicas foram banidas imediatamente, quando a discriminação se transformou em perseguição.
      Em 26 de novembro de 1970, o TuS Makkabi Berlin foi formado a partir da fusão da Bar-Kochba Berlin (ginástica e atletismo), Hakoah Berlin (futebol, restabelecido em 1945) e Makkabi Berlin (boxe).
      Aparentemente não possui quaisquer títulos, mas poderei descobrir mais sobre o clube no decorrer.
      O clube joga a Berlin Liga, que faz parte do sexto nível do futebol alemão, tendo o seguinte caminho de ascensão:

       
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      Ligas selecionadas:
       

       
    • Danilo10
      Por Danilo10
      ola amigos voltei a jogar o FM apos mto tempo porem so consigo rodar o FM 2019 no meu PC alguem por acaso poderia disponibilizar o update do Brasil mundi up 2019 por favor
       
    • samuelzeeraa
      Por samuelzeeraa
      Gentileza, meu computador infelizmente não roda Football Manager superior a 2019. Alguém tem download de Update para FM 2019 o recente ou o último? Obrigado. Espero ajuda de vocês. 
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