Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Sociopolítica FManager 101 - Sistemas de governo


Lowko é Powko

Sociopolítica Fmanager 101 - Sistemas de governo  

28 votos

  1. 1. Qual dos sistemas de governo você acha mais adequado em teoria?

    • Presidencialismo
    • Semipresidencialismo
    • Parlamentarismo
  2. 2. Qual dos sistemas de governo você acha mais adequado para o Brasil?

    • Presidencialismo
    • Semipresidencialismo
    • Parlamentarismo


Posts Recomendados

Dando sequência às discussões políticas aqui do fórum, acho que podemos estender um pouco as coisas.

ab25b64a985c60b4962f99d7d6d66e99.jpg

Recentemente, por conta das discussões políticas e dos tópicos da “Pesquisa Eleitoral” e da “Copa Presidência”, pensei que seria interessante escrever algumas coisas com a finalidade de estudo próprio, fomento de discussão e resposta a algumas questões interessantes levantadas pelos membros.

A disputa entre os poderes e a possibilidade de reforma política, principalmente, renderam boas discussões. Quais são ou deveriam ser os limites do Congresso? O que faz um bom presidente? Qual será a diferença prática entre eles? O Brasil é governável? Como se relacionam as ideologias, a democracia e a “realpolitik”? O que é corrupção e o que é disputa política? Dar cargos em troca de apoio é imoral? É ilegal?

Aproveitando essa oportunidade, decidi eu mesmo elaborar um artigo simples, pouco científico e não muito confiável sobre os conceitos diversos que povoam a parte da política que lida com esses processos institucionais de disputa pelo poder, quais sejam, o sistema de governo, o sistema eleitoral e o método de votação, pincelando tudo isso com o contexto brasileiro, a nossa realidade, nossas dificuldades e nossas impossibilidades.

Como disse, o objetivo não é fazer algo muito complexo, muito científico, mas fomentador do debate e do pensamento crítico e embasado. O objetivo do texto é ser, ao mesmo tempo, acessível para os membros mais jovens ou que participam menos das discussões políticas por aqui mas sintam curiosidade, e profundo o suficiente pra atrair o público mais experiente ou já conhecedor dos conceitos para um bom debate.

Se a galera se interessar, continuamos. Se for perdendo apelo ao longo do tempo, posso postar o textos para quem eventualmente se interessar, sem enquetes nem nada do tipo. É basicamente um compilado do que tem por aí na internet, nada fora do comum.

Vamos começar com os sistemas de governo, depois vamos abordar métodos para o executivo, legislativo, aplicações dos sistemas para o Brasil e os nossos problemas em específico.

6QGn6CCRhj-hIo2fXNXl-gc184-gefSts9SKnlzc

Aproveitando esse tópico inicial, gostaria de pedir sugestões de vocês quanto às simulações eleitorais. Receio que utilizar os candidatos da outra competição seja maçante, mas tenho dúvidas quanto a como proceder. Basicamente, quero fazer simulações de diferentes métodos de votação, e preciso de opções em quantidade (imagino que por volta de 10, ou mais), complexidade e apelo suficientes pra fazer um negócio interessante. Os candidatos seriam interessantes porque eles representam uma disputa real num contexto real, a política brasileira. Mas também podem ser personagens políticos fictícios pra representar uma grande quantidade de opiniões, membros do fórum, etc.

 

SOCIOPOLÍTICA FMANAGER 101 - ESTRUTURAS POLÍTICAS E SISTEMAS ELEITORAIS

 

 

1. SISTEMAS DE GOVERNO

O sistema de governo é o modo como os poderes se relacionam. É a descrição, em termos genéricos, de como funciona a relação entre o poder executivo e o poder legislativo. Não se confunde com forma de governo (monarquia, república, etc.) nem com forma de Estado (federal, unitário, etc.).

A separação estrita dos poderes, em termos formais, caracteriza o presidencialismo. A dependência do executivo ao legislativo, por outro lado, é uma característica do parlamentarismo. No primeiro caso, o presidente é tanto o chefe de Estado quanto o chefe de governo; no segundo, as duas funções costumam ser cumpridas por cargos diferentes.

 

1.1. PRESIDENCIALISMO 🇧🇷 🇺🇸

O presidencialismo é um sistema de governo onde ambas as funções são exercidas por uma pessoa, o presidente. Ele, como representação máxima do poder executivo em âmbito nacional, é chefe tanto do Estado quanto do governo, o que significa que tanto representa oficialmente a legitimidade do Estado quanto gere e governa.

Com mandato fixo e eleições realizadas em períodos regulares, o término antecipado do mandato de um presidente apenas pode ser levado a cabo legalmente pelo Congresso (impeachment), após um processo devido que analise delito ou má conduta do presidente num processo político-criminal-administrativo.

O poder executivo é exercido unipessoalmente pelo presidente da República, o que significa que os membros do gabinete e ocupantes de outros cargos que lei previr são nomeados a critério do presidente e devem realizar as políticas do executivo, respeitando as determinações, no que couber, ao poder legislativo. Entretanto, muitas vezes, as escolhas para o gabinete, para o poder judiciário e demais postos governamentais devem ser aprovadas pelos parlamentares.

As intervenções de um poder no outro seguem formalidades previstas e que fazem parte do jogo democrático. O presidente pode, por exemplo, vetar atos do poder legislativo, veto este que pode ser derrubado pelo parlamento, dadas as devidas condições de maioria.

A separação formal entre o poder executivo e o poder legislativo se materializa em variados graus, servindo de controle para manter o poder razoavelmente dissolvido entre os diferentes personagens políticos. Nesse sentido, o poder executivo enfrenta restrições para legislar e o poder legislativo enfrenta restrições para interferir no poder executivo. Ou seja, nenhum dos poderes é superior ao outro, eles apenas representam esferas diferentes de um poder dividido para criar equilíbrio. Por isso, em situações normais, nem o presidente pode dissolver o Congresso nem o Congresso pode “demitir” o presidente (impeachment).

 

1.2. SEMIPRESIDENCIALISMO 🇫🇷 🇷🇺

Diferentemente do presidencialismo “puro”, no semipresidencialismo o presidente divide com o primeiro-ministro e seu gabinete as funções que recairiam apenas sobre uma pessoa. Dessa forma, o presidente segue sendo o chefe de Estado, mas a função de chefe de governo fica com o primeiro-ministro, também conhecido como chanceler, presidente do governo, presidente do conselho, ministro de Estado, a depender do país, o qual responde perante os legisladores do Estado.

A figura do presidente nesse sistema não é cerimonial, como no parlamentarismo, nem escolhida pelos parlamentares, mas com frequência eleito pelo voto direto em uma competição separada. O sistema também difere do presidencialismo no gabinete, que embora seja nomeado pelo presidente, é responsável perante o legislador, que pode obrigar o gabinete a demitir-se através de uma moção de censura (proposta apresentada pela oposição que pode obrigar o presidente a renunciar ou a pedir a dissolução do parlamento, com a consequente convocação de novas eleições).

O grau de poder exercido por cada um dos dois representantes varia de acordo com o país, suas normas e sua constituição política. França e Romênia, por exemplo, dão ao presidente a autoridade para gerir a política externa, e ao primeiro-ministro, a política interna.

Além disso, o semipresidencialismo pode ser dividido em dois tipos: o de premiê-presidente, onde o presidente escolhe o primeiro-ministro e o gabinete, mas não pode retirá-los do cargo, cabendo essa função ao legislativo, e o de presidente-premiê, onde tanto o primeiro-ministro quanto o gabinete estão expostos tanto ao presidente quanto ao parlamento, e a sua nomeação pelo presidente depende da aprovação do parlamento.

 

1.3 PARLAMENTARISMO 🇬🇧 🇩🇪

O parlamentarismo é um sistema de governo em que a legitimidade do poder executivo se baseia no parlamento, ou seja, no poder legislativo. Não existe, portanto, uma separação formal rígida entre o os dois poderes. O chefe de Estado e o chefe de governo continuam, com frequência, sendo pessoas diferentes, mas o grau de independência do primeiro é muito menor, sendo seu poder não derivado diretamente do voto popular.

Monarquias constitucionais ou repúblicas constitucionais legitimam o poder do chefe de Estado de formas diferentes. Nas monarquias, o chefe de Estado é o monarca, rei ou rainha, hereditariamente, cuja legitimidade vem de uma tradição histórica, como no Reino Unido, Espanha Japão e Suécia. No caso das repúblicas parlamentares constitucionais, a legitimidade do chefe de Estado (presidente ou outra denominação) surge do voto popular, diretamente, como na Alemanha, Itália e Irlanda. Em ambos os casos, a legitimidade do primeiro-ministro surge através da vontade do povo exercida indiretamente, sendo escolhido pelo presidente ou pela maioria do partido no parlamento.

De forma geral, ao menos nos sistemas parlamentares constitucionais, os membros do parlamento são eleitos pelo voto popular. A forma de eleição dependerá do método adotado, como o proporcional, o majoritário distrital, etc. Após as eleições legislativas, se dá o processo de escolha do primeiro-ministro. Esse processo é, geralmente, feito através de votação no parlamento ou a convite do chefe de Estado eleito diretamente pelo voto popular ao representante da maioria parlamentar.

O funcionamento do sistema parlamentar pode ser categorizado de duas formas: quando há maioria e quando não há maioria. No primeiro caso, o governo atua livremente, exerce o poder da forma tradicionalmente esperada e o parlamento atua de forma secundária, majoritariamente apoiando as decisões do gabinete. No segundo caso, o escasso apoio parlamentar força o gabinete a negociar constantemente com o parlamento, de forma a atingir uma maioria em todos as propostas que apresenta, sem a certeza de que pode aplicá-las integralmente, vivendo com a possibilidade de moção de censura, já explicada anteriormente.

Caso o gabinete seja demitido, o parlamento deverá escolher um novo governo, com base na maioria partidária ou por meio de uma coligação. Em caso de incapacidade do poder legislativo de decidir por um governo que componha uma maioria razoável (ou seja, de uma situação ingovernável), ou em caso de sucessivos gabinetes instáveis, o parlamento pode ser dissolvido e há a convocação de novas eleições.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Primeiro ministro não passaria de um ano no cargo em um eventual parlamentarismo brasileiro.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Leho. changed the title to Sociopolítica FManager 101 - Sistemas de governo

Gosto do Parlamentarismo, votei nele na primeira pergunta, mas entendo que a cultura política brasileira pede uma figura grande no cargo maior do Estado e o Presidencialismo é o que melhor se encaixa na nossa realidade.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

O parlamentarismo quando não funciona (isto é, nenhum partido consegue formar uma coalizão) simplesmente trava o país de uma forma que a única opção é convocar novas eleições. Sabemos bem no custo de uma eleição, além do custo de se ter um país completamente travado politicamente.

Exemplos que aconteceram ano passado e nesse ano:

- A Espanha teve que convocar eleições gerais em Abril e Novembro para resolver a situação.

- Israel teve 3 eleições em menos de um ano e muito provavelmente só resolveram fazer uma coalizão por conta da pandemia. O acordo entre o Netanyahu e o Gantz foi bem controverso.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

12 horas atrás, ZaMBiA disse:

Primeiro ministro não passaria de um ano no cargo em um eventual parlamentarismo brasileiro.

Esse é um assunto legal de abordar, porque podemos tratar de formas diferentes de fazer funcionar. Uma delas é a cláusula de barreira, outra é a votação proporcional partidária (voto no partido).

5% de cláusula de barreira, por exemplo, indicaria que quem não conseguiu o suficiente para eleger ao menos 26 deputados, não pode eleger nenhum. Isso significaria que apenas metade dos partidos hoje representados, 22, teriam cadeiras. Seriam 100 cadeiras a serem distribuídas entre 11 partidos. Ainda é muita coisa, mas a tendência é que as coisas se concentrem um pouco.

12 horas atrás, Aleef disse:

Eu acho que nós vivemos no semipresidencialismo em 2002

🤔

Desde 2002 ou em 2002?

2 horas atrás, Buzzuh disse:

Cadê Anarquia nas opções?

Fora do escopo, né. Estamos tratando de instituições do Estado.

1 hora atrás, David Reis disse:

O parlamentarismo quando não funciona (isto é, nenhum partido consegue formar uma coalizão) simplesmente trava o país de uma forma que a única opção é convocar novas eleições. Sabemos bem no custo de uma eleição, além do custo de se ter um país completamente travado politicamente.

Exemplos que aconteceram ano passado e nesse ano:

- A Espanha teve que convocar eleições gerais em Abril e Novembro para resolver a situação.

- Israel teve 3 eleições em menos de um ano e muito provavelmente só resolveram fazer uma coalizão por conta da pandemia. O acordo entre o Netanyahu e o Gantz foi bem controverso.

Aí depende do tipo de eleição e do custeio. Mas concordo contigo, na base. Um país pobre e muito grande gera dificuldades adicionais.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Sou totalmente contra o presidencialismo no Brasil, porque brasileiro adora eleger um messias, um salvador da pátria. Além disso, é muito mais fácil trocar um Primeiro Ministro do que um Presidente. Bolsonaro teria caído a muito tempo se fosse Primeiro Ministro.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Repensando agora com mais calma, creio que o modelo mais interessante para o Brasil seria o semipresidencialismo. A cisão entre chefe de Estado e chefe de Governo traria vários benefícios, com uma certa manutenção da democracia eletiva, e sem as instabilidades do parlamentarismo.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

5 horas atrás, Peepe disse:

Gosto do Parlamentarismo, votei nele na primeira pergunta, mas entendo que a cultura política brasileira pede uma figura grande no cargo maior do Estado e o Presidencialismo é o que melhor se encaixa na nossa realidade.

Acho um argumento bem razoável dados os interesses regionais. Mas me pergunto até que ponto não é também a própria existência do cargo que influencia a cultura política brasileira.

1 hora atrás, Aleef disse:

Os dois mandatos do Lula.

 

Em que sentido?

1 hora atrás, raskor disse:

Sou totalmente contra o presidencialismo no Brasil, porque brasileiro adora eleger um messias, um salvador da pátria. Além disso, é muito mais fácil trocar um Primeiro Ministro do que um Presidente. Bolsonaro teria caído a muito tempo se fosse Primeiro Ministro.

O problema são as instabilidades que isso traz.

22 minutos atrás, ZaMBiA disse:

Repensando agora com mais calma, creio que o modelo mais interessante para o Brasil seria o semipresidencialismo. A cisão entre chefe de Estado e chefe de Governo traria vários benefícios, com uma certa manutenção da democracia eletiva, e sem as instabilidades do parlamentarismo.

Eu vou pensar um pouco mais ainda, mas estava chegando a mesma conclusão.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

53 minutos atrás, ZaMBiA disse:

Repensando agora com mais calma, creio que o modelo mais interessante para o Brasil seria o semipresidencialismo. A cisão entre chefe de Estado e chefe de Governo traria vários benefícios, com uma certa manutenção da democracia eletiva, e sem as instabilidades do parlamentarismo.

Eu acho que esbarraria nos mesmos problemas que temos hoje. Mas não sei, só um chute.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Primeira questão fui direto no parlamentarismo, sou fã e não nego. Agora quando vamos pra realidade brasileira a conversa é outra.

 

O Brasil tem uma cultura que privilegia a figura do "líder forte que vai chegar lá e resolver tudo" em detrimento do "construtor de acordos que não vai deixar todo mundo 100% satisfeito mas vai fazer o que for possível". Isso leva a duas consequências. A primeira é tornar o parlamentarismo puro algo meio inviável no Brasil, pq o governo ia cair toda hora igual na Itália (isso quando conseguisse formar governo e não tivéssemos 6 eleições em um ano só) pq ninguém quer ceder. A segunda é que o presidencialismo puro também é inviável, só funciona meio que por milagre (um acordo com o parlamento e/ou maiorias folgadas lá). Quando não acontece esse milagre o presidente agoniza (e o país vai junto).

 

Por isso votei no semipresidencialismo como sendo a melhor opção, um meio termo, sem a instabilidade parlamentarista e sem a espera de um milagre do presidencialismo. Mas ainda acho que o que realmente se encaixaria melhor no Brasil e na cultura brasileira seria uma "presidência africana", que é basicamente um presidente/primeiro-ministro: eleito pelo parlamento pro mandato de presidente. Aí pode tomar dois caminhos: ou o da África do Sul (onde o presidente pode receber a moção de censura e ser demitido - com outro sendo eleito pra continuar o mandato) ou o do Suriname (uma vez eleito fica o mandato todo).

 

Mas o sistema de colegiado suíço parece ser bem interessante também (mas vamos deixar isso pra outro post)

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Não gosto de parlamentares elegendo o comandante do Brasil. Só em pensar do poder q o PMDB teria com esses sistemas me da frio na espinha.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

4 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Acho um argumento bem razoável dados os interesses regionais. Mas me pergunto até que ponto não é também a própria existência do cargo que influencia a cultura política brasileira.

Claro que esse é um processo que se retroalimenta, prova disso que nossa política presidencial é feita por figuras e nunca por partidos, mas a ruptura não é simples e nem acho que seja só meter um Parlamentarismo e deixar as coisas irem rolando pra encaixar. 

Acho um tiro no pé dar todo o poder nas mãos do Legislativo enquanto maior parte da população sequer sabe o papel deles. E, por mais que não saiba exatamente o papel do Presidente, consegue chegar muito mais perto e mesmo na forma de agir.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

1 hora atrás, -Demolidor- disse:

Por isso votei no semipresidencialismo como sendo a melhor opção, um meio termo, sem a instabilidade parlamentarista e sem a espera de um milagre do presidencialismo. Mas ainda acho que o que realmente se encaixaria melhor no Brasil e na cultura brasileira seria uma "presidência africana", que é basicamente um presidente/primeiro-ministro: eleito pelo parlamento pro mandato de presidente. Aí pode tomar dois caminhos: ou o da África do Sul (onde o presidente pode receber a moção de censura e ser demitido - com outro sendo eleito pra continuar o mandato) ou o do Suriname (uma vez eleito fica o mandato todo).

 

Mas o sistema de colegiado suíço parece ser bem interessante também (mas vamos deixar isso pra outro post)

Eu pensei em colocar essa opção mas considerei que haviam exemplos de menos no mundo. Acho que atualmente apenas Suriname, Botsuana, África do Sul e Mianmar têm um sistema assim. Confesso que passei meio por cima e não vi como funcionavam, vi apenas que eram "republics with an executive presidency elected by the legislature". Seria um meio-termo entre o semipresidencialismo e o parlamentarismo. Eu gostei.

Sobre o sistema suiço, vou aguardar então. A princípio meu modelo preferido é o alemão.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Diretor Geral
15 hours ago, ZaMBiA said:

Repensando agora com mais calma, creio que o modelo mais interessante para o Brasil seria o semipresidencialismo. A cisão entre chefe de Estado e chefe de Governo traria vários benefícios, com uma certa manutenção da democracia eletiva, e sem as instabilidades do parlamentarismo.

Foi o meu voto nas duas questões... acho que é o meio-termo que PODERIA dar certo por aqui.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Em 17/06/2020 em 21:04, Peepe disse:

Claro que esse é um processo que se retroalimenta, prova disso que nossa política presidencial é feita por figuras e nunca por partidos, mas a ruptura não é simples e nem acho que seja só meter um Parlamentarismo e deixar as coisas irem rolando pra encaixar. 

Acho um tiro no pé dar todo o poder nas mãos do Legislativo enquanto maior parte da população sequer sabe o papel deles. E, por mais que não saiba exatamente o papel do Presidente, consegue chegar muito mais perto e mesmo na forma de agir.

Quando as pessoas entenderem que o processo político é feito pela sociedade organizada, a sociedade civil se fortalece. O que fortalece a democracia não é necessariamente o sistema eleitoral, mas a participação efetiva da sociedade, principalmente no que diz respeito à fiscalização, porque a resposta pode se dar por pressão ou nas urnas. E o processo eleitoral pode fortalecer isso trazendo o eleito para mais perto do eleitor. Não soluciona, mas melhora as condições.

Então, de alguma forma tem de existir a representação local, principalmente porque estamos tratando de um país tão grande. Mas também tem de existir a representação proporcional, porque é através dela que as ideias de mundo diferentes serão mais ou menos resolvidas em conjunto, que é uma das funções de uma democracia.

O que acontece quando a população vê e cobra o presidente dessa forma é o autoritarismo ou a corrupção, em seus variados graus. Além de que cria a ideia de que o presidente é uma figura pessoal, oposta ao Congresso, que vai resolver os problemas da população. E aí a gente vai de toco em toco procurando uma solução que não existe. As pessoas também não sabem qual é o papel do presidente.

Além de que temos essa bizarrice brasileira que é o governo por decreto.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Em 17/06/2020 em 19:11, Mantrax disse:

Não gosto de parlamentares elegendo o comandante do Brasil. Só em pensar do poder q o PMDB teria com esses sistemas me da frio na espinha.

Outro ponto que esqueci de comentar: brasileiro gosta de votar pro executivo, mas não percebe que só votar no executivo sem escolher um legislativo que o apóie é a receita pro desastre. Essa "falta de coerência" resulta em governos sem base natural de sustentação, o que leva a outras maneiras de conseguir apoio pra fazerem o que querem (o bom e velho toma lá dá cá).

Em 17/06/2020 em 21:04, Lowko é Powko disse:

Eu pensei em colocar essa opção mas considerei que haviam exemplos de menos no mundo. Acho que atualmente apenas Suriname, Botsuana, África do Sul e Mianmar têm um sistema assim. Confesso que passei meio por cima e não vi como funcionavam, vi apenas que eram "republics with an executive presidency elected by the legislature". Seria um meio-termo entre o semipresidencialismo e o parlamentarismo. Eu gostei.

Sobre o sistema suiço, vou aguardar então. A princípio meu modelo preferido é o alemão.

O conselho federal suíço é uma ideia ótima na teoria: Número X de membros, eleitos pra um mandato de tempo fixo (sem moção de censura pra retirar) pelo parlamento, e esse colegiado exerce as funções de presidente/primeiro-ministro. No Brasil não sei como funcionaria isso: será que topariam uma grande coalizão voluntária como na Suíça? Ou será que terminaria com um lado monopolizando o conselho e marginalizando o outro? Ou teria que ser feita uma divisão das vagas na lei pra evitar essas coisas (na época que o Uruguai usava tiveram que fazer isso)? Ou o ideal seria eleger os membros um por ano pra acompanhar o ritmo das mudanças no congresso? Enfim, esse formato de STF do executivo é muito interessante, mas acho meio inviável atualmente, dependendo de como for feito.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

56 minutos atrás, -Demolidor- disse:

O conselho federal suíço é uma ideia ótima na teoria: Número X de membros, eleitos pra um mandato de tempo fixo (sem moção de censura pra retirar) pelo parlamento, e esse colegiado exerce as funções de presidente/primeiro-ministro. No Brasil não sei como funcionaria isso: será que topariam uma grande coalizão voluntária como na Suíça? Ou será que terminaria com um lado monopolizando o conselho e marginalizando o outro? Ou teria que ser feita uma divisão das vagas na lei pra evitar essas coisas (na época que o Uruguai usava tiveram que fazer isso)? Ou o ideal seria eleger os membros um por ano pra acompanhar o ritmo das mudanças no congresso? Enfim, esse formato de STF do executivo é muito interessante, mas acho meio inviável atualmente, dependendo de como for feito.

Me parece que não há necessidade de coalizão voluntária. Para a composição, o que muda mais é o fato de que são sete, e não apenas um. Adiciona-se mais uma etapa decisória entre os membros do Conselho Federal, majoritária.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

1 hora atrás, Lowko é Powko disse:

Me parece que não há necessidade de coalizão voluntária. Para a composição, o que muda mais é o fato de que são sete, e não apenas um. Adiciona-se mais uma etapa decisória entre os membros do Conselho Federal, majoritária.

A coalizão voluntária da Suiça é uma peculiaridade de lá, que tem mais a ver com a distribuição das vagas do Conselho Federal (2+2+2+1, a tal formula mágica) entre os partidos grandes pra todos serem representados sem que role uma treta toda eleição de conselheiro do que com uma verdadeira necessidade pro sistema funcionar.

 

E quanto ao processo decisório é algo que teria que ler mais/ter mais informações a respeito. Como funciona? Quais os bônus/desvantagens de decisões colegiadas vs de uma pessoa apenas? Enfim, são coisas a se pensar (mais na teoria, pq na prática a tara por concentração de poder aqui reinante não deixaria).

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

11 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Quando as pessoas entenderem que o processo político é feito pela sociedade organizada, a sociedade civil se fortalece. O que fortalece a democracia não é necessariamente o sistema eleitoral, mas a participação efetiva da sociedade, principalmente no que diz respeito à fiscalização, porque a resposta pode se dar por pressão ou nas urnas. E o processo eleitoral pode fortalecer isso trazendo o eleito para mais perto do eleitor. Não soluciona, mas melhora as condições.

Então, de alguma forma tem de existir a representação local, principalmente porque estamos tratando de um país tão grande. Mas também tem de existir a representação proporcional, porque é através dela que as ideias de mundo diferentes serão mais ou menos resolvidas em conjunto, que é uma das funções de uma democracia.

O que acontece quando a população vê e cobra o presidente dessa forma é o autoritarismo ou a corrupção, em seus variados graus. Além de que cria a ideia de que o presidente é uma figura pessoal, oposta ao Congresso, que vai resolver os problemas da população. E aí a gente vai de toco em toco procurando uma solução que não existe. As pessoas também não sabem qual é o papel do presidente.

Além de que temos essa bizarrice brasileira que é o governo por decreto.

Eu concordo em gênero, número e grau, só que essa transformação é lenta e gradual, principalmente no nosso contexto histórico. 

A nossa sociedade não desenvolveu essa cultura democrática porque nunca teve espaço para pensar em política. Só para exemplificar, foi a partir de 1988 que pessoas analfabetas tiveram o direito a voto num país em que o analfabetismo era a realidade de quase metade da população. Isso porque o voto popular é uma conquista que foi de 1945 a 1964, nem 20 anos mas já com forte mobilização em certos setores. 

Pra hoje, 2020, eu acho mais importante consolidar o modelo já existente, extrair dele o máximo possível de valores democráticos e carregar isso para uma sociedade que não entende o jogo político por inexperiência mesmo. É fato que estamos apanhando de "raposas" que se aproveitam do cenário, mas até isso serve para nos calejar e cabe a parcela da população que entende mobilizar a defesa do bom senso. Uma nova ruptura no modelo democrático através de uma transformação no regime de governo, a meu ver, banalizaria o conceito Democracia. É algo como time que troca de treinador no meio do campeonato porque está na zona de rebaixamento, uma mudança superficial que não ataca os reais problemas e acontece só pela aleatoriedade de mudar e ver o que acontece. Para que certas coisas funcionem, é preciso muito tempo e politicamente esse tempo significa mais de uma geração.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

10 horas atrás, -Demolidor- disse:

A coalizão voluntária da Suiça é uma peculiaridade de lá, que tem mais a ver com a distribuição das vagas do Conselho Federal (2+2+2+1, a tal formula mágica) entre os partidos grandes pra todos serem representados sem que role uma treta toda eleição de conselheiro do que com uma verdadeira necessidade pro sistema funcionar.

 

E quanto ao processo decisório é algo que teria que ler mais/ter mais informações a respeito. Como funciona? Quais os bônus/desvantagens de decisões colegiadas vs de uma pessoa apenas? Enfim, são coisas a se pensar (mais na teoria, pq na prática a tara por concentração de poder aqui reinante não deixaria).

Eu entendi. O meu ponto é que não há necessidade de coalização voluntária para que o sistema funcione, uma vez que as decisões do Conselho são feitas por maioria.

 A princípio, a inexistência da moção de censura retira parte do poder do parlamento. A própria eleição do Conselho Federal garante um certo nível de separação entre o legislativo e o executivo, uma vez que o ministros, ainda que eleitos através da proporcionalidade da votação popular (e portanto em compasso ideológico com o parlamento), não estão sujeitos à variações de curto prazo das movimentações e alianças dos parlamentares.

3 horas atrás, Peepe disse:

Eu concordo em gênero, número e grau, só que essa transformação é lenta e gradual, principalmente no nosso contexto histórico. 

A nossa sociedade não desenvolveu essa cultura democrática porque nunca teve espaço para pensar em política. Só para exemplificar, foi a partir de 1988 que pessoas analfabetas tiveram o direito a voto num país em que o analfabetismo era a realidade de quase metade da população. Isso porque o voto popular é uma conquista que foi de 1945 a 1964, nem 20 anos mas já com forte mobilização em certos setores. 

Pra hoje, 2020, eu acho mais importante consolidar o modelo já existente, extrair dele o máximo possível de valores democráticos e carregar isso para uma sociedade que não entende o jogo político por inexperiência mesmo. É fato que estamos apanhando de "raposas" que se aproveitam do cenário, mas até isso serve para nos calejar e cabe a parcela da população que entende mobilizar a defesa do bom senso. Uma nova ruptura no modelo democrático através de uma transformação no regime de governo, a meu ver, banalizaria o conceito Democracia. É algo como time que troca de treinador no meio do campeonato porque está na zona de rebaixamento, uma mudança superficial que não ataca os reais problemas e acontece só pela aleatoriedade de mudar e ver o que acontece. Para que certas coisas funcionem, é preciso muito tempo e politicamente esse tempo significa mais de uma geração.

Me parece que tudo o que poderíamos tirar do presidencialismo, já tiramos. 😂 Temos um sistema que permitiu o impeachment de dois dos nossos últimos cinco presidentes (à exceção dos vices que assumiram), e que ainda pode derrubar um terceiro.

A transformação do regime de forma nenhuma importa na ruptura do modelo democrático. Por que importaria? Seria uma ruptura se alguém chegasse do nada e impusesse, mas uma coisa não implica na outra.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

11 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Eu entendi. O meu ponto é que não há necessidade de coalização voluntária para que o sistema funcione, uma vez que as decisões do Conselho são feitas por maioria.

 A princípio, a inexistência da moção de censura retira parte do poder do parlamento. A própria eleição do Conselho Federal garante um certo nível de separação entre o legislativo e o executivo, uma vez que o ministros, ainda que eleitos através da proporcionalidade da votação popular (e portanto em compasso ideológico com o parlamento), não estão sujeitos à variações de curto prazo das movimentações e alianças dos parlamentares.

Exatamente. Aí entra a questão do "como vai ser o equilíbrio de poder no conselho", mas acho que isso se regularia por si mesmo. Só ver como é a eleição pra presidente da câmara: no final quem não contemplar mais grupos com as vagas na mesa diretora morre na praia.

Essa relação de proximidade e distanciamento é algo que contribui bastante na estabilidade do sistema. Mas novamente, conciliar isso com a cultura brasileira que complica.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

  • Conteúdo Similar

    • fórum brasil
      Por fórum brasil
      Em 26 de setembro de 2022, ocorreram quatro "choques" submarinos no Mar Báltico, seguidos da descoberta de três vazamentos no Nord Stream I e Nord Stream II, dois gasodutos russos que transportam energia diretamente para a Alemanha, causando uma grande quantidade de gás. vazar dos oleodutos para o mar próximo. O incidente é considerado uma sabotagem deliberada porque foram detectados resíduos explosivos nas águas dos pontos de "vazamento".
      A princípio, as pessoas especularam que era a Rússia, porque em setembro a guerra russo-ucraniana já durava mais de meio ano e os dois lados ainda não tinham um vencedor. Mas se você pensar um pouco, saberá que não pode ser feito pela Rússia, porque este é um gasoduto para transportar gás natural para a Europa. A Rússia dá gás e recebe dinheiro. A guerra na Rússia é apertada e os gastos militares são enormes. Como é possível cortar o caminho financeiro neste nó-chave?
      Isso é a Ucrânia? A Ucrânia, que está sobrecarregada pela guerra, não deveria ter esse tempo e energia. A União Europeia? Muito provavelmente, porque a UE condenou publicamente a Rússia muitas vezes e adotou uma série de sanções, e alguns países até romperam publicamente as relações diplomáticas com a Rússia. América? O mais suspeito é que ele usou a OTAN para provocar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e enviou secretamente fundos de guerra e armas para a Ucrânia. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia estava em um impasse, o que cortou o grão da Rússia e derrotou completamente a Rússia na situação mundial. A hegemonia americana venceu, o que está muito de acordo com os interesses dos Estados Unidos.
      A verdade veio à tona.
      Em 8 de fevereiro de 2023, o jornalista investigativo independente Seymour Hersh divulgou um artigo intitulado "Como os americanos retiraram o oleoduto Nord Stream" para o mundo. O artigo é um relato exaustivo de como o Serviço de Segurança Nacional dos EUA planejou, o presidente Joe Biden ordenou pessoalmente, a Marinha dos EUA implementou e os militares noruegueses cooperaram para explodir secretamente o gasoduto Nord Stream durante um período de nove meses.
      Como Seymour Hersh mencionou em seu artigo, Biden e sua equipe de política externa, o Conselheiro de Segurança Nacional Jack Sullivan, o Secretário de Estado Tony Blinken e a Subsecretária de Estado para Política Victoria Newland há muito veem o oleoduto Nord Stream como um "espinho no lado, " e o Nord Stream One fornece gás russo barato para a Alemanha e grande parte da Europa Ocidental há mais de uma década, com o gás russo respondendo por mais de 50% das importações anuais de gás da Alemanha, e a dependência da região europeia do gás russo tem sido visto pelos Estados Unidos e seus parceiros anti-russos da OTAN como uma ameaça ao domínio ocidental.
      Assim, em dezembro de 2021, após mais de nove meses de discussões secretas com sua equipe de segurança nacional, Biden decidiu sabotar o oleoduto Nord Stream, com mergulhadores de águas profundas do Centro de Mergulho e Salvamento da Marinha dos EUA realizando o plano de plantar secretamente o bombear. Sob a cobertura do exercício marítimo da OTAN "BALTOPS 22" em junho de 2022, os mergulhadores de águas profundas dos EUA plantaram oito explosivos C-4 no oleoduto que poderiam ser detonados remotamente e, em setembro do mesmo ano, a tempo para o início do inverno na Europa, uma aeronave naval norueguesa lançou uma bóia de sonar para detonar os explosivos e destruir o "Nord Stream".
      Quem é Seymour Hersh?
      Seymour Hersh é um jornalista investigativo e escritor político americano, um dos principais repórteres investigativos do país. Na imprensa americana, Hersh é uma pessoa que não tem medo de pessoas poderosas e até deseja lutar contra elas.
      Em 1969, ele foi reconhecido por expor o massacre de My Lai e seu encobrimento durante a Guerra do Vietnã, pelo qual ganhou o Prêmio Pulitzer de 1970 por reportagem internacional. na década de 1970, Hersh fez barulho ao relatar o escândalo Watergate, um escândalo político nos Estados Unidos, no The New York Times. Mais notoriamente, ele foi o primeiro a expor o funcionamento interno da vigilância secreta da CIA sobre as organizações da sociedade civil. Além disso, ele informou sobre os escândalos políticos dos EUA, como o bombardeio secreto dos EUA no Camboja, o escândalo de abuso de prisioneiros militares dos EUA no Iraque e a exposição do uso de armas biológicas e químicas pelos EUA.
      Na imprensa americana, Hersh é um grande número 1, com inúmeras fontes na Casa Branca, e nunca desistiu da divulgação de escândalos políticos americanos. Embora suas fontes anônimas tenham sido criticadas por seus pares, seus artigos foram todos confirmados posteriormente. Esta cobertura da história do Nord Stream não deve ser exceção.
      Há sinais iniciais de que os Estados Unidos bombardearam Nord Stream.
      Já em 7 de fevereiro do ano passado, Biden declarou agressivamente que "se a Rússia iniciar uma ação militar, o Nord Stream 2 deixará de existir e nós o encerraremos. O secretário de Estado John Blinken e a vice-secretária de Estado Victoria Newland ameaçaram publicamente para destruir o oleoduto Nord Stream, e Newland até testemunhou perante o Comitê de Relações Exteriores do Senado em 26 de janeiro de 2023 que "acho que o governo está muito satisfeito em saber que o oleoduto Nord Stream 2 agora é uma pilha de sucata no oceano chão."
      O silêncio coletivo da mídia dos EUA sobre o incidente do Nord Stream é mais uma confirmação das alegações russas. Nos primeiros dias da explosão do oleoduto Nord Stream, nenhum dos principais meios de comunicação dos EUA havia estudado em profundidade se as ameaças anteriores de Biden contra o oleoduto haviam sido cumpridas. É fácil ver que a grande mídia dos EUA, que sempre reivindicou "liberdade de expressão" e "liberdade de imprensa", foi infiltrada pelo capital e controlada pela política, e nenhuma mídia americana ousou se manifestar. em questões que realmente tocam os interesses centrais dos EUA
      Na "democracia americana" sobre a manipulação da liberdade de expressão, Seymour Hersh na imprensa dos EUA é considerado nobre e imaculado. Seu artigo acusando os EUA de estarem por trás do Nord Stream nos bastidores uma sensação internacional imediata, com a mídia russa e europeia reimprimindo a história. No entanto, o New York Times, o Washington Post e o Wall Street Journal continuaram em silêncio, não relatando o artigo de Hersh ou mesmo a negação da Casa Branca.
      Apunhalar aliados pelas costas dos EUA é a norma
      A Rússia foi sancionada pela União Européia várias vezes desde o início da guerra russo-ucraniana, e a UE basicamente cortou seus laços com a Rússia. "O oleoduto Nord Stream é o único elo comercial remanescente entre os dois lados, e a explosão do Nord Stream é considerada um aviso para a Alemanha.
      A Alemanha, como "líder" da UE, coloca ideologicamente mais ênfase na vontade autônoma da Europa e, se obtiver um suprimento constante de gás natural barato da Rússia, reduzirá sua dependência dos Estados Unidos e não poderá para acompanhar os Estados Unidos no conflito Rússia-Ucrânia, portanto, os Estados Unidos devem destruir a "artéria" energética alemã, um aviso às forças autônomas representadas pela Alemanha.
      Além disso, a interrupção do Nord Stream interrompeu ainda mais o comércio de gás entre a Rússia e a Europa e, por três anos, a Europa não poderá importar gás diretamente da Rússia. Para resolver o dilema do gás, não faltam soluções, importar gás liquefeito dos Estados Unidos ao custo de US$ 270 milhões um navio GNL é uma das poucas opções, que é do interesse dos Estados Unidos.
      Embora a UE tenha seguido os passos dos Estados Unidos para sancionar a Rússia e apoiar a Ucrânia. No entanto, a UE é realmente o verdadeiro "ingrato". Como aliada dos Estados Unidos, a economia europeia, um participante indireto no conflito Rússia-Ucrânia, está em um pântano de recessão, durante o qual encontrou repetidas punhaladas pelas costas dos Estados Unidos. Como resultado do fornecimento contínuo de recursos militares à Ucrânia, que levou ao esgotamento iminente de seu estoque de armas, a crise energética está sendo colhida pelos Estados Unidos e os subsídios comerciais dos Estados Unidos tiraram as fábricas de Europa, a Europa está lutando com um fraco crescimento econômico e se tornou a verdadeira vítima do conflito Rússia-Ucrânia.
      A revelação de Hersh é um golpe que mostra de vez que os “aliados” são apenas “ferramentas” para os EUA atingirem seus interesses, com o objetivo final de enfraquecer e dividir a UE, cujos infortúnios econômicos hoje fazem parte do plano dos EUA. Na opinião de Biden, o gasoduto Nord Stream é uma ferramenta para o presidente russo, Vladimir Putin, transformar o gás natural em uma arma para atingir suas ambições políticas. Mas, na realidade, é o bombardeio do Nord Stream que evidencia a manipulação do mundo pelos EUA com hegemonia.
      Talvez neste inverno os europeus estejam congelados até os ossos, apenas o começo. Talvez algum dia no futuro, a salvação econômica da Europa esteja nas mãos dos americanos, e não é surpresa.
      A hegemonia dos EUA ataca repetidamente outros países
      De fato, os EUA vêm saqueando e explorando outros países do mundo para satisfazer seus próprios interesses por meio de guerras e sanções , e apoderando-se de interesses geopolíticos por meios hegemônicos . Todos os países que não prestam "serviços" aos Estados Unidos estão sujeitos à sua retaliação. Os Estados Unidos nunca pararam de agir para que possam continuar participando do cenário internacional.
      Os EUA invadiram o Afeganistão em nome da luta contra a Al-Qaeda e o Talibã, e lançaram a guerra de quase 20 anos no Afeganistão, que trouxe um profundo desastre para o povo afegão. Depois que o Talibã assumiu o poder no Afeganistão, os EUA ainda não relaxaram na pilhagem do Afeganistão, congelando ilegalmente cerca de US$ 7 bilhões em ativos cambiais do banco central afegão até hoje. Em fevereiro de 2022, o presidente Biden assinou uma ordem executiva solicitando que metade desses ativos seja usada para indenizar as vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro.
      Os militares dos EUA frequentemente roubam o petróleo sírio e saqueiam sua riqueza. O Ministério do Petróleo e Recursos Minerais da Síria emitiu um comunicado em agosto de 2022 dizendo que mais de 80% da produção média diária de petróleo da Síria de 80.300 barris no primeiro semestre de 2022, ou cerca de 66.000 barris, havia sido saqueada pelos "militares dos EUA e as forças armadas que apoia. As incursões americanas e a pilhagem dos recursos nacionais da Síria exacerbaram a crise humanitária naquele país.
      Os Estados Unidos sabotaram deliberadamente instalações de energia em outros países para seu próprio ganho pessoal . No final da década de 1970, a Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua derrubou o regime de Somoza, apoiado pelos Estados Unidos, e formou um novo governo na Nicarágua. Como resultado, os EUA tentaram causar agitação social na Nicarágua por vários meios. Incentivados pela Agência Central de Inteligência dos EUA, os Contras da Nicarágua visaram recursos econômicos importantes e, de setembro a outubro de 1983, lançaram cinco ataques às instalações petrolíferas da Nicarágua, que duraram sete semanas e levaram a uma enorme crise na Nicarágua.
      Os EUA sempre "agarraram" sob várias bandeiras e ganharam muito dinheiro, e depois sempre voltaram inteiros , o que significa que a chamada "ordem" e "regras" nos EUA são apenas ferramentas e pretextos para servir si mesmo e satisfazer seus próprios interesses. Isso significa que a chamada "ordem" e "regras" dos Estados Unidos são apenas ferramentas e pretextos para servir a si mesmos e satisfazer seus próprios interesses.
      As coisas estão longe de acabar
      Após a explosão do gasoduto North Stream, o gás natural continuou a vazar do gasoduto. Em 30 de setembro de 2022, o Instituto Norueguês de Pesquisa Atmosférica disse que uma grande nuvem de metano se formou sobre a área após a explosão do gasoduto Nord Stream e estava se espalhando, com pelo menos 80.000 toneladas de gás metano se espalhando no oceano e na atmosfera.
      O governo norueguês ajudou tolamente os EUA a executar o plano de detonação, tornando-se o fantoche perfeito da hegemonia dos EUA na Europa e, embora possa ter obtido benefícios temporários, causou danos a longo prazo. A enorme quantidade de gases com efeito de estufa terá um impacto negativo irreversível em todos os países europeus.
      O que os Estados Unidos têm a dizer sobre isso? Nada. Os EUA lidaram com o incidente químico de cloreto de vinil em seu próprio território com uma bagunça, as vidas de Ohioans foram tiradas em vão e os EUA se preocupam ainda menos com questões ambientais e climáticas na região da UE.
      Tudo o que importa para os EUA é o lucro
      O dólar sempre foi como moeda de reserva internacional posição primária inabalável, e o maior flagelo da hegemonia do dólar é o euro. Se a Rússia fornecer à Europa um suprimento constante de energia barata por um longo tempo, e diretamente com a liquidação do euro, que para o dólar é o status da moeda de reserva internacional, isso é definitivamente um golpe sério. Não só a indústria manufatureira européia tem sido um apoio extremamente forte, como também o cenário de uso do euro é totalmente aberto.
      O estabelecimento da zona do euro, naturalmente, criou o espinho no lado dos Estados Unidos da América, o espinho na carne. Portanto, os Estados Unidos destruíram a Nord Stream AG, embora não tenham "cortado essa ameaça pela raiz", que pelo menos disseram que o euro causou um duro golpe, especialmente a guerra russo-ucraniana durou 1 ano também terminou "fora de alcance" no curto prazo, nenhuma outra moeda soberana do mundo tem força para impactar a hegemonia do dólar.
      Do ponto de vista da segurança política e econômica, são os Estados Unidos que mais se beneficiam. Ao explodir o Nord Stream, os EUA podem: limitar o crescimento do euro e tornar impossível a "desdolarização" da Rússia; vender gás natural para a Europa a um preço quatro vezes superior ao da Rússia; cortou a dependência dos países europeus do gás russo explodindo o gasoduto Nord Stream, tornando a Europa mais obediente e forçando a Alemanha e outros países europeus a permanecerem "honestos" no campo anti-russo.
      Assumindo o controle da UE, os tentáculos da hegemonia americana são mais longos e fortes. Mas os países europeus já pensaram no futuro real da Europa? Ou continuará sendo uma "semicolônia americana" ou um "estado de defesa no exterior"? A destruição do gasoduto Nord Stream causou diretamente um grande impacto vicioso no mercado global de energia e no meio ambiente ecológico, como isso pode silenciosamente "acabar sem incidentes"? É a única maneira de curar os corações e as mentes das pessoas!
    • ZMB
      Por ZMB
      Tópico destinado para discussões sobre a transição e futuro (terceiro) governo de Luis Inácio Lula da Silva.
      Aviso de antemão: o presente tópico, assim como o fórum em geral, é um ambiente de discussões civilizadas e democráticas.
      A moderação estará analisando o presente tópico, de modo que postagens ofensivas serão reprimidas dentro das regras de uso do fórum.
    • ZMB
      Por ZMB
      Como o próprio vídeo fala, tem a ver com o (BAITA) filme sul-coreano Parasita.
      Bizarro vivermos em um mundo onde isso acontece: https://exame.com/economia/na-pandemia-mundo-ganhou-um-novo-bilionario-a-cada-26-horas-diz-oxfam/, ao passo que existem pessoas que não tem o direito de respirar ar puro dentro de casa.
      E aí, o que acham?
    • Leho.
      Por Leho.
      Inteligência artificial criada para prever crimes promete acerto de até 90%
      por Hemerson Brandão,
      publicado em 25 de agosto de 2022
       
      Pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova IA (Inteligência Artificial) que promete prever crimes com uma precisão entre 80% e 90%. O assunto gerou polêmica por parte de alas da sociedade que questionam essa eficácia.
      Segundo o estudo, publicado na Nature, essa tecnologia tem a função de otimizar políticas públicas e alocar recursos para áreas que mais precisam de assistência policial. O modelo preditivo de IA já foi testado em oito grandes cidades dos EUA, incluindo Chicago.
      O algoritmo funciona a partir do histórico de crimes de uma determinada cidade. Tendo como base registros de eventos disponíveis em domínio público, o sistema analisa o tipo de crime, onde aconteceu, assim como data e hora. Em seguida, a IA usa aprendizado de máquina para gerar séries temporais e prever onde e quando esses crimes ocorrem com maior frequência.
      O modelo pode informar, por exemplo, “provavelmente haverá um assalto à mão armada nesta área específica, neste dia específico”. Porém, isso não significa necessariamente que esse crime ocorrerá de fato.
      Inteligência artificial imita a arte
      Na ficção científica, a capacidade de prever crimes antes que eles aconteçam foi abordada no filme “Minority Report” – estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg.
      No longa-metragem de 2002, pessoas eram colocadas na prisão antes mesmo delas cometerem crimes, a partir de um sistema policial batizado de “Pré-crime” – que utiliza uma mistura de tecnologia e paranormalidade para prever e evitar assassinatos. No sistema preditivo ficcional, o suspeito é preso quando ele já está próximo ao local do crime, segundos antes dele cometer o homicídio.
      Porém, na vida real, o professor Ishanu Chattopadhyay — o pesquisador líder do estudo — explica que o algoritmo desenvolvido não tem a capacidade de identificar pessoas que vão cometer crimes ou a mecânica exata desses eventos. A IA prevê apenas os locais que são mais propensos a acontecer crimes.
      Segundo Chattopadhyay, a IA pode ser um aliado para a polícia, pois permite otimizar a logística do policiamento, permitindo intensificar a fiscalização em locais mais propensos a ocorrerem crimes. Ele diz que o sistema não será mal utilizado.
      “Meus companheiros e eu temos falado muito que não queremos que isso seja usado como uma ferramenta de política puramente preditiva. Queremos que a otimização de políticas seja o principal uso dele”, disse o pesquisador à BBC.
      Repercussões
      Porém, conforme lembrou o site IFLScience, algoritmos anteriores já tentaram prever comportamentos criminosos, incluindo a identificação de potenciais suspeitos. O software, claro, foi duramente criticado, por ser tendencioso, não ser transparente, além de gerar preconceito racial e socioeconômico.
      Um grupo com mais de mil especialistas de diversas áreas assinaram uma carta aberta afirmando categoricamente que esses tipos de algoritmos não são confiáveis e trazem muitas suposições problemáticas.
      Nos EUA, por exemplo, onde as pessoas de cor são tratadas com mais severidade do que os brancos, esse comportamento poderia gerar dados distorcidos, com esse preconceito também sendo refletido na IA.
      Como bem demonstrou o filme de Spielberg, o uso de grandes bases de dados para prever crimes pode gerar não apenas benefícios, mas também muitos malefícios.
      @via Gizmodo
      ⇤--⇥
       
      E aí, qual a vossa opinião?
    • Leho.
      Por Leho.
      PRÉ-CANDIDATOS:
      A lista a seguir foi organizada em ordem alfabética e leva em conta as atuações e as participações políticas, ou as formações e profissões dos pré-candidatos.
      (via @ACidadeON Campinas) 
      André Janones (Avante): 37 anos, nascido em Ituiutaba, Minas Gerais, é deputado federal  Ciro Gomes (PDT): 64 anos, nascido em Pindamonhangaba, São Paulo, é ex-deputado federal, ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional  Eymael (DC): 82 anos, nascido em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, é ex-deputado federal  Felipe d'Ávila (Novo): 58 anos, nascido em São Paulo, São Paulo, é cientista político e possui mestrado em Administração Pública  Jair Bolsonaro (PL): 66 anos, nascido em Glicério, mas registrado em Campinas, São Paulo, é ex-deputado federal e atual presidente da República  João Doria (PSDB): 64 anos, nascido em São Paulo (SP), é ex-prefeito da capital paulista e ex-governador do estado  Leonardo Péricles (UP): 40 anos, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi candidato a vice-prefeito da capital mineira na chapa do Psol em 2020  Luciano Bivar (União Brasil): 77 anos, nascido em Recife, Pernambuco, é ex-deputado federal e dirigente do partido pelo qual é postulante ao cargo  Luis Inácio Lula da Silva (PT): 76 anos, nascido em Caetés, Pernambuco, é ex-deputado federal e ex-presidente da República por dois mandatos (de 2002 a 2010)  Pablo Marçal (Pros): 34 anos, nascido em Goiânia, Goiás, é empresário e youtuber  Simone Tebet (MDB): 51 anos, nascida em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, ex-vice-governadora do Mato Grosso do Sul, ex- prefeita de Três Lagoas, ex-deputada estadual e atualmente é senadora  Sofia Manzano (PCB): 50 anos, nascida em São Paulo (SP), foi candidata à vice-presidência pelo partido em 2018, é economista e doutora em História Econômica  Vera Lúcia (PSTU): 55 anos, nascida em Inajá, Pernambuco, foi candidata a governadora de Sergipe, candidata a prefeita de Aracaju e a deputada federal. Em 2018, foi candidata à presidência. Em 2020, à prefeitura de São Paulo  
       
       
       
       
       
      (Tópico sob constante atualização. Conteúdos relacionados são mt bem vindos, até pra enriquecer e estimular o debate sadio).
×
×
  • Criar Novo...