política A escalada fascista no Brasil (e o movimento antifascista)

[Lowko é Powko]

1 hora atrás, Léo R. disse:

Ademais, deixo esse perfil do twitter aqui, não acho que se encaixe no outro tópico:

Eu sinceramente gostaria de entender como NINGUÉM fiscaliza essa porra.

https://twitter.com/fraudadorescota
 

Se o assunto seguir, podemos abrir um tópico próprio.

Eu discuti com o @Dinheiro Tardelli sobre isso. Do que se tratam as cotas, de raça (etnia) ou de cor de pele? Ou o que importa é o sofrimento relativo que cada um sofreu? Ou dos seus antepassados? Acho que isso não está muito definido entre a identificação do problema, o racismo no Brasil, que é presente e real, e a possível solução, que são as cotas. É uma dívida histórica, uma compensação? Ou tem mais a ver com subrepresentação em ambientes de poder/acadêmicos/universitários?

Acho um pouco problemática a palavra fraude, também. Fraude é um crime, tratado pelo direito penal. Se o princípio é a autodeclaração, não há crime, muito menos fraude. Do contrário você está dizendo que concorda com a imputação de um crime não tipificado, o que basicamente significa um tribunal de exceção. Se o processo inclui uma banca julgadora, também não é fraude, uma vez que essa banca aprove.

[Dinheiro Tardelli]

22 minutes ago, Lowko é Powko said:

Se o assunto seguir, podemos abrir um tópico próprio.

Eu discuti com o @Dinheiro Tardelli sobre isso. Do que se tratam as cotas, de raça (etnia) ou de cor de pele? Ou o que importa é o sofrimento relativo que cada um sofreu? Ou dos seus antepassados? Acho que isso não está muito definido entre a identificação do problema, o racismo no Brasil, que é presente e real, e a possível solução, que são as cotas. É uma dívida histórica, uma compensação? Ou tem mais a ver com subrepresentação em ambientes de poder/acadêmicos/universitários?

Acho um pouco problemática a palavra fraude, também. Fraude é um crime, tratado pelo direito penal. Se o princípio é a autodeclaração, não há crime, muito menos fraude. Do contrário você está dizendo que concorda com a imputação de um crime não tipificado, o que basicamente significa um tribunal de exceção. Se o processo inclui uma banca julgadora, também não é fraude, uma vez que essa banca aprove.

A discussão em sublinhada é muito válida e são perguntas que se você pesquisar a fundo vai ver que já possuem respostas, mas a sociedade ainda não compreende direito (daí a importância de ser discutido). Já o negrito, me desculpe, mas tudo o que está escrito é pura falácia. 

Agora eu não estou com tempo pra desenvolver meu raciocínio, mas no máximo até domingo respondo adequadamente.

[Aleef]

14 horas atrás, Peepe disse:

A forma como se pede respeito pode ser uma ameaça. A nota em nome das forças armadas não teve significado diplomático, e com certeza teve concordância do presidente. Eu já desdenhei muito do caráter autoritário do governo, hoje não faço mais e nem acho que a Constituição impeça alguma coisa. 

Isso não quer dizer que eu ache que ele vá dar um golpe, mas hoje eu vejo que um cenário propício vai sendo criado lentamente (por vezes, sem intervenção de seus aliados) e se em algum momento existir essa oportunidade, o Bolsonaro rasga a Constituição e dá o golpe. Você não acredita nisso, faz parte, mas eu olho com cuidado uma série de atitudes dele que você diminui e trata como se não fosse nada.

Ae voltamos as regrinhas de educação, regrinhas estas que até anteontem imperavam no país como termos que usar de jargões e não podendo se direcionar a um deputado ou senador com "você". O brasileiro acha que ser correto é seguir regrinhas.

Então não é uma ameaça, é um problema de comunicação que é bem diferente. E concordo, o governo não sabe se comunicar tão bem quanto gostaria. Mas a retórica do Jair é boa e consegue alcançar a população carente. Ele fala o que o pobre gosta de ouvir.

Qual cenário propício? Já reviraram toda a vida do cara, divulgaram tudo, escracharam tudo. Nunca neste país fizeram isto com um candidato. Fora as forças armadas que durante 40 anos deixou movimentos de esquerda fazerem o que bem entendessem. Isto sem contar os generais positivistas que estão infestados por ae. Só ver o General Heleno com a polidez contra o Ciro e outros caras em não processa-los. O jogo mudou.

Sabe o que parece? Parece o próprio lance do fascismo em si. Os comunistas começaram a martelar este lance de governo militar e que com a volta deles eles vão fazer genocídios e não sei o que e tal. É só parar e pensar, da onde você tirou as ideias para chegar nesta conclusão. Hoje é possível isto?

 

14 horas atrás, Léo R. disse:

Eu não deveria nem te responder, mas já vou lhe fazer uma pergunta, tá passando Jimo nessa sua cara? Olha, madeira, se não for tratada, pode atrair cupim.

Fora a menina Sara Winter e seus 300, que não passam de 50, acampada em Brasília falando merda 24h/dias? Se não forem suficientes eu trago mais, é só jogar no google 2 ou 3 palavras.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/22/politica/1574424459_017981.html

https://brasil.elpais.com/brasil/2020/01/12/politica/1578841564_993293.html

https://brasil.elpais.com/politica/2020-04-19/bolsonaro-endossa-ato-pro-intervencao-militar-e-provoca-reacao-de-maia-stf-e-governadores.html

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,apoiadores-de-bolsonaro-fazem-novo-protesto-em-brasilia,70003320275

https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/05/31/manifestantes-fazem-ato-em-brasilia-em-apoio-a-bolsonaro-e-em-defesa-de-medidas-inconstitucionais.ghtml

 

O que uma coisa tem haver com a outra?  Então se tiver uma manifestação no domingo aonde você estiver presente e se algumas pessoas levarem bandeiras anti constitucionais não será um ato democrático?  Isto claro se não haver quebradeira.

E na reunião que foi vazada que ele mesmo disse que caga para aquilo. Ae não vale, é mentira.

14 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Você está falando da pressão pelo impeachment ou da marcha contra os bolsonaristas? Eu preciso saber do que você está falando pra seguir a argumentação. Eu estou falando da manifestação dos antifas e relacionados, afinal estava tratando do que significam métodos violentos de tomada de poder.

da marcha contra os bolsonaristas

9 horas atrás, Sewko disse:

Foi muito difícil chegar nessa conclusão

Deixa eu ver se eu entendi. Você chegou na conclusão de que o governo quer o fim deste sistema por meio das manifestações aonde um bando de tiozão levou algumas bandeiras inconstitucionais?

É isto mesmo?

 

[Lowko é Powko]

37 minutos atrás, Dinheiro Tardelli disse:

A discussão em sublinhada é muito válida e são perguntas que se você pesquisar a fundo vai ver que já possuem respostas, mas a sociedade ainda não compreende direito (daí a importância de ser discutido). Já o negrito, me desculpe, mas tudo o que está escrito é pura falácia. 

Agora eu não estou com tempo pra desenvolver meu raciocínio, mas no máximo até domingo respondo adequadamente.

Imagino que você vá falar de fraude de regras sociais, mas fico no aguardo.

[raskor]

1 hora atrás, Lowko é Powko disse:

 Se o processo inclui uma banca julgadora, também não é fraude, uma vez que essa banca aprove.

Que bonito esse negocio de tribunal racial, heim.

[Léo R.]

44 minutos atrás, Aleef disse:

O que uma coisa tem haver com a outra?  Então se tiver uma manifestação no domingo aonde você estiver presente e se algumas pessoas levarem bandeiras anti constitucionais não será um ato democrático?  Isto claro se não haver quebradeira.

?????????????

Você perguntou o que me levava a crer que bolsonaro e seus apoiadores querem o fim da democracia, te respondi com links e com a idiota da Sara Winter. Ponto.

È democrático pedir o fim da democracia?

--
@Lowko é Powko, porra, cara. Tem guria loira dos olhos azuis se declarando negra... Não sei se fraude é a palavra, mas é um crime de qualquer forma. Deveria ser punida, expulsa, ter uma multa, sei lá. O que não pode acontecer é ter gente se aproveitando dessas situações.

[Lowko é Powko]

11 minutos atrás, raskor disse:

Que bonito esse negocio de tribunal racial, heim.

É complicado. Mas ou é isso ou nos baseamos na autodeclaração.

---

@Léo R., eu também acho uma merda. Mas não é fraude, não é crime, se a lei previr que o que define teu direito de acesso a cota é a autodeclaração. Se começarmos a definir como crime o que não tem previsão legal, acabou-se o Estado de Direito. E se há uma banca avaliadora, a culpa não é daquele que se autodeclarou e foi aprovado, mas da própria banca.

[Peepe]

37 minutos atrás, Aleef disse:

Ae voltamos as regrinhas de educação, regrinhas estas que até anteontem imperavam no país como termos que usar de jargões e não podendo se direcionar a um deputado ou senador com "você". O brasileiro acha que ser correto é seguir regrinhas.

Então não é uma ameaça, é um problema de comunicação que é bem diferente. E concordo, o governo não sabe se comunicar tão bem quanto gostaria. Mas a retórica do Jair é boa e consegue alcançar a população carente. Ele fala o que o pobre gosta de ouvir.

Qual cenário propício? Já reviraram toda a vida do cara, divulgaram tudo, escracharam tudo. Nunca neste país fizeram isto com um candidato. Fora as forças armadas que durante 40 anos deixou movimentos de esquerda fazerem o que bem entendessem. Isto sem contar os generais positivistas que estão infestados por ae. Só ver o General Heleno com a polidez contra o Ciro e outros caras em não processa-los. O jogo mudou.

Sabe o que parece? Parece o próprio lance do fascismo em si. Os comunistas começaram a martelar este lance de governo militar e que com a volta deles eles vão fazer genocídios e não sei o que e tal. É só parar e pensar, da onde você tirou as ideias para chegar nesta conclusão. Hoje é possível isto?

Você está dizendo que o alarde todo na notinha foi causado porque ela não respeitou jargões? Por que ela desrespeitou uma regrinha de um chefe militar não poder se dirigir ao legislativo? Espero que eu tenha entendido errado, mas a nota teve tom de ameaça e foi muito mais que uma falha de comunicação. Até concordo que a retórica dialoga bem a população carente, ou pelo menos não incomoda, mas acho a observação difícil de ser confirmada porque essa parte da população costuma ser alheia aos movimentos políticos em anos não-eleitorais.

Com relação ao cenário propício, o país vive um dilema econômico, divergências políticas e polarização social numa escala muito mais intensa que em qualquer momento anterior desde a Redemocratização. Isso crescendo somado a nossa cultura simplista na política culmina em soluções fáceis e transferência de responsabilidade. Volto a dizer, não acho que o golpe esteja em eminência, não é o que o governo pretende mas essa é uma possibilidade declarada muito mais aberta agora do que fora antes da eleição, por exemplo.

[Rodrigodm]

1 hora atrás, Lowko é Powko disse:

Se o assunto seguir, podemos abrir um tópico próprio.

Eu discuti com o @Dinheiro Tardelli sobre isso. Do que se tratam as cotas, de raça (etnia) ou de cor de pele? Ou o que importa é o sofrimento relativo que cada um sofreu? Ou dos seus antepassados? Acho que isso não está muito definido entre a identificação do problema, o racismo no Brasil, que é presente e real, e a possível solução, que são as cotas. É uma dívida histórica, uma compensação? Ou tem mais a ver com subrepresentação em ambientes de poder/acadêmicos/universitários?

Acho um pouco problemática a palavra fraude, também. Fraude é um crime, tratado pelo direito penal. Se o princípio é a autodeclaração, não há crime, muito menos fraude. Do contrário você está dizendo que concorda com a imputação de um crime não tipificado, o que basicamente significa um tribunal de exceção. Se o processo inclui uma banca julgadora, também não é fraude, uma vez que essa banca aprove.

A primeira parte é o que penso ser o mais importante, que é estabelecer o porquê da ação afirmativa (cotas raciais, no caso). Da pra apontar 4 critérios de fácil visualização para defender as cotas no ensino ou nos concursos, por exemplo: 1) Reparação histórica; 2) Igualdade de competição; 3) Pluralidade: a diferença enriquece o ambiente de ensino ou traz uma visão completamente diferente para um tribunal, por exemplo; 4) Reconhecimento, dar voz para uma raça menos favorecida e fazer com que ela se enxergue nos mais diferentes cargos e ambientes no país. Sem estabelecer os principais objetivos e o que você realmente quer, fica difícil estabelecer critérios eficientes.

O principal pra mim (pelo menos de uma forma mais simplista e sem ignorar os outros critérios), sem dúvidas, é o item 4, acho que é o mais importante para quebrar um ciclo que ta enraizado em várias sociedades. Nesse ponto eu privilegiaria a cor da pele (No caso dos negros), tentaria traçar critérios objetivos e justos (mesmo que impossível, já que o tema é extremamente delicado) baseado em estudos sociológico, antropológicos, o que for. Acho o sistema da auto declaração um pouco ingênuo e ignora a situação do país, pra falar a verdade.

[Sewko]

5 horas atrás, Aleef disse:

Deixa eu ver se eu entendi. Você chegou na conclusão de que o governo quer o fim deste sistema por meio das manifestações aonde um bando de tiozão levou algumas bandeiras inconstitucionais?

É isto mesmo?

 

21 horas atrás, Aleef disse:

 

Por que você acha que este governo e seus apoiadores querem o fim da democracia? Como você chegou nesta conclusão? Volta àquilo que comentei na página passada. Você tira do seu peito algo que julga como verdade como outras coisas dos seus últimos textos.

 

 

🤔

[raskor]

Eu não sei porque vocês ainda dão espaço pro Aleef. Deixa ele falando sozinho. Perda de tempo debater.

[@Temujin]

Só para exemplificar o lance das torcidas radicais e a hipocrisia que comentei antes, tem a treta gaming que tá pipocando agora no Twitter, segue o resumo:

• O canal Xbox MilGrau foi denunciado por comentários racistas numa live, o inclusive demorou bastante porque o dono e o conteúdo do canal são tóxicos num nível Chernobyl há anos. [exemplo de discurso de ódio]
• Geral notificou a Xbox e ela solicitou a retirada da marca do canal deles de imediato, atitude correta btw mas como dito antes demorou. Hoje a galera foi além e reportou no Youtube pra retirar o canal.
• Um integrante do MilGrau pra tentar se defender apelou pra tática mais errônea de atacar achando que isso justifica o que fez, vasculhando um monte de tweets antigos de alguns dos influenciadores que denunciaram o canal e achou conteúdo racistas, assédio de menor e afins de alguns deles considerados esquerda lacradora (não gosto de ambos os termos mas não encontrei sinônimos pra esse contexto). A desculpa deles foi que era coisa antiga, mas na época do Cociello e James Guun essa desculpa não valia. [exemplo de hipocrisia e teto de vidro]
• Nesse meio tempo a apresentadora do canal Xbox BR solta num stories que os vermes fascistas devem tudo morrer, se referindo a direita (também não gosto desse termo mas é o que melhor se encaixava aqui) e acabaram encontrando tweets antigos delas com piada de humor negro envolvendo alemães e nazismo, que ela deletou na mesma hora e também alegou serem antigos. [exemplo de discurso de ódio + hipocrisia e teto de vidro]
• No meio do fogo tem, e sabe-se lá como, torcida ainda defendendo as ações deploráveis MilGrau, e também torcida dos influenciadores que tiveram tweets expostos defendendo que isso é passado (mas só pra eles, se fosse qualquer outro iriam considerar passada de pano). [exemplo de torcidas acima de tudo]

Essa é a polarização e cultura do cancelamento (outro termo que não curto, mas enfim) que estamos vivendo.

[raskor]

Essa cultura do cancelamento tem que acabar. Essa galera acredita em ressocialização de presos, mas não acredita que alguém pode mudar com o tempo.

O único que eu realmente torço pra ser cancelado é o maior propagador desta merda: Felipe Neto. Quero ver esse mau caráter provando do próprio veneno.

[RYUxd]

Eu realmente fico muito preocupado com essa cultura do cancelamento e da exposição de quem fez algo errado. Pra mim, inclusive, isso é uma forma claríssima de vigilantismo, de buscar justiça pelas próprias mãos.

Abriram uma página de fraudadores de cotas da UFPE onde ocorreu um erro claro em relação a uma menina que tinha raízes diretas com indígenas mas não apresentava o fenótipo característico, e, além disso, a maioria dos expostos pela página podiam se autodeclarar pardos, tinham traços negros, mas, basicamente, tinham foto com boa resolução, se vestiam bem, se maquiavam, etc. Pra mim, além da exposição desnecessária essas páginas só reforçaram estereótipos e preconceitos.

Acha que alguma pessoa cometeu uma injustiça? Busque corrigir isso pelos meios legais, apresentando suas denúncias para as autoridades com as provas cabíveis. A exposição, pra mim, é só um ataque gratuito, pra buscar destruir a reputação de alguém por puro ódio. É um linchamento social, que, no fim das contas, pode ser tão grave quanto o físico.

[EduFernandes]

2 hours ago, Temujin said:

Nesse meio tempo a apresentadora do canal Xbox BR solta num stories que os vermes fascistas devem tudo morrer, se referindo a direita (também não gosto desse termo mas é o que melhor se encaixava aqui) e acabaram encontrando tweets antigos delas com piada de humor negro envolvendo alemães e nazismo, que ela deletou na mesma hora e também alegou serem antigos. [exemplo de discurso de ódio + hipocrisia e teto de vidro]

Mano, eu não tinha visto essa parte.

Eu seguia a Mari porque tava gostando do canal dela com a Thais, mas depois de um tempo dropei porque ela vivia enchendo o saco com assuntos que eu não tava a fim de ver, mas agora isso aí é sacanagem.

E o pior é que a galera defende ela. Na moral, realmente precisa cair logo aquele meteoro, nego aqui é pura hipocrisia. 

[Visitante]

9 horas atrás, RYUxd disse:

Eu realmente fico muito preocupado com essa cultura do cancelamento e da exposição de quem fez algo errado. Pra mim, inclusive, isso é uma forma claríssima de vigilantismo, de buscar justiça pelas próprias mãos.

Abriram uma página de fraudadores de cotas da UFPE onde ocorreu um erro claro em relação a uma menina que tinha raízes diretas com indígenas mas não apresentava o fenótipo característico, e, além disso, a maioria dos expostos pela página podiam se autodeclarar pardos, tinham traços negros, mas, basicamente, tinham foto com boa resolução, se vestiam bem, se maquiavam, etc. Pra mim, além da exposição desnecessária essas páginas só reforçaram estereótipos e preconceitos.

Acha que alguma pessoa cometeu uma injustiça? Busque corrigir isso pelos meios legais, apresentando suas denúncias para as autoridades com as provas cabíveis. A exposição, pra mim, é só um ataque gratuito, pra buscar destruir a reputação de alguém por puro ódio. É um linchamento social, que, no fim das contas, pode ser tão grave quanto o físico.

Cara.. bom dia. Veja só, eu tenho desconfiança com a questão de cotas. E se ela veio de um bom colégio particular, precisa de cota?

A questão é que eu me declaro branco mas descobri recentemente que meu mt-Dna é indígena, que sou filho de uma mãe em uma linhagem materna com origem em uma índia em uma geração desconhecida de séculos anteriores. Vou me considerar merecedor de cota por ter uma 'raíz direta com indígenas'? Avalie isto.

[Lowko é Powko]

Em 04/06/2020 em 12:01, Aleef disse:

da marcha contra os bolsonaristas

Sim, ué. É uma marcha contra aqueles que abertamente tentam derrubar o Estado Democrático de Direito. Não foi uma marcha contra um candidato de direita ou extrema-direita, foi uma marcha contra apoiadores do fechamento do STF e do Congresso Nacional. "Calhou" que o presidente e seu entorno alimentam ativamente essa ideia.

Em 04/06/2020 em 13:10, Rodrigodm disse:

A primeira parte é o que penso ser o mais importante, que é estabelecer o porquê da ação afirmativa (cotas raciais, no caso). Da pra apontar 4 critérios de fácil visualização para defender as cotas no ensino ou nos concursos, por exemplo: 1) Reparação histórica; 2) Igualdade de competição; 3) Pluralidade: a diferença enriquece o ambiente de ensino ou traz uma visão completamente diferente para um tribunal, por exemplo; 4) Reconhecimento, dar voz para uma raça menos favorecida e fazer com que ela se enxergue nos mais diferentes cargos e ambientes no país. Sem estabelecer os principais objetivos e o que você realmente quer, fica difícil estabelecer critérios eficientes.

O principal pra mim (pelo menos de uma forma mais simplista e sem ignorar os outros critérios), sem dúvidas, é o item 4, acho que é o mais importante para quebrar um ciclo que ta enraizado em várias sociedades. Nesse ponto eu privilegiaria a cor da pele (No caso dos negros), tentaria traçar critérios objetivos e justos (mesmo que impossível, já que o tema é extremamente delicado) baseado em estudos sociológico, antropológicos, o que for. Acho o sistema da auto declaração um pouco ingênuo e ignora a situação do país, pra falar a verdade.

Acho razoáveis todos esses argumentos mas eles trazem outros problemas próprios no caso brasileiro em específico:

1) As cotas operam no nível individual, enquanto uma reparação histórica opera no nível social. Embora não sejam coisas estanques e indissociáveis, uma reparação que alimenta apenas alguns negros é uma reparação seletiva. O negro que não conseguiu a vaga não foi reparado. Além disso, de quanto de reparação estamos falando? A reparação é pelo acúmulo de falta de oportunidades que deixou as pessoas negras em situação desigual? Porque aí não estamos falando da cor da pele ou do racismo que se expressa diariamente, mas de um processo histórico. Mas como você define quanto cada um sofreu? O filho de uma relação inter-racial que é preto tem o mesmo direito a reparação que o filho preto de pais negros? Além disso, a ascendência, quando miscigenada, não tem uma relação direta com a cor da pele. Um neto com um avô ou avó negros pode muito bem ser caracterizado como branco, embora sua ascendência aponte para um sofrimento que lhe dá 1/4 da reparação histórica. Reparação história sempre me pareceu o pior argumento que pode ser levantado, porque ele é tão amplo e diz tão pouco que levanta mais questões do que dá respostas.

2) Igualdade de competição é um argumento melhor, mas ela provoca uma desigualdade de competição entre os brancos e pretos pobres. Ou seja, você eleva a capacidade do negro de competir, de um lado, e reduz a do branco, de outro, sendo que ambos partiram de um contexto original muito próximo (ainda que o racismo implique que um negro pobre sofre mais que um branco pobre porque ele é excluído, entre os pobres, pela sua cor, o que eu concordo). Ele esbarra em outro conceito, que é a meritocracia. Antes que alguém venha aqui chorar, eu uso o conceito em termos relativos, como algo que tem que ser levado em consideração. A meritocracia é uma ideia, uma abstração, não um princípio absoluto. Ela existe na medida em que as pessoas partem de pontos de partida razoavelmente parecidos, e pode ser invocada com mais força nessa mesma medida. Então, se eu tenho duas pessoas com contextos semelhantes concorrendo, a meritocracia é um princípio forte. Se não, ela é um princípio mais fraco. O problema das costas, nesse sentido, é que ela não equaliza o sistema num nível geral, mas ela tira a possibilidade dos competidores mais fracos entre aqueles que entram na faculdade. Ou seja, quem perde a vaga são os brancos mais pobres (ou menos ricos).

Eu acho os pontos 3 e 4 importantes, só não sei se acho razoável que isso seja forçado pelo Estado. Não é uma negação, apenas tenho as minhas dúvidas e preciso pensar melhor. No que diz respeito à conclusão, ainda que partamos de pressupostos um tanto diferentes, acho que concordamos. Eu acho essa solução, por enquanto, a melhor.

Como adendo, gostaria de citar um problema jurídico muito bom aqui. Como ficam os negros trazidos pra o Brasil após a Lei Eusébio de Queiroz, de 1831? Porque o tráfico foi ampliado após a lei, e existe, até onde sei, um certo consenso entre os historiadores (e me parece até senso comum) que toda a estrutura estatal, não oficialmente, trabalhava a favor da escravidão. Essas pessoas trazidas da África à força, em tese, chegariam ao Brasil como pessoas livres. Eu nunca tinha pensado nas coisas por esse lado.

[Peepe]

2 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Como adendo, gostaria de citar um problema jurídico muito bom aqui. Como ficam os negros trazidos pra o Brasil após a Lei Eusébio de Queiroz, de 1831? Porque o tráfico foi ampliado após a lei, e existe, até onde sei, um certo consenso entre os historiadores (e me parece até senso comum) que toda a estrutura estatal, não oficialmente, trabalhava a favor da escravidão. Essas pessoas trazidas da África à força, em tese, chegariam ao Brasil como pessoas livres. Eu nunca tinha pensado nas coisas por esse lado.

Eu confesso não ter entendido bem a sua proposição, se ela faz referência a uma descendência nos dias de hoje ou como ficaria a época.

Só pontuo que a Lei Eusébio de Queirós é de 1850 e tem um impacto verdadeiro na quantidade de escravos que desembarcam no Brasil, embora não consiga acabar com esse tráfico internacional. A Lei que você se refere de 1831 é a chamada Lei Feijó, e se explica muito mais no cenário político em questão do que algum olhar para o negro. Fora que já ali era possível ver  que lei no Brasil é algo muito relativo.

[Lowko é Powko]

1 hora atrás, Peepe disse:

Eu confesso não ter entendido bem a sua proposição, se ela faz referência a uma descendência nos dias de hoje ou como ficaria a época.

Só pontuo que a Lei Eusébio de Queirós é de 1850 e tem um impacto verdadeiro na quantidade de escravos que desembarcam no Brasil, embora não consiga acabar com esse tráfico internacional. A Lei que você se refere de 1831 é a chamada Lei Feijó, e se explica muito mais no cenário político em questão do que algum olhar para o negro. Fora que já ali era possível ver  que lei no Brasil é algo muito relativo.

Me confundi em relação ao nome. É a de 1831, Lei Feijó.

Eu quis dizer que há uma dívida do Estado brasileiro, que pode ser juridicamente considerada e absolutamente específica, sobre a condição dos escravos importados. Todos eles, uma vez em solo brasileiro, seriam livres, e o Estado tinha responsabilidade perante aquelas pessoas. Foi justamente a omissão estatal que permitiu o surgimento de uma massa de desesperados e miseráveis antes e depois da abolição. Eu acho esse argumento meio fraco mas ainda assim melhor do que "a escravidão foi imoral e portanto devemos fazer uma reparação histórica". Primeiro, porque essa reparação é impossível, uma vez que qualquer pessoa com ascendência negra/escrava teria direito a algum tipo de reparação. Segundo, porque é anacrônico.

[Peepe]

26 minutos atrás, Lowko é Powko disse:

Me confundi em relação ao nome. É a de 1831, Lei Feijó.

Eu quis dizer que há uma dívida do Estado brasileiro, que pode ser juridicamente considerada e absolutamente específica, sobre a condição dos escravos importados. Todos eles, uma vez em solo brasileiro, seriam livres, e o Estado tinha responsabilidade perante aquelas pessoas. Foi justamente a omissão estatal que permitiu o surgimento de uma massa de desesperados e miseráveis antes e depois da abolição. Eu acho esse argumento meio fraco mas ainda assim melhor do que "a escravidão foi imoral e portanto devemos fazer uma reparação histórica". Primeiro, porque essa reparação é impossível, uma vez que qualquer pessoa com ascendência negra/escrava teria direito a algum tipo de reparação. Segundo, porque é anacrônico.

Em termos diretos, o Brasil tem vergonha de olhar pra própria história, isso é uma característica da nossa República e é impressionante o quanto isso salta aos olhos no currículo escolar. Uma atitude dessas, de reconhecer os erros olhando para trás é impossível.

E eu até entendo que do ponto de vista jurídico, isso faça todo sentido mas o negro que entrou pra ser escravizado em 1832 e o que entrou em 1580 sofreram os mesmos abusos, trabalharam da mesma forma e tiveram a mesma liberdade, nenhuma. Acho errado privilegiar e impossível estabelecer conexões de alguém hoje com alguém daquela época. 

Com relação as cotas, elas tem uma justificativa histórica mas o que realmente sustenta, na minha opinião, é o cenário das universidades que contrasta muito com a sociedade: ao passo que onde você olha no Brasil, você vê um negro mas em 2005 você entrava numa universidade e não via nenhum. Acontece que cota é uma medida de transição e deveria acabar quando a situação se consolidasse, mas hoje se tornou algo intocável e ninguém tem coragem de mexer, ainda que crie absurdos como o perfil aponta.

[Lowko é Powko]

4 minutos atrás, Peepe disse:

Em termos diretos, o Brasil tem vergonha de olhar pra própria história, isso é uma característica da nossa República e é impressionante o quanto isso salta aos olhos no currículo escolar. Uma atitude dessas, de reconhecer os erros olhando para trás é impossível.

E eu até entendo que do ponto de vista jurídico, isso faça todo sentido mas o negro que entrou pra ser escravizado em 1832 e o que entrou em 1580 sofreram os mesmos abusos, trabalharam da mesma forma e tiveram a mesma liberdade, nenhuma. Acho errado privilegiar e impossível estabelecer conexões de alguém hoje com alguém daquela época. 

Com relação as cotas, elas tem uma justificativa histórica mas o que realmente sustenta, na minha opinião, é o cenário das universidades que contrasta muito com a sociedade: ao passo que onde você olha no Brasil, você vê um negro mas em 2005 você entrava numa universidade e não via nenhum. Acontece que cota é uma medida de transição e deveria acabar quando a situação se consolidasse, mas hoje se tornou algo intocável e ninguém tem coragem de mexer, ainda que crie absurdos como o perfil aponta.

É impossível estabelecer conexões tanto dos que "juridicamente" deveriam estar livres quanto dos "juridicamente" escravos. Mas não se pode estabelecer o quanto cada pessoa sofreu apenas por sua cor da pele, se estamos tratando da tal dívida histórica. Esta diz respeito a um problema histórico de opressão que mescla tanto o passado de escravidão quando o passado onde a escravidão, ainda que ausente, faz seus ecos serem ouvidos, desde 1888. Esse passado, essa opressão, são impossíveis de serem verificados para definir a que cada um tem direito, justamente porque estamos tratando de uma população altamente miscigenada. Se estivermos falando de comunidades quilombolas, é bem mais fácil, mas não é o caso. A ideia de dívida histórica traz tantos, mas tantos problemas, que na minha visão ela mais ajuda do que atrapalha.

Sobre o contraste, eu concordo. E acho que a dívida histórica proporciona um papel secundário muito mais forte se colocada dentro desse argumento, não como dívida, mas simplesmente como um problema. E não, não é uma questão semântica. Eu não preciso olhar para a questão histórica como uma dívida pra ser a favor das cotas raciais. Novamente, pensar em dívida histórica traz mais problemas que soluções.

As cotas raciais devem existir porque há um problema grave de representatividade na sociedade brasileira que advém de alguma estrutura social perversa. A escravidão e o racismo estrutural causaram um dano tão profundo que cabe ao Estado remediá-lo, até porque este sempre foi cúmplice. Não há uma dívida histórica, até porque, se houvesse, as cotas sociais seriam suficientes. Há apenas uma ideia sobre o valor da cor da pele, e essa ideia afeta o indivíduo quanto mais escura for a cor dela; quanto mais seu fenótipo for negro, mais preconceito ele tende a sofrer, e das formas mais variadas possíveis.

[Aleef]

Em 04/06/2020 em 17:04, Sewko disse:

🤔

O que uma coisa tem haver com a outra? LOL!

E depois não gosta de ser chamado de analfabeto funcional. Anyway.

 

5 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Sim, ué. É uma marcha contra aqueles que abertamente tentam derrubar o Estado Democrático de Direito. Não foi uma marcha contra um candidato de direita ou extrema-direita, foi uma marcha contra apoiadores do fechamento do STF e do Congresso Nacional. "Calhou" que o presidente e seu entorno alimentam ativamente essa ideia.

Você está confundindo os dois.

[Sewko]

3 horas atrás, Aleef disse:

O que uma coisa tem haver com a outra? LOL!

E depois não gosta de ser chamado de analfabeto funcional. Anyway.

 

Você está confundindo os dois.

LOL!!!1! Mitei!111!!!!!!!😂😂😂😂😂👌👌👌🇮🇱

Tadinho é retardado

[Mantrax]

Em 04/06/2020 em 21:25, Temujin disse:

Só para exemplificar o lance das torcidas radicais e a hipocrisia que comentei antes, tem a treta gaming que tá pipocando agora no Twitter, segue o resumo:

• O canal Xbox MilGrau foi denunciado por comentários racistas numa live, o inclusive demorou bastante porque o dono e o conteúdo do canal são tóxicos num nível Chernobyl há anos. [exemplo de discurso de ódio]
• Geral notificou a Xbox e ela solicitou a retirada da marca do canal deles de imediato, atitude correta btw mas como dito antes demorou. Hoje a galera foi além e reportou no Youtube pra retirar o canal.
• Um integrante do MilGrau pra tentar se defender apelou pra tática mais errônea de atacar achando que isso justifica o que fez, vasculhando um monte de tweets antigos de alguns dos influenciadores que denunciaram o canal e achou conteúdo racistas, assédio de menor e afins de alguns deles considerados esquerda lacradora (não gosto de ambos os termos mas não encontrei sinônimos pra esse contexto). A desculpa deles foi que era coisa antiga, mas na época do Cociello e James Guun essa desculpa não valia. [exemplo de hipocrisia e teto de vidro]
• Nesse meio tempo a apresentadora do canal Xbox BR solta num stories que os vermes fascistas devem tudo morrer, se referindo a direita (também não gosto desse termo mas é o que melhor se encaixava aqui) e acabaram encontrando tweets antigos delas com piada de humor negro envolvendo alemães e nazismo, que ela deletou na mesma hora e também alegou serem antigos. [exemplo de discurso de ódio + hipocrisia e teto de vidro]
• No meio do fogo tem, e sabe-se lá como, torcida ainda defendendo as ações deploráveis MilGrau, e também torcida dos influenciadores que tiveram tweets expostos defendendo que isso é passado (mas só pra eles, se fosse qualquer outro iriam considerar passada de pano). [exemplo de torcidas acima de tudo]

Essa é a polarização e cultura do cancelamento (outro termo que não curto, mas enfim) que estamos vivendo.

A hipocrisia dos caras é uma merda.

Mas essa parada do Xbox Mil Grau é foda. O discurso de ódio dos caras é tenso. É um absurdo que os caras continuem livres pra falar. São coisas abertamente racistas.

Aliás, o Twitter é uma plataforma de merda. 

Ps: não entrem no perfil do twitter do milgrau. Tomei um puta spoiler de The last of us por causa desses merdas.

[Aleef]

6 horas atrás, Sewko disse:

LOL!!!1! Mitei!111!!!!!!!😂😂😂😂😂👌👌👌🇮🇱

Tadinho é retardado

Continua sem entender 😃