saúde Coronavírus no Brasil e no mundo

[Henrique M.]

11 minutes ago, Guilherme Faria said:

Faz sentido, só não tenho muita noção do quão rápido ele sofre mutações. Me lembrou essa notícia que saiu essa semana: https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-05-22/medicos-detectam-sintomas-diferentes-nos-casos-de-covid-mais-recentes-na-china.html

Uma nova onda de infectados estava ocorrendo em algumas cidades da China e o vírus parece agir diferente, podendo passar até 1 mês em incubação, causar mais sintomas leves e menos casos graves. Provavelmente pode ser mais contagioso também. 
Se isso ocorrer em outros lugares do mundo, o achatamento da curva pode ocorrer simplesmente por menor testagem visto que se prioriza casos moderados e graves.

Numa velocidade altíssima: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6107253/

[Mantrax]

Desde abril, 1,3 mil pessoas morreram em emergências do Rio à espera de internação

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/26/em-pouco-mais-de-um-mes-quase-13-mil-pessoas-morreram-em-emergencias-das-unidades-de-saude-municipais-do-rio.ghtml

É isso que queríamos evitar e é isso que atitudes inconsequentes do Presidente auxiliam a causar.

[Leho.]

12 hours ago, Henrique M. said:

[...]

Ou seja, se o vírus se tornar menos letal, as chances dele passar despercebido é enorme. O que contribui para achatar a curva, já que não vão testar quem está assintomático.

Mas então o vírus vai se “digievoluir” no sentido de se tornar menos letal? Será que existe esse discernimento entre a cultura de vírus do Corona espalhado por aí? Nunca achei que esse organismo vivo “pensasse” assim, hahahaha... sinceramente.

[Guilherme Faria]

Pelo que eu entendi, é mais provável que ele se espalhe mais por pessoas com sintomas leves ou assintomáticas, pois ou não são diagnosticadas, ou passam mais tempo espalhando. 

A tendência é que cepas mais letais que surjam não se espalhem tão bem quanto as menos letais e, por conta da imunidade (que é temporária), as menos letais "substituem" as mais letais. É a tendência.

[@Psicopinto]

8 minutos atrás, Guilherme Faria disse:

Pelo que eu entendi, é mais provável que ele se espalhe mais por pessoas com sintomas leves ou assintomáticas, pois ou não são diagnosticadas, ou passam mais tempo espalhando. 

A tendência é que cepas mais letais que surjam não se espalhem tão bem quanto as menos letais e, por conta da imunidade (que é temporária), as menos letais "substituem" as mais letais. É a tendência.

Poxa, que informação interessante e nunca abordada antes em lugar nenhum que eu tive acesso. Valeu!

Se tiver fontes com mais detalhes e quiser me mandar, fica a vontade.

[Henrique M.]

3 hours ago, Leho. said:

Mas então o vírus vai se “digievoluir” no sentido de se tornar menos letal? Será que existe esse discernimento entre a cultura de vírus do Corona espalhado por aí? Nunca achei que esse organismo vivo “pensasse” assim, hahahaha... sinceramente.

Cara, o que guia o vírus é a sobrevivência, o único discernimento que ele tem é sobreviver. E foi como o @Guilherme Faria disse muito bem, os mais letais vão eliminando hospedeiros, então, a taxa de infecção do vírus diminui bastante.

Veja as epidemias de vírus mais letais ao longo dos últimos anos, o coronavírus só teve essa capacidade de atingir o mundo todo porque a taxa de mortalidade é baixa. Imagine se quando ele surgiu lá na China, em 2 semanas, ele tivesse matado uns 20 ou 30% dos infectados? Você acha que a reação global ia ser a mesma? Isso influencia bastante.

Só que agora o vírus tem a atenção de todo mundo, é remédio, é vacina, é pesquisa para tudo que é lado. Se ele não evolui para algo mais brando, vai ser erradicado igual sarampo, por exemplo.

E o vírus hoje, provavelmente, já é bastante diferente daquele que começou tudo lá na China. A taxa de mortalidade está em 0,6% nos confirmados e a atual estimativa é de que contando confirmadas e estimados, a taxa de mortalidade é de 1,4%. Bem menos que os 3,4% previstos pela OMS e um pouco menor do que os 2% previstos pela comunidade cientifica.

Obviamente que não devemos pautar nada com base na evolução do vírus, já que com a onda de anti-vacina, o sarampo fez uma ressurgência em diversos lugares. Mas, no curto-prazo, é algo importante para aliviar a curva e dar tempo para as soluções aparecerem.

28 minutes ago, Psicopinto said:

Poxa, que informação interessante e nunca abordada antes em lugar nenhum que eu tive acesso. Valeu!

Se tiver fontes com mais detalhes e quiser me mandar, fica a vontade.

Mas isso é biologia evolutiva básica. Se o hóspede mata o hospedeiro, ele também morre.

Só ver os outros vírus da família corona que causaram pandemias, as taxas de mortalidade eram muito mais rápido, mas a infecciosidade foi muito menor. Surgiu uma nova mutação na família que tem uma maior infecciosidade e uma letalidade baixa. Como a incubação é lenta, fica mais difícil rastrear o mesmo.

[@Psicopinto]

2 minutos atrás, Henrique M. disse:

Mas isso é biologia evolutiva básica. Se o hóspede mata o hospedeiro, ele também morre.

 

Só ver os outros vírus da família corona que causaram pandemias, as taxas de mortalidade eram muito mais rápido, mas a infecciosidade foi muito menor. Surgiu uma nova mutação na família que tem uma maior infecciosidade e uma letalidade baixa. Como a incubação é lenta, fica mais difícil rastrear o mesmo.

Desculpe por ser ignorante no assunto. Biologia nunca chegou nem perto de ser das minhas matérias preferidas. 😄 

 

[Henrique M.]

6 minutes ago, Psicopinto said:

Desculpe por ser ignorante no assunto. Biologia nunca chegou nem perto de ser das minhas matérias preferidas. 😄 

 

Não há problemas.

Se quiser, tem um texto em inglês que explica a dinâmica dos interesses do vírus em se tornar mais ameno ao longo do tempo aqui. É leitura rápida.[

Nesse artigo, existe uma discussão sobre um vírus comum de resfriado que quando pulou das vacas para os humanos em 1890, matou cerca de 1 milhão de pessoas, mas existe até hoje. É uma teoria, mas que ajuda a explicar os interesses dos vírus em geral em ser menos letal. Mas é uma leitura mais pesada.

[Visitante]

A questão do vírus se tornar menos letal é porque os nossos organismos criam imunidade. Só que nós não sabemos quanto tempo demorará para ter imunidade contra o sars-cov-2 depois de infectado pela primeira vez.

18 horas atrás, Henrique M. disse:

Sim, amigo, o vírus é um ser vivo que se adapta e é ele que causa a infecção.

Dizer que o ser vivo se adapta leva a um erro de percepção sobre a alteração/modificação/evolução. O que acontece de fato é a seleção natural, em que os mais adaptados sobrevivem e os menos adaptados findam. Dizer somente que ele 'se adapta' é ligeiro equívoco.

Editado Maio 27, 2020 por Visitante

[ZMB]

Apenas passando para manifestar minha admiração pela Merkel, que eu sempre admirei como chefe de Governo.

Agora descobri, graças ao Enrico, que ela é física com doutorado em química. Nunca imaginei que fosse cientista.

[Guilherme Faria]

Vale ressaltar também que quanto mais pessoas o vírus infecta, mais chances de surgirem mutações que reduzam a letalidade (e provavelmente o torne mais contagioso) ocorram. Pode ser que ocorre uma queda da taxa de mortalidade antes do surgimento de uma vacina, mas aí não passa de achismo também.

[Lowko é Powko]

3 horas atrás, Head Coche Z disse:

A questão do vírus se tornar menos letal é porque os nossos organismos criam imunidade. Só que nós não sabemos quanto tempo demorará para ter imunidade contra o sars-cov-2 depois de infectado pela primeira vez.

Dizer que o ser vivo se adapta leva a um erro de percepção sobre a alteração/modificação/evolução. O que acontece de fato é a seleção natural, em que os mais adaptados sobrevivem e os menos adaptados findam. Dizer somente que ele 'se adapta' é ligeiro equívoco.

Observação boa mas acho que é só forma de dizer, uma simplificação.

[Visitante]

6 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Observação boa mas acho que é só forma de dizer, uma simplificação.

Cara... sempre que permite mais uma misconception, mais contribuem para a sociedade obscurantista e supersticiosa da qual vivemos. Confundir o vírus com a doença, simplificações, são ignoráveis? São, com certeza são coisas pequenas e ignoráveis. Mas penso que se quiséssemos avançar em direção a uma sociedade esclarecida, é combatendo coisas pequenas como essas. Posso estar errado? Talvez. E não me importo estar errado se eu estiver mesmo errado nisso.

[Lowko é Powko]

Se estivermos falando com ignorantes, talvez. Mas acho que todo mundo entende o que o Henrique quis dizer. Inclusive porque ele apontou um ponto que eu passei batido e ele estava certo. Não foi "misconception", foi apenas simplificação. Se o objetivo for combater coisas pequenas como essa, acabam-se as relações humanas, simplesmente porque a comunicação fica comprometida.

[Visitante]

Beleza então, segue o barco. Eu que não vou discutir isso aqui. É como falei antes: não vou me importar de estar errado nisso. Para mim esse tipo de simplificação é equívoco (misconception).

[Bruno Caetano.]

11 hours ago, Henrique M. said:

Mas, no curto-prazo, é algo importante para aliviar a curva e dar tempo para as soluções aparecerem.

Então baseando-se nisso você sugere que as estimativas na casa do milhão de vítimas por conta da quarentena quase que cancelada Brasil afora estão mais distantes? Pelo que eu entendi da conversa de vocês, a evolução do vírus contribui mais para o bem da população em geral do que necessariamente as medidas que nós implementamos em conjunto para chegarmos o mais próximo possível de uma erradicação antes da vacina. Afinal, tendo esse fator de evolução em mente, a gente aos poucos vê o vírus "se tornar nosso aliado", porque para a população em geral, combatê-lo mostra-se algo bastante distante da realidade.

[Lowko é Powko]

12 minutos atrás, Bruno Caetano. disse:

Então baseando-se nisso você sugere que as estimativas na casa do milhão de vítimas por conta da quarentena quase que cancelada Brasil afora estão mais distantes? Pelo que eu entendi da conversa de vocês, a evolução do vírus contribui mais para o bem da população em geral do que necessariamente as medidas que nós implementamos em conjunto para chegarmos o mais próximo possível de uma erradicação antes da vacina. Afinal, tendo esse fator de evolução em mente, a gente aos poucos vê o vírus "se tornar nosso aliado", porque para a população em geral, combatê-lo mostra-se algo bastante distante da realidade.

Não exatamente. Primeiro, há o custo em vidas, que é o mais importante. Segundo, as mutações não dependem das infecções, necessariamente. Pode-se, ao mesmo tempo, salvar vidas e esperar por uma mutação que o torne mais brando, o que tende a ocorrer na medida em que as cepas mais mortais são erradicadas por seleção natural. Nesse sentido, não apenas um controle prolongado das infecções é benéfico no curto prazo, como dilui o efeito das cepas mais agressivas no tempo, impedindo que elas se espalhem com rapidez antes de serem extintas.

[Henrique M.]

14 minutes ago, Bruno Caetano. said:

Então baseando-se nisso você sugere que as estimativas na casa do milhão de vítimas por conta da quarentena quase que cancelada Brasil afora estão mais distantes? Pelo que eu entendi da conversa de vocês, a evolução do vírus contribui mais para o bem da população em geral do que necessariamente as medidas que nós implementamos em conjunto para chegarmos o mais próximo possível de uma erradicação antes da vacina. Afinal, tendo esse fator de evolução em mente, a gente aos poucos vê o vírus "se tornar nosso aliado", porque para a população em geral, combatê-lo mostra-se algo bastante distante da realidade.

A previsão de mais de 1 milhão de vítimas era no modelo apocalíptico, se tudo desse errado, já começou errado nisso aí. Quando o Átila começou a falar nisso, eu já sabia que era alarmismo puro. Foi aí que parei de dar moral pra ele, já que já tinha passado do grau de cientista para influencer. E ele continuou repetindo essa estratégia posteriormente publicando uns estudos bem toscos com a mesma dinâmica, focando só no apocalipse coronístico.

Toda e qualquer medida meia bomba que tomamos já nos afastaram do cenário apocalíptico. O atual modelo da Casa Branca, por exemplo, considera que serão 125 mil mortes até agosto, um número extremamente absurdo, mas ainda assim, bem menos do que 1 milhão.

[Rodrigodm]

8 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Observação boa mas acho que é só forma de dizer, uma simplificação.

Acho que nesse caso específico e bem comum a confusão entre as teorias de darwin e lamark. Ambas teorias falam de adaptação, porem ocorre de forma diferente em cada teoria. Adaptar e diferente de ser ter a seleção do mais adaptado. 

Por isso, acho que o comentário foi pertinente sim, ja que ha uma linha tênue que pode levar a uma confusão . Todo mundo jura que entende a teoria de darwin, mas quando e pedido pra defini-la acaba explicando a teoria do lamark sem nem perceber. Eu mesmo confesso que posso ter feito alguma confusão ai, ja que o que me lembro e da época do colegio. Enfim. 

[David R.]

4 horas atrás, Henrique M. disse:

Toda e qualquer medida meia bomba que tomamos já nos afastaram do cenário apocalíptico. O atual modelo da Casa Branca, por exemplo, considera que serão 125 mil mortes até agosto, um número extremamente absurdo, mas ainda assim, bem menos do que 1 milhão.

Acho razoável o valor de 125k até agosto, levando em conta que eles passaram hoje dos 100k...que seria uma média de 400 mortes/dia até lá. Hoje eles registraram mais de 1300 mortes, por mais que a gente saiba que vai cair até lá...ainda assim, a queda de mortes diárias parece ser lenta. 

[Dr.Thales]

5 horas atrás, David Reis disse:

Acho razoável o valor de 125k até agosto, levando em conta que eles passaram hoje dos 100k...que seria uma média de 400 mortes/dia até lá. Hoje eles registraram mais de 1300 mortes, por mais que a gente saiba que vai cair até lá...ainda assim, a queda de mortes diárias parece ser lenta. 

Os 125k são pro Brasil, até agosto. 

Tá na reportagem...

Eu acho que vamos chegar lá, porquê não tem medidas de isolamento mais em N lugares do sudeste.

Além do frio que chegou por aqui.

Tendência de forte alta pras próximas semanas. 

[David R.]

3 horas atrás, Dr.Thales disse:

Os 125k são pro Brasil, até agosto. 

Tá na reportagem...

Eu acho que vamos chegar lá, porquê não tem medidas de isolamento mais em N lugares do sudeste.

Além do frio que chegou por aqui.

Tendência de forte alta pras próximas semanas. 

Ah...eu nem tinha clicado na reportagem e achei que estavam falando dos EUA hahahaha
 

Aí é improvável mesmo, teríamos que ter uma média de mais de 1500 mortes diárias pra chegar lá. Ainda mais levando em consideração que estão fazendo um esforço tremendo pra maquiar os dados (a prefeitura do RJ já começou com esse movimento.e provavelmente outros lugares também seguirão o mesmo caminho), nem que a gente chegue nesse numero de verdade, nunca ficaríamos sabendo por meios oficiais.

[Henrique M.]

1 hour ago, David Reis said:

Ah...eu nem tinha clicado na reportagem e achei que estavam falando dos EUA hahahaha
 

Aí é improvável mesmo, teríamos que ter uma média de mais de 1500 mortes diárias pra chegar lá. Ainda mais levando em consideração que estão fazendo um esforço tremendo pra maquiar os dados (a prefeitura do RJ já começou com esse movimento.e provavelmente outros lugares também seguirão o mesmo caminho), nem que a gente chegue nesse numero de verdade, nunca ficaríamos sabendo por meios oficiais.

Eu supus que ele estivesse falando do Brasil. Pode ser que ele esteja falando do mundo todo e eu fiz a suposição errada.

[Athaíde]

Eu não duvido que com a flexibilização o número de mortes diárias no Brasil chegue perto de 2000 em algum momento. Tem muita gente confundindo flexibilização do isolamento com fim de pandemia e livre circulação pela cidade sem os devidos cuidados.

[Dr.Thales]

1 hora atrás, Athaíde disse:

Eu não duvido que com a flexibilização o número de mortes diárias no Brasil chegue perto de 2000 em algum momento. Tem muita gente confundindo flexibilização do isolamento com fim de pandemia e livre circulação pela cidade sem os devidos cuidados.

Também não duvido. 

Só não sei se vai ter capacidade e vontade de registrar tantos óbitos.

Porque já é sabido que já tem várias mortes que estão acima do esperado, mas que não vai se saber nunca se foi Covid-19 ou não, até porque agora também se está descobrindo efeitos do vírus em AVC e enfartos.