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África, o berço da bola


Bruno Trink

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Em 07/10/2019 em 15:18, Bigode. disse:

Início de temporada muitíssimo bom, mesmo com as baixas que o elenco teve. É ver agora se alguém dentro desse elenco, como você apontou, chama para si a responsabilidade de substituir bem o Diallo, para que Diop não acabe sobrecarregado.

Sobre esses últimos reforços, me chamaram muita atenção o goleiro e o volante. Creio ter conseguido ali dois ótimos valores - que não devem demorar muito a fazer parte do elenco principal.

No mais, curioso para ver como a equipe irá se portar no real (talvez único?) desafio da temporada, a Champions League.

Talvez o Merghani seja esse cara para começar a aparecer junto com o Moussa. Para isso, talvez, eu precise fazer alguns ajustes de posicionamento no trio de frente, uma vez que o atacante central tem marcado menos gols nesse esquema que estou usando.

Realmente, esses dois que você destacou são interessantes, o goleiro, principalmente, já poderia estar no time de cima. Tem uma questão com lesões que os relatórios dos scouts apontaram mas resolvi arriscar mesmo assim. 

 

19 horas atrás, Lanko disse:

A primeira impressão é que o time não sentiu tanto as saídas, 100% de aproveitamento. Mas como você menciona que o futebol senegalês está prateleiras abaixo dos demais, nacionalmente pode não fazer diferença, mas realmente vai pesar quando começarem as competições continentais, que a esse ponto é o que importa mais.

Exatamente isso. Mesmo com a baixas, ainda estamos acima dos demais times senegaleses. Veremos agora que vai começar a Champions League.

 

6 horas atrás, Neynaocai disse:

O negócio é montar o time do futuro e não tem mais espaço para os famosos medalhões europeus?

Como citei na história do @Jirimias, ainda não estou convencido se essa estratégia de contratar medalhões rende frutos no curto prazo. Além disso, não teve ninguém de bom nível que tivesse disponível nessa janela.

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Felizmente, o time não sentiu as baixas, mas o Diallo foi uma perda importante, e ainda culminou dos fatores que citou para não conseguir reforçar, tendo que buscar isso aí dentro.
Difícil lidar com uma campeonato que é trampolim, difícil de segurar, e muitas vezes os valores propostos são bem irrisórios É uma realidade dura, Ainda bem que você não terá  a tarefa de desenvolver o futebol por aí, pois teria uma dor de cabeça daquelas.

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Em 08/10/2019 em 17:05, Jirimias disse:

Felizmente, o time não sentiu as baixas, mas o Diallo foi uma perda importante, e ainda culminou dos fatores que citou para não conseguir reforçar, tendo que buscar isso aí dentro.
Difícil lidar com uma campeonato que é trampolim, difícil de segurar, e muitas vezes os valores propostos são bem irrisórios É uma realidade dura, Ainda bem que você não terá  a tarefa de desenvolver o futebol por aí, pois teria uma dor de cabeça daquelas.

Achei que o futebol em Senegal estivesse entre os melhores na África mas estou vendo, pelo menos nesse update, que não está. Estou aproveitando esse período para tirar as licenças e ganhar reputação. Da mesma forma que os jogadores, estou usando o clube como trampolim.

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Calendário atribulado

18 de fevereiro de 2023

 

A Copa do Mundo do Catar, vencida pela França, complicou ainda mais o nosso calendário. Se a segunda parte da temporada é sempre mais cheia em virtude das fases decisivas das competições com mata-mata, por conta da parada em novembro passado esse congestionamento foi ainda maior. Em 42 dias, desde 8 de janeiro, fizemos treze partidas, praticamente uma a cada três dias, quase metade delas pela fase de grupos da Champions League. Como havíamos aberto uma vantagem considerável na Ligue 1, a competição continental passou a ser minha prioridade absoluta. Assim, rodei bastante o elenco na liga, usando, por vezes, até jogadores da base.

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Funcionou bem. Tirando o tropeço em casa contra o SONACOS, continuamos vencendo na liga, a diferença já chega a 13 pontos mesmo com um jogo a menos que o segundo colocado. Avançamos também na Coupe du Sénégal e, no campeonato em que, efetivamente, há uma disputa, conseguimos a primeira posição do grupo, na frente do multicampeão Al-Ahly. Na próxima fase, enfrentaremos o MC Alger. Em comparação com o ano passado, quatro equipes estão novamente nas quartas de final da Champions League: nós, Pyramids FC, MC Alger e ASEC Mimosas.

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[CCL] Club Africain 1 x 2 Diambars FC
Dame Guèye foi o escolhido da vez para completar o ataque com Merghani e Doumbia e começamos o jogo com uma proposta mais cautelosa. Só que, logo no começo, Dridi tabelou com Labidi e bateu de fora para abrir o placar para os tunisianos. Não mexi logo na estratégia de bolas longas e, numa delas, zaga e goleiro não se entenderam e a bola sobrou para Merghani empatar. O sudanês, cobrando pênalti sofrido pelo Johnson, virou a partida para nós. No intervalo, fiz uma alteração tática, sacando Dame Guèye para colocar o zagueiro N'Diaye como volante. A ideia era, fisicamente, tentar ganhar o meio do campo. Funcionou perfeitamente, o adversário praticamente não ameaçou mais e quase a metade dos chutes ao nosso gol foram de longe.

[SL1] Diambars FC 1 x 0 Génération Foot
A vitória na estreia da fase de grupos da Champions me deixou numa saia justa com esse confronto direto da Ligue 1. Acabei optando por um time misto, poupando os titulares que mais se desgastam. Teve lei do ex? Teve sim, senhor, Mor Diop abriu o placar. Mas teve também um carrinho imprudente dele que nos deixou com inferioridade numérica. Mesmo assim, eles pouco chegaram, a não ser numa blitz nos minutos finais. Conseguimos manter a vantagem e ampliamos a distância para um adversário direto na tabela.

[CCL] Diambars FC 5 x 0 Al-Hilal
Assim como nós, o Al-Hilal também surpreendeu na primeira rodada ao bater o favorito Al-Ahly. Isso indicava um jogo complicado, mesmo em casa. Doumbia, de contrato renovado, saiu com uma lesão no pé logo no início da partida. E foi do seu substituto, Mor Diop, o gol que nos colocou na frente. Em seguida, Moussa Diop cruzou da esquerda, Merghani se desmarcou dentro da área e ampliou. Logo na volta do vestiário, fizemos uma blitz no campo do adversário. Com menos de dois minutos, Dame Guèye marcou o terceiro. Aos seis, Mor Diop fez uma linda jogada que terminou no quarto. Podíamos ter feito mais, desperdiçamos outras duas boas chances em sequência. Então, enfim, o ritmo arrefeceu. Ainda havia tempo, no entanto, para mais um, do Moussa Diop, de falta.

[SL1] Teungueth FC 0 x 2 Diambars FC
Doumbia torceu o tornozelo contra o Al-Hilal e desfalcaria o time por mais de um mês. Além dele, poupei Moussa Diop, Johnson e Ndiaye. Tínhamos feito doze finalizações, apenas três foram no arco do goleiro Moussa Sarr. A maioria foi bloqueada por uma defesa muito fechada. Na décima terceira, Thierno Gomis achou um espaço e bateu no canto. Merghani marcou o seu, num bonito sem-pulo. Mais uma vitória, mais um clean-sheet.

[SL1] AS Douanes 1 x 2 Diambars FC
Tínhamos onze jogadores com a seleção sub-20, Thierno Gomis era um deles, mais um desfalque para o nosso ataque. Thioune, Eze, Seck e Niang foram os selecionados para descansar dessa vez. Saímos atrás, primeiro gol que sofremos no campeonato. O empate saiu apenas nos acréscimos do primeiro tempo, com Moussa Diop, de cabeça. Dame Guèye foi puxado dentro da área e Merghani nos colocou na frente. Com um impedimento milimétrico, o sudanês teve seu segundo gol invalidado pelo árbitro.

[SL1] Diambars FC 1 x 1 SONACOS
O jogo contra o Al-Ahly estava próximo e nossa vantagem na liderança da Ligue 1 já ia em onze pontos. Por isso, escalei um time inteiro de reservas, apenas com Dame Guèye no ataque, por pura falta de opção. Lemouya Sall, na sua estreia no time de cima, marcou um golaço cortando da direita para dentro e batendo de esquerda. Foi a única ponta de inspiração numa primeira etapa de muita transpiração. Os 45 minutos finais não foram muito diferentes e acabamos castigados pela falta de opções no banco de reservas. As mudanças que eu fiz recuaram o time e fomos penalizados com o gol de empate no final.

[CCL] Diambars FC 1 x 1 Al-Ahly
Enfim, voltamos à Champions e uma vitória sobre os egípcios, favoritos, poderia encaminhar nossa classificação. Tínhamos três desfalques no ataque e Keba Coly acabou improvisado no setor. Curioso que, mesmo enfrentando três atacantes, Hany Ramzy se manteve fiel ao seu esquema com três zagueiros. Nosso início foi de muita pressão e Dame Guèye abriu o placar antes do terceiro minuto. Continuamos em cima, tivemos outras chances mas, a partir da metade do primeiro tempo, o jogo esfriou. Depois do intervalo, eles começaram a pressionar e foi a vez de Mtonga aparecer com defesas importantes. Mas ele não conseguiu segurar um forte chute da entrada da área e Fahmy empatou. Mudei o esquema para um 4-2-4, quase marcamos com Moussa Diop e Dame Guèye. No último minuto, Merghani teve a bola do jogo, cara a cara, mas Yehia fez uma defesa fantástica. Não era pra ser.

[SL1] Diambars FC 3 x 1 Niary-Tally
Time titular novamente com Badji, recém-contratado ao Cannes, no banco. Pênalti em Dame Guèye, gol de Merghani. O sudanês, completando um contra-ataque, marcou o segundo. Na função que era do Merghani, Mor Diop fez o terceiro gol. Com o resultado, fiz as alterações na segunda etapa para poupar onde era possível. O time parou e, no último minuto, Pape Gueye diminuiu. Mas não havia tempo para mais nada.

[CCL] Diambars FC 3 x 2 Club Africain
Johnson, suspenso, desfalcava o time e N'Diaye jogou no seu lugar. No mais, era o mesmo time da última partida. Dame Guèye, de contrato renovado, marcou o primeiro gol e Mor Diop, de cabeça, fez o segundo. Era o início dos sonhos. Aounallah diminuiu. Nos acréscimos da primeira etapa, Labidi empatou. O sonho virou pesadelo. No segundo tempo, achamos um belo contra-ataque, Niang cruzou da direita e Mor Diop completou para o gol. Ótima vitória e classificação assegurada para a próxima fase.

[CdS] Jeanne d'Arc 0 x 2 Diambars FC
Calendário apertado significa time reserva nas copas. Comecei com Hassan Ibrahim improvisado no ataque junto com os estreantes Sunday e Badji. Com 20 minutos, recuei o nigeriano para a sua posição de origem. Coincidentemente, abrimos o placar em sequência, com ele mesmo, cobrando pênalti. E foi só o que aconteceu no primeiro tempo. Badji marcou na estreia e fechou o placar e a classificação para a próxima fase.

[CCL] Al-Hilal 0 x 2 Diambars FC
Merghani, ainda se recuperando de um estiramento no pescoço, ficou de fora e Doumbia ainda não estava pronto para voltar. Assim, com poucas opções inscritas na competição, entrei em campo com uma mudança tática para um 4-1-2-3 com os pontas abertos mais avançados. Logo no início, paciência na troca de passes no meio, bola na direita para Niang e cruzamento para a infiltração de Ndiaye. 1 a 0. Niang fez outra bela jogada, na dividida a bola sobrou para Moussa Diop ampliar. Precisamos só manter a vantagem até o final e assegurar mais uma vitória na competição.

[SL1] Diambars FC 4 x 1 Dakar Sacré-Coeur
Doumbia de volta, para ganhar ritmo de jogo, Merghani ainda não. Johnson também estava fora com um vírus. No início do jogo, pênalti em Moussa Diop. Sabem quem cobrou? Mtonga, com categoria, e fez 1 a 0. Dame Guèye ampliou ao completar cruzamento do Seck. Eze falhou e Tamba diminuiu no fim do primeiro tempo. Keba Coly, que havia acabado de entrar, marcou o terceiro e nos deu mais tranquilidade e Dame Guèye fechou a goleada.

[CCL] Al-Ahly 1 x 1 Diambars FC
Merghani voltou no banco de reservas, Doumbia foi novamente titular junto com Mor Diop e Dame Guèye. Com o grupo já definido, os egípcios pouparam alguns jogadores importantes. Atuando no contra-ataque, foi assim que marcamos o primeiro gol. Mahmoud empatou num bonito chute de fora da área, completando boa jogada coletiva. Resultado esperado mas não considero justo pela nossa superioridade na partida.

 

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Fechei o elenco com mais duas contratações para o ataque, o nigeriano Sunday Mohammed e o franco-senegalês Seydou Badji. Queria outro, um atacante para substituir o Diallo no estilo chegar e jogar. Meu sonho de consumo acabou indo para o Getafe. Acho que mirei alto demais. Ainda tem mais alguns dias até o fechamento da janela mas acredito que não teremos novidades até lá. Sendo assim, acabei buscando as soluções dentro do elenco mesmo. No ataque, Mor Diop, ponta direita ofensivo de origem, tem jogado na frente e já marcou nove vezes. 

Como disse, estou rodando bastante o grupo. Ao mesmo tempo, estou tentando claramente rejuvenescer o elenco. Matar Kanté e Mourtada Fall, por exemplo, tem tido cada vez menos oportunidades e estão sendo preteridos por opções mais novas. Tem também aí uma questão contratual, cláusulas de renovação automática em caso de "n" partidas, que estou querendo evitar.

Spoiler

Peguei o print do elenco "filtrado", por isso deixei escondido aqui.

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Tira o escorpoião do bolso, Trink! haha Deixa os garotos brincarem.

O time tá embalado, conseguiu com jogo de cintura fintar essas limitações causadas pelo calendário apertado e o time vem respondendo muito bem. Sorte nas quarta de finais na Champios 

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Em 11/10/2019 em 10:57, Jirimias disse:

Tira o escorpoião do bolso, Trink! haha Deixa os garotos brincarem.

O time tá embalado, conseguiu com jogo de cintura fintar essas limitações causadas pelo calendário apertado e o time vem respondendo muito bem. Sorte nas quarta de finais na Champios 

Eu até queria contratar, os caras que não querem vir para o Senegal. Pelo menos não aqueles que valem a pena o investimento.

Acho que essa estratégia de mesclar funciona melhor do que colocar time inteiro de reservas. Além disso, nosso elenco é muito superior aos demais da Ligue 1.

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O sonho do bi acabou

27 de março de 2023

 

Sem querer menosprezar os campeonatos locais, dá pra dizer que o ano do Diambars seria definido pela campanha na Champions League. O título na temporada passada acabou sendo inesperado, não éramos favoritos. Mesmo com a conquista, ainda estamos pelo menos um patamar abaixo dos concorrentes, não dá para negar isso. Com as perdas que tivemos no elenco e que não consegui repor à altura, essa diferença aumentou. Chegamos bem nas quartas de final e, num confronto, no mínimo, igual, pesa muito passar uma hora com inferioridade numérica dentro do campo. A expulsão do Niang ainda no primeiro tempo da partida em Ben Aknoun, Argélia, se não foi determinante, nos atrapalhou bem. O fato de não marcar na casa do adversário sempre nos deixa vulneráveis na volta. De toda forma, fizemos um duelo digno.

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Volto agora para fechar a temporada, se tudo correr bem, com os três títulos domésticos. Na Ligue 1, a vantagem é de nove pontos mas temos uma partida a mais para disputar. Nas duas copas, já estamos nas semifinais só que jogamos as duas fora de casa. A mais difícil, na teoria, é na Coupe de la Ligue, contra o Génération Foot, que já batemos nas quartas da Coupe du Sénégal.

 

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[SL1] Mbour Petite Côte 0 x 0 Diambars FC
Moussa Diop, suspenso, Johnson, em casa, e Niang, no banco, poupado, eram os desfalques para a volta ao campeonato local. Keba Coly saiu lesionado ainda aos 14 minutos. A cabeça parecia ainda estar na Champions League. Quase sofremos um gol num bate-rebate dentro da nossa área. Mor Diop também desperdiçou uma boa oportunidade am frente ao goleiro. Pouco melhorou no segundo tempo, quase nenhuma chance do placar abrir. Primeira partida na temporada em que não conseguimos marcar um gol sequer.

[SL1] Diambars FC 4 x 0 ASC Linguère
Precisei fazer algumas alterações por conta tanto de contusões, suspensões e também para manter o elenco fisicamente fresco. Início de jogo e Niang, depois de uma arrancada característica, fez o primeiro gol. Cobrando falta com categoria, Mor Diop ampliou. O terceiro, depois de um bate-rebate, foi de Dame Guèye e o quarto de Mor Diop, novamente. Depois daquele zero a zero preguiçoso da partida anterior, esse primeiro tempo foi a resposta perfeita. Nem precisamos de muito nos quarenta e cinco minutos finais para manter a vantagem.

[SL1] ASC Diaraf 1 x 3 Diambars FC
Time mais próximo do ideal, apenas com o Doumbia sendo poupado. Logo aos dez, pênalti mais uma vez bem cobrado pelo Merghani, 1 a 0. Só que, minutos depois, o Diaraf empatou com Mbodj. Badji, de cabeça, nos colocou na frente novamente. Nos acréscimos, belo contra-ataque puxado pelo Mor Diop, Moussa Diop cruzou e Merghani empurrou para o fundo das redes. Mais uma vez, um segundo tempo apenas protocolar para segurar o resultado.

[SL1] Diambars FC 8 x 3 ASAC Ndiambour
Onze bastante misturado, quase meio a meio entre titulares e reservas. Não deu nem pra respirar. Em menos de 17 minutos, já estava 5 a 0. Curiosamente, três dos cinco gols saíram em cobranças diretas de falta. O adversário estava perdidinho. Antes de terminar o primeiro tempo, Dame Guèye ainda marcou mais três vezes. Oito, não perca a conta. Se com vantagens menores, o time foi complacente nos jogos passados, dessa vez paramos completamente e sofremos três gols na segunda etapa. Placar bailarino no Stade Fodé Wade.

[SL1] Guédiawaye 1 x 1 Diambars FC
Nas vésperas da partida de ida pelas quartas de final da Champions, time reserva em Guédiawaye, na região de Dakar. Mudanças de nomes e também tática para adequar os jogadores às suas melhores funções. Ou quase. Confusão na área, chute pra cá e pra lá, a bola sobrou para Badji completar para as redes. A molecada estava segurando muito bem a onda, não permitiu nenhuma finalização ao adversário. A primeira, uma cobrança de falta, aconteceu apenas aos 23 do segundo tempo e, incrível, entrou. Nada mais aconteceu, foi o único chute no nosso gol e não conseguimos vencer.

[CCL] MC Alger 1 x 0 Diambars FC
Os bicampeões argelinos ficaram em segundo num grupo com Mazembe, líder pelo saldo de gols, e Orlando Pirates. Reencontramos o lateral esquerdo Maxwell Emmanuel, vendido pelo presidente. Na véspera da partida, perdemos Doumbia, com uma lesão no dedão do pé. Começamos bem, fazíamos um bom jogo, equilibrado. Até que, aos 31 minutos, Niang deu um carrinho horroroso por trás em Youcef Belaïli. Vermelho direto, ficamos com menos um em campo. Pra piorar, Eze fez pênalti em Haddad e Chaïbi abriu o placar. Nosso segundo tempo foi digno. Não demos oportunidades ao adversário, mesmo com inferioridade. Tivemos, inclusive, boa chance de empatar mas a cabeçada do Eze explodiu no travessão. No fim das contas, até que a primeira derrota da temporada não foi um resultado tão ruim.

[CdL] Diambars FC 2 x 1 Stade de Mbour
Como tínhamos dois confrontos de quartas de finais pelas copas antes do jogo de volta da Champions League, para não deixar os titulares muito tempo sem atuar, busquei uma estratégia de mesclar o elenco. Hoje, contra o líder da Ligue 2, mais reservas. Merghani, artilheiro, cobrando pênalti sofrido por ele mesmo, fez 1 a 0. Cada time teve mais uma ou outra oportunidade, nada de muito perigo, até que Mor Diouck empatou nos acréscimos do primeiro tempo. Niang nos colocou na frente novamente com um chute colocado. O importante, nesse caso, era vencer, certo?

[CdS] Diambars FC 3 x 1 Génération Foot
Mtonga, Merghani e Doumbia estavam a serviço de suas seleções nacionais e desfalcavam o time. Tivemos chances de abrir o placar, Dame Guèye acertou uma bomba no travessão, mas saímos atrás. Johnson errou, deixou Daouda Guèye nas suas costas sozinho para finalizar. A impressão foi de que o time todo sentiu com o gol, não conseguiu mais jogar depois disso apesar de ter muito mais a bola. No entanto, já na volta do intervalo, Dame Guèye empatou. Sunday Mohammed fez seu primeiro gol pelo Diambars e virou a partida. Continuamos em cima e o atacante nigeriano marcou novamente. 

[CCL] Diambars FC 3 x 2 MC Alger
Os atacantes voltaram mas Mtonga continuava na seleção sub-23 de Zâmbia. Mor Diop foi o escolhido para substituir Niang, suspenso, e, no gol, entrou Thierno Dia. Como na partida de ida, muito equilíbrio. Só que quem criava mais eram os argelinos, especialmente em chutes de fora para testar nosso inexperiente goleiro. Quem fez o primeiro gol, no entanto, fomos nós. Só que, no último minuto, Dieng chutou, a bola desviou na zaga e matou Dia. Esse gol complicava demais nossa situação. Aos seis do segundo tempo, Doumbia, que estava no jejum, marcou seu segundo. Uma ducha de água fria foi o novo empate. Aos 45, Mor Diop marcou numa bela cobrança de falta. Já era tarde.

 

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Estamos, enfim, com o elenco bastante equilibrado e muito acima dos demais dentro do país. Além disso, bate de frente com qualquer um no continente. Claro que nunca dá pra ter titulares e reservas no mesmo nível. Entretanto, qualquer time que eu coloque em campo é plenamente capaz de vencer tanto na liga quanto nas copas domésticas. É só ver que alguns reservas como Ousmane N'Diaye, Diallo e Keba Coly iniciaram pelo menos dez partidas. Ou Mor Diop, praticamente um décimo segundo jogador, que é o terceiro artilheiro da equipe. 

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Parece que nas competições domésticas ninguém segura o Diambars e no continente virou osso duro de roer. Pena que o bi ficou no sonho, e talvez o time estivesse mais preparado para ser campeão agora do que na temporada em que foi campeão, mas não deu. Sorte na continuidade para que o resto do ano seja mesmo de acumular taças.

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Uma pena nao ter conseguido. Mas ainda foi uma campanha excelente.

Fico curioso para saber o destino agora. Tenta mais uma vez ou vai respirar novos ares?

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16 horas atrás, Jirimias disse:

Parece que nas competições domésticas ninguém segura o Diambars e no continente virou osso duro de roer. Pena que o bi ficou no sonho, e talvez o time estivesse mais preparado para ser campeão agora do que na temporada em que foi campeão, mas não deu. Sorte na continuidade para que o resto do ano seja mesmo de acumular taças.

Concordo que o time estivesse mais preparado mas em termos. O ataque da temporada passada era melhor, perdemos dois e só consegui repor um. Temos um goleiro melhor agora. A expulsão no primeiro jogo que nos quebrou.

 

1 hora atrás, jeanslay disse:

Uma pena nao ter conseguido. Mas ainda foi uma campanha excelente.

Fico curioso para saber o destino agora. Tenta mais uma vez ou vai respirar novos ares?

Então... Estou tendendo a sair mas ainda não estou 100% fechado nessa ideia.

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Tríplice prêmio de consolação

27 de maio de 2023

 

Será que dá pra considerar uma tríplice coroa nacional como prêmio de consolação? Acredito que qualquer equipe do mundo fique satisfeita com três títulos nacionais, a liga e duas copas, na mesma temporada. Entendo que o futebol é o mais imprevisível dos esportes coletivos mas fica a sensação de "não fizemos mais do que a obrigação". O Diambars era o favorito destacado, maior folha salarial e já vinha do bicampeonato nacional. Poderíamos ter ido mais longe na Champions League, apesar do tamanho dos quatro semifinalistas. A competição, por sinal, foi vencida pelo ASEC Mimosas, que bateu o MC Alger na decisão.

A questão a ser definida agora diz respeito à permanência de Vincent Appadoo no comando do tricampeão senegalês. A impressão é de que clube e treinador estão batendo no teto do futebol local e que não teria muito a evoluir. Além disso, existe a já conhecida indisposição entre Appadoo e o presidente do clube. A última foi um pedido para melhorar as condições de treinamento do clube. Presidente negou, soltei para a imprensa e, ato contínuo, ele anunciou a reforma do CT. Já recusei duas conversas para renovar e falta um mês para o fim do contrato. A tendência é pela saída para buscar algo melhor, apesar de não ter tido nenhuma sondagem de outro clube.

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[SL1] Casa Sport 1 x 2 Diambars FC
Decepção pela eliminação na Champions League à parte, precisávamos voltar as atenções para a reta final da temporada local. Começamos na pressão, bola na trave e tudo mais. Com o tempo, sem o gol sair, os donos da casa resolveram se assanhar e tiveram três boas chances para abrir o placar. O gol saiu aos 38, a zaga cortou mal e Doumbia completou livre. Porteira aberta, Merghani ampliou dois minutos depois. Sentamos no resultado. Marone diminuiu mas eles não conseguiram o empate.

[SL1] Diambars FC 6 x 1 Teungueth FC
Dependendo do resultado do Génération Foot na rodada contra o Casa Sport, uma vitória poderia nos dar o título. E o início foi forte com Dame Guèye marcando logo aos três minutos. O capitão fez também o segundo, Merghani o terceiro. Antes dos vinte minutos, Dame Guèye cobrou o pênalti que confirmou seu hat-trick. A dupla estava com tudo e ainda marcaram, cada um, mais um gol antes de fechar o primeiro tempo. Tem lei do ex mesmo com goleada, né? Birahim Gaye diminuiu e foi só o que aconteceu na segunda etapa.

[SL1] Diambars FC 2 x 1 Yeggo Foot
O Génération Foot venceu na rodada passada. Agora, em jogo isolado, podíamos, enfim, confirmar o título. Impressiona a intensidade com que começamos a partida. Novamente abrimos o placar logo no começo. Só que, dessa vez, paramos e, no primeiro ataque deles, Ndiaye fez pênalti e eles empataram. No segundo, acertaram a trave. Contrariando o senso comum, não dei bronca no intervalo. E logo na volta, Dame Guèye nos colocou na frente no placar. Danfa fez falta em Doumbia, levou o segundo amarelo e ficamos com um homem a mais. No terceiro pênalti da partida, Merghani cobrou e o goleiro pegou. Vitória magra mas suficiente.

[SL1] Génération Foot 0 x 0 Diambars FC
Quis o destino e a tabela que o jogo da entrega das faixas fosse justamente contra o nosso tri-vice. A concentração, parece, não viajou com o elenco e, logo no começo do jogo, tomamos uma bola na trave do Mtonga. Além disso, ao contrário da maioria das partidas, encontramos um adversário que não se entrincheirava lá atrás. Com o tempo e um grito na lateral, passamos a equilibrar o jogo. O zero a zero, no fim da história, acabou sendo um resultado bom para uma rara má partida que fizemos.

[SL1] SONACOS 1 x 3 Diambars FC
Thioune e Ndiaye fora, N'Diaye e Latte eram os substitutos. Moussa Diop puxou dois contra-ataques pela esquerda. No primeiro, o cruzamento saiu dividido entre Merghani e Nyabally e o goleiro defendeu. No segundo, preciso, Dame Guèye colocou para dentro. Só que Merghani está com tudo nesse ano e, na segunda oportunidade, 2 a 0. O sudanês ampliou na etapa final, no rebote de um pênalti que o goleiro pegou. Mamour Niang diminuiu, de cabeça, mas a fatura já estava definida, apesar da falta de foco de muitos da equipe.

[CdL] Génération Foot 1 x 2 Diambars FC
Mtonga torceu o tornozelo em um treino e desfalcará o time por algumas semanas. Johnson, com uma lesão leve na coxa, também ficou de fora. Era copa, estava usando times alternativos mas, como já estava com a Ligue 1 definida, optei por maximizar as chances da tríplice coroa nacional. Tivemos a chance de abrir o placar mas Merghani foi displicente na cobrança de um pênalti. E essa foi a única oportunidade real de gol para qualquer uma das equipes em todos a etapa inicial. Já no início do segundo tempo, Ameth Sané arriscou de muito longe e surpreendeu Diakhité. Depois de uma boa jogada coletiva, Moussa Diop empatou. Sané quase marcou o segundo em novo chute de fora mas parou na trave. Tivemos um pouco mais de posse, eles finalizaram mais. Acabamos na prorrogação. Nada aconteceu nos primeiros 15 minutos. Só que, logo na saída do segundo tempo, N'Diaye lançou, de uma área à outra, Merghani dominou e bateu na saída do goleiro. A trave era nossa e, pela terceira vez, ela nos salvou. Estávamos na decisão.

[CdS] US Ouakam 1 x 1 Diambars FC
Além dos lesionados, Doumbia estava suspenso por cartões amarelos. A prorrogação contra o Génération Foot deixou muitos exaustos e, por isso, fomos com uma equipe bem alternativa. Jogo de nível técnico baixo, o gramado do Stade Demba Diop também não ajudava. Saímos atrás com um gol de Mamour Diallo da entrada da área. O empate saiu no final do primeiro tempo, Keba Coly em jogada de escanteio. Melhoramos um pouco na segunda etapa, nada demais. Tivemos a estreia de Ansoumana Barry, garoto que surgiu na base nessa temporada e bateu recorde de jogador mais novo a atuar pela equipe principal do Diambars. Mais uma prorrogação. Perdemos duas chances claras no final da etapa extra e acabamos na disputa por pênaltis. Na última cobrança da série inicial, Cheick Bayo bateu no meio, Diakhité não se mexeu e pegou. Latte fez e nos colocou em outra final.

[SL1] Diambars FC 3 x 0 AS Douanes
Último jogo em casa e, mesmo com a proximidade da final da Coupe du Sénégal, fomos com os titulares que já não atuavam há mais de duas semanas. O artilheiro marcou primeiro, Merghani 1 a 0. Alguns chutes, de ambos os lados, pouco perigo. Nada demais aconteceu no primeiro tempo. Em mais uma assistência do Moussa Diop, Dame Guèye ampliou. O ponta sofreu o pênalti com que Merghani fez seu segundo gol na partida e fechou o placar.

[CdS] Diambars FC 4 x 1 Casa Sport
Primeira das duas finais contra o mesmo adversário, força máxima, à exceção do Mtonga que ainda não estava 100%. A pontaria não estava nos seus melhores dias e o primeiro gol não podia ser de outro que não do Merghani. Moussa Diop recebeu cruzamento da direita, dominou e marcou o segundo. Começou a etapa final e Doumbia fez mais um. Bâ diminuiu, quase fez outro num chute de muito longe, mas o time se concentrou e Moussa Diop deu números finais à goleada.

[SL1] Dakar Sacré-Coeur 0 x 2 Diambars FC
Pelo intervalo de duas semanas entre as duas finais, não tinha motivo para poupar ninguém nessa última rodada da Ligue 1. Mtonga, precisando de ritmo, foi para o jogo. Na primeira finalização, Dame Guèye fez 1 a 0. Mais duas bolas do Merghani para defesas do goleiro e só. O segundo tempo, então, foi ainda pior. A cabeça parecia já estar longe. Mesmo assim, Merghani ainda deixou o seu. 

[CdL] Diambars FC 1 x 0 Casa Sport
Mtonga teve uma lesão muscular leve durante a semana de treinamentos e preferi deixá-lo no banco. De resto, era o mesmo time da partida anterior e que atuou na outra decisão. O gol demorou a sair e, quando saiu, foi anulado por empurrão do Niang no seu marcador. Aos 39 apenas, Dame Guèye pegou rebote para fazer o primeiro. Não precisamos fazer mais nada no segundo tempo além de esperar o tempo passar.

 

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Rodei demais o grupo nessa temporada. Para se ter uma ideia, do elenco do sub-23, dezesseis jogadores atuaram nas partidas do time principal, com uma média de 238 minutos. Lemouya Sall chegou a ultrapassar Sérigne Sène como primeira opção a Niang na ponta direita. Até garoto surgido nesse ano chegou a jogar no time A.

Dentro do elenco de cima, Moussa Diop foi, mais uma vez, o grande destaque. Além de gols e assistências, ele chamou a responsabilidade no momento mais crítico da temporada, quando perdemos Diallo e no momento de adaptação do Merghani. O sudanês, por sua vez, foi o artilheiro do time no ano com 28 gols e a impressionante média de um a cada cem minutos. Outro que jogou demais foi o capitão Dame Guèye que segurou a onda de substituir um dos melhores do ano passado. Já a decepção ficou por conta do Doumbia, bem menos prolífico do que já foi.

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Mais uma vez o elenco fecha com média muito boa, numa campanha interessantíssima. O porém fica para a queda na Champions Africana, que tirou de você a possibilidade de enfim jogar o Mundial, que triste. Vamos ver como você reage então a partir de agora, se sai do time ou se continua para tentar alcançar de novo o feito.

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Esse contar para a imprensa quando a moral está nas alturas, e eles estão desesperados para renovar sempre calha muito bem. Se sair, já deixará sua contribuição além do aumento de taças na Sala de Troféus.Interessante a rodagem dada aos garotos.

Parabéns pelos títulos, apesar de ter esperado uma participação no Mundial para compensar aquela injustiça. Sorte aí no próximo passo a tomar.

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Frustrante mesmo na Champions League, mas não acho que uma tríplice coroa seja apenas consolação, duvido que farão isso quando você deixar o clube.

 

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Em 18/10/2019 em 23:50, marciof89 disse:

Mais uma vez o elenco fecha com média muito boa, numa campanha interessantíssima. O porém fica para a queda na Champions Africana, que tirou de você a possibilidade de enfim jogar o Mundial, que triste. Vamos ver como você reage então a partir de agora, se sai do time ou se continua para tentar alcançar de novo o feito.

Pois é, agora terei que percorrer novamente todo o caminho pra chegar perto da disputa do Mundial. Ainda mais pelo time que resolvi encarar...

 

Em 19/10/2019 em 22:11, Jirimias disse:

Esse contar para a imprensa quando a moral está nas alturas, e eles estão desesperados para renovar sempre calha muito bem. Se sair, já deixará sua contribuição além do aumento de taças na Sala de Troféus.Interessante a rodagem dada aos garotos.

Parabéns pelos títulos, apesar de ter esperado uma participação no Mundial para compensar aquela injustiça. Sorte aí no próximo passo a tomar.

Como já tinha meio que me decidido por sair, arrisquei nessa de vazar para a imprensa. Se desse problema, só anteciparia minha saída. Espero que essa melhoria nas instalações se reflita no futuro do Diambars e do futebol senegalês como um todo.

 

23 horas atrás, Lanko disse:

Frustrante mesmo na Champions League, mas não acho que uma tríplice coroa seja apenas consolação, duvido que farão isso quando você deixar o clube.

 

Também acho difícil. Não cheguei a ver, mas acredito que nenhum time já tenha conseguido tal feito. Mas, realmente, fica o gostinho de quero mais.

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À margem do Nilo

6 de junho de 2023

 

image.jpeg.3767922b058dd0b440d77fe66ebbb39b.jpegDeu para perceber que minha decisão já estava tomada, não é? É uma situação diferente estar num clube em fim de temporada, ver toda a movimentação de renovação de contratos dos membros da comissão técnica pelo diretor de futebol e, naquele momento em que você está frenético buscando reforços para a equipe, ficar parado, esperando resposta de outros clubes nos quais você buscou emprego. O primeiro foi o Pyramids, mirei alto, mas o processo de contratação já estava encerrado. Na outra ponta da África, o Orlando Pirates estava com Benni McCarthy na corda bamba. Enquanto não caía, apliquei para alguns menores, entre eles os egípcios FC Masr e Sohag FC, o marfinense Williamsville Athletic Club, o WAC, e o camaronês Union Douala. Enquanto Masr, WAC e Union Douala fizeram campanhas medianas em seus campeonatos locais, o Sohag foi campeão do seu grupo na segunda divisão egípcia e jogará a Premier League na próxima temporada. E foram justamente eles quem me contataram primeiro. Fiz a entrevista e, cinco dias depois, veio a proposta. Financeiramente, era semelhante ao meu contrato com o Diambars. Entretanto, a possibilidade de jogar uma das ligas mais importantes do continente me fez aceitar o trabalho antes mesmo de que chegassem outras respostas.

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 O Sohag FC (na realidade, Sohag Sporting Club) foi fundado em 1931 e tem base em Sohag, cidade na margem oeste do Nilo. A cidade era apenas uma vila até 1960, quando foi transformada em capital da província, e sua população aumentou em mais de dez vezes. Manda seus jogos no Sohag Stadium, com capacidade para 20 mil espectadores.

 

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O antigo treinador, Yasser El Kenany, foi para o El Dakhleya que, curiosamente, foi rebaixado e jogará a segundona. O staff técnico precisa ser ajustado e, como sempre, me preocupo com isso antes de pensar nos reforços para a equipe. Em uma primeira análise sobre o elenco, a preocupação é que os maiores destaques são jogadores que estão emprestados pelos grandes clubes do país. Por exemplo, o artilheiro El Sayed Ahmed é do Pyramids e o maior garçom e melhor média, Omar Youssef, veio do Al-Ahly. A defesa, provavelmente, terá que ser toda revista. A começar pelo gol, onde o titular é o já veterano senegalês Ousmane Mané. Como há um limite de quatro estrangeiros, a tendência é tentar negociá-los e buscar jogadores que realmente façam a diferença. Dos três, Dennis Joseph talvez seja o único a ficar. O sub-21 tem alguns jogadores promissores que, se for o caso, podem ser aproveitados.

Dinheiro tem, principalmente uma boa folga na folha salarial. Só não sei se, em comparação com os demais clubes da Premier League, isso seria suficiente para montar um elenco que possa fazer uma campanha segura e não correr riscos de voltar para a segunda divisão.

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O Yasser aí é o rei do acesso, vai treinar outro na segundona rs

Sorte no novo clube. Torci que assinasse com o Pirates, tenho simpatia proveniente de experiências anteriores.

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Provavelmente um dos países mais interessantes, se não o mais, do continente. E diferente das outras ligas, agora tem um gigante e vários tradicionais de peso no caminho enquanto está começando provavelmente com o favorito pro rebaixamento. Vai ser interessante.

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12 horas atrás, Jirimias disse:

O Yasser aí é o rei do acesso, vai treinar outro na segundona rs

Sorte no novo clube. Torci que assinasse com o Pirates, tenho simpatia proveniente de experiências anteriores.

Yasser "Givanildo" El Kenany!

Acho que o Pirates ainda está acima do que o Appadoo pode chegar nesse momento. Talvez com uma boa campanha na elite egípcia e mais algumas licenças possa dar esse salto.

 

11 horas atrás, Lanko disse:

Provavelmente um dos países mais interessantes, se não o mais, do continente. E diferente das outras ligas, agora tem um gigante e vários tradicionais de peso no caminho enquanto está começando provavelmente com o favorito pro rebaixamento. Vai ser interessante.

O Egito não tem um histórico de base forte, coisa com que eu gosto de trabalhar, mas é uma das ligas mais poderosas do continente. O primeiro momento vai ser de consolidar o time na primeira divisão, tentar passar esse primeiro ano sem sustos.

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Não sei se eu vi coisa errada, mas esse time não parece melhor que os que você treinou anteriormente.

Mas numa liga maior, creio que pode ser o ponto de virada pra ser reconhecido de vez no continente.

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4 horas atrás, Neynaocai disse:

Não sei se eu vi coisa errada, mas esse time não parece melhor que os que você treinou anteriormente.

Mas numa liga maior, creio que pode ser o ponto de virada pra ser reconhecido de vez no continente.

Que a Unistar Academy, com certeza é. Que o Diambars, depois de eu ter passado por lá, talvez não seja. Mas a liga tem muito mais visibilidade e eu senti que tinha atingido um teto no Senegal.

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Gostei da mudança. Um clube recém-promovido, que já seria um belo desafio, e pra completar, uma liga teoricamente mais forte e prestigiada.

Já chegou a passar o olho pelos outros clubes? Há muita discrepância do nível do seu elenco para os times que já estavam presentes na divisão? Em relação ao que observou do seu elenco: é uma possibilidade trazer jogadores com os quais já trabalhou ou até pra dificultar um pouco mais o desafio irá evitar?

Boa sorte!

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boa sorte nesse novo desafio, um save bem diferente esse, que bela historia essa aventura pela africa, tera um desafio bom com o recem promovido, em busca de mais visibilidade em sua carreira.

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Chega numa das ligas mais fortes do continente (se pá a mais forte) com um baita desafio pela frente. O elenco parece bom, mas como você tá falando que os maiores destaques são emprestados de grandes times da liga, então talvez seja difícil num primeiro momento. Como tem grana e tal, acho que o caminho natural vai ser fazer o mesmo que a maior parte dos times árabes faz: recorrer aos brazucas.

Boa sorte!

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    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Apresentação
      Normalmente não fujo muito de Europa e América do Sul no FM, seja por razões mais técnicas, como uma maior precisão das competições e jogadores, quanto pessoais, por falta de interesse em algum desafio. Entretanto, já há algum tempo nutro a vontade de fazer um save na África. Até criei um na Nigéria no FM 2022 para tentar fazer um desafio da base, entretanto, não vingou. Contudo, a vontade vem se fortalecendo e resolvi executar a ideia neste FM.
      Como a África é um continente com 56 países federados à sua confederação e eu queria aproveitar o máximo desta experiência, resolvi me inspirar em uma ideia do @#Vini, onde ele criou potes de ligas para desbravar o Mar Mediterrâneo na história Mare Nostrum. Ia citar outra pessoa que me recordo vivamente de ter feito algo similar no Brasil com Estaduais, mas como não achei indícios da existência do save, vou deixar só essa "indireta" mesmo. Também tivemos o interessante desafio do @Fujarraem conquistar os 27 estaduais do Brasil, na história Do Oiapoque ao Chuí - O rei dos estaduais, que também utilizou um mecanismo semelhante para definir destinos para o treinador.
      Os potes
      Os potes foram criados baseados no ranking da CAF disponível no FM e serão 6 potes. O primeiro pote é o único que terá menos do que 10 países, pois era uma maneira de fechar os potes de forma harmônica e designar um pote com um desafio mais adequado. Poderia ter limitado por baixo, mas, preferi premiar o topo, ao invés de facilitar na base.
      O pote 1 foi formado pelos 6 melhores países no ranking da CAF e os restantes foram preenchidos pelos 10 países subsequentes no ranking em cada pote até completarmos os 56 países associados à CAF.
      Pote 1: África do Sul , Argélia , Egito , Marrocos , RD Congo  e Tunísia ; Pote 2: Angola , Costa do Marfim , Guiné , Líbia , Nigéria , Quênia , Sudão , Tanzânia , Zâmbia  e Zimbábue ; Pote 3: Botsuana , Congo , Essuatíni , Etiópia , Gana , Mali , Moçambique , Ruanda , Togo  e Uganda ; Pote 4: Benim , Burquina Faso , Camarões , Chade , Comores , Gabão , Gâmbia , Guiné Equatorial , Mauritânia  e República Centro-Africana ; Pote 5: Burúndi , Lesoto , Libéria , Madagascar , Maláui , Maurício , Namíbia , Níger , Senegal  e Seychelles ; Pote 6: Cabo Verde , Djibuti , Eritréia , Guiné-Bissau , Reunião , São Tomé e Príncipe , Serra Leoa , Somália , Sudão do Sul  e Zanzibar ; Para que o sistema de potes acompanhe qualquer desenvolvimento inesperado que possa ocorrer no save, decidi utilizar potes dinâmicos. A cada 5 anos, irei observar o ranking da CAF e atualizar os potes conforme as novas posições dos países. Entretanto, este dinamismo só valerá para os países em que o treinador humano não está presente, para evitar a diminuição de opções em um pote.
      A construção desse sistema de potes trouxe algumas coisas que não esperava, como Senegal e Guiné-Bissau no final do ranking, Quênia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué tão lá em cima e até mesmo Togo e Mali em posições mais intermediárias. Isso demonstra que analisar o futebol de clubes através da ótica das seleções nem sempre é interessante, já que muitas vezes, os melhores talentos desses países saem cedo para a Europa ou tem dupla cidadania europeia e nunca jogaram nesses países.
      Ligas
      Como são 56 países de um continente que tem apenas uma liga oficial no jogo, tive que optar por ligas alternativas e pensei que precisasse só me escorar no MegaPack do Timo, que tenta fazer recriações mais fidedignas, entretanto, Benim, Somália, Sudão e Togo não estavam presentes e tive que recorrer ao Megapack do Bohemio, que já preza menos por formatos reais e mais pela adição das mesmas ao jogo.
      Entendo que é uma proposta arriscada, principalmente porque tive que carregar as 56 ligas simultaneamente para poder adicionar e remover livremente posteriormente, mas, é um risco que estou disposto a correr por essa ideia. Neste momento carreguei todas as ligas e divisões referentes ao Pote 6 como jogáveis e o restante como Ver Apenas e irei alternar conforme avançar potes.
      Critérios de transição e objetivo final
      Não pretendo ganhar todas as 56 ligas do continente africano e nem ser 56 vezes campeão continental, e também acredito que os potes iniciais tem que ter regras mais simples para tentar simular de uma maneira mais orgânica o crescimento de um treinador. Entretanto, decidi estipular um número mínimo de países que tenho que jogar por pote para abrir o nível seguinte. Serão no mínimo 3 países diferentes por pote, à exceção do Pote 1, que deve condizer com a linha final de consagração e será o que terá o requisito de apenas 1 país.
      Pote 6 para o Pote 5: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, participar uma vez com cada clube de uma competição continental; Pote 5 para o Pote 4: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, chegar até a fase de grupos de uma competição continental passar de fase em um torneio continental com cada clube; Pote 4 para o Pote 3: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, chegar até a fase decisiva da CAF Champions League chegar até a fase de grupos da CAF Champions League; Pote 3 para o Pote 2: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, conquistar ao menos um título continental como treinador (não com cada clube); Pote 2 para o Pote 1: Treinar pelo menos 3 clubes de 3 países diferentes do pote, conquistar ao menos dois títulos continentais como treinador (não com cada clube); Pote 1: Conquistar a CAF Champions League com um time que nunca conquistou um título continental; Como as vagas para as competições continentais da CAF são menores, a participação na mesma inclui a conquista de títulos nacionais, não achei que seria necessário explicitar a conquista dos mesmos para abrir um pote, mas achei por bem explicar aqui este quesito pertinente para a dinâmica do futebol continental africano de clubes.
      Amara Mbayo
      Depois de cuidar da logística do save e dos objetivos por cada pote, era hora da parte mais complicada, criar um alter ego e dar um nome para o save. Tive muitas dificuldades com o nome do save, porque não queria algo clichê que fizesse alusão ao continente africano e também não queria nada que remetesse ao passado, portanto, não achei nada que falasse comigo de uma maneira neutra e interessante, portanto, decidi me apoiar no nome do treinador e fiquei com o nome mais genérico possível.
      Amara Mbayo, nascido em Serra Leoa no dia 26/11/1991, será o responsável por essa odisseia no continente africano. A escolha por Serra Leoa não foi aleatória. O país é o que tem a pior classificação no ranking da CAF e por isso, optei por começar a jornada lá. O treinador não tem experiência e nem licenças prévias e dependerá da boa vontade dos clubes da segunda divisão serra-leonesa para ter um emprego no país. O jogo iniciou no final do ano de 2021, quando começa a pré-temporada que está disponível para os times do país. Eu queria uma data mais intermediária, mas os países que me forneceriam esta opção estavam muito acima no ranking do pote.
      Histórico
      Police ()
      2022: 3º colocado na Segunda Divisão (promovido para a Primeira Divisão), semifinalista da Copa de Serra Leoa; 2023: 4º colocado na Primeira Divisão, eliminado na 2ª Eliminatória da Copa de Serra Leoa; 2024: 4º colocado na Primeira Divisão, semifinalista da Copa de Serra Leoa; 2025: 4º colocado na Primeira Divisão, eliminado na 3ª Eliminatória da Copa de Serra Leoa; FC Canchungo ()
      2025/2026: campeão da Primeira Divisão, eliminado nas quartas-de-finais da Copa de Guiné-Bissau; 2026/2027: campeão da Primeira Divisão, eliminado na fase preliminar da Copa das Confederações da CAF, eliminado nas quartas-de-finais da Copa de Guiné-Bissau; Nile Eagle FC ()
      2027/2028: Campeão da Primeira Divisão, eliminado na segunda fase da Copa do Sudão do Sul; 2028/2029: Eliminado na 1ª eliminatória da Liga dos Campeões da CAF, eliminado na 2ª Eliminatória da Copa das Confederações da CAF; Waxool FC ()
      2029/2030: 2º colocado na Primeira Divisão, eliminado na segunda fase da Copa da Somália; 2030/2031: 5º colocado na Primeira Divisão, vice-campeão da Copa da Somália, eliminado na fase preliminar da Copa das Confederações da CAF; Orlando Pirates ()
      2031/2032: 2º colocado na Primeira Divisão; eliminado na 3ª fase da Copa da Namíbia; 2032/2033: 1º colocado na Primeira Divisão, eliminado na 2ª fase da Copa da Namíbia, eliminado nas quartas-de-final da Standard Bank Top 8 Cup; 2033/2034: 1º colocado na Primeira Divisão; vice-campeão da Copa da Namíbia, eliminado nas semi-finais da Standard Bank Top 8 Cup, eliminado na Primeira Eliminatória da Liga dos Campeões da CAF, eliminado na Segunda Eliminatória da Copa das Confederações da CAF; Muscat FC ()
      2034/2035: 1º colocado na Primeira Divisão; eliminado na 2ª rodada da Copa da Libéria; 2035/2036: 1º colocado na Primeira Divisão; campeão da Super Copa da Libéria, eliminado na 2º rodada da Copa da Libéria, eliminado na Fase Preliminar da Liga dos Campeões da CAF; 2036/2037: 1º colocado na Primeira Divisão, campeão da Super Copa da Libéria, eliminado nas quartas-de-final da Copa da Libéria, eliminado na 1º Eliminatória da Liga dos Campeões da CAF, eliminado nas quartas-de-final da Copa das Confederações da CAF; AS Racing ()
      2037/2038: em andamento; Índice
      6 meses de muita intensidade; Ambições distintas; Uma realidade diferente; Police contrata Bangura; Consolidado como 4ª força; Mais uma, ou a última, temporada na força policial? Eterno 4º colocado; Leões, águias e lobos; Um time de contratações; Nós temos o Super Umaro; Pesadelo burocrático; Nem Sadio, nem Garrincha, George é o melhor Mané! O adeus à Costa Oeste; Uma nova joia do Nilo; Mais um atacante consagrado; A chegada à Mogadíscio; Mbayo contra Mogadishu City Club; Sem dar sopa pro azar; O martírio do amadorismo; Uma despedida melancólica; No multiverso dos Piratas de Orlando; Conhecendo o futebol namibiano e o novo clube; Estrangulamento financeiro; Melhor ou pior que a encomenda? Encorpando o elenco; O Antonio Conte serra-leonino; Saqueando o Young Africans; Como água e óleo; Um cenário parecido com o da Namíbia; Ajustes no Mbayoball; Um novo predador no ecossistema; Os anseios da juventude; Uma derrota que mudou o campeonato; Uma turnê internacional de despedida?; Uma zebra felina; Níger ou Lesoto? A última parada do Pote 5;
    • Leho.
      Por Leho.
      Essa é pra quem é conservador no FM e ainda gosta de jogar somente no "campo 2D Clássico", igual a mim hahahaha! Esse MOD acaba dando um acabamento melhor nos ícones, principalmente pra dar a noção pra onde os botõezinhos estão virados e "olhando".
      Eles ficam num formato como se fosse de uma gota, olha só:
      Pode parecer besteira, mas pra mim faz toda a diferença esses nuances heheh!
       
      📍Instalação
      - Inicie o FM, limpe o cache (gráfico) e feche o jogo na sequência;
      - Extraia a pasta "textures", que está dentro do arquivo de download, para a seguinte pasta:
      \Documents\Sports Interactive\Football Manager 2020 
      (É isso mesmo, NÃO é pra extrair dentro da pasta `graphics´ e sim na pasta raiz do jogo!)
      - Inicie novamente o FM.
       
      📍Créditos
      - Ao autor Valefore 
       
       
      ⬇️ DOWNLOAD
    • Nei of
      Por Nei of
      “Depois de maio de 1940, os bons tempos se acabaram: primeiro a guerra a capitulação, seguida da chegada dos alemães. Foi então que, realmente, principiaram os sofrimentos dos judeus. Decretos anti-semitas surgiam, uns após os outros, em rápida sucessão. Os judeus tinham de usar, bem à vista, uma estrela amarela; os judeus tinham de entregar suas bicicletas; os judeus não podiam andar de bonde; os judeus não podiam dirigir automóveis. Só lhes era permitido fazer compras das três as cinco e, mesmo assim, apenas em lojas que tivessem uma placa com os dizeres: LOSA ISRAELIA. Os judeus eram obrigados a se recolher a suas casas às oito da noite, e, depois dessa hora, não podiam sentar-se nem mesmo em seus próprios jardins. Os judeus não podiam frequentar teatros, cinemas e outros locais de diversão. Os judeus não podiam praticar esportes publicamente. Piscinas, quadras de tênis, campos de hóquei e outros locais para a prática de esportes eram-lhes terminantemente proibidos. Os judeus não podiam visitar os cristãos. Só podiam frequentar escolas judias, sofrendo ainda uma série de restrições semelhantes.
      Assim, não podíamos fazer isto e estávamos proibidos de fazer aquilo. Mas a vida continuava, apesar de tudo Jopie costumava dizer-me: _ A gente tem medo de fazer qualquer coisa porque pode estar proibido. _ Nossa liberdade era tremendamente limitada, mas ainda assim as coisas eram suportáveis.” Diário de Anne Frank, págs. 11 e 12.
       
      Não possuo qualquer ligação com a comunidade judaica, nem ascendência ou apreço maior por algum clube com tal relação. Por outro lado, os absurdos cometidos pelos nazistas foram muito bem documentados para não deixar ninguém incauto. Nada obstante, a idiotice humana aparece com mais força em tempos e situações de escassez (econômica, política, cultural...), portanto não me surpreendem que manifestações preconceituosas se reciclem em nossa história.
      A não ser que cheguemos em um tempo de disponibilidade total de recursos (o que considero improvável), entendo que o preconceito sempre existirá, transmutando-se em mentes fracas e com medo. Sim, o preconceito é a voz do medo e faz do ódio seu fio condutor. Por isso, não consigo ver muito sentido na frase comum: “não acredito que em 2019 alguém ainda pense assim”. Pois pensamos absurdos todo santo dia e o melhor que podemos fazer é explorar nossas opiniões, amadurecê-las e buscar evoluir – a expressão preconceituosa é imatura, fechada em si mesma e irracional.
      Apesar de não ser judeu, meu nome – para quem ainda não sabe – é Israel (tambores de revelação). O livro da Anne Frank chegou agora em minha vida e a genialidade, sensibilidade e capacidade de transmitir a crueldade e dor de um período com a sutileza do olhar de uma criança de 13 anos, me tocou demais.
      Pensei, portanto, em fazer uma jornada entre Alemanha e Holanda, lugares por onde Anne passou. Mas como ficaria um tanto limitado, decidi que vou começar de baixo, trabalhando em clubes com ligações à comunidade judaica, especialmente em Alemanha, Holanda e Israel, eventualmente jogando em algum clube dos EUA. O objetivo é chegar ao topo da carreira treinando Ajax e/ou Tottenham.
      A princípio começaria em Frankfurt, mas não consegui encontrar na base de dados (German System Football League - dica muito boa do @Johann Duwe) que estou utilizando o FC Gudesding Frankfurt, um clube criado por amigos judeus em Frankfurt an Main, cidade de nascimento de Anne. Enquanto procurava, me chamou atenção o TuS Makkabi Berlin e é por lá que vamos começar. Ou melhor, por onde Pedro Van Pels vai começar sua carreira.
       
      Makkabi Berlin
      Fundado em 1898, o clube antecessor Bar Kochba Berlin era uma das maiores organizações judaicas do mundo em 1930, com mais de 40.000 membros de 24 países, parte do movimento geral de Bar-Kochba destinado a promover a educação física e a herança judaica. O clube organizou equipes em vários esportes, incluindo um time de futebol que competiu nas ligas da cidade entre 1911 e 1929. Em 1924, Lilli Henoch, recordista mundial de eventos de discus, arremesso de peso e revezamento de 4 × 100 metros, treinou as mulheres. (Henoch foi assassinada pelos nazistas em um gueto próximo a Riga, Letônia, em 1942).
      Em 1929, o Bar Kochba fundiu-se com o Hakoah Berlin para formar o clube esportivo Bar Kochba-Hakoah . O lado Hakoah teve um sucesso cada vez maior, conquistando três campeonatos consecutivos na divisão inferior entre 1925 e 1927. Eles eram promovidos a cada vez até que, em 1928, jogavam futebol de primeira linha. O lado recém-combinado continuou a competir como Hakoah depois de 1929.
      A ascensão ao poder dos nazistas no início dos anos 30 levou à discriminação contra judeus e, em 1933, as equipes judias foram excluídas da competição geral e limitadas a jogar em ligas ou torneios separados. Em 1938, as equipes judaicas foram banidas imediatamente, quando a discriminação se transformou em perseguição.
      Em 26 de novembro de 1970, o TuS Makkabi Berlin foi formado a partir da fusão da Bar-Kochba Berlin (ginástica e atletismo), Hakoah Berlin (futebol, restabelecido em 1945) e Makkabi Berlin (boxe).
      Aparentemente não possui quaisquer títulos, mas poderei descobrir mais sobre o clube no decorrer.
      O clube joga a Berlin Liga, que faz parte do sexto nível do futebol alemão, tendo o seguinte caminho de ascensão:

       
      Índice:
      Histórico:
      Ligas selecionadas:
       

       
    • felipevalle
      Por felipevalle
      Alguém acompanhando a liga dos campeões africanos?
      Até que são competitivos.
      Nesse jogo, p. ex., o Sundows que lidera com sobra o sul-africano, perdeu fora para o time angolano pelas quartas. 
    • Danilo10
      Por Danilo10
      ola amigos voltei a jogar o FM apos mto tempo porem so consigo rodar o FM 2019 no meu PC alguem por acaso poderia disponibilizar o update do Brasil mundi up 2019 por favor
       
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