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Do Oiapoque ao Chuí: O Rei dos Estaduais


Fujarra

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Dircianday deve ser essas misturas do pai com a mãe, pelo menos fez gol. E o Clóvis conseguiu gerir o time como bom síndico que é rs?

Para um time amador fez um trabalho e tanto, mas o maior feito foi estar no grupo certo. Se eu fosse a federação mudava a regra pq é um absurdo kkk.Pelo menos foi feita justiça ao Nacional que fez a melhor campanha na primeira fase.

 

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Nome de síndico é? Hahahaha! De qualquer forma, esse Clóvis é um craque no meio dessa turma aí. Aonde você foi se meter? O nível da equipe é pior do que eu esperava. Ainda assim, conseguiu fazer uma boa campanha de estreia no Paraibano, e por pouco não chegou mais longe. A equipe foi superior ao Nacional de Patos no jogo de volta. 

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18 horas atrás, Henrique M. disse:

Já fez um começo digno, e complicada a situação do Botafogo, que na vida real, esteve para ser comprado por um sueco e aí está lutando para não cair.

Não seria comprado não, apenas uma parceira onde esse treinador sueco teria controle sobre o departamento de base do Botafogo-PB.

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E eu achava que o Paulista era o pior regulamento de estaduais! Que excrescência.

E no mata mata tudo é possível né, mas o Nacional mostrou que o mais possível é o melhor vencer mesmo!

Não sei como vai ficar a situação dos antigos contratados... os contratos estão vencendo? Vão querer ir embora dessa roubada?

 

Ih...ou a Júlia virou fantasma que nem o Digão, ou os mafiosos vem na cola dela...

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Jogou tudo que podia e chegou perto, mas é fato que a diretoria não vai facilitar para você, terá que conquistar dentro de campo essa melhor profissionalização do clube. Algo identificável no trabalho dessa temporada que te faça ter melhor resultado ainda na próxima? Julia sabe do fantasma ou também é um? Rsrsr

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Essa história de grupos separados que se enfrentam é uma putaria. Gauchão tem isso também, e aí tu tem time rebaixado tendo vencido metade dos times do outro grupo. É um dos formulismos mais ridículos que existem no futebol.

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Júlia voltando é a minha aposta que o Elliot vai ter a sua jornada do herói e levar o Atlético ao título. Mas vai ter que ser uma história digna de Hollywood, porque puta que pariu, que time ruim da desgraça. 

Boa sorte.

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12.3 - O chorume de que sou feito.

Eu estava assustado pelo Uedson Ney ter nascido em 2010 e já ter 27 anos, aí vi que o Sueliton ROmão tem 19 anos e é mais novo que o meu filho será nessa data.
Very much good seu inglês.
Fabiano Lazarenko, bom jogador vai fazer muitos gols, escreva.
Ah o laskera se não é o Robozão candango. Neuton Sergio meu filho.

4 vitórias pra cima do Confiança, não é a toa que o Aribé ficou possesso.
Passou a Borracha em qualquer insegurança.

 

12.4 - Os minutos finais em Sergipe.

Gilmar é craque.
"De repente comecei a contar nos dedos e percebi que não sabia de cabeça." Marsio é craque.
Você quis dizer, sarjeta.
Fala a verdade, você não queria subir.

Agora que eu entendi que você contratou o Lúcio Mauro.

 

13.1 - Amador é aquele que ama a dor.

Falando em Lúcio ele que vai gostar de trabalhar no time das irmãs cajazeiras. Eu também não sabia a referência, é de uma geração anterior a minha.
Se tem uma posição que eu não gosto é o meia lateral.
Ahéllyson

Júlia😮

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Em 18/05/2020 em 18:08, LC disse:

Vou repetir para que o Digão ouça novamente: Time amador na Paraíba? Tá de sacanagem Fujarra?

Mesmo sendo amador até que fez um bom campeonato e já que está pensando em ficar mais uma temporada que seja uma excelente temporada. Está na hora do treinador começar a passear por Goiás, Brasília, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Sai dessa vida de treineiro de time pequeno.

Realmente, foi de ferrar essa escolha, mas era o que tinha pra hoje, e como falei, fui tapeado HAHAHHAHA achei que o time era semiprofissional, mas se tornou amador. Sacanagem!

Se eu passar pela Paraíba, a segunda fase do save vai terminar. A partir daí, centros um pouco melhores começarão a aparecer para Elliot. Assim espero, pelo menos hahaha

Valeu LC!

 

Em 18/05/2020 em 18:34, Peepe disse:

Eu invejo demais o otimismo do Elliot, ganhou 2 jogos o campeonato inteiro e saiu animado.

Eu não sei se eu estou de bom humor mas essa foi uma das atualizações que eu mais ri, quando vi a tabela de classificação então...

Boa sorte na sequência, mas eu também sou favorável que você opte por um caminho mais fácil. Imagina assumir o Treze com todo esse passado recente e enfim tirá-lo da fila. Pede pro Lúcio quebrar esse galho

Eu concordo que é estranho, mas no fim das contas, mesmo os jogos que perdemos, não jogamos mal. Se considerar que é um time amador, é um feito e tanto!

Hahahahaha obrigado pela parte de "rir", a intenção é essa mesmo. Quanto a trocar de time, agora só sendo demitido, regra autoimposta 😛

Valeu Peepe!

 

Em 19/05/2020 em 07:02, Henrique M. disse:

Já fez um começo digno, e complicada a situação do Botafogo, que na vida real, esteve para ser comprado por um sueco e aí está lutando para não cair.

Isso nem é o pior, o Botafogo nesse save vive caindo e voltando, maior ioiô. O que é curioso, pois nas primeiro 5 temporadas chegou a vencer campeonato e disputava série D com frequência, Sabe-se lá o que aconteceu.

 

Em 19/05/2020 em 12:15, Tsuru disse:

Rachei com o "Clóvis nome de síndico". Me lembrou até a piada da Grande Família, "Margarete parece nome de secretária".

Treinar um time amador não é fácil, sei bem disso. Mesmo assim acho que se saiu bem num Campeonato Paraibano sempre muito difícil, com Treze, Campinense e Botafogo. Vejamos o que o Mac consegue aprontar na próxima temporada e se a Julia não vai mais atrapalhar que ajudar.

Boa sorte na continuação!

Que me perdoem os Clóvis, mas tinha um síndico que fazia trabalhos lá na loja e o nome era esse. Ficou marcado hahahaha

Poisé, eu fiquei otimista por isso, já que o desempenho foi bom se considerar que é um time amador (único amador da divisão, diga-se de passagem). Se ajustar bem, acho que dá pra tirar algo daí. E o regulamento tosco ajuda.

Valeu Tsuru!

 

Em 19/05/2020 em 15:25, Jirimias disse:

Dircianday deve ser essas misturas do pai com a mãe, pelo menos fez gol. E o Clóvis conseguiu gerir o time como bom síndico que é rs?

Para um time amador fez um trabalho e tanto, mas o maior feito foi estar no grupo certo. Se eu fosse a federação mudava a regra pq é um absurdo kkk.Pelo menos foi feita justiça ao Nacional que fez a melhor campanha na primeira fase.

Eu tenho um amigo que é mistura de 2 nomes e o nome dele ficou tosco também. Sempre que vejo esses nomes eu racho de rir.

Clóvis foi bem, apesar de não tãããão bem assim. Esperava mais, mas se considerar que o time não tava lá 100% essas coisas... não dá pra cobrar mt.

Cara, esse regulamento foi uma piada total hahahah eu nunca vi isso na vida. O "campeão" do nosso grupo seria rebaixado do lado de lá.

Justiça enorme mesmo, primeiro título do time em sei lá quantas décadas. Vai ficar pra história.

Valeu!

 

Em 19/05/2020 em 15:35, mfeitosa disse:

Nome de síndico é? Hahahaha! De qualquer forma, esse Clóvis é um craque no meio dessa turma aí. Aonde você foi se meter? O nível da equipe é pior do que eu esperava. Ainda assim, conseguiu fazer uma boa campanha de estreia no Paraibano, e por pouco não chegou mais longe. A equipe foi superior ao Nacional de Patos no jogo de volta. 

hahahahaha ele não foi muito bem, mas também não comprometeu. Fica pra próxima temporada.

Sim, o nível é uma piaba(piada), mas o que me fez ficar otimista é que deu pra tirar algo daí, ainda mais que enfrentamos o time que viria a se tornar campeão e demos canseira neles. Acho que se acertar bem o time, dá caldo.

Valeu Feitosa!

 

Em 20/05/2020 em 14:28, Andreh68 disse:

E eu achava que o Paulista era o pior regulamento de estaduais! Que excrescência.

E no mata mata tudo é possível né, mas o Nacional mostrou que o mais possível é o melhor vencer mesmo!

Não sei como vai ficar a situação dos antigos contratados... os contratos estão vencendo? Vão querer ir embora dessa roubada?

 

Ih...ou a Júlia virou fantasma que nem o Digão, ou os mafiosos vem na cola dela...

Cara, esse regulamento é tosco demais, até aqui o pior que eu vi hahahaha

Nacional foi bem, é um time com mts jogadores jovens, mas a campanha é surpreendente, sobretudo pela hegemonia que havia no estado. Mas não deixa de ser bacana.

Estão, todos vencem em dezembro, mas já deixo de spoiler: Renovei com quem aceitou contrato amador, e quem não aceitou... fica pendurado no clube com contrato até algum time vir e levar eles ou eles quererem ir embora (coisas doidas do FM que eu não entendo, mas eu que não vou reclamar).

Júlia vai ser o toquezinho de fim de temporada.

Valeu André!

 

Em 21/05/2020 em 08:06, Vannces disse:

Jogou tudo que podia e chegou perto, mas é fato que a diretoria não vai facilitar para você, terá que conquistar dentro de campo essa melhor profissionalização do clube. Algo identificável no trabalho dessa temporada que te faça ter melhor resultado ainda na próxima? Julia sabe do fantasma ou também é um? Rsrsr

Eu insisti durante todo o ano, a diretoria não amoleceu. Ou é na base do amadorismo, ou nada feito. Não sei o que fazer, mas olha, sacrificante hahahaha.

Então, o maior trunfo é o entrosamento. Se conseguir qualificar um tico mais o elenco tb vai ser bom. O time jogou bem mesmo perdendo, isso me traz uma expectativa positiva. Espero estar certo rs

Não, ela não sabe, mas vai que descobre? 😛

Valeu Vannces!

 

Em 21/05/2020 em 17:00, Danut disse:

Essa história de grupos separados que se enfrentam é uma putaria. Gauchão tem isso também, e aí tu tem time rebaixado tendo vencido metade dos times do outro grupo. É um dos formulismos mais ridículos que existem no futebol.

Os estaduais no Brasil são uma piada, eu até agora não vi uma fórmula nesse save que fosse aceitável. Ou tem jogos desnecessários ou regulamentos esdrúxulos.

Mas sim, até aqui esse foi o pior. Time "campeão" de um grupo sendo rebaixado no outro é de f***r.

 

Em 25/05/2020 em 16:53, Vini - Ministro da saúde disse:

Júlia voltando é a minha aposta que o Elliot vai ter a sua jornada do herói e levar o Atlético ao título. Mas vai ter que ser uma história digna de Hollywood, porque puta que pariu, que time ruim da desgraça. 

Boa sorte.

Será? Bom, eu espero que sim HAHAHAHHA, mas realmente, o time é uma piaba. Não sei como não fizemos feio, eu esperava rebaixamento, juro de coração. Mas com o desempenho que tivemos, se qualificar a equipe e acertar algumas arestas, acho que dá liga.

Valeu Vinny!

 

11 horas atrás, Neynaocai disse:

12.3 - O chorume de que sou feito.

Eu estava assustado pelo Uedson Ney ter nascido em 2010 e já ter 27 anos, aí vi que o Sueliton ROmão tem 19 anos e é mais novo que o meu filho será nessa data.
Very much good seu inglês.
Fabiano Lazarenko, bom jogador vai fazer muitos gols, escreva.
Ah o laskera se não é o Robozão candango. Neuton Sergio meu filho.

4 vitórias pra cima do Confiança, não é a toa que o Aribé ficou possesso.
Passou a Borracha em qualquer insegurança.

 

12.4 - Os minutos finais em Sergipe.

Gilmar é craque.
"De repente comecei a contar nos dedos e percebi que não sabia de cabeça." Marsio é craque.
Você quis dizer, sarjeta.
Fala a verdade, você não queria subir.

Agora que eu entendi que você contratou o Lúcio Mauro.

 

13.1 - Amador é aquele que ama a dor.

Falando em Lúcio ele que vai gostar de trabalhar no time das irmãs cajazeiras. Eu também não sabia a referência, é de uma geração anterior a minha.
Se tem uma posição que eu não gosto é o meia lateral.
Ahéllyson

Júlia😮

Achei que ngm repararia no inglês perfeito de um descendente de ingleses hahahah, e quando vi o NSG livre eu só pensei: vem com papai. CRACK demenos ele, mas só por ser de confiança, veio.

Gilmar é craque. Uma pena de ir embora de certos lugares é isso, e quem me dera, queria subir bastante, se não fossem os vermelhos, talvez eu tivesse subido. E sim, @LC foi contratado e só tá botando Elliot em furada. hahaha

Meu Deus, referência a "O Bem Amado". Nunca pegaria.

EU ODEIO O MEIA LATERAL. Obrigado.

Sim, Júlia (com acento) voltou. O que vai rolar disso? Nem Mãe Dinah salva.

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  • 2 semanas depois...

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13.2 - Sobre conclusões inesperadas.

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- O que você tá fazendo aqui, mulher?
- Elliot, precisamos conversar. Eu não posso ficar aqui muito tempo.
- Como assim, vamos comemorar! Estamos juntos de novo, onde está Thiago?

Ela então fechou o semblante, que já não estava dos mais simpáticos.

- Eu realmente não posso ficar aqui muito tempo, então vou tentar ser breve. Yuri sabe que a Interpol está trabalhando em conjunto com a Polícia Federal brasileira e ele também sabe que você está envolvido
- Mas eu não est...
- Está. Ele sabe que você mantém conversas com um agente chamado Ricardo.

Ela então respirou fundo, seus olhos começaram a lacrimejar.

- Ele tomou Thiago de meus braços e o levou para longe de mim, Mac. Meu menino não está mais comigo a 4 anos... Ele está se tornando um homem e eu não estou por perto.
- Droga! Quando esse inferno vai acabar?

Nesse momento eu porrei com força a minha mão fechada no capô do carro, amassando consideravelmente. Mas eu não estava me importando.

- E o que eu posso fazer então, Júlia?
- Depois que tomaram Thiago de mim, eu fugi para o Brasil para tentar encontrar você, mas fui rastreada pela polícia e eles estão me fazendo cooperar com a investigação.
- Pera, você está no Brasil a quanto tempo?
- A uns 2 anos.
- E não me procurou?
- Eu não poderia jamais botar você novamente na mira de Yuri... de novo. Eu ainda não me perdoo por ter feito o que eu fiz e...

Nesse momento eu a abracei e tentei beijá-la. Infelizmente eu estava com tanta paixão guardada que eu dei uma cabeçada no nariz dela, que sangrou na hora.

- JÚLIA PERDÃO, CALMA
- TUDO BEM ELLIOT, EU TENHO QUE IR DE QUALQUER FORMAAAAAAA ARGH QUE DOR
- PERDÃO EU QUERIA TE BEIJAR
- EU SEI MAS NÃO PRECISAVA ME DAR UMA CABEÇADA.
- Você anda com OB na bolsa? Bota no nariz que vai estancar o sangramento.
- PARA DE SER IDIOTA.

Então nos olhamos por um instante e começamos a rir. A cena era grotesca, mas a felicidade era genuína.

- Eu preciso ir, Elliot. Ricardo não sabe que eu vim falar com você, mas provavelmente ele entrará em contato contigo. A verdade é que estamos próximos de encarcerar de vez Yuri e toda a corja russa. Em breve espero estar com você em definitivo.

- Thiago...
- Porra Mac tu tinha que dar uma cabeçada no nariz dela?
- Cala a boca, Digão.

Depois disso Ricardo entrou em contato e pediu que eu não me desesperasse, pois realmente estavam próximos de prender Yuri. Eu deveria seguir com minha vida para não levantar suspeitas. A contragosto, acatei. Pelo menos eu senti o perfume dela de novo.

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Eu detesto o fato do Atlético ser um time amador, pois não tem olheiro que faça milagre em achar bons jogadores amadores pelo país. Dos que eu consegui seduzir para o clube, apenas 2 merecem minimamente minha atenção.

 

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Aílton José não era jogador de futebol. Na verdade, ele trabalha na companhia de luz de Cajazeiras e sempre que eu jogava pelada com os rapazes do condomínio onde eu moro, ele se destacava no gol. Como o time é amador mesmo, propus ao garoto fazer um teste lá no time. Prometi que se tiver título, eu devo a ele um rubacão com uma coquinha gelada.

 

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Bujica estava no atual campeão estadual, o Nacional de Patos, mas eles não renovaram o contrato com o rapaz. Ele não é um primor, mas... é melhor do que quem está lá.

Propus a restante do elenco contratos amadores, grande parte deles aceitou, mas o restante nem deu papo. Porém enquanto não aparecer um time querendo levar eles embora, eles ficam no clube. E como ninguém saiu, basicamente mantivemos a mesma base do ano passado, adicionando apenas algumas peças de reposição e os já citados jogadores para encorpar um elenco que, se é frágil no banco, ao menos no time titular não faz feio aos demais times do campeonato.

- Estavam com saudades de mim, garotos?
- Ô professor, nós não temos contrato profissional com o clube, a gente não precisa treinar...
- Claro que precisam, ano passado nós mostramos que podemos fazer muito, e isso sem treinar direito. Pensem só no que seremos capazes se focarmos?
- Mas a gente trabalha... tem gente que estuda...
- Sim, vamos adequar a rotina de treinos para todos, o que acham? Quem recebe salário não tem desculpa, os demais vão vir sempre que puderem. Vamos fazer um pacto?

Eu tenho uma reputação já bem pavimentada no mundo do futebol, e acredito que isso ajude no convencimento, pois no fim das contas, os rapazes toparam participar de sessões de treinamento. E dá nem pra dar nada em troca, pois eu também não recebo salário no clube. Na bem verdade, só tenho me sustentado aqui pois sempre fui bem econômico na minha vida.

- Econômico Mac?
- Ué, mas é mentira? Você me vê gastando com besteira?
- Mas daí falar que nunca foi econômico é sacanagem né?e aquela vez lá em Búzios, que você...
- Esquece essa parada aí, Digão. Foca no que é bom.
- Enfim, eu gosto da forma como está lidando com os caras. Acho que você realmente nasceu para ser técnico de futebol, né Mac? Consegue gerir bem os elencos por onde passa.
- Sei lá sabe Digão, eu preciso ser amigo dos caras. Quando comecei na profissão, eu era mais novo que muitos que eu treinava, acho que isso influencia. Eles gostam desse jeitão de garoto.
- Garoto é uma pindoba também né, olha você, 47 anos já. Tu acha que vai ganhar todos os estaduais do Brasil antes de morrer?
- Porra, que otimista, ein?
- Estamos aqui para ajudar!

Um fato bem curioso que aconteceu antes de começar a temporada é que o Guarani de Juazeiro fez uma proposta por Rodrigo, um de nossos melhores jogadores. Eles chegaram, ofereceram um contrato amador e foi isso, ele aceitou e foi. O que eu poderia fazer, não é? O que qualquer técnico faria...

- Alô Rodrigo?
- Oi professor, como vai?
- Não tem como vai não, rapaz, volta pro Atlético.
- Mas professor, eu já estou treinando aqui com o Guarani.
- Não me importo, volta rapaz, a torcida te ama, você é importante para nós, pensa no projeto...
- Poxa professor...
- Próximo clube que eu treinar, se ele não for amador, eu vou te puxar pra lá, eu prometo.
- ...mas o que eu vou falar aqui no clube?
- Você? Nada, deixa comigo.

Então peguei meu calhambeque, fui até Juazeiro e trouxe o moleque sem falar com ninguém. Quando ligaram pro garoto, eu peguei o telefone da mão dele:

- Alô, você está falando com Elliot McNamara, gostaria de dizer que roubamos seu jogador de volta.
- COMO ASSIM, QUE ABSURDO, NÓS TÍNHAMOS UM CONTRATO COM ELE
- Contrato amador? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk vai me procurar na esquina, seus otários.
- Isso não vai ficar assim!
- Beleza, me processa.

Rodrigo se acabava de rir no banco de trás. Deve ser mal de Rodrigo me dar trabalho.

Enfim, garotos fechados com o projeto, cabeça na Júlia e Digão sendo um exímio babaca. Tudo certo para a próxima temporada.

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Após 2 amistosos sem graça, começamos a temporada de forma morna: 2 empates fora de casa (um 0x0 horroroso contra o Serrano e um ótimo 1x1 contra o atual campeão estadual, o Nacional de Patos). Na sequência da nossa empatolândia, enfrentamos o Auto Esporte e batemos com força nos caras.

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Antes do próximo jogo contra o Treze, adivinhem o que aconteceu: O Guarani veio e contratou Ahéllyson Carlos sem grandes dificuldades. Como eu odeio o amadorismo. Bom, dessa vez eu decidi lidar com a coisa de uma forma bem madura.

- Ô professor, cê não acha que vai dar merda não?
- Eles fizeram isso no início da temporada com Rodrigo também, tão tentando tirar meus melhores jogadores. Se eu perdesse vocês pra um time que pagasse um salário tudo bem, mas contrato amador? Vai se ferrar!
- Tá, mas porquê a gente tá nesse avião?
- Ah, é que eu queria deixar uma mensagem pro presidente do Guarani.

Eu aluguei um teco-teco pra sobrevoar a sede do Guarani. Ele puxava uma faixa que dizia: "Mac 2 x 0 Guarani. O presidente é broxa e quer gozar com o p** dos outros. Me processa."

- Tu é maluco cara AHAUHAUHAUHA ele vai te processar de verdade!
- Digão, nessa altura do campeonato, com a idade que eu estou, os problemas que eu tenho na minha vida pessoal... você acha mesmo que eu tô ligando? Vai ser desaforado na casa do Carvalho. Eu não vou deixar o cara vir aqui no meu time tirar meus jogadores de graça.

- Que foi, professor? Não entendi.
- Nada Hélice, eu to falando sozinho.

Bem, não falei do jogo contra o Treze. Antes dessa aventura, não tivemos tempo de trazer o rapaz de volta, então o jogo foi sem ele. Até lutamos, foi um jogaço de se assistir. Como sempre, meu time praticou um futebol bonito, vistoso, o futebol moleque, toque e me voy... mas perdemos de 1x0 mesmo.

Pegamos então uma sequência negativa após isso. Empatamos novamente contra o fraco Serrano em 1x1. Fizemos outro ótimo jogo contra o Nacional de Patos tal como o jogo contra o Treze, mas perdemos também por 1x0. Derrota nunca é bom, mas quando você está em um time amador e faz bons jogos e sufoca adversários perigosos, você ganha liberdade poética para ficar feliz. Estamos jogando bem, uma hora o time pode encaixar.

Curioso foi que enfrentamos o Paraíba e jogamos bem mal. Sorte nossa que os visitantes também não souberam aproveitar suas parcas chances, enquanto José Francisco foi lá e empacotou nossa vitória.

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Enfrentamos de novo o Treze, só que agora fora de casa. E te falar, que jogaço. Eles abriram o placar num pênalti bobo que Clóvis cometeu. 6 minutos depois já tinham ampliado pra 2x0. Pensei: Puta merda, não é meu dia. Mandei os jogadores serem mais ofensivos para buscar o resultado.

- Sejam mais ofensivos, garotos! Partam pra cima!
- Ofensivos como??
- Agressividade Diego! Agressividade!

De repente, vejo Diego xingando a mãe do zagueiro deles.

- NÃO É ESSE TIPO DE AGRESSIVIDADE, GAROTO!!!

Bom, de uma forma ou de outra, deu certo, pois logo após tivemos dobradinha de Diego e Diogo: 2x2. Pena que Jorginho Paulista encarnou o espírito do ex-CRACK do Vasco e São Paulo e botou novamente o Treze na frente, placar que foi até o fim do jogo.

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Sempre ao término das partidas, seja nos jogos em que vencíamos ou perdíamos, os rapazes seguiam com o semblante sereno mas confiante, como se acreditassem neles próprios. Estamos falando de uma equipe amadora, era pros caras estarem preocupados com os problemas da casa deles. Reagiam de forma animada às minhas palestras, brincavam... por um instante, me lembrei dos meus primeiros passos no Vilhenense. E isso me deu uma ideia.

- Rapazes, vocês jogaram muito bem hoje. Eu fiquei sabendo que tem uma pizzaria maravilhosa aqui em Campina Grande, vocês estão afim de comer?
- Mas professor, a gente não tem grana aqui pra...
- Não perguntei se vocês tem dinheiro, perguntei se querem ir.

Foi uma festa. Clóvis, capitão e um dos poucos que ainda recebem salário, propôs pagar uma parte da conta. Eu não aceitaria, mas achei interessante o capitão se propor a isso. Não falamos sobre futebol, e ali pude entender mais ainda a motivação deles. Medidor de luz, vendedor de sapatos, garçon, estudante de direito... o amadorismo é foda, mas existe até uma certa beleza se olharmos bem.

Finalizando a primeira fase, vencemos novamente o Auto Esporte - agora por 2x0, e empatamos em 2x2 contra o Paraíba, um jogo meio truncado, mas aceitável.

 

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Não foi uma campanha memorável, é verdade, mas foi o suficiente para ficarmos em segundo lugar no nosso grupo, atrás apenas do tradicional Campinense. Demos trabalho ao atual campeão, jogamos bem contra o Treze... estava orgulhoso até aqui.

 

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Como dá pra perceber, novamente esse regulamento esdrúxulo nos proporcionou momentos estranhos. Se por um lado fomos o vice do nosso grupo, por outro tivemos apenas a sexta melhor campanha da primeira fase. Mas eu vou reclamar? Nem de longe.

Bom, na próxima fase a gente enfrentaria outro time bem tradicional, o Botafogo-PB. Só que o maior campeão paraibano está há anos lutando mais pra sobreviver do que outra coisa. É deplorável, até rebaixado já foram. Mas todo respeito é pouco perto de um time que já foi campeão mais de 30 vezes em sua história.

E foi com o respeito debaixo do braço que jogamos um excelente jogo na casa deles. Olha, a bem verdade é que 2x1 ficou MUITO barato pra eles.

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Eles precisariam vencer a gente por 2 gols de diferença pra se classificarem. Um gol só a vantagem era nossa pois a vantagem do empate no agregado era a da equipe melhor posicionada. E assim, a bem verdade é que o jogo de volta na nossa casa foi uma MERDA. Ninguém fazia nada, que jogo monótono. Mas assim, tão monótono que eu dormi no banco de reservas, até que já no fim do jogo, acordei com uma algazarra, era o gol de cabeça que Bujica fez pra sacramentar de vez nossa ida para as semifinais. Jarlesson ainda empatou, mas já no último minuto dos acréscimos, nem milagre salvaria o Botafogo.

Reencontramos então o Treze nas semifinais, time que terminou em primeiro no Grupo A com 26 pontos. A campanha deles era ótima, favoritassos ao título que não vinha desde 2011. E para a surpresa de 4.620 pessoas presentes, nós massacramos os caras no jogo de ida. Ok, não foi um massaaaaaaaaacre, mas vencemos de 3x0 com uma facilidade que poucas vezes vi meu time jogando nesses 1 ano e pouco que os treino. Poucas faltas, muita disciplina tática, pareciam profissionais. As sessões de treino estavam surtindo mesmo efeito. Adriano (que substituiu Ahéllyson, suspenso por ter 3 amarelos) marcou 2 em sequência e foi eleito homem do jogo. Foi tão bem que não saquei ele para o jogo seguinte.

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Apesar da ampla vantagem que tínhamos, pedi para que os jogadores jogassem como se esse resultado não tivesse existido. Pedi calma a todos, disciplina e atenção. Clóvis foi o único que torceu o nariz com minha preleção pré-jogo.

Bom, a certeza de um jogo difícil foi comprovada logo aos 8' quando Nélio abriu o placar para o Treze. E se com apenas 10 minutos de jogo o Treze já havia rematado 6 vezes em direção à nossa meta, o mesmo Clóvis que não gostou da minha palestra me arrumou uma expulsão patética próxima a pequena área. Foi expulso com justiça e por pouco não vimos o segundo gol surgir, já que Djair bateu com perigo rente à gaveta.

O Treze nos massacrava em campo. Era uma batalha campal para chegarem às finais. E quando falo massacre, eu digo inclusive nas faltas, sem dó nenhum. O técnico deles ria, como se a qualquer momento pudessem reverter o placar que construímos em casa.

- Alá Mac, o cara tá rindo da sua cara.
- Deixa esse arrombado prepotente pra lá, Digão. Não vou dar a ele o prazer de me irritar.

Dei então um gole em meu bom e velho Blue Label, enquanto assistia mais um dos jogadores do Treze levar amarelo. Eu achei incrível como o juiz expulsou nosso jogador, mas os deles só viam amarelo...

O jogo ia seguindo, o segundo tempo chegou... e nada do Treze marcar o segundo. O técnico deles começou a ficar pálido. Tiraram 2 meias e botaram 2 atacantes, partiram pra um 4-3-3 desenfreado. E a pressão que já era nítida ficou desconcertante. Mas sabe quando o time começa a oferecer perigo mais pela maluquice do que pela estruturação das jogadas? É o que estava acontecendo. Nós, com apenas 10 em campo, estávamos sobrecarregados. Saquei o nosso meia e botei outro volante pra ajudar na cobertura. Olhe, eu não sou de ficar na defensiva, mas naquele momento ou era isso, ou a gente ia tomar uma goleada em questão de minutos. Aos 85' eles marcaram o segundo. Carlos Alexandre.

Eu olhava o meu digital no pulso. Coçava o nariz. O repolho do almoço não me bateu bem, comecei a ficar irritado, estressado, com medo e dor de barriga. Dei mais um trago. Respirei fundo. Mais um jogador deles tomou amarelo. Depois, outro... E o tempo não passava. Foram os 8 minutos mais longos da minha história como treinador. O terceiro gol classifica eles. Maldito regulamento... jogamos com ele debaixo do braço sempre, mas eu ainda prefiro a dor dos pênaltis do que a injustiça da "melhor campanha".

- Professor... professor...
- Cala a boca Émerson, eu não quero papo agora.
- Mas professor...
- AGORA NÃO.

Eis que o juiz ergue o braço e apita: Estávamos nas finais. Os jogadores pulavam, comemoravam, uma festa!

- Fala Émerson, o que você queria?
- Tem uns caras estranhos no corredor, acho que eles querem falar com você.

Chegando lá, vi homens de terno e óculos escuro. Questionei o que queriam e não deram um pio. De longe, ouvi uma voz conhecida, era Ricardo, o agente responsável pela Operação Roskovo.

- Elliot, temos a informação de que Yuri está aqui na Paraíba procurando por você. Não sabemos qual é a intenção dele, mas deixarei agentes de tocaia próximos a você. Ele acha que Júlia está no Piauí com os parentes, segundo nossa inteligência.
- Se sabem de tudo isso, como ainda não prenderam ele?
- Prendemos praticamente toda a sua equipe, eles deduraram o que podiam. Só falta Yuri. É botar esse ponto final e finalizaremos enfim esse caso que já vai bater 10 anos.
- O que eu tenho que fazer então, afinal?
- Como eu disse antes, nada. Ele não sabe que entramos em contato contigo, pois acha que estamos protegendo a Júlia. Fique de olho aberto.

Era pra eu ficar preocupado, mas na verdade estava com a adrenalina a mil. Fosse pelo meu trabalho, fosse pelo Yuri. Eu realmente queria ficar cara a cara com ele.

A final seria contra o Nacional de Patos, atual campeão. Eu confesso, preferia enfrentá-los a enfrentar o Campinense, pelo menos contra o primeiro, nós fizemos 2 bons jogos. A parte ruim é que estávamos sem nosso xerifão Clóvis.

Sem tempo para lamentar, partimos para nossa batalha. Tínhamos a vantagem de jogar em casa, mas a verdade é que eles não estavam minimamente afetados por isso. Apesar de terem surpreendido a Paraíba na temporada passada ao vencerem pela primeira vez o campeonato, eles queriam mais. Bicampeonato é mais expressivo. Confesso, o time deles é bom, mas não tão melhor que nosso time titular, o que é algo bem curioso.

Eles começaram bem o jogo, ditando o ritmo e nos deixando acuados. Numa bobeada da zaga, Ramón marcou o primeiro para eles. Por um instante eu achei que não seria o nosso dia, mas lembrei dos jogadores e do que haviam passado até aqui. A união que eu tinha naquele balneário eu não encontrei em nenhum time que treinei, falo com tranquilidade. Essa confiança redobrou quando Diogo empatou para o Atlético.

- Isso garotos! Eu acredito em vocês!

Aílton José fazia uma excelente partida. Não teve culpa no primeiro gol e operava milagres desde então. Foi fuzilado algumas vezes, mas com a firmeza de um Dida e a confiança de um Rogério Ceni, ele pulava feito um gato e agarrava a pelota. Não dava chance nem para os escanteios. Marcelo, que substituiu Clóvis, também jogava bem. Eu achava que o empate seria o suficiente, estava com a ideia de tentar a melhor na casa deles, apesar de uma estratégia arriscada, eu queria mexer com o brio do Nacional. Mas nem precisei pensar nisso, afinal de contas, o juizão marcou pênalti para nós. José Francisco cobrou com a categoria que já lhe é conhecida, virando a partida já no finzinho, sem chances pro Nacional sequer reagir mais.

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Aílton José, Bujica, Clóvis e José Francisco. Grandes nomes da campanha até aqui. Jogaram muito bem durante o campeonato, principalmente nosso goleirão e o nosso fiel atacante. Um orquestrando a defesa e o outro o ataque. Lideranças de um vestiário formado por pessoas comuns, os famosos anônimos. Nada mais justo que fossem também as grandes estrelas de nosso último jogo.

Sim, fomos campeões.

O jogo? Foi épico, mas eu não conseguiria descrevê-lo nem se quisesse, pois eu estava muito bêbado já no pós-jogo. Eles tentaram, mas pararam na nossa muralha intransponível. Padeceram contra nosso canhão de 2 metros e 95 quilos. Foram bravos, é verdade. Mas o bicampeonato ficou mesmo para o Atlético de Cajazeiras, que pela primeira vez desde 2002, levantava novamente a taça.

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Essa reta final da nossa campanha foi incrível: enfrentamos 2 equipes tradicionais do estado e por fim, um clube emergente que vem surgindo com a promessa de fortalecimento em um estado que anda com o futebol bem em baixa. Talvez o Atlético consiga se reerguer a partir de agora, já que terá que aderir novamente ao profissionalismo para competir na Série D.

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Nossa equipe titular termina a temporada com uma ótima média. É importante frisar que, se os jogadores que ainda recebem salário tivessem recebido proposta de outros times e saíssem do clube, com certeza teríamos lutado pra não cair. A permanência deles acreditando no projeto foi fundamental. E talvez agora com o retorno do profissionalismo, eles aceitem uma renovação contratual. Exceto Rodrigo. Esse eu vou levar embora, independente do clube que eu treinar. Promessa é dívida.

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Como de praxe em qualquer time que eu treine, lideramos a porcentagem de posse de bola. Também tivemos ótima porcentagem em porcentagem de passes certos. Ainda ficamos em 4º em média de público. Bastante relevante se considerar o amadorismo.

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José Francisco terminou a artilharia empatado com outros 2 jogadores. Só não ficou em primeiro pois esteve mais minutos em campo. Ailton José fez 37 defesas seguras, uma excelente média. Por fim, decidi destacar os desarmes decisivos pois, num futebol de posse de bola, ter zagueiros e volantes que saibam desarmar em pé podem ser a chave para um contra-ataque fulminante. E Clóvis, com sua experiência e liderança, soube lidar bem com isso, apesar de ter sido expulso uma vez na temporada. Tudo bem, nem tudo é perfeito.

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- Alô?
- Alô, Elliot?
- Pode falar, Lúcio, o que você quer? Já tem time atrás de mim?
- Não é isso, o presidente do Guarani de Juazeiro entrou com um processo contra você de verdade.
- Ah, tanto faz. Quase 50 anos de idade, já estava na hora de alguém me processar mesmo, hahaha
- Isso pode ser ruim para os negócios... para de falar merda por ai, cara.
- Falou a voz da razão, não é mesmo, senhor repórter sem escrúpulos.

Engraçado que Lúcio desligou na minha cara depois disso, acho que ele ficou ofendido. Enfim, na festa de comemoração ao título, o presidente me abordou perguntando se eu não tinha interesse em permanecer no clube.

- Elliot meu amigo, eu vou reativar o profissionalismo, fique conosco.
- Hahaha obrigado presidente, mas eu pedi a temporada passada inteira e você não quis me ajudar. O profissionalismo é sim o caminho certo, mas estarei de longe acompanhando o Atlético.
- Nem uma proposta financeiramente boa lhe faria ficar? Tenho parceiros interessados em bancar seu salário durante todo o ano.
- Eu tenho um projeto de vida, presida. Mas olha, agradeço a oferta. Saiba que terá sempre um torcedor, onde quer que eu esteja.

Na festa mesmo já me despedi dos jogadores, dos repórteres paraibanos que ali estavam presentes e decidi que nem coletiva eu daria para finalizar minha passagem pela Paraíba. Eu não queria chamar a atenção por causa de Yuri, vai saber o que ele planejava.

Então, já bem alcoolizado, decidi ir embora. Fui em direção ao meu carro, ainda bem grog.

- Ora ora Elliot, você não sabe que é errado dirigir embriagado?
- Eu não ia dirixir... eu só ia ficarh aqui kietinhuh no carro... qem e voser?
- Não reconhece esse rostinho europeu? Ora meu amigo, francamente... Bom, claro que não reconheceria, pois estou disfarçado. Sempre achei que a inteligência dos agentes brasileiros fosse baixa, mas eles estão me dando muito trabalho.

Num piscar de olhos eu recobrei a sensatez. Meu coração palpitou forte.

- Sabe Elliot, eu prometi que não mataria Júlia, mas aquela imprestável me traiu diversas vezes. A covarde decidiu fugir pra cá pra te pedir ajuda, sabe-se lá por que motivo. Talvez tenha sido um erro da minha parte ter vindo pessoalmente tentar pegá-la, já que perdi todos os meus homens, mas a grande verdade é que eu já encaro isso como algo pessoal desde quando você fodeu com a minha operação aqui. Queria te deixar vivo para vê-lo sofrer, mas se eu não consigo matar Júlia, eu me contento com você.

Ele tinha uma calibre 22 nas mãos. Só lembro do barulho oco daquela arma e do melado escorrendo pelo meu braço. Ao ouvir o disparo, os agentes à paisana que me acompanharam surgiram rodeando Yuri.

- Então vocês estavam protegendo este imprestável ao invés da Júlia? Como descobriram?

Ricardo então apareceu.

- Seus homens não te deduraram, falaram que preferiam morrer. A máfia russa é formidável. Mas pela lógica, você estaria sentindo mais ódio de Júlia do que de Elliot agora. Então deduzi que se antes você quis fazer Elliot sofrer, agora você iria querer o contrário. E a melhor forma de atingi-la seria afastando o filho dela e matando Elliot.
- Bastante perspicaz, agente.

Júlia surgiu de dentro do carro.

- ELLIOT, VOCÊ ESTÁ FERIDO!
- A vá, não me diga.

Ainda com a arma apontada para mim, Yuri disse:

- É bom ver todos aqui reunidos. Me parece que eu não tenho mais muita escolha, não é mesmo? Se eu atirar, eu morro. Se eu me render, serei preso e deportado para a Rússia, e acredito que não terei uma vida agradável por lá. Júlia, gostaria de te dizer que só eu sei onde seu filho está. Incrível, não é mesmo? Eu próprio peguei o garoto e levei-o até um orfanato na Europa. Aonde? Ah... será que você consegue adivinhar? Albânia? Hungria? Hmmm Polônia? Dizem que a Polônia produz uma ótima vodka, Elliot. Será que ele vai crescer alcoolatra igual ao pai? Eu pagaria pra ver! Aliás... hmm como eu gostaria de dizer isso... você já parou pra pensar que Rodrigo só deve existir em sua cabeça por conta de estresse pós-traumático? O que, está surpreso que eu sei dele? Eu te acompanho a anos, eu sei que fala sozinho como se falasse com ele. Aliás acho que qualquer imbecil próximo a você já deve ter pensado nisso.

Ele então respirou fundo, como se aceitasse sua derrota.

- Preciso admitir Elliot McNamara, você foi um desafio e tanto. Izviníte... o maior desafio. Odeio você e Júlia igualmente. E sabe... ao invés de fazer só um sofrer, eu posso fazer os dois.

Rapidamente ele virou a arma contra si e disparou certeiramente no coração. Seu terno chique rapidamente ficara encharcado de sangue, que explodia sem parar para todos os lados. E após um segundo do mais absoluto silêncio que imperava no ar, eu proferi apenas uma palavra:

- Merda.

4º NÍVEL CONCLUÍDO

Spoiler

Bom, e aqui chegamos a mais uma conclusão do desafio. A partir de agora entraremos na fase intermediária dessa história, onde estarei indo para centros teoricamente mais badalados, ainda longe dos grandes centros, mas já em busca de times bem mais tradicionais. E assim como na conclusão do 5º nível, farei uma postagem interlúdio antes de engrenar na próxima fase do desafio.

Aliás, querem chutar qual vai ser o próximo destino do técnico?

Muito obrigado a todos que acompanham a história e espero vocês no próximo capítulo! 🙂

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  • Fujarra changed the title to Do Oiapoque ao Chuí: O Rei dos Estaduais - C13.2 - Sobre conclusões inesperadas. [Att: 06/06]

Finalmente essa praga foi embora, mas não antes de ferrar com tua vida. Agora começa a busca pelo filho do Mac.

Aposto em Minas Gerais o próximo destino do Mac. Se for para o Tupi seria uma maravilha.

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Eu tenho certeza que o Elliot paga alguma coisa a federação pra ter tanta sorte e cair sempre no grupo mais fácil, a diferença é muito abissal. Parabéns pela conquista, apesar disso, o time cresceu demais no mata-mata e a conquista é incontestável.

Eu não tenho palpite do time que você vai mas fico na torcida para que essa fase de amadorismo passe logo e possa assumir times melhores. E, claro, fico também na torcida para que Yuri não vire um amigo do Digão, seria tipo um anjo x demônio no seu ombro tipo desenho animado

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  • Vice-Presidente

Parabéns pela conquista, dada as limitações do clube, engrandece ainda mais o encerramento desse nível. Vamos ver o que o futuro guarda ao Mac.

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Em 06/06/2020 em 17:32, LC disse:

Finalmente essa praga foi embora, mas não antes de ferrar com tua vida. Agora começa a busca pelo filho do Mac.

Aposto em Minas Gerais o próximo destino do Mac. Se for para o Tupi seria uma maravilha.

Fala LC!

Poisé, algo muito impactante deveria acontecer nessa segunda reta final, e agora Mac terá um problemasso nas mãos para resolver. Como encontrar seu filho?

Na verdade eu não posso ir para Minas ainda, segundo as regras que criei para o clube. Mas já adianto que Mac está empregado e treinando um clube tradicional em seu estado.

Valeu!

 

Em 06/06/2020 em 17:54, Peepe disse:

Eu tenho certeza que o Elliot paga alguma coisa a federação pra ter tanta sorte e cair sempre no grupo mais fácil, a diferença é muito abissal. Parabéns pela conquista, apesar disso, o time cresceu demais no mata-mata e a conquista é incontestável.

Eu não tenho palpite do time que você vai mas fico na torcida para que essa fase de amadorismo passe logo e possa assumir times melhores. E, claro, fico também na torcida para que Yuri não vire um amigo do Digão, seria tipo um anjo x demônio no seu ombro tipo desenho animado

É uma forma de olhar as coisas. Do outro lado estavam as melhores equipes, então talvez o nosso grupo não seja o mais fácil e sim o mais difícil. hahahahah

Mas obrigado! Foi bem difícil, o que manteve o time vivo foi o fato dos jogadores com salário não terem pedido pra sair do clube, pois eles eram o pilar do time.

O time você já sabe né, dei spoilerzaço. Mas sobre Yuri... veremos.

Valeu Peepe!

 

Em 08/06/2020 em 02:02, Henrique M. disse:

Parabéns pela conquista, dada as limitações do clube, engrandece ainda mais o encerramento desse nível. Vamos ver o que o futuro guarda ao Mac.

Como eu falei para o Peepe, se os jogadores com salário tivessem pedido para sair, eu com certeza ficaria anos no Atlético, pois não conseguiria tirar o time da lama. Eles eram o pilar de sustentação. Meu time titular tem nível semelhante aos outros times da divisão, e por sorte a Paraíba não se desenvolveu muito bem no save tb hahahah

Próximo passo é logo ali.

Valeu Henrique!

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Agressividade!! haha ri muito, como sempre.
Interessante o findar do desgraçado, mas deixou um mistério a ser resolvido pelo Mac.Achei bacana a ideia do Peepe! Eu sou facilmente persuadido por ideias assim, se o save fosse meu já era um demônio e um amigo hahaha.
No mais, título. E que título! Bateu dois times muito tradicionais, e isso valorizou demais a conquista.

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Em 14/06/2020 em 22:10, Jirimias disse:

Agressividade!! haha ri muito, como sempre.
Interessante o findar do desgraçado, mas deixou um mistério a ser resolvido pelo Mac.Achei bacana a ideia do Peepe! Eu sou facilmente persuadido por ideias assim, se o save fosse meu já era um demônio e um amigo hahaha.
No mais, título. E que título! Bateu dois times muito tradicionais, e isso valorizou demais a conquista.

O fim da máfia não significa o fim dos problemas. Aliás, seria estranho se acabasse tudo hahaha, agora, como ele vai lidar com isso? Vou contar melhor isso no próximo prólogo.

A ideia do diabo já teve durante o save com o Thiago ex-presidente do Serra, mas não seria de todo mal. Eu to sempre ouvindo as ideias dos leitores e já adaptei mt coisa dita por aqui 🤣

Rapaz esse título foi surreal. Foi tão maneiro que sinceramente, acho que vai entrar pra galeria do save como um dos mais merecidos. Ganhar com um time amador foi incrível. Claro que alguns jogadores ainda tendo contrato profissional foi primordial, mas ainda assim, o feito é grande e eu acho que finaliza bem essa segunda etapa do save.

Agora vamos para centros melhores, pois não aguento mais dirigir time pequenininho hahahah

Valeu Jiri!

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Interlúdio 2: Planos de Carreira.

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O ato final de Yuri era a vingança perfeita, já que sua morte significava o ocultamento do paradeiro de Thiago. Onde meu filho está? Com quem ele está crescendo? O que ele tem feito? Está em situação de risco? Perguntas que eu já me fazia antes e que eu imaginava nunca mais fazê-las. Júlia estava em desespero, os agentes discutiam a incompetência de não impedi-lo. No meu caso eu estava em choque. Eu não poderia respirar aliviado com meu filho sumido. Ricardo então nos botou em seu carro e dirigiu até minha casa. Ficou conosco um tempo, fez algumas perguntas, coisas de praxe. Depois foi embora.

- Vou passar um café, você quer?
- Não Elliot, eu quero o meu filho.

Passei o café mesmo assim. O cheirinho parece ter levantado um pouco o astral de Julia.

- Obrigado Mac.
- Prefiro quando me chama assim. É bom saber que depois de tanto tempo, vai ficar aqui comigo.

Passamos então a noite juntos. Conversamos um pouco sobre a vida dela na Europa, a minha vida aqui e por fim, consumamos atos libidinosos. Desligamos por um instante a chavezinha que nos levava para os problemas atuais. Descansei enfim sob o peito de Júlia, sendo agraciado com um cafuné que atordoaria até o mais forte dos generais.

No dia seguinte, esfreguei os olhos, procurei meus óculos e não encontrei Júlia em minha humilde cama de solteiro. Ela tinha ido embora. Preso à geladeira, havia um bilhete:

- Comprar 2 cabeças de alho, batatas e separar a carne para o escondidinho.

Não esse bilhete, era outro:

- Elliot meu bem, refleti bastante essa noite enquanto repousava. Eu te amo profundamente, mas não posso ignorar jamais a ideia de Thiago estar lá fora sem os pais. Irei atrás de nosso filho, usarei um pouco do meu conhecimento com o leste europeu e as informações sobre a máfia para correr atrás do paradeiro do nosso menino. Sei que tem muita gente interessada nas coisas que sei, autoridades, chefes do crime emergentes, enfim... Quaisquer meios que signifiquem reencontrá-lo. E eu não irei envolvê-lo nisso, afinal, grande parte disso é culpa minha mesmo. Não se preocupe, você sempre poderá falar comigo no número que está atrás do papel. PS: comi sua gelatina. Beijos, te amo.

No fim, Júlia segue sendo a cabeça pensante da família McNamara.

Liguei então a TV enquanto planejava minha mudança de volta para o Rio de Janeiro. E tal como em todas as histórias de ficção, convenientemente passava uma reportagem sobre o acontecido ontem:

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"O mafioso procurado pela Interpol Yuri Kuriechenkov morreu na cidade de Cajazeiras após ser confrontado por agentes da Polícia Federal. Yuri era um dos últimos cabeças ainda vivos da famosa máfia russa que manipulava jogos ao redor do globo. Yuri fugiu da prisão a alguns anos e ao que parece, estava em Cajazeiras para atentar a vida de Elliot McNamara, técnico de futebol que delatou à PF informações que se tornariam cruciais para o desmantelamento de suas operações não só no Brasil como no mundo. Yuri e sua família eram acusados de diversos crimes, que envolviam lavagem de dinheiro, sequestro, tortura, apostas ilegais, corrupção de menores e assassinatos. Outro caso emblemático aconteceu a 8 anos atrás, onde a esposa de Richard Winchester, famoso treinador de futebol hoje no Portsmouth da Inglaterra, foi assassinada em frente a vários repórteres, na ocasião Richard acabava de assinar contrato com o New York Red Bulls."

- E ai Mac, será que eu sou mesmo só uma alucinação da sua cabeça?
- Boa pergunta Digão. Será que eu deveria procurar um psicólogo?
- Olha, você deveria procurar um independente disso. Tu já apanhou da máfia, lidou com minha morte, delatou chefões do crime, teve que ver sua esposa e filhos sumirem, sem contar com a vida de técnico que por si só já é bem estressante. Eu acho até que eu sou o menor dos seus problemas.
- Tudo isso começou depois que decidi parar de beber de vez. Percebe o meu erro?
- Hahaha realmente, foi a falta de bebida a causadora de seus problemas.

Dei então um gole em meu achocolatado toddy super gelado com pelotinhas de chocolate grudadas na beira da xícara.

- Acho que vou voltar para o Rio, procurar emprego num clube de lá, ficar próximo da família...
- E a ideia de ser o maior campeão de estaduais pelo Brasil, Mac?
- Não sei, mas não pareço mais estar nessa vibe... estou cansado. Vou agitar a mudança, levar minhas coisas para Búzios e ver no que dá.

Alguns meses se passaram, estava curtindo alguns dias na casa dos meus pais. Agora que já estão bem idosos, me sinto mais pai deles do que o inverso.

- Meu filho, vem que a mamãe hoje fez aquele purê com linguiça que seu pai e você adoram.
- Nossa, nem lembro quando foi a última vez que eu comi algo que me lembre a Inglaterra. Sequer lembro mais como é lá.
- Nós fomos ano passado visitar seu tio Silvester, deveria ir conosco da próxima vez!
- Com essa vida de técnico é difícil, ainda mais que eu nunca paro... Aliás, tenho pensado em ficar aqui no Rio mais tempo com vocês.

Mamãe então limpou as mãos no avental de crochê e suspirou aquela sabedoria que só as mães sabem.

- Você está com medo do que pode acontecer conosco depois do que aconteceu com Júlia e Thiago, não é? Foi idiotice esconder de nós que Thiago e Júlia não estavam mortos, mas mais idiota ainda você seria de deixar de viver sua vida por mim ou por seu pai. Somos orgulhosos de ti e o criamos para que vivesse a vida plena, não pra ficar na beira da minha saia.
- Mas eu sinto que estou perdendo tempo com minha família.
- A gente sempre se fala, você sempre vem nos visitar quando pode, manda dinheiro pra nos ajudar... Elliot meu filho, o que mais sua mãe iria querer?

Refleti sobre aquilo durante uns dias, mas ainda assim, estava decidido em permanecer no Rio. Havia alguns times pequenos precisando de técnicos, talvez eu pudesse construir um projeto de longo prazo por aqui. Decidi ligar então para Lúcio e pedir que procurasse um clube para mim por aqui.

- Mac meu caro, estava prestes a te ligar mesmo!
- Bom Lúcio, deixa eu falar primeiro, eu estava pensando...
- Não Mac, calma, eu tenho um novo time já engatilhadíssimo para você assumir. Clube tradicional lá do Nordeste, está na Série C, pode ser sua porta de entrada para clubes mais importantes no cenário nacional! E ah, tenho também uma entrevista marcada na SporTV para daqui a 10 dias, vai estar lá o grande Alex Cabeção. Tá na hora de fazer um marketing pessoal né?
- Eu não estava pensando nisso para minha carreira agora, mas...

Olhei então para minha velha fazendo massagem nos pés do meu pai. Ela sorriu docemente para mim enquanto gritava palavras de baixo calão para meu pai. Dei uma risada.

- Do que está rindo, Elliot?
- Nada. Ok, marque a reunião, estou interessado.
- Perfeito Mac! Ah só mais uma coisa, falta uma rodada para o fim da fase de grupos da Série C e o time está para ser rebaixado. Só não cai se você vencer o atual líder na última rodada. Mas eu sei que você é capaz UM ABRAÇO.

Eu deveria ter seguido com o plano original mesmo.

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  • Fujarra changed the title to Do Oiapoque ao Chuí: O Rei dos Estaduais - Interlúdio 2: Planos de Carreira. [Att: 24/06]

Eu leio seus trechos e desconfio que existe uma Julia na vida de Marcio, espero que não um Thiago nas mãos da máfia russa.

No mais, o Thiago tem quantos anos? Ia ser lindo, digno de novela das 9, se ele surgisse como o camisa 9 do teu último time. Já imaginou? O Ratinho idoso na beira do campo com o DNA, o Markito correndo pra abraçar após o gol na final do Carioca, loucura em campo.

Boa sorte no novo time. Se cair, é obrigação subir de volta.

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Eu conheço esse Winchester. Save bom de se fazer. Vida que segue...

Vamos ao que interessa Fujarra, concordo que deveria seguir o primeiro plano que é ficar perto dos velhos e tentar a sorte no América, Friburguense, Nova Iguaçu ou mesmo no teu Vasco, pois o Mac já tem casca para assumir um clube de primeira divisão. Série C seria bom, mas para um clube que não tivesse sendo rebaixado. Vai que não consegue ganhar? De qualquer forma eu espero que consiga um bom clube.

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Escândalo no mundo do Futebol:

Elliot MacNamara teria agredido falecida

 

 

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Published 4 dias agoon 22 de maio de 2039

 

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Imagens de uma mulher desconhecida com o nariz ensanguentado correu as redes sociais nos últimos dias. A polícia descobriu que ela é Julia MacNamara, que supostamente fora encontrada falecida anos atrás.

Ê Cajazeiras, que movimento não?

Pois é, a redação foi atrás na notícia e conversou com o Presidente do Guarani, que apesar de desconversar no início, apenas argumentou que Elliot não seria um homem de confiança, como alega ser.

O "Rei dos Estaduais" ainda não se manifestou sobre as agressões. Mas imagens do circuito de TV do Perpetão, mostram o que seria a agressão. Reparem como ela cai após uma cruel cabeçada que o famoso treinador acerta nela:

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Júlia esteve envolvida nos graves acontecimentos que presenciamos dias atrás, mas não teve seu nome revelado. Na época, a sequência dos acontecimentos já causara dúvidas: 1) Elliot entra no carro; 2) Yuri está no carro, armado; 3) Yuri atira em Elliot e os policiais cercam o carro; 4) Júlia entra no carro (WTF?); 5) Yuri se mata.

Enfim, o que o povo brasileiro quer saber: quem é de verdade Elliot MacNamara, um grande treinador ou uma pessoa envolvida em tramóias que vão desde Búzios (premium vê aqui essa história) até a Rússia?

Júlia MacNamara não concedeu entrevistas e supostamente teria fugido do Brasil após sofrer represálias do estafe de Elliot.

 

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Em 24/06/2020 em 19:24, Peepe disse:

Eu leio seus trechos e desconfio que existe uma Julia na vida de Marcio, espero que não um Thiago nas mãos da máfia russa.

No mais, o Thiago tem quantos anos? Ia ser lindo, digno de novela das 9, se ele surgisse como o camisa 9 do teu último time. Já imaginou? O Ratinho idoso na beira do campo com o DNA, o Markito correndo pra abraçar após o gol na final do Carioca, loucura em campo.

Boa sorte no novo time. Se cair, é obrigação subir de volta.

Não existe Júlia na vida do autor (infelizmente), e graças a Deus tb não há ainda um Thiaguinho huahauhauha

Olha, salvo engano ele tá na faixa dos 10 anos (preguiça de contar agora, eu tinha feito a conta antes, mas agora eu to com sono HAHAHAHA). Mas olha, estou mantendo estas coisas em mente, vai que??? Vai saber né.

Obrigado, mas só acaba quando termina!

 

Em 24/06/2020 em 19:37, LC disse:

Eu conheço esse Winchester. Save bom de se fazer. Vida que segue...

Vamos ao que interessa Fujarra, concordo que deveria seguir o primeiro plano que é ficar perto dos velhos e tentar a sorte no América, Friburguense, Nova Iguaçu ou mesmo no teu Vasco, pois o Mac já tem casca para assumir um clube de primeira divisão. Série C seria bom, mas para um clube que não tivesse sendo rebaixado. Vai que não consegue ganhar? De qualquer forma eu espero que consiga um bom clube.

É aquele negócio né, para todos os efeitos eu ainda não posso treinar um clube do Rio, por conta das limitações que impus ao save. Ainda tenho um looooooooooooongo caminho até chegar a SP/RJ hahahah, isso foi só pra preencher a narrativa e dar um motivo pra Mac ir para o próximo time. Mas mesmo assim, se fosse para assumir um pequeno do Rio eu até poderia, mas quem já treinou o Sampaio Correa pode se dar ao luxo de escolher um clube mais pesado. Porém Vasco ainda é mt para o protagonista, ele não tem reputação pra isso (vale lembrar que o Confiança da terceirona o rejeitou anos antes). To tentando melhorar o diploma do técnico, mas tá difícil 😞

 

Em 26/06/2020 em 12:08, Neynaocai disse:

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Escândalo no mundo do Futebol:

Elliot MacNamara teria agredido falecida

 

 

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Published 4 dias agoon 22 de maio de 2039

 

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Imagens de uma mulher desconhecida com o nariz ensanguentado correu as redes sociais nos últimos dias. A polícia descobriu que ela é Julia MacNamara, que supostamente fora encontrada falecida anos atrás.

Ê Cajazeiras, que movimento não?

Pois é, a redação foi atrás na notícia e conversou com o Presidente do Guarani, que apesar de desconversar no início, apenas argumentou que Elliot não seria um homem de confiança, como alega ser.

O "Rei dos Estaduais" ainda não se manifestou sobre as agressões. Mas imagens do circuito de TV do Perpetão, mostram o que seria a agressão. Reparem como ela cai após uma cruel cabeçada que o famoso treinador acerta nela:

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Júlia esteve envolvida nos graves acontecimentos que presenciamos dias atrás, mas não teve seu nome revelado. Na época, a sequência dos acontecimentos já causara dúvidas: 1) Elliot entra no carro; 2) Yuri está no carro, armado; 3) Yuri atira em Elliot e os policiais cercam o carro; 4) Júlia entra no carro (WTF?); 5) Yuri se mata.

Enfim, o que o povo brasileiro quer saber: quem é de verdade Elliot MacNamara, um grande treinador ou uma pessoa envolvida em tramóias que vão desde Búzios (premium vê aqui essa história) até a Rússia?

Júlia MacNamara não concedeu entrevistas e supostamente teria fugido do Brasil após sofrer represálias do estafe de Elliot.

 

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COVID-39, eu vi hahahaha

Sobre isso que foi levantado: É tudo calúnia e Elliot irá processar este jornaleco. Ainda bem que ele foi embora da Paraíba.

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  • Vice-Presidente
On 6/26/2020 at 4:08 PM, Neynaocai said:

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Escândalo no mundo do Futebol:

Elliot MacNamara teria agredido falecida

 

 

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Published 4 dias agoon 22 de maio de 2039

 

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Imagens de uma mulher desconhecida com o nariz ensanguentado correu as redes sociais nos últimos dias. A polícia descobriu que ela é Julia MacNamara, que supostamente fora encontrada falecida anos atrás.

Ê Cajazeiras, que movimento não?

Pois é, a redação foi atrás na notícia e conversou com o Presidente do Guarani, que apesar de desconversar no início, apenas argumentou que Elliot não seria um homem de confiança, como alega ser.

O "Rei dos Estaduais" ainda não se manifestou sobre as agressões. Mas imagens do circuito de TV do Perpetão, mostram o que seria a agressão. Reparem como ela cai após uma cruel cabeçada que o famoso treinador acerta nela:

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Júlia esteve envolvida nos graves acontecimentos que presenciamos dias atrás, mas não teve seu nome revelado. Na época, a sequência dos acontecimentos já causara dúvidas: 1) Elliot entra no carro; 2) Yuri está no carro, armado; 3) Yuri atira em Elliot e os policiais cercam o carro; 4) Júlia entra no carro (WTF?); 5) Yuri se mata.

Enfim, o que o povo brasileiro quer saber: quem é de verdade Elliot MacNamara, um grande treinador ou uma pessoa envolvida em tramóias que vão desde Búzios (premium vê aqui essa história) até a Rússia?

Júlia MacNamara não concedeu entrevistas e supostamente teria fugido do Brasil após sofrer represálias do estafe de Elliot.

 

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Por um momento achei que tinha entrado sem querer em uma história do LC.

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Capítulo 14.1 - Chegou o bombeiro em Alagoas.

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A reunião com o presidente do clube foi tranquila. O presidente em si estava bastante empolgado com a ideia da minha contratação, me conhece mais pelo desempenho impressionante na Paraíba e no Sergipe, onde construí sólidas equipes mesmo com recursos escassos. Já os dirigentes do clube... hm, nem tanto. Na ocasião da minha apresentação, saiu em alguns sites esportivos que eles questionavam "quem eu era". Tirando uma passagem meteórica pelo Sampaio Correa, me parece que eles entendem que eu não tinha nível para treinar o clube. Ali eu senti que eu era de fato um bombeiro: Contratado para a última rodada da Série C, em um time que precisava desesperadamente vencer para se manter na divisão. Um tropeço já significaria ter vida ruim, um bom desempenho significaria calar (mesmo que por algum tempo) algumas bocas. Era hora do teste.

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A Agremiação Sportiva Arapiraquense é a segunda equipe realmente tradicional que eu irei treinar, sem querer desdenhar dos outros clubes por onde passei. É também a primeira vez na minha carreira que eu irei pegar um projeto pelo caminho, ainda mais com a corda no pescoço. Sem tempo para respirar, me encontrei com os jogadores para entender o que se passava. Com a ajuda do auxiliar do clube, me inteirei sobre os atletas, alguns me surpreenderam por bons motivos, outros por... bom, veremos:

 

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José Márcio é o craque do time e tem características que eu realmente aprecio em um bom meia ofensivo: a habilidade de servir os companheiros. Pra mim, esse é o camisa 10 ideal e fico realmente empolgado com a ideia de trabalhar enfim com um jogador de bom nivel técnico nesta função.

 

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Kénnio já começa me surpreendendo com esse nome de crack, mas aqui começam as bizarrices: Um goleiro de 34 anos que recebe 33 mil por mês. Eu acho exagerado, mesmo que o cara tenha alguma qualidade (e convenhamos, nem é taaaaaaaanta assim).

 

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Mas aí tem Badé também, que recebe 40 mil por mês! Ok, é um bom jogador, mas cacete, já temos José Márcio para a função... bom, pelo menos o maluco joga também recuado e na ponta esquerda.

 

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Mas pra mim a cereja do bolo é esse maluco aqui: Oldemar. 34 anos, 4 anos de casa, 28 mil por mês. O gerenciamento financeiro do time é uma piada, quando cheguei eu ouvi falar em rombo de 3M no caixa, acho que tá explicado o porque.

- Olá a todos, eu sou Elliot McNamara, mas podem me chamar de Mac. Ou de professor, seja lá como gostarem ou preferirem, comecei tão jovem na profissão que eu nem me importo muito com esses tratamentos polidos. Acredito que me conheçam pelos meus trabalhos anteriores.
- Não conhecemos não, professor.
- Como assim? Não conhecem a história do técnico multicampeão estadual?
- Eu nunca tinha visto o senhor até o dia de hoje.
- É, nem eu.
- Onde o senhor trabalhou? Eu sou do Rio, joguei pelo Madureira, treinou algum pequeno de lá?
- Se falar que venceu campeonato fraco não conta ein professor hahahaha

- Alá Mac, os muleques estão tirando onda com a sua cara.
- Mas são uns cornos miseráveis mesmo. Esses moleques só querem saber de pornô interativo e games violentos. Eles vão descobrir quem é Elliot McNamara na base do ódio então.

A minha primeira impressão com os caras era a mesma deles comigo: ruim.

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Não havia tempo para choro, a história era essa aqui: 9º lugar, precisando vencer e torcer pra um dos 3 times da frente perderem. Nem o saldo poderia me ajudar muito se eles empatassem. E bom, eu enfrentaria o Ceará, já classificado, melhor campanha e bom, pouco se importando se a gente tá lutando pra não cair.

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Na preleção pré-jogo, eu citei que a equipe não vencia a 9 jogos, algo que eu julgava absurdo para uma equipe do tamanho do ASA.

- Não me importo que vocês não me conheçam, eu fui contratado pra apagar esse incêndio. Não sei de quem é a culpa, se é a do técnico, se é de vocês, se é da diretoria que prefere pagar altas cifras para jogadores... não sei e não me importa. Se for pra vocês me odiarem, odeiem no pós-jogo, mas vão lá pra dentro, honrem os culhões que carregam e deixem o ASA na Série C. E se for pra cair, caiam feito homens também. Aqui é trabalho, porra.

- Tá parecendo o Muricy você, Mac.
- E louco que nem ele, pra falar com fantasma.
- Não ofende que senão eu falo de Búzios pros leitores.
- Deixa essa merda quieta, Digão.

O jogo estava tenso, tal como era de se imaginar mesmo. Poucas chances, muita correria, me surpreendeu que a equipe reagiu bem a uma mudança drástica de tática (estavam jogando com 3 meias ofensivos centralizados e 2 centroavantes, me pergunto realmente se isso daria certo). Com todos os espaços do campo bem preenchidos, o ASA conseguia se impor mais em campo, mas do outro lado tínhamos uma equipe realmente bem organizada. Foi quando Ivânio foi expulso, deixando os cearenses com 10 em campo.

Oportunidade de jogar o time todo para o ataque. Já era tudo ou nada mesmo, pelo menos agora havia motivo pra equipe jogar mais ofensivamente. E lá estava José Márcio para marcar o dele, desde quando pisei no clube e vi esse cara, eu pensei: é o cara. E tá lá, é o cara mesmo.

Diferente do que eu sempre costumo fazer, eu decidi recuar a equipe, pedindo que olhassem mais os contra-ataques do Ceará (que tem 2 laterais muito velozes). Deu certo, o jogo se manteve no 1x0 (foi um jogo bem chato de se ver, já que o Ceará pouco produziu depois da expulsão). No fim, vencemos. Claro que vencer era só um requisito, ainda dependíamos dos outros.

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E Deus é pai e não padrasto. O Americano perdeu seu jogo e volta para a Série D após longos anos militando nas Séries B e C. Pra mim que já treinou o Sampaio, eu fico mais do que feliz de vê-los cair. Vai tarde, desgraça. No fim, respiramos aliviados, o ASA fica!

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No fim, do nosso grupo subiram o Capital e o Sport (que veio a ser vencedor). Os outros times que subiram foram o Londrina e o Joinville. O que me lembra que o técnico do Ceará ficou pistola comigo após o jogo, me menosprezando. Bom, o bonitinho vai ter chance de me enfrentar de novo em 2040, abraços 🙂

Após o fim do campeonato, sugeri alguns nomes para a diretoria contratar e preencher os espaços na equipe técnica, todos ex-conhecidos meus. Sem um diretor de futebol para as camadas jovens, indiquei Rafael Petrilio e eles conseguiram o contratar por uma pechincha de salário, aliás. O conheci nos tempos que estava no Paracatu e ele permanecia lá até o momento. Também indiquei Lucas Emanuel, ex-fisioterapeuta do Corumbaense e Helena Martins, ex-médica do Sampaio Correa. É sempre bom estar cercado de nomes conhecidos. A diretoria me perguntou se eu tinha interesse em contar com outro auxiliar, mas com mais de 15 anos de casa, preferi deixar Rafael Toledo no clube.

- Elliot, obrigado pela indicação, estou empolgado para esta nova fase da minha carreira.
- Não precisa agradecer, Rafael. Eu o indiquei por suas capacidades (mentira, eu só não sabia quem indicar).
- Já estou trabalhando na nova leva de jovens que o clube receberá. Acho que posso recrutar bons nomes aqui por Arapiraca, uma geração de ouro.

Geralmente eu não me importo muuuuuuuuuito com as fornadas dos clubes por onde passo, já que pouco aproveito os jovens, mas acho legal ver o desenvolvimento de alguns. Porém, sempre que leio "geração de ouro" eu dou risada e sei que não vai vir nenhum muleque que valha. Mas não é que Rafael me fez morder a língua?

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Pela tela percebe-se poucos nomes realmente interessantes (claro que contratamos todos, já que a equipe sub-20 do ASA estava desativada), mas me atentei a 2 jogadores que podem se tornar uns bons ativos do clube para o futuro. Biro Biro tem nome de craque e eu acho que ele pode se tornar o futuro dono da meta alvinegra. Não é um jogador com bons atributos mentais né, mas não chega a ser um camarão. Mas o garoto que realmente me chamou atenção foi um que Rafael deixou em segundo na análise.

 

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Sinceramente, eu acho que Nen pode se tornar um puta meia pra Série A. Pode até construir uma carreira fora do país. O garoto é super focado e determinado, chega com status de grande promessa e eu acho que muito em breve os grandes clubes do país estarão de olho na nova promessa arapiraquense.

Me reuni então com a diretoria, extremamente satisfeita com o trabalho que desempenhei em... 1 jogo. Os cartolas estavam felizes e compraram a ideia do presidente, único que de fato, estava empolgado com a minha contratação. O departamento de futebol então entrou de férias, me mandei para o Rio e fiquei por lá até o Natal. Conversei com Julia neste dia, inclusive.

- Elliot, por enquanto não consegui informações úteis sobre Thiago, mas estou na cola de um contrabandista ucraniano que pelo que me parece, tinha bons contatos com Yuri.
- Cuidado com essas coisas, você não é nenhuma Sra. Smith.
- Gatinho, antes de você ser treinador de futebol eu já estava sendo treinada por gente perigosa pra me virar. Aliás eu nunca fiquei bêbada de verdade, era só teatro naquela época.
- Você teve treinamento alcoólico?
- Claro, aprendemos de tudo.
- Disgraça a mulé é preparada mesmo.
- Quando eu tiver mais notícias, eu te digo. Vou quebrar esse aparelho, em breve te ligo de outro, beijos.

- Quem era, meu bem?
- Era a Júlia, ela segue em busca do neto de vocês.
- Eu nunca fui com a cara dessa garota. Ué, você é pai?
- Claro que sou, pai, tá doido agora é? hahahaha
- Ah é, você é pai.

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O tempo passou e eu não sofri calado. Expliquei a diretoria que se eles querem um ano menos sofrido do que 2039, que eles precisariam mexer algumas coisas no clube. A começar pela dispensa de medalhões que recebiam muito alto. Como ninguém se interessava em contratá-los e o contrato deles acabaria no fim do ano, só sugeri que não renovasse com eles.

- Mas Elliot, como vamos fazer sem eles?
- Nós temos Diretor de Futebol no clube, eu acredito que ele será capaz de atrair bons jogadores. Eu também tenho meus contatos, posso procurar alguns bons nomes. O que não pode é o time estar todo endividado e ainda bancando salário de 40mil pra jogador, né?
- Você tem razão, mas alguns são preferidos da torcida...
- Então criaremos novos ídolos.

Mais uma vez, a minha atitude foi mal vista pela diretoria, que me acusou de ser arrogante. Oras, não falei nenhuma mentira, pelo contrário, acredito que precisamos ser objetivos. E a maioria dos altos salários são por jogadores que nem tem tanta qualidade assim.

Fui então para casa, separei um bom Galiotto (pois já estava sem dinheiro) e comecei a analisar alguns jogadores que o diretor de futebol trouxe. Entre os que me chamaram a atenção e que foram contratados, estavam:

Geovane, jovem goleiro potiguar que estava na base do Palmeira e que foi dispensado pois queria "vôos mais altos";
Gilnei, bom ponta-direita que só jogou no Macapá e que pediu o boné do clube pelo mesmo motivo do anterior;
Carlos Spachi, zagueiro veterano que também foi despachado do Macapá... pelo mesmo motivo e que bate falta muito bem;
Buru, atacante com várias qualidades interessantes que podem desequilibrar o jogo. Eu não poderia esperar menos de um rapaz formado na base do São Paulo;
Popó, lateral que veio por empréstimo do Sport (contratação 100% com o dedo do diretor);
Franco Banavídez, meia experiente já em fim de carreira, mas muito cerebral. O vejo como um mentor para os jovens do clube;
Kossi Agblemagnon, volante togolês sugerido diretamente pelo empresário, que deve me conhecer por conta do alto número de africanos que já contratei. Este, diferente da maioria dos anteriores que eu conheci, tem realmente qualidade e vem para resolver um grande buraco que o time tinha, que era o de não ter um único volante.

Dentre todos os jogadores com alto salário, só não conseguiram dispensar Oldemar. Ele é muito querido pela torcida (e tem uma multa rescisória altíssima cof cof). Como era o único que tinha contrato até o fim desse ano, vai ficar no clube. Ele joga de forma satisfatória nas pontas, então pode quebrar um galho.

Equipe fechada, fizemos 2 amistosos, um contra o meu amado Lagarto, onde eles bravamente conquistaram um empate por 1x1. Fiquei emocionado ao ver meus antigos jogadores do outro lado e quase contratei um deles, mas a diretoria barrou por falta de dinheiro. Depois enfrentamos o Coruripe e vencemos por 3x1. 2 amistosos são pouco para preparar o time, mas fizemos o que podíamos.

E para a minha surpresa, esse é um dos campeonatos estaduais menos complicados que eu conheci até então: 9 times, todos se enfrentam. 2 caem, 4 vão para as semifinais. Primeiro contra o quarto, segundo contra o terceiro. 2 jogos, quem vence vai para as finais. Mais dois jogos definem o campeão. Todo estadual poderia ser assim, né CAMPEONATO SERGIPANO? Mas enfim, a última vez que o ASA venceu foi em 2035, desde então o CRB domina a área. Pudera, o time alagoano até na Série A já chegou. CSA pelo contrário, amarga várias temporadas na Série D. Ou seja, somos a segunda força do estado, mas só em questão de estarmos na Série C, pois o elenco do CSA é semelhante ao nosso, enquanto o do CRB é ligeiramente superior.

Começamos então a temporada enfrentando o fraco Murici Ramalho aqui é trabalho porra. No 11 inicial, notava-se que eu não estava de brincadeira quando queria renovar o elenco:

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Dentro de campo, Wilson e Buru resolveram as coisas ainda no primeiro tempo, 2x0 que poderia ter sido uns trocentos, tamanho o massacre estatístico. Depois desse jogo tropeçamos e apenas empatamos com o Miguelense. 2x2 que foi no sufoco e com gol no fim do jogo pra garantir o empate. Sofrido... aí já na terceira rodada vinha o CRB.

E meus amigos, considerados... que jogaço que fizemos. Quando o jogo começou, eu imaginei que seria um jogo difícil, primeiro pela qualidade do adversário e segundo pela falta de entrosamento do time. Talvez por alguma sorte ou talvez por direcionamento divino, Buru recebeu a bola em condição legal e logo aos 5 abriu o placar.

- Buru vai tomar no..............

Não consegui ouvir bem o que o técnico adversário disse, mas consigo imaginar o que tenha sido. Pedi concentração aos jogadores, e talvez o bom nível mental que eles tem possa ter ajudado a compreenderem de que se tratava de um grande jogo. Os jogadores defensivos ergueram uma muralha que se tornou implacável a qualquer adversário que tentasse explodi-la. Foi com certeza a melhor prestação defensiva de uma equipe minha. Sim, o placar se manteve 1x0 até o fim, 3 pontos comemoradíssimos, sobretudo por ter sido lá no Rei Pelé, diante de quase 17 mil cabeças chorosas.

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- Esses moleques vão descobrir quem é Elliot McNamara.
- Não culpe demais os garotos, Mac. Você fez sua carreira quase que inteiramente em clubes de menor expressão. Jogador nem vê futebol, eles só jogam. Quem tem que te conhecer é quem te contrata. É em campo que você vai mostrar seu trabalho.
- Nossa, você acordou sábio hoje ein, Digão?
- Eu não durmo nunca, daí fico lendo. Esses dias eu comecei a ler a biografia do maior jogador de todos os tempos.
- Pelé?
- Não po, Neymar.

Depois do CRB, enfrentamos o Santa Rita e vencemos novamente, agora por 2x0. Nossa campanha era boa até aqui, e o próximo adversário seria o último adversário de nome: o CSA. E por estarem na Série D, tive medo de que os nossos jogadores os menosprezassem, mas tratei de lembrá-los que clássico não vê divisão. Porém, mesmo jogando em casa, os ânimos ficaram mais abalados, e se não fosse o gol de Buru, talvez o jogo tivesse sido mais feliz para o CSA, tal como foi para nós contra o CRB.

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Fizemos então só 3 jogos em março, já que com 9 times no campeonato, em uma rodada a gente folgaria. Enfrentamos algumas dificuldades contra o Penedense, mas vencemos por 3x2. Já contra o Dimensão Saúde, 1x0 foi o suficiente, enquanto que contra o Comercial, a sensação é a mesma da partida contra o Murici: poderia ter sido uns trocentos, mas foi só 2x0. No final, a classificação ficou assim:

 

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Ficamos a apenas 1 ponto do CRB, que meteu-lhe foi gol no campeonato. Apesar da classificação tranquila sem derrotas, sinto que derrapamos nos 2 empates e poderíamos ter terminado a primeira fase até 100%. Mas vida que segue, pois enfrentaríamos o CSA e não dava pra bobear.

O primeiro jogo foi no Rei Pelé, e tivemos nosso dia de "CRB": Tomamos um gol logo no início do jogo. Amaral apareceu sozinho e não deu a menor chance para Geovane, que só assistiu a bola passar longe dele e entrar no gol. Depois disso sofremos um apagão e a equipe pouco fez em campo. Mesmo a posse de bola que é uma de nossas maiores armas não foi de todo bom nesse jogo. Não circulávamos a pelota como de costume, foi um desastre. No fim, 1x0 que poderia nos custar caro.

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Após uma semana de treinamentos, eu claro que reuni as tropas e lhes pedi mais dedicação. Eles pareciam ter entendido o recado, mas da mesma forma que na primeira partida, Amaral abriu o placar logo no início do jogo. Comecei a gritar:

- Buru, vai tomar no...

E parece que ele resolveu acordar: Marcou um golaço, diminuindo nossa desvantagem. Apesar de estarmos fazendo um jogo feio tal como foi o primeiro jogo das semifinais, achei que com um pouco mais de energia, os garotos buscariam as forças necessárias para marcar mais um. Mas o problema de mandar os jogadores para o ataque é que o time adversário pode explorar isso. E o fizeram: Num contra-ataque mortal, Janduir marcou o segundo já aos 75' e basicamente sacramentou nossa eliminação. José Lairte ainda diminuiu nos acréscimos, mas naquele momento pedir o terceiro já era muito. O empate no número de gols nos classificaria pela melhor campanha, mas infelizmente não será em 2040 que Elliot McNamara venceria o Alagoanão.

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Assim que o jogo acabou, o presidente veio até a mim no vestiário. Eu esperava pelo pior.

- Elliot, gostaria de dizer que...
- Eu imagino, irá me mandar embora por conta da campanha.
- O que? Não rapaz, se acalme bichinho. Estamos bem satisfeitos com a campanha, e apesar de acharmos que dava pra passar do CSA, sabemos e não menosprezamos a força do nosso rival.
- A diretoria segue impaciente comigo, não é?
- Um pouquinho, um pouquinho hahahah, mas não se preocupe. Eu confio no seu trabalho e gosto da forma como tocou as coisas até aqui. É a melhor campanha do time no estadual em 3 anos.

 

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De fato, dava para se orgulhar da campanha, só perdemos 1 vez e empatamos 3, o resto foram vitórias, com destaque para vencer o CRB na casa deles.

 

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Acho que não é nenhuma novidade que Buru é o cara da temporada, não é mesmo? O atacante do nome tosco tá metendo o Buru nos adversários. Wilson já estava aqui quando cheguei e é outro que vem fazendo bom campeonato. Os homem da defesa (Spachi e Bruno Paulo) foram muito sólidos, com Spachi até marcando 2 gols de falta. Ainda tem o Louro Loiri José. Mas estou um pouco decepcionado com o desempenho do togolês e de José Márcio. Esperava mais deles, mas vejo muita timidez em ambos.

Ah, e o Nen? Então.

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O rapaz já deu uma boa desenvolvida e começou a receber contato de grandes clubes brasileiros, como Cruzeiro, Internacional, Botafogo, Vasco, Flamengo, Corinthians, além de sondagem de outros clubes. Junto ao diretor de futebol, sugeri um bom plano de carreira para o garoto, com foco em seu desenvolvimento e futura saída quando estiver mais maduro. Ele aceitou e em breve deve estar aceitando um contrato que aumentará o seu vínculo em +2 anos (até 2043) e que aumentará seu salário para 10 mil por mês caso faça mais 9 jogos pelo clube esta temporada (já estreou no segundo tempo do primeiro jogo contra o CSA).

Eu confesso que fiquei feliz com o envolvimento neste caso. É bacana, mesmo que eu saia do ASA em breve, ver uma boa joia sendo lapidada no quintal de casa e podendo render bons frutos financeiros no futuro.

Até por que o buraco de dívida do clube parece não ter fundo, não, mesmo com a injeção de grana da diretoria.

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- Agora é arregaçar as mangas e trabalhar.
- Olá Elliot, como vai?
- Oi Lúcio, o que faz aqui no clube?
- Bom, vim pedir meu adiantamento né, você não está pagando meus honorários.
- Tu é folgado, mas tem prestado um bom trabalho nos últimos tempos. Tome aqui.

- Bom trabalho entre aspas né, Mac? O cara te meteu em 2 furadas, sorte que tu deu teu jeito.
- Nah, poderia ser pior, e eu precisava mesmo de alguém gerindo minha carreira. Quem me garante que você estaria fazendo papel melhor?
- Me respeita rapaz! Só te arrumei bons empregos!
- Claro po, e me ajudou a enroscar o pescoço num grande problema com a máfia.

E enquanto eu conversava com minha entidade sobrenatural preferida, fui zapear o celular para ver como andavam os times que enfrentaria na Série C. Foi quando descobri que Aribé anda escalando bem sua carreira de técnico, tanto que agora treina o Ceará...

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  • Fujarra changed the title to Do Oiapoque ao Chuí: O Rei dos Estaduais - Chegou o bombeiro em Alagoas. [Att: 08/07]

Chegar pra ser bombeiro é comum na vida de treinador. Mas chegar faltando um único jogo, contra o líder, e precisando de resultado paralelo ainda, aí já é demais. Te meteu em um buraco e tanto, hein? Mas no fim deu tudo certo.

No estadual o time foi bem, só que falhou justo quando não podia falhar. Fica a sensação de que dava pra ter sido campeão.

 

E cadê o Rodrigo, o cara que tu ia levar pro clube que fosse?

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  • Vice-Presidente

Não sei porque, sempre tive a impressão de que o ASA fosse um time alagoano.

Já começou chegando e evitando cair, o que é bom para o treinador, agora só falta golear o Parmera.

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  • Fujarra changed the title to Do Oiapoque ao Chuí: O Rei dos Estaduais
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    • FelipeRodr
      Por FelipeRodr
      Olá, estou editando as regras do Brasil, para fazer novas divisões do br, no entanto, me deparei com uma questão
      Se eu editar as regras do zero, perco todos os formatos de competições do pais, tendo q recria-los, (leva tempo mas da pra fazer) ...porem n consigo colocar o formato do paulistão que consiste em 4 grupos de 4, sendo q os do msm grupo n se enfrentam, apenas se passarem para as quartas. e se eu copiar as regras atuais, n consigo editar os estaduais e as series A,B e C...impossibilitando meu interesse de alterar qualquer coisas nestas ligas, incluindo premiações.
      Gostaria de saber se alguem ja dominou pelo menos um pouco o editor avançado pra poder fazer as regras reais dos estaduais do zero?
    • Nei of
      Por Nei of
      Introdução
       
      Bem amigos do Football Ménage Brasil, foi dada a largada de mais uma grande história com a marca Nei produções®, com a benção de padim Cano, fazendo o L para não sofrer dano.
      Com o ímpeto campeão do Botafogo e a volúpia de Gérson marcando, trago o inimaginável: ficção e FM com títulos. Repito, com títulos!
      Pensei muito para construir essa história, que poderia ser lançada no FM20, mas quis o destino (um amigo) conceder a oportunidade de trilhar no FM23 a jornada que proponho. Ou seja, menos desatualizado.
      Comecei o jogo já e estou gostando demais dessa versão. Experimento algo que não sentia desde o FM17 - melhor de todos -, que é o entendimento do jogo. Curiosamente, a minha inabilidade nata não é obstáculo quando tratamos das divisões mais baixas, e costumo ter mais sucesso (o Coritiba habita em mim).
      Pensei em começar sempre na segunda divisão de cada país, mas sendo ruim, era capaz de passar o save inteiro sem acesso, nem título (isso ainda é possível).
      Sendo isso, a proposta é a seguinte: passar por todas os países que compunham a antiga URSS, vencendo os campeonatos nacionais.
      Consegui quase todas as ligas desses países, com exceção do TADIQUISTÃO, que será carinhosamente substituído pelo grande país Mongólia - por motivos afetivos, ficcionais e curiosidade.
      A saga da treinadora, Larysa Glodan, ucraniana radicada nas estepes mongóis, seguirá uma escada partindo do país menos ranqueada pela FIFA (considere seleção, não liga), até chegar na Rússia (veja, a Ucrânia, hoje, é a com melhor ranking, mas eu quero terminar na Rússia e o jogo meu e eu faço o que eu quero. Hunf).
      Dei uma melhorada no youth intake. 
      Pois então, seguirei o seguinte caminho:
       
       Mongólia
       Moldávia
       Turcomenistão
       Lituânia
       Letônia    
       Azerbaijão
       Estônia    
       Bielorrússia
       Cazaquistão
       Quirguistão
       Armênia
       Geórgia
       Uzbequistão
       Ucrânia
       Rússia
       
      As atualizações sairão da seguinte forma:
       
      Protocolo: Larysa
      Trabalha a história pessoal da treinadora e os eventos que perpassam o campo de jogo. A parte ficcional está profundamente relacionada com o desempenho no campo, considerando-o como dados de um RPG.
       
      O Mapa
      Contextualiza o leitor sobre os eventos relacionados à ficção, ao país e/ou ao clube/seleção.
       
      O Campo
      Atualiza trimestralmente o desempenho de Larysa na direção técnica dos clubes que passar.
       
      Valhei-me Santo AlexVivas nessa caminhada.
       
    • Leho.
      Por Leho.
      Essa é pra quem é conservador no FM e ainda gosta de jogar somente no "campo 2D Clássico", igual a mim hahahaha! Esse MOD acaba dando um acabamento melhor nos ícones, principalmente pra dar a noção pra onde os botõezinhos estão virados e "olhando".
      Eles ficam num formato como se fosse de uma gota, olha só:
      Pode parecer besteira, mas pra mim faz toda a diferença esses nuances heheh!
       
      📍Instalação
      - Inicie o FM, limpe o cache (gráfico) e feche o jogo na sequência;
      - Extraia a pasta "textures", que está dentro do arquivo de download, para a seguinte pasta:
      \Documents\Sports Interactive\Football Manager 2020 
      (É isso mesmo, NÃO é pra extrair dentro da pasta `graphics´ e sim na pasta raiz do jogo!)
      - Inicie novamente o FM.
       
      📍Créditos
      - Ao autor Valefore 
       
       
      ⬇️ DOWNLOAD
    • Nei of
      Por Nei of
      “Depois de maio de 1940, os bons tempos se acabaram: primeiro a guerra a capitulação, seguida da chegada dos alemães. Foi então que, realmente, principiaram os sofrimentos dos judeus. Decretos anti-semitas surgiam, uns após os outros, em rápida sucessão. Os judeus tinham de usar, bem à vista, uma estrela amarela; os judeus tinham de entregar suas bicicletas; os judeus não podiam andar de bonde; os judeus não podiam dirigir automóveis. Só lhes era permitido fazer compras das três as cinco e, mesmo assim, apenas em lojas que tivessem uma placa com os dizeres: LOSA ISRAELIA. Os judeus eram obrigados a se recolher a suas casas às oito da noite, e, depois dessa hora, não podiam sentar-se nem mesmo em seus próprios jardins. Os judeus não podiam frequentar teatros, cinemas e outros locais de diversão. Os judeus não podiam praticar esportes publicamente. Piscinas, quadras de tênis, campos de hóquei e outros locais para a prática de esportes eram-lhes terminantemente proibidos. Os judeus não podiam visitar os cristãos. Só podiam frequentar escolas judias, sofrendo ainda uma série de restrições semelhantes.
      Assim, não podíamos fazer isto e estávamos proibidos de fazer aquilo. Mas a vida continuava, apesar de tudo Jopie costumava dizer-me: _ A gente tem medo de fazer qualquer coisa porque pode estar proibido. _ Nossa liberdade era tremendamente limitada, mas ainda assim as coisas eram suportáveis.” Diário de Anne Frank, págs. 11 e 12.
       
      Não possuo qualquer ligação com a comunidade judaica, nem ascendência ou apreço maior por algum clube com tal relação. Por outro lado, os absurdos cometidos pelos nazistas foram muito bem documentados para não deixar ninguém incauto. Nada obstante, a idiotice humana aparece com mais força em tempos e situações de escassez (econômica, política, cultural...), portanto não me surpreendem que manifestações preconceituosas se reciclem em nossa história.
      A não ser que cheguemos em um tempo de disponibilidade total de recursos (o que considero improvável), entendo que o preconceito sempre existirá, transmutando-se em mentes fracas e com medo. Sim, o preconceito é a voz do medo e faz do ódio seu fio condutor. Por isso, não consigo ver muito sentido na frase comum: “não acredito que em 2019 alguém ainda pense assim”. Pois pensamos absurdos todo santo dia e o melhor que podemos fazer é explorar nossas opiniões, amadurecê-las e buscar evoluir – a expressão preconceituosa é imatura, fechada em si mesma e irracional.
      Apesar de não ser judeu, meu nome – para quem ainda não sabe – é Israel (tambores de revelação). O livro da Anne Frank chegou agora em minha vida e a genialidade, sensibilidade e capacidade de transmitir a crueldade e dor de um período com a sutileza do olhar de uma criança de 13 anos, me tocou demais.
      Pensei, portanto, em fazer uma jornada entre Alemanha e Holanda, lugares por onde Anne passou. Mas como ficaria um tanto limitado, decidi que vou começar de baixo, trabalhando em clubes com ligações à comunidade judaica, especialmente em Alemanha, Holanda e Israel, eventualmente jogando em algum clube dos EUA. O objetivo é chegar ao topo da carreira treinando Ajax e/ou Tottenham.
      A princípio começaria em Frankfurt, mas não consegui encontrar na base de dados (German System Football League - dica muito boa do @Johann Duwe) que estou utilizando o FC Gudesding Frankfurt, um clube criado por amigos judeus em Frankfurt an Main, cidade de nascimento de Anne. Enquanto procurava, me chamou atenção o TuS Makkabi Berlin e é por lá que vamos começar. Ou melhor, por onde Pedro Van Pels vai começar sua carreira.
       
      Makkabi Berlin
      Fundado em 1898, o clube antecessor Bar Kochba Berlin era uma das maiores organizações judaicas do mundo em 1930, com mais de 40.000 membros de 24 países, parte do movimento geral de Bar-Kochba destinado a promover a educação física e a herança judaica. O clube organizou equipes em vários esportes, incluindo um time de futebol que competiu nas ligas da cidade entre 1911 e 1929. Em 1924, Lilli Henoch, recordista mundial de eventos de discus, arremesso de peso e revezamento de 4 × 100 metros, treinou as mulheres. (Henoch foi assassinada pelos nazistas em um gueto próximo a Riga, Letônia, em 1942).
      Em 1929, o Bar Kochba fundiu-se com o Hakoah Berlin para formar o clube esportivo Bar Kochba-Hakoah . O lado Hakoah teve um sucesso cada vez maior, conquistando três campeonatos consecutivos na divisão inferior entre 1925 e 1927. Eles eram promovidos a cada vez até que, em 1928, jogavam futebol de primeira linha. O lado recém-combinado continuou a competir como Hakoah depois de 1929.
      A ascensão ao poder dos nazistas no início dos anos 30 levou à discriminação contra judeus e, em 1933, as equipes judias foram excluídas da competição geral e limitadas a jogar em ligas ou torneios separados. Em 1938, as equipes judaicas foram banidas imediatamente, quando a discriminação se transformou em perseguição.
      Em 26 de novembro de 1970, o TuS Makkabi Berlin foi formado a partir da fusão da Bar-Kochba Berlin (ginástica e atletismo), Hakoah Berlin (futebol, restabelecido em 1945) e Makkabi Berlin (boxe).
      Aparentemente não possui quaisquer títulos, mas poderei descobrir mais sobre o clube no decorrer.
      O clube joga a Berlin Liga, que faz parte do sexto nível do futebol alemão, tendo o seguinte caminho de ascensão:

       
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      Ligas selecionadas:
       

       
    • EduFernandes
      Por EduFernandes
      Tópico único dedicado aos campeonatos estaduais do Nordeste para esse ano de 2022.
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