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Governo Jair Bolsonaro (2019-2022)


Aleef

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Sempre achei que os Bolsonariozinhos iriam ser o "calcanhar de Aquiles" da base do pai. Parecem bem imaturos (e quase mimados) politicamente. Não deu outra.

É aquele velho ditado: uma coisa é ser pedra, a outra é ser vidraça.

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Os que se começam a engajar com políticas normalmente seguem um "percurso" de crença:

Primeiro se iludem,

Depois revoltam-se e resolvem votar no candidato da vibe do momento,

Mantem-se iludidos

Resistem às contradições e

no fim, acabam acomodando-se.

E alguns conformando-se (no sentido corrompendo-se).

 

É a nossa democracia de ideais (e agora sem ideologia) propostas por contrários, repleto de dogmas partidários e pouca objetividade.

A contradição é importante para a política. Mas até quando é importante se o que importa fica em segundo plano.

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20 horas atrás, ArquitetoZ disse:

É a nossa democracia de ideais (e agora sem ideologia) propostas por contrários, repleto de dogmas partidários e pouca objetividade.

 

Você diz isso com ou sem ironia?

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3 horas atrás, Douglas. disse:

Você diz isso com ou sem ironia?

Existe difereça entre ideologia, dogmatismo e doutrina.

A doutrina moral cristã agora está mais protegida pelo grupo político eleito. Governo falindo e não farão o recomendado de cobrar imposto de igreja evangélica e outras que movimentam dinheiro.

A ideologia que propunha uma mudança perdeu. Ou que pelo menos parecia uma ameaça a parte do grupo religioso que elegeu o nosso próximo presidente.

Mas a palavra certa para definir direita e esquerda tem a ver com que tipo de dogma. Para cada lado as opiniões e concepções de mundo chegam a ser indiscutíveis.

O homem quer obter o conhecimento, saber algo, ter certeza ou confiar em uma verdade. Se não é um cético, qual método pretende usar? Dogmatismo é quando se pressupõe que tais verdades podem ser obtidas de forma absolutamente segura ou quando as defende achando que está propagando algo de certo e bom.

Ao que a esquerda faz acho que é ideologia.
Ao que a direita defende acho que é doutrina cristã. Você considera que libertário é uma forma de ideologia? Ideologias são também  amálgama de teorias liberais, neoliberais e libertarianista, mas quando trata-se de questões religiosas, já não se trata mais da Razão (faculdade de entendimento do homem) e sim de Fé, ou seja, não é ideologia, é doutrina.

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36 minutos atrás, ArquitetoZ disse:

Existe difereça entre ideologia, dogmatismo e doutrina.

A doutrina moral cristã agora está mais protegida pelo grupo político eleito. Governo falindo e não farão o recomendado de cobrar imposto de igreja evangélica e outras que movimentam dinheiro.

A ideologia que propunha uma mudança perdeu. Ou que pelo menos parecia uma ameaça a parte do grupo religioso que elegeu o nosso próximo presidente.

Mas a palavra certa para definir direita e esquerda tem a ver com que tipo de dogma. Para cada lado as opiniões e concepções de mundo chegam a ser indiscutíveis.

O homem quer obter o conhecimento, saber algo, ter certeza ou confiar em uma verdade. Se não é um cético, qual método pretende usar? Dogmatismo é quando se pressupõe que tais verdades podem ser obtidas de forma absolutamente segura ou quando as defende achando que está propagando algo de certo e bom.

Ao que a esquerda faz acho que é ideologia.
Ao que a direita defende acho que é doutrina cristã. Você considera que libertário é uma forma de ideologia? Ideologias são também  amálgama de teorias liberais, neoliberais e libertarianista, mas quando trata-se de questões religiosas, já não se trata mais da Razão (faculdade de entendimento do homem) e sim de Fé, ou seja, não é ideologia, é doutrina.

 

Mas as pautas não são somente baseadas em religião. O conservadorismo empresta da religião o que convém, deixa fora toda a parte de caridade, dar a outra face e afins. O pessoal fica puto quando usam isso como contra-argumento quando falam em imigração e impostos justamente por isso.

Sem contar que só por se mostrarem dispostos a se alinhar a governos de direita e se distanciar de governos de esquerda, já é uma postura ideológica.

 

 

 

 

 

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É possível governar sem ideologia, como promete Bolsonaro?

Mariana Schreiber - @marischreiber Da BBC News Brasil em Brasília
  • 22 novembro 2018

(...)

Mas, afinal, é possível governar sem ideologia? Na visão de intelectuais estrangeiros ouvidos pela BBC News Brasil, todo governo possui alguma forma de linha ideológica que pauta escolhas na hora de implementar políticas públicas - e isso não é necessariamente negativo ou positivo.

"Algumas pessoas fantasiam que é possível governar fora ou acima de ideologia, mas isso não é realista. Governar é fazer escolhas sobre resultados políticos (a serem alcançados) e, portanto, deve ser guiado por alguma noção do que é desejável politicamente. Não há nada intrinsecamente errado com um governo guiado por ideologia", afirmou o cientista político Anthony Pereira, diretor do Brazil Institute, da universidade King's College (Reino Unido).

"Bolsonaro tem uma ideologia de direita rígida, socialmente conservadora e economicamente liberal", avalia o professor.

O que é ideologia?

"Não há política não ideológica", afirmou também à reportagem Michael Freeden, professor de ciência política na Universidade de Oxford (Reino Unido) e autor do livro Ideologia, Uma Breve Introdução (sem edição no Brasil).

Ele define ideologia como "modos (padrões) de pensar politicamente que todos temos" e que se agrupam "em famílias de ideias". Segundo o professor, as diferentes ideologias "competem" na política com objetivo de apoiar ou criticar políticas públicas e formas de organização coletiva.

Ficou confuso? Vejamos uma exemplo concreto de Freeden. "Se, digamos, questões sobre a austeridade ou a regulamentação dos bancos estão em evidência, diferentes ideologias tentarão vencer o debate apelando às virtudes da iniciativa privada, ou à necessidade de transparência pública e prestação de contas, ou à maior redistribuição de riqueza", escreveu o professor em um artigo sobre o tema.

A partir desse exemplo, é possível entender como uma indicação "técnica" e "não partidária" - de um economista para comandar o Ministério da Fazenda, por exemplo - continua sendo ideológica, na medida em que representa um determinado ponto de vista sobre como governar.

O filósofo americano Jason Stanley, professor da Universidade de Yale (EUA) e autor do livro Como o Fascismo Funciona (com previsão de lançamento em dezembro no Brasil) - ressalta que há diferentes definições para o conceito de ideologia.

Para alguns teóricos, ele tem um senso negativo. Nessa pespectiva, explica o professor, "uma ideologia é um conjunto de práticas que favorecem o interesse próprio de um partido, fato que é mascarado de maneiras sutis ou não tão sutis".

Essa é a acusação que Bolsonaro com frequência direciona aos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016). Em um vídeo divulgado em julho, por exemplo, quando repudiou a decisão do desembargador do TRF-4 Rogério Favreto de soltar o ex-presidente, o então candidato do PSL disse que "todas as instituições estão aparelhadas" pelo PT.

Uma outra definição para ideologia, que Stanley prefere e se aproxima da defendida por Michael Freeden, é "descritiva". Ela entende ideologia como "um ponto de vista sobre o que se deve fazer" que "se associa a um conjunto de práticas" para implementar essas percepções.

Segundo o filósofo, é "certamente possível" governar sem ideologia se considerarmos o senso negativo, de instrumentalização do governo para favorecer um partido. No entanto, ele diz, é "impossível" governar sem ter um ponto de vista ideológico sobre como governar.

"Minha preocupação com aqueles que afirmam governar 'não-ideologicamente' é que eles tipicamente se envolvem em ideologia nesse sentido negativo. Eles promovem a pretensão de governar não-ideologicamente como uma maneira de mascarar um governo que favorece seus próprios interesses", afirma Stanley.

'Quanto menor o espaço para discordância, mais ideológico é o governo'

Para Barbara Weinstein, professora de história da América Latina e do Caribe na New York University (EUA) e especializada em Brasil, o discurso adotado por Bolsonaro de que governará "acima da ideologia" serve como "uma tentativa extrema de naturalizar suas posições ideológicas".

"E nisso ele é auxiliado por movimentos evangélicos de direita que consideram suas posições como 'dadas por Deus' e, portanto, fora de questão, mesmo que violem a Constituição Brasileira de 1988", acrescenta.

Na sua avaliação, os governos do PT foram claramente ideológicos, mas "mais flexíveis e centristas" do que as diretrizes do partido antes de assumir a Presidência. Nesse sentido, ela considera que a administração de Bolsonaro tende a ser ainda mais ideológica que os governos anteriores, na medida em que parece pouco aberta a posições divergentes.

Durante a campanha, Bolsonaro chegou a dizer que "esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria", recorda a professora. Depois de eleito, ele afirmou que se referia à cúpula do PT e do PSOL e que a mensagem era de que "quem desrespeitar a lei sentirá o peso da mesma contra a sua pessoa". Justificou também a declaração como sendo um "desabafo" de campanha.

"Todo governo é ideológico e isso não é em si algo bom ou ruim. Precisamos perguntar quão rígidas ou extremas são as posições ideológicas do governo e, em uma democracia, até que ponto os cidadãos que não concordam com as posições ideológicas do governo têm o direito de discordar. Quanto menor o espaço para discordância, mais ideológico é o governo", argumenta.

Para Weinstein, o movimento Escola sem Partido, que Bolsonaro apoia contra o que ele considera doutrinação nas escolas, é "extremamente ideológico". Ela ressalta que todo professor parte, em algum grau, de sua própria visão de mundo, quando decide o que vai ensinar e como.

"É o Escola sem Partido e seu esforço para policiar as salas de aula que representam uma ameaça à liberdade acadêmica e à credibilidade das instituições educacionais brasileiras no país e no exterior", critica.

"Há um número inestimável de fatos históricos. A própria seleção de quais fatos apresentar (em sala de aula) é um ato de interpretação", ressalta a historiadora.

(...)

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46307711

 

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23 horas atrás, Douglas. disse:

 

Mas as pautas não são somente baseadas em religião. O conservadorismo empresta da religião o que convém, deixa fora toda a parte de caridade, dar a outra face e afins. O pessoal fica puto quando usam isso como contra-argumento quando falam em imigração e impostos justamente por isso.

Sem contar que só por se mostrarem dispostos a se alinhar a governos de direita e se distanciar de governos de esquerda, já é uma postura ideológica.

Acho que você não prestou atenção aos conceitos "dogmatismo" e "doutrina". A ideologia pode ser classificada como dogmática? Sim. Mas a ideologia utiliza de Razão para ter alguma certeza e suas próprias verdades; por outro lado a doutrina não precisa de razão alguma, independente de sua motivação ou finalidade. Ou com quem trabalha junto. O conceito filosófico de ideologia perdeu-se no senso comum assim como muitas outras palavras que o idioma Português pegou do latim e do grego.

Ps.: não sou a favor de muita coisa do próximo governo, mas defendo que a eleição seja respeitada e o governo dele possa ser estável; não participo dos que provavelmente tumultuarão.

Editado por Visitante
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2 horas atrás, ArquitetoZ disse:

Acho que você não prestou atenção aos conceitos "dogmatismo" e "doutrina". A ideologia pode ser classificada como dogmática? Sim. Mas a ideologia utiliza de Razão para ter alguma certeza e suas próprias verdades; por outro lado a doutrina não precisa de razão alguma, independente de sua motivação ou finalidade. Ou com quem trabalha junto. O conceito filosófico de ideologia perdeu-se no senso comum assim como muitas outras palavras que o idioma Português pegou do latim e do grego.

Bom, se está querendo dizer que é possível tomar qualquer decisão sem que passe pela razão, é um conceito bem curioso. Não me vem à mente nenhum conceito (dogmático ou não) que não possa ser racionalizado.

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19.dez.2018 às 20h37

Justiça de SP suspende direitos políticos de Salles, indicado por Bolsonaro para o Meio Ambiente

 

Ricardo Salles, futuro ministro do Meio Ambiente. (Foto: Divulgação)

Ana Carolina Amaral

Indicado por Bolsonaro para ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles foi condenado nesta quarta (19) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por improbidade administrativa, em um ação movida pelo Ministério Público em 2017, quando ele ocupava o cargo de secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo.

O juiz Fausto José Martins Seabra condenou Salles à suspensão dos direitos políticos por três anos e o pagamento de uma multa equivalente a dez vezes o salário de cerca de R$20 mil que recebia quando secretário. Com a decisão, ele também fica proibido de ser contratado pelo Poder Público.

Salles lia a sentença quando conversou com o blog por telefone. Afirmou que ainda deve analisar a decisão com advogados e possivelmente recorrer. A sentença foi dada em primeira instância e ainda cabe recurso.

“Estou lendo aqui e o juiz destacou que não houve dano ao ambiente, nem ao Poder Público, e nem enriquecimento da minha parte, por isso a pena foi mínima”, comenta.

Questionado se a condenação pode impactar sua indicação ao ministério, Salles respondeu que a decisão não depende só dele. “Ainda vou conversar com o Bolsonaro”, diz.

A ação acusa Salles de cometer fraude na elaboração do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental Várzea do Rio Tietê, com propósito de beneficiar empresas de mineração e filiadas à Fiesp – Federação da Indústria do estado de São Paulo.  Inquérito civil apurou irregularidades como a modificação de mapas, alteração da minuta do decreto do plano de manejo e perseguição a funcionários da Fundação Florestal.

“Não foi imputado a mim nenhuma conduta séria; eu interferi em um processo que não deveria”, defende o ex-secretário em entrevista ao blog.

(...)

https://ambiencia.blogfolha.uol.com.br/2018/12/19/justica-de-sp-suspende-direitos-politicos-de-salles-indicado-por-bolsonaro-para-o-meio-ambiente/

 

 

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13 horas atrás, PMLF disse:

Toffoli lvcido achei que ele iria arregar por ter sido do PT, mas fez o certo.

E o Marco Aurélio esperou até o ultimo minuto do último expediente antes do recesso pra soltar uma decisão que beneficia o Lula. Mas segunda os petistas, Lula é vítima do sistema, e não parte dele.

Editado por raskor
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21 horas atrás, Douglas. disse:

Bom, se está querendo dizer que é possível tomar qualquer decisão sem que passe pela razão, é um conceito bem curioso. Não me vem à mente nenhum conceito (dogmático ou não) que não possa ser racionalizado.

Me parece que a razão que você acha que é, é aquela que nos referimos quando alguém está certo. As ideias são entes racionais, existe algum esforço em compreender os fenômenos da natureza e do mundo, e quando acham que de uma forma é melhor do que a outra, as pessoas tornam-se adeptas de ideologia. Em religião, por exemplo, acredita-se ou não, alguns preferem a Fé e crer, outras preferem a Razão e "I don't want to believe; I want to know". A diferença entre alguém que crê na própria opinião pessoas e aquela que deseja o conhecimento é que "crer no que quiser não requer tanta atividade racional do que analisar criticamente os fatos sob perspectivas lógicas e racionais para buscar chegar a uma verdade segura e não arbitrária.

anyway é bom que faça a dialética, mesmo que discorde de mim, e isto faz bem. Para saber mais sobre conceitos e significado abrangente de palavras, recomendo o Dicionário de Filosofia do Abbagnano.

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15 horas atrás, ArquitetoZ disse:

Me parece que a razão que você acha que é, é aquela que nos referimos quando alguém está certo.

Não mesmo. Ainda expliquei que mesmo que uma posição pareça que não tenha uma razão por trás, ainda é possível racionalizar a partir de outros conceitos, também racionais.

Pouquíssimas reações são puramente instintivas. Mesmo coisas como medo, que parecem irracionais, muitas vezes têm uma razão de ser.

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Em 21/12/2018 at 13:08, Douglas. disse:

Não mesmo. Ainda expliquei que mesmo que uma posição pareça que não tenha uma razão por trás, ainda é possível racionalizar a partir de outros conceitos, também racionais.

Pouquíssimas reações são puramente instintivas. Mesmo coisas como medo, que parecem irracionais, muitas vezes têm uma razão de ser.

Estive pensando sobre se o próximo governo é ou não ideológico.

Considero que Jair tenha agradecido aos votos de ateus, mesmo que o símbolo da campanha mencione o nome de um ente divino (Deus acima de todos). Compreende-se que existe um Ser infinitamente bom e que protege as pessoas de bem, é claro, com a ajuda das leis humanas e dos seres humanos que atuam para defender as "pessoas de bem".

Discordo que a Fé seja motivada por Razão. Um movimento político baseado somente em fé seria, portanto, doutrinário, pois para a tradição moderna, fé não se confunde com razão.

Mas existe sim um fundo ideológico no próximo governo que, ao que me parece, não é determinante para as relações exteriores ou para as tomadas de decisão. Ele vai governar sobre um tripé: (1) maioria cristã, (2) leis brasileiras e (3) liberalismo econômico. A primeira é pela via da fé; a segunda é pela via legal; e sim, a terceira é a via racional-ideológica.

Editado por Visitante
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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/celso-rocha-de-barros/2018/12/brasil-da-adeus-ao-centro.shtml

Achei essa coluna do Celso Rocha de Barros sobre o governo que vai começar muito boa. Segue o texto:

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Supondo que arrumem um substituto para Fabrício Queiroz na direção do Rolls-Royce, Jair Bolsonaro deve tomar posse como presidente do Brasil no próximo dia 1º. 

Será o fim do intervalo não decorativo de Michel Temer e o início da primeira experiência brasileira com extremismo ideológico eleito democraticamente.

Não sabemos como será o governo Bolsonaro, que compromissos está disposto a fazer, que compromissos será obrigado a fazer. Mas é indiscutível que ninguém até hoje venceu eleições no Brasil com um discurso tão distante do centro. 

A formação do ministério não sinalizou qualquer disposição para o compromisso. O governo Bolsonaro começará com mais generais no ministério do que os governos da ditadura —e eles parecem moderados comparados a seus companheiros de gabinete. 

Os doentes olavistas emplacaram pastas importantíssimas, o ministro do Meio Ambiente está lá só para liberar licenças, a ministra dos Direitos Humanos está lá porque os evangélicos ainda não tinham emplacado um ministério. 

Guedes não está entre os liberais brasileiros com mais noção das concessões que o liberalismo precisa fazer em um país desigual como o Brasil. 

E há o entusiasmo da base bolsonarista por golpe de Estado. Na semana passada, a decisão do ministro Marco Aurélio fez com que os novos governistas fossem para as redes sociais pedir “um soldado e um cabo” que fechassem o STF. 

Felizmente, o motorista do jipe que os levaria até o tribunal era o Queiroz, que no dia havia metido atestado médico.

Os filhos de Bolsonaro são também exemplos de outro problema: o fanatismo como carreirismo. 

Os Bolsonaros Jr. têm tentado cavar espaço no poder como ideólogos, porque como administradores ou articuladores suas chances são pequenas. “Fanatismo como Carreirismo”, aliás, deveria ser inscrito no brasão do PSL. 

É até difícil imaginar o que teria sido um governo de esquerda com esse grau de radicalismo. Acho que começaria dando calote na dívida e até o final da primeira semana teria estatizado o sistema financeiro. 

Os ex-guerrilheiros nos ministérios teriam que ter saído de guerrilhas vitoriosas e ainda armadas, talvez pelos imigrantes haitianos ou pelos médicos cubanos.

O governo Bolsonaro é isso: a imagem invertida do que o governo petista foi no WhatsApp dos bolsonaristas, e só lá. E foi isso que venceu a eleição, foi isso que elegemos. 

Ainda veremos como será a resultante dessas forças internas. Pode surgir uma coalizão moderada dentro do governo, tomara que surja, seria bom para o país —há gente que passaria no psicotécnico na área econômica, na justiça, entre os generais. 

Mas vale lembrar que até hoje os americanos estão esperando pelo sujeito que será o “adult in the room” do governo Trump. 

O governo Temer provou que a direita tem muito mais chances de ser corrupta e sair impune do que a esquerda. 

O governo Bolsonaro pretende provar que os entraves ao fanatismo de direita também são muito menores. Até agora, seu sucesso é inegável.

E lá vamos nós, que sempre nos orgulhamos da moderação e da disposição brasileiras para a acomodação, viver sob o governo mais distante do centro dentre todos os países democráticos contemporâneos. Parabéns aos filipinos por perderem o posto.

 

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Em 07/12/2018 at 18:57, vulgoDon disse:

Metade dessa playboyzada do fórum que fala em prol do empresário deveria passar 2 aninhos de veneno real, com patrão lixoso, trampando em área sucateada e com salários abaixo do piso, sem respaldo de porra nenhuma, passando fome, sendo obrigado a utilizar tudo o que é público.

Tem uns caras descolados demais da realidade do povo aqui, séloco.

Amigo, às vezes é só aprender uma relação de causa x consequência e que não se ganha nada na porrada.

séloco.

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26 minutos atrás, Danut disse:

Curioso como esse tópico aqui ficou parado desde o sumiço do Queiroz... Mas já tá tudo explicado né, o cara vendia carros.

E também está com uma cirurgia “marcada” pra operar o ombro, do qual desconfia ser bursite. O médico do ~hospital desconhecido~ não soube nem passar o possível diagnóstico patológico do ombro que tanto aflige o tal Queiroz. 

 

?

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7 horas atrás, Roman disse:

São os dois aeroportos que ainda dão algum retorno pra Infraero, é um sinal de que ela vai perdendo força.

Por um lado é bom, já que é uma das piores estatais existentes (do ponto de vista administrativo, a parte técnica tem suas qualidades..como acontece em varias outras estatais no País). Mas quero ver como vão fazer para encontrar alguém para assumir aqueles aeroportos que não dão tanto retorno assim.

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      Por F J
      Pessoal esse ano não estarei disponibilizando de graça o arquivo.
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      Estarei cobrando um valor simbólico, é quase uma vida de trabalho em cima disso e pela primeira vez decidi fazer algo do tipo.
      --
      Estou disponibilizando aqui um SAVEGAME degustação, nele está jogável somente a Série A com a database mínima, e as outras podem serem vistas para vocês testarem e se gostarem do que verem, podem entrar em contato comigo na DM que estarei repassando as informações de como adquirir o arquivo completo.
      ▶️ https://drive.google.com/file/d/1L4cN_JZZm5xih4QUdTaS3TGqvVgeCL4P/view?usp=sharing
      --
      Lembrando que A ÚNICA COISA EDITADA NO UPDATE É A SÉRIE D, todo o resto está igual ao jogo original e não dou suporte para coisas não relacionadas.
      É necessário estar com a última versão (no momento 24.3) do FM. Caso saia outras estarei adaptando e repassando a quem já adquiriu (ou em último caso devolvendo o dinheiro se não conseguir o funcionamento apropriado).
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