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Luz, câmera e... Futebol: l'histoire de Devereaux


Herr Jones

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Luz, câmera e... Futebol: l'histoire de Damien Devereaux

CONSIDÉRATIONS INITIALES  entendendo o propósito da história:

Spoiler
  • Resolvi tentar algo diferente na apresentação, buscando introduzir como narrativa principal do save uma espécie de filme documentário, contando com a aparição de pessoas envolvidas: alguns que constam na base do jogo e outros fictícios para tomarem parte na história. Por se tratar de uma primeira experiência com esta forma de narrativa, conto com o apoio de vocês no retorno do que está legal e o que pode ser melhorado, de forma a deixar a leitura mais agradável!
    • Com relação às respostas partidas da interação com o pessoal, a respeito do desenvolvimento do save, tentarei fazer, na medida do possível, inserindo todas elas dentro da própria forma de contar a história, como se fossem aspectos marcantes relacionados ao desenvolvimento do clube ou do treinador; tentando, assim, desenvolver uma forma de trazer o leitor/comentarista ao próprio universo da história.
      • Desta forma, caso vocês desejem, podem se inserir na história de formas distintas: desde membros da imprensa até torcedores do clube (ou rivais). Também, se quiserem, podem escolher um pseudônimo para ser utilizado no decorrer da história, quando inseri-los dentro dela.
  • A história será contada dando enfoque no personagem fictício escolhido para ser treinador em um clube que eu sempre tive simpatia; a trajetória do treinador, no entanto, pode não ser exclusivamente voltada a este clube, muito embora o objetivo central deste save seja o desenvolvimento desta equipe.
    • Nota: o time escolhido não é jogável na base de dados pura do jogo, então encontrei uma base alternativa e realizei algumas modificações na equipe para corroborar com alguns objetivos traçados, a saber: 1) tornei o clube propriedade dos torcedores, com eleições para a presidência e 2) retirei o treinador real do clube, deixando-o disponível para escolher o treinador desempregado e, assim, tornar mais condizente com a realidade que será traçada na história até assumir o clube.
  • Espero que vocês acompanhem e, principalmente, gostem!

PROFIL DU ENTRTEINEUR contextualizando o protagonista:

O personagem escolhido para protagonizar toda a história é um jovem chamado Damien Devereaux. Nascido na cidade de Cannes, em 31 de maio de 1992, mudou-se ainda moço, aos 16 anos, para Paris onde graduou-se em Ciências Sociais pela Sorbonne, buscando enfatizar o aspecto de gestão esportiva. Amante de futebol, simpatizava bastante com as equipes de futebol que eram capazes de revelar grandes nomes para o cenário futebolístico internacional. Cresceu assistindo, e ouvindo de seu pai, sobre uma prática fulminante do futebol francês: o Jeu à la Nantaise, protagonizado pela equipe de Nantes e inspirado no jeito irreverente de se jogar futebol que faz brilhar os olhos de qualquer brasileiro quando assistia à seleção canarinho protagonizar maravilhas com a bola nos pés. Através de seu pai, o jovem Devereaux criou um carinho especial pelo Nantes; porém, por si, passou a acompanhar o Cannes: time de sua cidade e que, na época, estava em franco crescimento chegando a revelar grandes nomes para o futebol, incluindo um dos mais geniais meio-campistas que o jovem teve a oportunidade de acompanhar: Zinédine Zidane.

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Ao longo de sua graduação, Devereaux participou de algumas competições amadoras de futebol atuando pelo Corbeil-Essonnes, das divisões de honra francesas. Ele atuava como meio-campista avançado, mas não considerava a hipótese de se tornar um jogador profissional; preferiu enfatizar sua formação e, assim, dedicou-se bastante aos estudos. Tão logo recebeu seu diploma de graduação, decidiu abandonar o futebol amador para buscar uma vaga no mercado de trabalho. Conseguiu, ainda em 2014, quando se formou, uma vaga como professor em um Liceu particular dando aulas de Sociologia e Filosofia. Sem desistir de seu sonho para atuar no futebol, Devereaux seguiu sua formação adentrando ao mestrado em gestão esportiva e buscou, junto à Fédération Française de Football, a obtenção de sua Licença Nacional C para poder atuar como treinador. Tanto sua licença quanto seu título de mestre só chegaram em 2017.

Neste meio-tempo, enquanto aguardava sua licença, Devereaux se disponibilizava nas horas vagas para realizar consultorias aos clubes de futebol franceses, principalmente para os clubes semi-profissionais próximos a Paris, mas também prestou seus serviços a alguns clubes mais conhecidos que hoje se estagnaram como, por exemplo, o Racing Club de Lens e Association de Jeunesse Auxerroise.

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L'HISTORIQUEdetalhes da trajetória de Damien Devereaux por temporada

  • 2017/2018: Association Sportive de Cannes Football | National 3: Corse et Mediterranée
    • National 3: 1º lugar (campeões)
    • Coupe de France: seizième de finale (v. Stade Reims, 0-1)
  • 2018/2019: Association Sportive de Cannes Football | National 2: Groupe C
    • National 2: 4º lugar
    • Coupe de France: huitème tour (v. Groupe Sportive de Consolat, 2-3)
  • 2019/2020: Association Sportive de Cannes Football | National 2: Groupe C
    • National 2: 6º lugar (acesso ao National)
    • Coupe de France: septième tour (v. La Berrichone de Châteauroux, 4-5et)
  • 2020/2021: Association Sportive de Cannes Football | National
    • National: 3º lugar (play-offs de acesso)
    • Ligue 2 - play-off: vencedor (v. Orléans, 1-2 e 3-0 | 4-2ag.)
    • Coupe de France: huitème finale (v. Olympique Lyonnais, 0-2)
  • 2021/2022: Association Sportive de Cannes Football | Ligue 2
    • Ligue 2: 17º lugar
    • Coupe de la Ligue: vice-campeão (v. Paris Saint-Germain, 1-2)
    • Coupe de France: trente-deuxème finale (v. Monaco, 1-2)
  • 2022/2023: Association Sportive de Cannes Football | Ligue 2
    • Ligue 2: 4º (play-offs de acesso)
    • Ligue 2 - play-off: vencedor (v. Red Star, 2-1)
    • Ligue 1 - play-off: finalista (v. Caen, 1-0 e 4-5 | 5-5f, ag.)
    • Coupe de la Ligue: huitème finale (v. Olympique Marseille, 0-1)
    • Coupe de France: trente-deuxième finale (v. Saint-Étienne, 0-2)
  • 2023/2024: Association Sportive de Cannes Football | Ligue 2
    • Ligue 2: 2º (acesso à Ligue 1)
    • Coupe de la Ligue: finalista (v. Paris Saint-Germain, 2-3)
    • Coupe de France: trente-deuxème finale (v. Monaco, 1-2)
  • 2024/2025: Association Sportive de Cannes Football | Ligue 1
    • Ligue 1: <em andamento>
    • Coupe de la Ligue: <em andamento>
    • Coupe de France: <em andamento>

*** ** * ** ***

ÍNDICE

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Belíssima introdução. A ideia parece ser excelente e chamou minha atenção. Certamente irei acompanhar a saga. Boa sorte, cara!

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Apresentação para o Conselho Curador do Festival de Cannes, a título de conclusão do curso de formação de cinegrafistas

DUBOIS: Ora vamos, pessoal! Eu preciso gravar alguma coisa pro meu curso na academia! O que seria melhor do que a reunião dessa gente toda que não se vê há anos!?
DUPONT: Pra que diabos você quer gravar isso!? Não tem ninguém famoso! A gente só sabe beber... Quem veria um monte de moleque enchendo a cara? Eu que não!
DUBOIS: Ah, velho. Vocês são chatos pra cara#%*! Pede mais uma pra gente aí enquanto eu desligo essa coisa.

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A imagem exibida é um pequeno tour pela cidade de Cannes. Em destaque, aparece o Boulevard de La Croisette em imagem cinematográfica aérea, enquanto a voz de Dubois narrava o seguinte: "os acontecimentos exibidos neste curta contêm sérias sátiras sociais realizadas pela emergente contracultura antropológica francesa".

DEVEREAUX <visivelmente alcoolizado>: Vocês são f*#@$! Bando de pequeno burguês! Esse país tá uma desgraça e vocês xingando o povo que coloca fogo nos carros de polícia! Aquela Le Pen tava pra ganhar a eleição e a gente tá aqui, quieto!? Tem que quebrar essa porr...
MOREAU <interrompendo o discurso inflamado de Devereaux>: Oi, gente! Cheguei! Desculpem o atraso. Tava finalizando algumas coisas pra mudar de volta pra cá.
DUBOIS: E aí, gata! Você tá voltando mesmo pra cá?
MOREAU: Oi, Christophe! Estou sim! Vou trabalhar no escritório do meu pai.
DUPONT: Você já formou, minha filha!? Como assim? Esse curso de Direito é tão fácil assim!?
MOREAU: Hahahaha! Vai sonhando, Antoine. Você que tem problema... Tá estudando há não sei quantos mil anos e não vai terminar nunca, né?
DUPONT: Que nada, só falta a outra metade...
DEVEREAUX: A outra metade do começo, né, cara?
DUPONT: Por isso você é meu amigo, Damien! Você me conhece! Hahahahaha!
MOREAU: Vocês não existem...

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A câmera faz um súbito corte e volta mostrando uma fervorosa discussão de Devereaux com Dupont.

DEVEREAUX: Bicho, como assim você acha que essa porcaria do Paris Saint-Germain tá fazendo bem pro futebol???
DUPONT: Claro, velho! Os caras tão montando um time absurdo e vão vencer tudo! A França vai acabar voltando pro mapa desse jeito!
DEVEREAUX: Que droga você tá usando, velho? O time só tem estrangeiro, não vai melhorar nada o futebol daqui. Aliás, o futebol daqui já tá uma porcaria... Olha a quantidade de time tradicional jogando a Ligue 2. A outra quantidade de equipe tradicional beirando o rebaixamento na Ligue 1... Até o time daqui, que sempre foi muito forte, tá jogado às traças. <ele puxa o braço de alguém> Quer ver? Velho, o que você acha desse time daqui? Não tem nada acontecendo, o time tá estagnado e eles não sabem nem capitalizar o porte do time mesmo no amadorismo pra dar o retorno à sociedade... Tem que colocar na mão da torcida que isso vai pra frente! Tá difícil, não é mesmo, amigo?

<a pessoa balança a cabeça, meio que assentindo com o posicionamento, mas sem entender o que estava acontecendo>.

DUPONT: Como você tem a ousadia de falar com o dono do clube assim, velho? O cara que tá servindo seus uísques?
DEVEREAUX: Foi mal, cara. Mas eu fico revoltado! Os caras não sabem fazer planejamento, só sabem gastar dinheiro. Por isso esse país tá descendo pela descarca. Tá tudo uma mer... Pera aí, você é o dono daqui?
LAMBOURDE: Claro, amigo. Tudo bem. Eu nem imaginava essas coisas que você disse, mas o Micoud comprou o time e está querendo dar voz à torcida.
DEVEREAUX: Antes tarde do que nunca, né? Hahahaha!
DUPONT: Velho, você não tem noção nenhuma do que tá rolando por aqui, né?
DEVEREAUX: Bicho, tem quase nove anos que eu fui embora. Lógico que eu tô por fora... Eu torço pelo time desde criança, mas depois que essa desgraça se relegou ao amadorismo não tem condições de acompanhar. Nem o site eles atualizam! Mas por que você diz isso?
DUPONT: Hahahahaha! Você puxou a pessoa mais errada do mundo para falar esse monte de asneira! O cara, além de ser dono do bar, é braço direito no time. Tá chamando o amigo de incompetente! Hahaha!
DEVEREAUX: Rapaz, eu tô dizendo que o time não tem noção do que fazer. Tem tanta coisa e um potencial de crescimento enorme... O time já fez parceria até com a prefeitura no passado, por que não tentar de novo? É tanta coisa, mas se ficar na mesmice que colocou no fundo do poço, não volta mais!

LAMBOURDE: Realmente, amigo. Achei interessante esse seu posicionamento. Você pode dar um pulo aqui amanhã à tarde pra gente trocar uma ideia?

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Convite para entrevista com o AS Cannes efetuado às 10:52 da noite, horário local.

DEVEREAUX: Claro, cara! Valeu!
MOREAU: Para tudo, gente. Pera aí... Você conseguiu uma entrevista de emprego bêbado!? É isso mesmo!?
DUBOIS: Bem que ele vive dizendo que esse país tá indo por água abaixo... Agora tenho que concordar!
DEVEREAUX: Ah, sai fora vocês dois. Tô aqui de boa, curtindo minhas férias... O cara foi massa e quer só trocar uma ideia, deve nem saber que eu trabalho com futebol... Hahahaha! Vamo comemorar que essa gente toda tá aqui! Vamo tomar todas porque Annette voltou e pra ajudar o Christophe com as ideias pro filme dele! Hahahaha!

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A câmera corta para uma imagem em que todos estão brindando suas cervejas e, logo após, a imagem vai esmaecendo até escurecer enquanto a voz de Dubois diz: "podemos não ser famosos, nem badalados; mas temos uma vida e escolhemos vivê-la".

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Quando eu vi o titulo em francês e a menção ao cinema eu imaginava que seria o Cannes... Belo início, ainda mais pela maneira que vem contando, que tem um quê de roteiro de cinema/teatro

 

Boa sorte!

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10 horas atrás, Bigode. disse:

Belíssima introdução. A ideia parece ser excelente e chamou minha atenção. Certamente irei acompanhar a saga. Boa sorte, cara!

Valeu, Bigode! Eu achei que a proposta da narrativa casaria bem com o próprio save e pensei "por que não arriscar?". Espero que ela siga chamando a atenção! :)

5 horas atrás, Henrique M. disse:

Boa sorte.

Obrigado, Henrique! :)

57 minutos atrás, EduardoSofiate disse:

Introdução muito bem escrita!
Boa sorte!

Valeu, Eduardo! Espero que ela siga por esse caminho... :P

19 minutos atrás, Tom_Leme disse:

Boa sorte,

 

Acompanhando... história promissora pela introdução.

Valeu, Tom! Espero que continue gostando do desenrolar da história.

13 minutos atrás, Inner Logic disse:

Quando eu vi o titulo em francês e a menção ao cinema eu imaginava que seria o Cannes... Belo início, ainda mais pela maneira que vem contando, que tem um quê de roteiro de cinema/teatro

 

Boa sorte!

Opa, amigo. Realmente não tinha como rejeitar essa oportunidade de colocar em evidência a outra grande força da cidade, né? Hahaha! Fico feliz que tenha curtido essa forma de narrativa e ainda mais por estar bem afinada com a proposta de roteiro, como eu queria que fosse! Muito obrigado!

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Bem-vindo e boa sorte para save. Espero que consiga fazer o save ficcional que você não levou adiante no seu save de estreia. Terá bastante trabalho.

Essa ideia do documentário foi feita pelo @Jirimias, mas creio que ele não tenha inserido os leitores do tópico na história.  

Força para a continuação.

 

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Irado o tema, a escolha do time e tudo mais, muito simbólico. Ansioso para acompanhar, boa sorte!

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59 minutos atrás, ggpofm disse:

Bem-vindo e boa sorte para save. Espero que consiga fazer o save ficcional que você não levou adiante no seu save de estreia. Terá bastante trabalho.

Essa ideia do documentário foi feita pelo @Jirimias, mas creio que ele não tenha inserido os leitores do tópico na história.  

Força para a continuação.

 

Oi, gg! Valeu pela força. Esse, certamente, vou conseguir escrever. Vai ser trabalhoso, mas é bem divertido escrever essas histórias... Hehehe!

Exatamente, eu dei uma lida nos tópicos das Histórias Memoráveis e esse modelo que ele trabalhou me chamou muito a atenção, gostei muito da forma que ele trouxe a narrativa que, inclusive, era com o mesmo time que eu contei minha última história! :P

21 minutos atrás, marciofujarra89 disse:

Irado o tema, a escolha do time e tudo mais, muito simbólico. Ansioso para acompanhar, boa sorte!

Valeu, Marcio! Também achei que tudo casou muito legal e, acredito, o desenrolar da história ficou bacana. Tô gostando bastante de escrever... :P

Obrigado!

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L'ORIGINE DES ENREGISTREMENTS
o inusitado começo da história

Era uma terça-feira pela tarde, três dias depois da conversa entre Devereaux e o diretor do Cannes, Bernard Lambourde. Antoine vai até a casa dos pais de Damien, onde ele passava suas férias, e vê o rapaz sentado à beira do gramado fumando um cigarro enquanto mexia em seu celular.

DUBOIS: E aí, Damien! Tudo tranquilo?
DEVEREAUX: E aí! Tô aqui esperando uma ligação para resolver umas pendências lá no meu apartamento em Paris... Mas tá tudo em ordem, e com você?
DUBOIS: Tudo legal, mano. Só preciso de sua ajuda com uma parada...
DEVEREAUX: Manda a bomba, velho.
DUBOIS: Não sei se você tá sabendo, mas apresentei ontem uma prévia do meu curta para o Conselho Curador do Festival...
DEVEREAUX: E aí, apresentou o quê?
DUBOIS: Eu gravei o encontro do pessoal lá no Gotha Club, até a parte que o dono da boate té chamou para uma entrevista. Foi tipo aquelas redações que a gente fazia quando era criança, falando sobre as férias...
DEVEREAUX: Você é doido?  Você tava gravando aquilo tudo lá mesmo? Achei que tinha desligado aquela câmera! Hahahaha! O que eles falaram?
DUBOIS: Então, eu não tinha muita noção do que fazer... Aí fiz isso mesmo. O legal é que os avaliadores acharam diferente a proposta do teaser e pediram para que eu complementasse com você falando como foi as coisas lá na sua entrevista e tal... Só pra ver se tinha algum futuro...
DEVEREAUX: Acho que é de boa, mano! Eu te ajudo... Só não levo jeito para ator... Hahahaha! Como faz essa coisa aí de apresentar?
DUBOIS: Pode sentar aí mesmo... Depois é só falar o que rolou por lá.
DEVEREAUX: Tá... Pera aí, rapidão. Vamo fazer o seguinte: o pessoal lá gostou daquele monte de gente enrolando a língua, num foi? Então vou lá dentro pegar uma cerveja... Aí fica quase igual a continuação... Hahahaha!
DUBOIS: <gargalhando bem alto> Você não vale nada, cara! Vai lá então. Eu ajeito as coisas aqui enquanto você vai lá... Só não aja tão naturalmente, senão eu perco esse curso... Hahaha!

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A câmera começa a rodar a filmagem enquanto Devereaux estava sentado em uma cadeira daquelas de jardim com uma cerveja em sua mão.

DEVEREAUX: Então... Como vocês viram no episódio anterior <risos>, eu estava lá na boate cuidando das minhas coisas e filosofando sobre uma infinidade de outras situações, como sempre fiz, até que falei sobre futebol com uma pessoa que, curiosamente, era membro da diretoria do time daqui e... Bem, recebi um convite de trabalho... Opa, trabalho não! Uma entrevista de emprego... Pera! Corta! Tá feio demais essa porcaria, tá parecendo que eu não sei me expressar! <risos>. [...] Enfim, fui lá no dia seguinte, com muito custo e morrendo de ressaca, já que eu tava curtindo minhas férias com meus amigos de infância... Conversei bastante com o rapaz que me convidou. Lambourde, o nome dele. Acho que nem foi uma entrevista, porque ele não perguntou minhas qualificações nem nada, mesmo que eu tenha levado elas... Ele tava mais interessado em saber minhas ideias mirabolantes para alavancar o time...

Bom, normalmente eu cobraria por isso, mas em meio a alguns goles de uísque e por ser o time que escolhi ser um torcedor apaixonado, frequentando sempre o Stade Pierre de Coubertin, acabei comentando algumas coisas. Não muito apurado, porque nunca cheguei a me debruçar sobre isso... Sabe como é, né? Casa de ferreiro, espeto de pau. <risos>. Eu disse que tinha meus diplomas em gestão esportiva e que consegui, com muito custo, tirar minha Licença Nacional C pela Federação, ainda nesse ano de 2017, mas que pretendia seguir me aprofundando nisso... <neste momento, Damien acende um cigarro e, logo após, dá um gole em sua cerveja>

Ele me passou algumas informações sobre o time, como está atualmente, dizendo que a maior dificuldade era ser a única equipe amadora do National 3, equivalente à 5ª divisão francesa, enquanto competia com outras equipes semiprofissionais mais estruturadas. Mas deixou claro que a gestão de Micoud tinha interesse em resgatar a história tradicional do time, só que, antes, tinham alguns entraves a serem resolvidos antes de planejar essa nova temporada. Nos despedimos e... Bom, foi isso.

DUBOIS: Acho que está bom... Valeu, cara! Só é uma pena que ele não tenha te oferecido nada...

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<o telefone de Damien toca e, na outra linha, era Lambourde, o dono da boate que curiosamente era diretor do Cannes. Dubois pergunta se poderia gravar a conversa e Devereaux assentiu, colocando logo o celular no viva-voz. Dubois aproxima a câmera para pegar tanto a conversa quanto Devereaux conversando>.

LAMBOURDE: [...] com Micoud. Ele estava na Itália conversando com a diretoria do Parma para entender melhor o planejamento deles para a reestruturação após a falência1. Depois me disse que precisaríamos fazer uma mudança mais drástica e tentar reformular bastante coisa e, inclusive, trouxe alguns princípios que conversei com você. Ele disse também que o nosso treinador optou por seguir outro caminho, apesar de ter alcançado a promoção, e me autorizou a buscar um novo treinador. Assim, meu pensamento foi logo em convidar você, sobretudo por se alinhar bastante com os pontos trazidos pelo presidente. Porém, como você sabe, o nosso clube está com o estatuto de amador e estamos com muitas dificuldades na gestão financeira para lhe apresentar um contrato com rendimentos... Então, a minha proposta é de um contrato amador, sem salário. Pode não ser nada, mas como você conversou comigo, esta proposta te coloca no caminho do futebol. Também, como sua pretensão é garantir mais estudos com a Federação, podemos facilitar isso para você já que você terá um vínculo com time de futebol e, na medida do possível, arcaremos com os custos de seus estudos.

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DEVEREAUX: Poxa, muito obrigado pelo convite! Eu até tenho interesse, mas largar meu trabalho em Paris e voltar pra casa dos meus pais sem um emprego formal que me dê estabilidade financeira é difícil... Mas, por outro lado, eu quero muito entrar no rumo do futebol e a oportunidade é excelente! No caso, para aceitar, eu só tenho uma exigência que é inegociável: preciso de um tempo para voltar a Paris e resolver minhas pendências por lá. Se não for possível, infelizmente eu terei de recusar...
LAMBOURDE: Claro, meu amigo! Eu pago suas passagens de ida e volta para resolver sua situação por lá, então. Você topa?
DEVEREAUX: Muito obrigado! Eu quero, sim! Quando passo pra falar com você pessoalmente e assinar as coisas?
LAMBOURDE: Faça o seguinte: amanhã dê uma passada lá no Stade Pierre de Coubertin, assinaremos seu contrato e logo depois você terá um encontro breve com alguns jornalistas. Assim que tiver finalizado lá, você está liberado para ir até Paris resolver suas pendências, só precisamos que você volte junto com o retorno dos jogadores de suas férias. Dá tempo?
DEVEREAUX: Dá, sim! É coisa rápida. Algumas, inclusive, eu posso começar a resolver ainda hoje para chegar lá e só dar as baixas... Muito obrigado pela oportunidade!
LAMBOURDE: Seja bem vindo, então! Ah, uma última coisa: acredito que você já saiba, mas não custa reforçar: neste primeiro momento, como você ainda é debutante à beira do gramado, você ficará apenas à frente da gestão técnica do clube. Você poderá indicar alguns jogadores, mas quem estabelecerá contato com eles será o Micoud. Além disso, também te garantimos a possibilidade de vetar algum jogador, caso acredite que não lhe sirva... Mas duvido bastante que você faça isso, principalmente por alguns motivos que você vai descobrir quando tomar posse do cargo.

______________
1 Apesar da clara coincidência com meu save anterior, Micoud estava lá como ex-jogador dos crociatis. Mas achei interessante essa conexão, hahaha!

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Olha, está prometendo e muito esse save, bem detalhado e bom encaixe do tema cinema com o futebol. Desde a redação inicial que venho pensando em uma forma de participar do save, como você explicou e sugeriu no conteúdo oculto. Usei essa ideia também no meu save, então, acho que bem interessante. Acompanhando.

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14 minutos atrás, Vannces disse:

Olha, está prometendo e muito esse save, bem detalhado e bom encaixe do tema cinema com o futebol. Desde a redação inicial que venho pensando em uma forma de participar do save, como você explicou e sugeriu no conteúdo oculto. Usei essa ideia também no meu save, então, acho que bem interessante. Acompanhando.

Oi, Vannces! Logo mais você acha uma forma para se encaixar por aqui, até porque ainda tá bem no começo e ainda não adentrei propriamente ao save (coisa que deve rolar daqui a duas atualizações, que é quando as coisas já estão mais ajustadas). Obrigado! :)

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LE CONFERENCEa apresentação e uma análise estrutural da equipe

LAMBOURDE: Boa tarde a todos. Estou aqui como representante de nosso presidente, Johan Micoud, que está em viagem, para apresentar o nosso novo treinador. Damien Devereaux será o nosso comandante para esta temporada, sendo acolhido pela diretoria como parte de um projeto de reestruturação do clube. Ele fará um breve pronunciamento e, a depender do horário, poderá responder às perguntas levantadas.

DEVEREAUX: Boa tarde, gente. Agradeço a apresentação e à oportunidade que me foi dada aqui, Bernard. Acho que ninguém aqui me conhece, até porque é o meu primeiro trabalho como treinador de futebol. Esbocei, em conjunto com nosso diretor, um planejamento estratégico para recuperarmos a história do Cannes. Minha área de atuação, pela qual me formei, é voltada à gestão do futebol; porém meu trabalho aqui será pura e simplesmente voltado para o comando técnico do clube, tal como acordado no momento de minha assinatura. [...] Teremos um caminho longo e árduo a ser percorrido, principalmente por sermos a única equipe amadora de todos os grupos do National 3, mas penso que poderemos, de alguma forma, buscar um processo gradual de profissionalização num médio prazo. [...] Recebi um relatório de análise do nosso plantel e, no momento, teremos que nos desdobrar para construir um elenco sólido para a disputa das competições que participaremos. Nosso maior foco de jogadores, inicialmente, será para a defesa, já que não possuímos nenhum zagueiro no plantel.

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Elenco inicial do AS Cannes para a temporada 2017/2018

Nossos principais jogadores, atualmente, são o lateral direito Mickaël Cériélo, de 32 anos, e o goleiro Maxime Montay, de 27. Mas, claro, outras peças poderão se destacar e todos terão espaço para mostrar seu talento. [...] Tenho grande apreço pelo clube, até porque nasci aqui na cidade e, sempre que pude, estive presente nos nossos jogos. Desde criança. Sofri, como qualquer torcedor, durante todo o processo de decadência que nos apequenou. Mas, com a metodologia de democratizar o processo político do clube, graças às movimentações certeiras de nosso ídolo Johan Micoud, acredito que estamos no caminho certo para ser a vanguarda da contra-cultura futebolística, mostrando ao mundo que não são necessários caminhões de petrodólares para comprar a grandeza; precisamos, mais do que nunca, trabalhar com a nossa comunidade. Com quem sempre esteve ao nosso lado e, assim, garantir uma Associação estável. Então, eu peço à comunidade, também, que nos acolha! Que façam parte de uma nova história de l'Association Sportive de Cannes Football!

MONTROSE (RFI - Côte d'azur): O senhor fez este discurso como se fosse o presidente do clube, porém o senhor é apenas o treinador da equipe. Considerando a breve temporalidade que os treinadores têm à frente dos clubes, por que o senhor afirma como se fosse permanecer em um longo prazo, ainda mais sendo seu primeiro trabalho?
LAMBOURDE: Acho que não são necessárias perguntas. O tempo está escasso e Damien terá de se retirar para resolver coisas pessoais antes do retorno das férias por parte do elenco.
DEVEREAUX: Lambourde, se me permite, respondo a esta questão. Concordo com seu ponto de vista de que os treinadores têm vida curta nos clubes, com algumas pouquíssimas exceções; além, claro, de poder não dar certo esse casamento meu com o clube por conta da minha inexperiência e falta de reputação. É óbvio, são questões que eu levo em consideração! Porém, eu afirmei tudo aquilo porque foi o planejamento estratégico traçado por mim como parte de minhas qualificações como gestor esportivo, em conjunto com Lambourde e com o aval de Micoud. Pode ser minha primeira viagem, sim, como treinador; porém no planejamento estratégico do esporte definitivamente não é o meu primeiro trabalho. Aliás, esse projeto foi discutido antes, inclusive, de eu receber a proposta para treinar o clube. Foi uma consultoria que, usualmente seria cobrada, porém a fiz sem custos porque sei da situação em que nos encontramos e, além disso, eu sou um torcedor apaixonado por esse time. [...] Se o senhor quiser duvidar do meu trabalho, fique à vontade, porque ele é voltado para os jogadores e, principalmente, para a torcida. Fui contratado para estar à beira do gramado nesta temporada e espero fazer um bom trabalho, independentemente de eu ser jovem, inexperiente ou desconhecido. Posso ter dificuldades? Claro! Tudo tem seus desafios, eu só tenho que provar a minha capacidade, não só para a diretoria, mas para mim mesmo. Entusiasmo para isso não falta! Boa tarde para os senhores e espero vê-los mais vezes. <levanta-se, conversa brevemente com Lambourde e, então, se retira do local>.

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FÊTE DE RETOURa festa que agitou o grupo de amigos

Após resolver suas pendências em Paris, Devereaux retornou para Cannes e, lá, seus amigos o aguardavam para uma festa de retorno. Faltava, ainda, três dias para o retorno das férias por parte dos novos comandados pelo rapaz. Havia tempo e muitos motivos para a comemoração, já que esse grupo de amigos que há tempos não se encontrava, agora estará junto novamente. Na noite de seu retorno, Damien foi à casa de Antoine Dupont, onde estava marcada a confraternização. Chegando lá, notadamente atrasado, saudou todos os seus amigos e tomou para si uma cerveja.

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DEVEREAUX: E aí, galera! Olha nóis aí nas estatísticas!!!
DUBOIS: Fala, mano! Tudo tranquilo?
MOREAU: Oi, Damien!
DEVEREAUX: Tudo na paz... Tamo aí, tentando me ajustar ao desemprego.
DUBOIS: Hahaha! Logo mais você acha um trampo, velho.
MOREAU: É, Damien... Conversa com o Antoine, ele pode te arrumar um trabalho lá na empresa dele.
DUPONT <voltando do quarto, onde foi procurar um som>: E aí, cara! Qual a boa?
DEVEREAUX: Nada demais, só tô meio preocupado com a falta de grana que eu vou ficar quando estiver no futebol...
DUPONT: Relaxa, mano. Você vem trabalhar comigo lá... Você já tá acostumado com gestão, vai ser moleza. Inclusive, lá não tem tanta carga e você pode se dispor mais tempo com seu outro trampo.
DEVEREAUX: Velho, valeu demais! Você é f*#@!

Cervejas vão, cervejas vêm, o pessoal interagia bastante. Era, afinal, uma festa de arromba para celebrar o retorno tanto de Devereaux como também de Moreau à cidade de Cannes. Lá para as tantas, visivelmente alcoolizado, Devereaux teve uma ideia e chamou Dubois para conversar.

DEVEREAUX: Christophe, meu brother! Eu tive uma ideia fantástica pra gente. Aquela parada lá de filmar as coisas deu bom pra você?
DUBOIS: Foi massa, velho. O pessoal lá gostou pra caramba... E aí, qual foi dessa ideia?
DEVEREAUX: Bicho, quase ninguém mais sabe que nosso time existe... Vamo gravar os "negócio" lá, faz tipo um filme, documentário, série... Sei lá, velho! Mas vamo fazer uma parada assim...
DUBOIS: É ideia, mano. Acho que dá pra bagunçar bastante com isso. Mas será que vão deixar?
DEVEREAUX: Claro que vão, cara. É uma forma de publicidade e é uma publicidade legal, contando a história de como vamo tentar reerguer o time. Eu assistiria... Hahahaha!
DUBOIS: Então beleza, dá ideia lá nos chefes e depois me avisa que eu colo lá pra gente gravar.
DEVEREAUX: Tranquilo, mano. É nóis!

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Parabéns meu amigo pela criatividade, excelente texto e claro a boa escolha do clube. Acompanhando fácil.

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Curioso com os próximos capítulos, competições compromissos e frente do time. Acompanhando.

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2 horas atrás, LC disse:

Parabéns meu amigo pela criatividade, excelente texto e claro a boa escolha do clube. Acompanhando fácil.

Valeu, LC! Fico feliz que tenha gostado desse pontapé inicial. Vamo que vamo!

10 minutos atrás, Vannces disse:

Curioso com os próximos capítulos, competições compromissos e frente do time. Acompanhando.

Valeu, Vannces! Ainda hoje, quando voltar da aula, sai a postagem sobre o save propriamente dito. :D

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  • Vice-Presidente

Acha que vai ter trabalho para montar um elenco ou vai seguir com o que tem em mãos mesmo?

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LE FILM DOCUMENTAIRE s01e01: piloto

Sinópse: Após assegurar o aval de Micoud para realizar as gravações, Devereaux contatou seu amigo para que o acompanhasse ao longo de seu trabalho frente ao Cannes. A expectativa pelo projeto era alta: desde a cúpula gestora do clube até mesmo para as pessoas da cidade. Havia, no entanto, uma clara apreensão por parte de todos: e se isso não desse certo? E se a campanha toda se tornasse um grande fiasco? Mesmo assim, toda essa apreensão existia apenas do lado de fora do clube; lá dentro o clima era bastante descontraído e muito confiante em acertar a mão no projeto. Contando com entrevistas de membros do clube, o primeiro episódio desta série conta como se passou a primeira metade da temporada.

Damien Devereaux - treinador do AS Cannes:
  Assumir um posto de trabalho pela primeira vez é sempre uma experiência muito complicada: há a mistura daquela ânsia guardada para fazer um bom trabalho, mas também há a apreensão de "e se não der certo?". A nossa proposta aqui é claramente buscar uma via alternativa ao futebol que gasta rios de dinheiro em busca de montar o time mais forte, mais competitivo... Até porque nós não temos esse caminhão de dinheiro! <risos>. [...] Enfim, acho que o melhor para se falar neste começo de gravações é à respeito de nossas expectativas para a época. A imprensa nos coloca num sólido 5º lugar e acho que é uma previsão bastante possível, desde que façamos nossa parte na construção de um plantel digno para competir de igual para igual dentro do campo, já que do ponto de vista estatutário, nós estaremos aquém dos demais em virtude do aspecto amador que teremos de lidar por enquanto.

Eu penso que o acesso nesta temporada será bem difícil, mas não creio que seja impossível. Teremos de ficar com os olhos bem abertos para o poderosíssimo time do Bastia SC, que enfrenta o mesmo processo de decadência que pegou tantos clubes franceses: desde nós até o próprio Strasbourg que, hoje, está de volta à Ligue 1 após sua refundação. Assim como teremos de ficar atentos com as investidas do Ajaccio B, que tem um time bastante qualificado para brigar pelo acesso ao National 2. Ainda existem outros clubes que correm por fora, mas não tenho muito conhecimento a respeito deles então não comentarei. É certo que a temporada será bastante complicada e precisaremos jogar em alto nível para projetar algo a mais no futuro, já que apenas o campeão do grupo se qualifica para o National 2.

Johan Micoud - ex-jogador e presidente do AS Cannes:
Estamos passando por um profundo processo de reestruturação. Acabei comprando o clube no final da última temporada e, com a indecisão a respeito dos rumos que tomaríamos, vários jogadores optaram por desbravar novos caminhos... Inclusive nosso ex-treinador.  Esteve evidente para mim que as tentativas dentro do futebol convencional não funcionariam e fui buscar soluções com os clubes pelos quais passei. A primeira lição era mudar tudo o que estava dando errado... Bom, isso era... Absolutamente tudo! A minha primeira decisão foi colocar o clube nas mãos dos torcedores e, inclusive, achei que seria a única. Porém eles me pediram para seguir no comando e aqui estou.

A contratação de Devereaux não foi algo que estivesse muito nos planos, já que contávamos com um treinador e, pelo que Lambourde me disse, o rapaz tinha um bom perfil para assumir a direção do clube; tanto que eu queria que assim fosse, mas Lambourde afirmou que o garoto queria um espaço para treinar. Então pensei: por que não? Se tudo o que fizemos antes tava dando errado, talvez começar do princípio com uma cara diferente pudesse dar o ânimo que faltava para levantar esse time.

Em 02/03/2018 at 20:58, Henrique M. disse:

Acha que vai ter trabalho para montar um elenco ou vai seguir com o que tem em mãos mesmo?

Acredito que se deixasse nas mãos de Damien, talvez, não desse tempo para montar um plantel razoável. Assim, dispus um pouco de meus contatos como ex-jogador e fui buscar dar as melhores condições possíveis para que ele pudesse trabalhar. Com isso, eu montei uma pequena comissão técnica para dar um suporte a ele e fui ao trabalho para realizar contratações e entregar pelo menos um elenco que ele pudesse trabalhar. Trouxemos 19 jogadores para compor o elenco e conseguimos dar sorte de nenhum jogador deixar o time.

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Damien Devereaux - treinador do AS Cannes:
Do momento que eu assumi até agora eu não tenho o que reclamar. Micoud e Lambourde sempre mostraram transparência comigo e me deram todo o suporte para realizar o que era necessário ser feito. Eu recebi um elenco bastante qualificado, mais até do que eu esperava, e ele acabou me trazendo bastante facilidade na gestão. Criei um time titular na cabeça, mas sempre fui dando algumas oportunidades aos demais jogadores e acabei me surpreendendo com alguns. O meu maior problema... Aliás, desafio, foi montar um esquema de jogo para o time. Tudo no papel é muito bonito, mas na prática as coisas se complicam bastante...

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As possibilidades eram infinitas, mas preferi me prender ao mais básico de tudo: ter uma defesa bastante sólida, um jogador de criação e dois para dar apoio no setor de ataque e, claro, um jogador na frente para ser a referência. Nada muito exagerado, coisa simples. As únicas obrigações era que fôssemos capazes de assegurar um domínio na posse de bola, já que quando estamos com a bola significa que o adversário não a tem e, por motivos óbvios, estamos mais a salvo de sofrer gols. No modelo à esquerda é possível compreender toda a essência do meu planejamento: dois laterais que sobem quando têm uma boa oportunidade e um setor de defesa consistente contando com dois zagueiros e um volante que, inclusive, auxilia na construção da jogada. Na meia-central dois jogadores: um para realizar a construção das jogadas e o outro para dar o suporte na recomposição defensiva e, também, subindo no campo para ser opção de passe quando temos a bola. Pelas extremidades um jogador que chega à linha para cruzar e outro que fecha mais o jogo e favorece a exploração de espaços pelo lateral na esquerda. No ataque um jogador isolado que funciona para empurrar a bola pra rede ou rolar para quem vem de trás bater. É o esquema que nós mais usamos... Já o da direita é um modelo um pouco mais ousado, embora aparentemente defensivo, e apropriado para buscarmos os contra-ataques de forma mais rápida; é um modelo que usamos fora de casa, mas com menos frequência.

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Eu apostava que a simplicidade como concebi o modelo poderia render alguns frutos... Não esperava que teríamos esse começo tão avassalador. Aliás, acho que ninguém em sã consciência esperaria isso. Ainda mais que em dado momento do campeonato acabamos perdendo nosso goleiro titular, Maxime Montay, por cerca de 3 meses e acabei optando por promover o garoto Pelietier, de 19 anos, para a meta. Enfim, eu acho que devo destacar o jogo que marcou minha estreia como profissional: a vitória por 3x0 sobre o Ile-Rousse, em Monticello. O nervosismo me tomava... Sabe quando o coração quer saltar pela boca? Então, era isso. Eu vi o time esbanjar toda sua categoria para sair de campo com os três pontos e me aliviar o estresse. Outro jogo espetacular que merece meu destaque foi o confronto com o SC Bastia que saímos vencedores por 2x1. Foi o primeiro jogo que vi a equipe sofrer gol em jogos oficiais, mas o que mais me agradou no jogo foi ver o poder de reação que tivemos ao marcar o gol da vitória aos 47 minutos do segundo tempo, quando todos pensavam que terminaria empatado. Na Coupe de France acabamos enfrentando uma equipe do National 2, que liderava seu grupo à época: o Romorantin. Fomos até a casa deles para sair com um expressivo resultado de 3x0 que contou com uma exibição de gala de Ablaï Baldé, o atacante que passou a ser mais experimentado como titular depois deste jogo.

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Para finalizar essa avaliação, a maior goleada oficial do Cannes foi aplicada sob meu comando! Um sonoro 8x0, dentro do Stade Pierre de Coubertin, sobre o lanterna do campeonato. Um domínio absurdo das ações por nossa parte e uma exibição de gala protagonizada por Mickaël Darnet com três gols e uma assistência! Um jogo irrepreensível desde o goleiro até o atacante. Um jogo que mostrou quase tudo que eu esperava do meu planejamento tático: domínio da posse de bola, várias chegadas à frente e, principalmente, não dar espaço para o adversário criar - já que eles finalizaram três vezes, todas para fora e de fora da área.

Bernard Lambourde - diretor do AS Cannes:
Eu acho que ninguém esperava muito do clube nessa temporada, nem mesmo nós da diretoria. Primeiro por conta da diferença clara entre o estado de amador e de semiprofissional; segundo porque realizamos uma aposta num jovem rapaz que tem aqui sua primeira experiência como treinador. Claro que nós estamos fechados com ele desde que fizemos o convite, mas não era esperado que tudo desse certo assim tão rápido, como num passe de mágica. O menino chegou sem muito interesse dos jogadores que aqui estavam e logo foram chegando os jogadores para complementar o elenco e ele conseguiu ajustar tudo muito rápido... É difícil dar conta disso num time profissional que treina todo dia, imagina num time amador que só treina no dia anterior ao jogo e faz uma brincadeira rápida no dia do jogo? Ele até tem recebido bastante atenção da imprensa, que mostrou a quantidade de recordes batidos pelo clube desde que Devereaux assumiu. São nada mais, nada menos do que quinze jogos sem sofrer uma derrota. É muita coisa!

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Zinédine Zidane - treinador do Real Madrid e ídolo do AS Cannes (pela internet):
Eu me lembro quando fui para o Bordeaux, em 1992, que a torcida do clube em massa pediu para que eu ficasse mas, na época, julguei que seria um passo adiante na minha carreira. Eles entenderam e continuam me tratando como um grande ícone na história. [...] Desde a falência, quando o Cannes teve que se reorganizar para disputar as competições amadoras na França, eu perdi um pouco de contato com o clube. Só recuperei agora, com meu amigo Micoud assumindo a presidência do clube. Quando ele me contou dos feitos que têm sido realizados pelo time, eu fiquei extasiado! É incrível o que eles têm feito e espero, de coração, que eles retornem à Ligue 1 porque o lugar deles segue aguardando o retorno.

Damien Devereaux - treinador do AS Cannes:
Saber que um dos meus ídolos de infância - e grande treinador contemporâneo - que é o Zidane tem elogiado meu trabalho é algo fantástico! [...] A trajetória para organizar as coisas aqui acabou sendo mais rápida do que eu imaginava. Eu lembro que quando assumi alguns jogadores não acharam muito interessante um treinador menos conhecido que eles e acabaram se opondo a mim. Expliquei a eles que tudo bem, mas que me dessem um pouco de tempo para trabalharmos já que, da mesma forma que eles um dia tiveram que começar de um lugar, estou começando por aqui. [...] Eu sinto que com o tempo e, claro, com os resultados eu acabei ganhando um pouco de moral com eles e o nosso ambiente dentro do balneário é excelente, ainda que exista uma ou outra insatisfação.

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Hoje eu conto com o apoio de vários jogadores e, principalmente, de peças que me são fundamentais no plantel e espero que continue assim, com todos caminhando juntos para reerguer este grande clube!

Bernard Lambourde - diretor do AS Cannes:
Ele (o Damien) já mostrou o calendário, né? Então... O que nos pareceu mais curioso é que há um desbalanceamento bem delimitado na liga. Apenas três times têm elencos que se destacam - e incluo o nosso aqui nessa seleção - com os demais sendo nivelados muito por baixo. Assim é necessário que se dê todos os méritos a Devereaux pela forma consciente que tem armado o time: buscando fortalecer a defesa e, com isso, dificultar a criação dos adversários, enquanto busca um método para criar jogadas que é capaz de embaralhar os sistemas defensivos dos adversários que não são muito consistentes. Isso, aliado aos bons resultados que obtivemos, nos coloca na liderança isolada do grupo do National 3. Já na Coupe de France nós também conseguimos uma campanha muito forte e chegamos aos 16-avos de final, onde enfrentaremos o fortíssimo time do Stade Reims aqui no Stade Pierre de Coubertin. Um jogo que será muito difícil, mas já nos deu um bom sustento depois que uma emissora de televisão nos pagou €12 mil pelos direitos de transmissão da partida. [...] Com relação à sequência, teremos um calendário com onze jogos pela liga e, por enquanto, um pela Coupe de France até o mês de maio, quando se encerra a temporada.

Johan Micoud - ex-jogador e presidente do AS Cannes:
O maior problema que enfrentamos atualmente é bastante claro: dinheiro. Todo mês nós temos fechado no vermelho e atualmente o nosso balanço está em €67 mil negativos. Não temos muito para onde correr, porque nos falta toda uma estrutura para captar verbas... Mas essa estrutura que busca investimentos também demanda dinheiro, então é meio que um círculo vicioso. Teremos, eventualmente, que encontrar um equilíbrio para possibilitar que o nosso crescimento seja alavancado. Vamos ver como essa temporada se encerrará para delimitarmos melhor nosso planejamento, só que é difícil conseguir manter toda uma estrutura enquanto estamos em competições que não garantem o mínimo de rentabilidade.

Quem chegou com uma ideia interessante para dar uma ajuda nessa situação financeira foi o Damien. Ele e o Bernard vieram conversar comigo e viram nas festividades de ano novo uma oportunidade de buscarmos junto à prefeitura um espaço para fazermos uma confraternização mais fechada e, também, divulgar a marca do clube. O que poderia ser mais complicado disso tudo era a questão de logística com as bebidas, mas a solução veio bem rápido: Lambourde disse que disponibilizaria os funcionários do Gotha Club, a boate da qual era dono, e também entraria em contato com os fornecedores para conseguir alguns patrocínios e, quem sabe, um desconto na aquisição das bebidas.

Em uma breve conversa com o prefeito, acabamos conseguindo um espaço para montar o nosso camarote. A única contrapartida que eles exigiram foi que, como era um evento para arrecadação de fundos para o esporte na cidade, fizéssemos em conjunto com o US Cannes La Bocca, mesmo que a renda não fosse igualmente dividida. [...] Em contato com o presidente do outro clube, conseguimos estabelecer uma divisão que considero justa: 70-30, já que a maior parte dos esforços para a organização partiram daqui, inclusive com o apoio do Gotha Club. Uma parte do staff deles se disporia a trabalhar no suporte com Bernard e, além disso, teriam direito a 50 entradas gratuitas para o camarote. Estabelecemos também, em conjunto, o valor do passaporte fixado em €75 por pessoa.

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Não tem muito o que dizer a não ser que o desempenho na temporada está perfeito, sem falar a maneira como tem tocado a narrativa, bastante imersiva e bem organizada.

São quantos grupos na National 3?

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Foi um atropelamento o que o Cannes fez com os adversários. Fatalmente não será nessa divisão que você terá desafios que os atrapalhe, parece que a tarefa é só manter o ritmo, o bom relacionamento dentro do vestiário e cumprir o objetivo além do estipulado. O cinema, com certeza, agradece pelo rumo que essa história está tomando bem como moradores da histórica cidade e os ídolos de outrora. Parabéns pela reestruturação dos dragões!

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Começando a acompanhar agora, e posso dizer que é o projeto mais criativo e imersivo que vi por aqui recentemente! Une duas de minhas paixões: futebol e álcool rs.
O perfil e a personalidade do Devereaux são espetaculares, e esse início de temporada não poderia ter sido melhor.  Parabéns.

Falando ao Damien: O Cannes necessita firmar um compromisso de longo prazo contigo JÁ. Você vem resgatando o orgulho futebolístico da cidade!

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14 horas atrás, Inner Logic disse:

Não tem muito o que dizer a não ser que o desempenho na temporada está perfeito, sem falar a maneira como tem tocado a narrativa, bastante imersiva e bem organizada.

São quantos grupos na National 3?

Realmente o nosso desempenho tem sido impecável, eu esperava que o time fosse bem porque apesar de ser amador, o time tem uma reputação relativamente alta para a divisão, então acaba compensando as coisas. Com relação ao campeonato, são doze grupos no National 3 e apenas os campeões de cada um que garantem o acesso ao National 2.

Fico feliz que esteja gostando da narrativa! Obrigado pelo comentário!

6 horas atrás, Vannces disse:

Foi um atropelamento o que o Cannes fez com os adversários. Fatalmente não será nessa divisão que você terá desafios que os atrapalhe, parece que a tarefa é só manter o ritmo, o bom relacionamento dentro do vestiário e cumprir o objetivo além do estipulado. O cinema, com certeza, agradece pelo rumo que essa história está tomando bem como moradores da histórica cidade e os ídolos de outrora. Parabéns pela reestruturação dos dragões!

Pois é, Vannces, temos estado simplesmente impecáveis e jogando muito bem. Acho que a estrutura tática montada que prioriza bastante os jogadores da faixa central do campo foi uma escolha certeira porque praticamente todos eles dão boas opções no momento ofensivo da equipe, principalmente o Recuperador de Bolas que atua como se fosse um B2B, chegando bastante à frente e dando alta combatividade no meio-campo. Se continuarmos nessa maré de boas exibições, os jogadores se sentem mais confiantes e jogam melhor o que vai culminar, inevitavelmente, em um título.

É bom ver que o estilo esteja agradando, ainda mais porque a proposta do save é de ser bem duradouro. O futuro parece promissor pro time! Obrigado pelo comentário! :)

5 horas atrás, 2sakakibara disse:

Começando a acompanhar agora, e posso dizer que é o projeto mais criativo e imersivo que vi por aqui recentemente! Une duas de minhas paixões: futebol e álcool rs.
O perfil e a personalidade do Devereaux são espetaculares, e esse início de temporada não poderia ter sido melhor.  Parabéns.

Falando ao Damien: O Cannes necessita firmar um compromisso de longo prazo contigo JÁ. Você vem resgatando o orgulho futebolístico da cidade!

Opa, seja bem vindo! Fico feliz que a leitura esteja bem imersiva. Sempre gostei bastante de escrever, mas esse estilo é algo novo pra mim e ver que está agradando é bem legal! Eu fiquei bastante surpreso com o desempenho da equipe, esperava que ficaria brigando lá em cima desde o começo, mas não passou pela minha cabeça em momento nenhum que faríamos uma campanha invicta... Hahahah

Esta última parte do seu comentário vou usar na história, vamos ver se fica legal. :P

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      Olá a todos. Sejam bem-vindos à segunda versão do save Brazylijska magia. Como a maioria já deve estar sabendo, esse foi um save que eu iniciei no final de dezembro do ano passado, mas que acabou tendo uma vida muito curta. Depois de um tempo pensando, decidi que queria mesmo jogar o save outra vez. Como a versão original mal passou da primeira temporada, acredito que haja espaço para jogar a mesma proposta sem que acabe sendo apenas uma repetição do que já passou.
      A proposta para essa segunda versão é a mesma da versão anterior: conquistar títulos com uma equipe que jogo futebol ofensivo com ênfase na qualidade individual e que consiga incorporar um bom número de brasileiros ao elenco.
      Fiz, contudo, duas mudanças importantes para essa nova versão. A primeira delas é que decidi jogar com orçamentos para transferência já na primeira temporada. Normalmente, não gosto de usar essa opção. Mas acho que nessa situação específica ela pode ser uma boa arma para aumentar as possibilidades de mudança de elenco logo de saída, trazendo uma dinâmica diferente para a primeira temporada do que aquela do save anterior.
      A segunda mudança é que resolvi jogar as duas primeiras temporadas do save (quase) por inteiro antes de trazer ele para cá. Isso tem a óbvia desvantagem de fazer as interações com os leitores ficarem um pouco prejudicadas nesse momento inicial, pois vou estar trazendo a vocês algo que já sei o desfecho. Mas considerando o que ocorreu no save anterior, eu queria ter certeza de que conseguiria me envolver emocionalmente com a história antes de trazer ela para os leitores. Sinto que falhei no compromisso com os leitores na história passada, quando fiz bastante gente começar a acompanhar apenas para encerrar logo em seguida. Por isso agora preferi esperar até garantir que o save está me dando vontade de jogar.
       
      Encerrado o prefácio à segunda edição, voltamos com a programação normal. Abaixo segue a introdução da proposta do save em si. Ela é igual à introdução da versão anterior, então quem já leu por lá pode pular o resto do post.
       
      Introdução
      Szczecin, Polônia. Rua Mieczysława Karłowicza, número 28. 23 de agosto de 2005.
      P: Boguslaw, os nossos resultados estão uma merda.
      B: Tenha paciência, Ptak. Os jogadores ainda não incorporaram a minha ideia de jogo.
      P: Ideia de jogo é o caralho. Ninguém ganha com ideia de jogo. O importante é ter habilidade. Olha o Brasil. Destruíram a Argentina na Copa das Confederações. Tu acha que os argentinos não tinham ideia de jogo? Vocês treinadores sempre cheios de ideias. O futebol é uma arte, não uma ciência.
      B: Bem, as contratações são responsabilidade do presidente. Se falta habilidade, então precisamos trazer mais alguns bons nomes. O Przemyslaw e o Rafal poderiam falar com outros jogadores da seleção, quem sabe um deles não quer vir para cá?
      P: Boguslaw, eu aqui falando de habilidade, e tu me vem com seleção polonesa? Tu é burro mesmo, hein?! Que se foda a seleção polonesa. Eu quero o quadrado mágico!
      B: Mas Ptak, esses caras jogam nos melhores times do mundo. Barcelona, Real Madrid, Inter, Milan. Não temos dinheiro pra trazer um jogador de lá nem se vendermos o estádio com o time todo dentro.
      P: E quem falou em trazer alguém desses clubes, imbecil? Nós vamos montar o nosso próprio quadrado mágico. Trazer os caras direto do Brasil. Naquele país é todo mundo pobre, vai chover jogador querendo vir pra cá.
      B: Mas Ptak, ninguém da equipe técnica conhece os jogadores do Brasil. Precisamos contratar olheiros, enviar eles para lá, esperar até que comecem a se achar no futebol local e...
      P: Caralho Boguslaw, eu não sei porque continuo falando contigo. Que porra de olheiro que nada. Os caras são brasileiros, o futebol tá no sangue deles. Todo mundo nasce sabendo jogar naquele país. É só ir lá e pegar qualquer um. Não tem como dar errado.
      B: Tem também os nossos jogadores atuais. Eles não vão ficar felizes em ser reservas, ainda mais de jogadores desconhecidos por aqui.
      P: Quem não tiver feliz pode ir embora. É todo mundo perna de pau aqui mesmo. Vou encher esse time de brasileiros, de gente com habilidade. Vamos fazer mágica.
      B: Mas Ptak, eu não falo português, e os caras não vão saber falar polonês. Como vou treinar jogadores que não são capazes de me entender?
      P: Já pensei nisso. A habilidade brasileira não pode ficar presa nesse estilo de futebol ruim que a gente joga. O Cláudio disse que lá no Brasil eles falam que é preciso ter gingado. Eu quero um treinador com esse tal de gingado. Pode ir pegando tuas coisas. Na saída já aproveita e mostra a sala do treinador pro Zé Carlos, que é quem vai cuidar do time a partir de hoje.
       
      O dialogo acima é, obviamente, fictício. Mas poderia muito bem ter ocorrido. Naqueles dias, o Pogon Szczecin passava por um mau momento. Os resultados não estavam de acordo com o que o presidente imaginava. Foi aí que ele teve uma ideia brilhante: ora, se o clube não está jogando bem, por que não trocar todo mundo por brasileiros? Afinal, o Brasil é a terra do futebol. País campeão mundial. País que encantava a todos com Ronaldo e Ronaldinho – para não falar de Kaká, Adriano e tantos outros craques.
      É claro que havia algumas falhas no plano do presidente. Afinal, mesmo o Brasil tendo grandes jogadores, nem todo brasileiro é um grande jogador. Para qualquer um de nós, isso é uma obviedade. Antoni Ptak, porém, parece jamais ter pensado nisso.
      Aproveitando-se que a liga polonesa não possuía qualquer restrição ao número de estrangeiros, o Pogon Szczecin trouxe, em uma única temporada, dezoito jogadores brasileiros. A maior parte deles de grandes clubes do futebol nacional, como Sorocaba, Atlético Guaçuano ou União Barbarense.
      Do outro lado, boa parte do elenco do Szczecin saiu quase de graça – afinal, era preciso abrir espaço para os craques brasileiros. A estratégia, é claro, não deu nada certo. Os resultados pioraram ainda mais, a torcida se desencantou com o time, e o Pogon afundou em dívidas, chegando até mesmo a fechar as portas. Mas os detalhes eu conto depois.
       
      Ligas carregadas: Polônia e Brasil (ambos 2ª divisão); Inglaterra, Espanha e Alemanha (todos 1ª divisão).
      Base de dados: pequena, mas com todos os jogadores brasileiros.
      Data de início: 29.05.2017
      Outras opções: mascarar atributos, não adicionar equipe técnica, impedir uso de editor do jogo, ativar orçamentos na primeira janela
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