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Ariel'

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26 minutos atrás, Léo R. disse:

Se é pra ficar igual, deixa assim? Com um CORRUPTO, BANDIDO no poder? Você acha isso certo?

A MAIS VÃO COLOCAR OUTRO, é bem provável que sim, porém, HÁ A CHANCE DE ISSO MUDAR. Do jeito que está não muda nada. A questão econômica ainda está um caos, não melhorou MERDA NENHUMA, só fizeram os jornais noticiarem menos e tudo mais.

Novamente... não estou discutindo certo e errado. Se eu tivesse poder de escolha direta, não estaria assim, garanto. Eu não apoio Temer. Eu não bati panela. Eu não "fui as ruas". Eu não fiz textão de facebook. Eu fui a favor do impeachment. E seria novamente. Os motivos, já expus no meu outro post.

Com corrupto e bandido no poder estaríamos de qualquer maneira. Seja Temer, Lula ou Maia. Há uma chance de mudar? Hoje não. A menos que alguém de um golpe de estado de verdade. E aí, provavelmente, não será uma mudança para melhor. Em 2018 há a chance de mudar? Há. Mas sendo bem realista, serão os mesmos partidos, os mesmo políticos que acabarão ganhando. Então mesmo havendo a chance, eu não acredito que haverá mudança significativa.

A questão econômica está melhor. O mercado está mais otimista. Os investidores estrangeiros estão confiando mais no Brasil. Negar isso é só ser hater. Estar melhor, não significa dizer que está bom para todo mundo. Melhor de péssimo, continua sendo ruim.

Tu está insatisfeito. Eu entendo. Eu tb estou. Só lidamos com isso de maneira diferente.

Outro parêntese que não é opinião pessoal, mas como muita gente lê a situação do Temer. O Temer só cai se houver pressão "popular". Quem organizou a pressão popular contra a Dilma (direita tipo MBL), está vendo a situação como ruim mas sustentável. Afinal, o Temer está fazendo as reformas anti-populares que eles queriam e de quebra tomando toda a culpa. Quem deveria organizar pressão popular hoje, PT e minions, não quer fazer. Para eles, o Temer estar no poder com 5% de aprovação é vantajoso para o pleito de 2018. O congresso todo está com o rabo preso. E o Temer no poder, significa articulação forte contra as investigações. É conveniente para "todo mundo" que ele continue lá.

 

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  • Vice-Presidente

Nem escondem mais que estão comprando voto a torto e a direito.

http://g1.globo.com/economia/noticia/governo-abre-mao-de-mais-de-r-10-bilhoes-com-alivio-de-dividas-de-ruralistas.ghtml

Já liberou emenda para liberar verba para os deputados fazerem obras de eleição na sua sede, atendeu a bancada ruralista...

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Em 04/08/2017 at 18:59, Henrique M. disse:

Nem escondem mais que estão comprando voto a torto e a direito.

http://g1.globo.com/economia/noticia/governo-abre-mao-de-mais-de-r-10-bilhoes-com-alivio-de-dividas-de-ruralistas.ghtml

Já liberou emenda para liberar verba para os deputados fazerem obras de eleição na sua sede, atendeu a bancada ruralista...

Detalhe, Funrural serve para? Previdência Rural dentro da previdência social. A faca vai na carne mais barata sempre.

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@Psicopinto, seu diagnóstico é perfeito, mas creio que o que o @Léo R. disse foi que não podemos ficar somente nisso, senão a chance de passarmos o pano pra algum filha da puta é muito grande.

Não basta entendermos como funciona a "real politik" (quanto à isso, suas palavras foram certeiras), e sim procurar algum jeito de por um fim nas práticas nefastas. Ou, ao menos, não compactuar com elas, nem que seja simplesmente por assumir uma visão crítica - e não conformada - sobre elas. 

"Entender" é diferente de "banalizar". A primeira é um passo fundamental pra mudar o status quo, enquanto a última é uma forma de manutenção dele. Se as pessoas pararem de reprovar coisas como as que o Temer vem fazendo, estaremos perdidos. Tem que ter muito cuidado com esse discurso, pois ele é exatamente o que todos os bruxos da politica querem emplacar. É uma forma de anestesiar a população enquanto o nível fica cada vez mais baixo.

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13 horas atrás, Bernardo13 disse:

@Psicopinto, seu diagnóstico é perfeito, mas creio que o que o @Léo R. disse foi que não podemos ficar somente nisso, senão a chance de passarmos o pano pra algum filha da puta é muito grande.

Não basta entendermos como funciona a "real politik" (quanto à isso, suas palavras foram certeiras), e sim procurar algum jeito de por um fim nas práticas nefastas. Ou, ao menos, não compactuar com elas, nem que seja simplesmente por assumir uma visão crítica - e não conformada - sobre elas. 

"Entender" é diferente de "banalizar". A primeira é um passo fundamental pra mudar o status quo, enquanto a última é uma forma de manutenção dele. Se as pessoas pararem de reprovar coisas como as que o Temer vem fazendo, estaremos perdidos. Tem que ter muito cuidado com esse discurso, pois ele é exatamente o que todos os bruxos da politica querem emplacar. É uma forma de anestesiar a população enquanto o nível fica cada vez mais baixo.

Finalmente um argumento contra com conteúdo. Obrigado.

O jeito de por um fim nestas práticas depende de dois fatores ao meu ver. Voto e reforma política. Desculpe se eu soo conformado, mas ambos fatores ficam mais para o lado da teoria do que da prática infelizmente.

O voto, por mais que eu estude as propostas do candidato, por mais que eu me cerque de certezas sobra a índole do mesmo, não me garante um representante perfeito. Primeiro pq é só o meu voto. E isso não garante o pleito ao escolhido. E segundo, que do jeito que funciona nossa política,  boa intenção não faz nada. Ele vai precisar de força política. Para obter a mesma, precisará de alianças fortes. Favores... e aí já sabemos onde vai parar.

A reforma política talvez seja o maior unicórnio dentre as esperanças de quem tem alguma consciência do que vem acontecendo no país. Como acreditar que esta classe política vá fazer algo para tirar seus privilégios? Como esperar que eles simplesmente abdiquem do poder o dinheiro que tem nas mãos hoje? Quem faria isso, não tem força lá dentro.

Há quem acredite na força da pressão popular como um terceiro fator. Na minha opinião ela não pode ser ignorada, mas é superestimada. Na situação certa, ela é usada como argumento (impeachment da Dilma). Mas quando não há vontade política, ela tende a ter menos peso do que todos acreditam ter. 95% de rejeição deveria ser pressão suficiente para os caras botarem o Temer na roda. Isso é patético. E mostra o real peso da opinião pública para eles.

As pessoas reprovam oq ele fez. Eu reprovo. 95% de rejeição já fala por si só. Mas me permita, diferente de muitos, adotar uma postura mais pragmática. Eu prefiro me preocupar com minha vida, tocar ela e não gastar energia com oq não tem solução a curto prazo. Ficar fazendo beicinho na internet não vai fazer o Temer cair. E mesmo que ele venha a cair, só vai mudar o nome do presidente. As mesmas práticas continuarão sendo usadas. São 513 deputados, 81 senadores, em sua grande maioria acostumada com o modelo atual. Comprometida em manter o vento soprando a seu favor.

Sendo assim, por ter ideais mais de direita, me alegro que ao menos as reformas trabalhista e previdenciária estão andando. Se quiser discutir pq eu acho isso bom, podemos mudar o foco do assunto. Embora meus argumentos sejam praticamente os mesmos que tu já viu por aí, e se for contra as reformas não concordou. :)

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6 horas atrás, Léo R. disse:

Todo mundo pode ser corrupto e deve ficar no poder, exceto se for do PT ou pseudo-esquerda-BR.

Mas desde o começo é isso ai mesmo que foi planejado.

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11 horas atrás, Psicopinto disse:

Finalmente um argumento contra com conteúdo. Obrigado.

O jeito de por um fim nestas práticas depende de dois fatores ao meu ver. Voto e reforma política. Desculpe se eu soo conformado, mas ambos fatores ficam mais para o lado da teoria do que da prática infelizmente.

O voto, por mais que eu estude as propostas do candidato, por mais que eu me cerque de certezas sobra a índole do mesmo, não me garante um representante perfeito. Primeiro pq é só o meu voto. E isso não garante o pleito ao escolhido. E segundo, que do jeito que funciona nossa política,  boa intenção não faz nada. Ele vai precisar de força política. Para obter a mesma, precisará de alianças fortes. Favores... e aí já sabemos onde vai parar.

A reforma política talvez seja o maior unicórnio dentre as esperanças de quem tem alguma consciência do que vem acontecendo no país. Como acreditar que esta classe política vá fazer algo para tirar seus privilégios? Como esperar que eles simplesmente abdiquem do poder o dinheiro que tem nas mãos hoje? Quem faria isso, não tem força lá dentro.

Há quem acredite na força da pressão popular como um terceiro fator. Na minha opinião ela não pode ser ignorada, mas é superestimada. Na situação certa, ela é usada como argumento (impeachment da Dilma). Mas quando não há vontade política, ela tende a ter menos peso do que todos acreditam ter. 95% de rejeição deveria ser pressão suficiente para os caras botarem o Temer na roda. Isso é patético. E mostra o real peso da opinião pública para eles.

As pessoas reprovam oq ele fez. Eu reprovo. 95% de rejeição já fala por si só. Mas me permita, diferente de muitos, adotar uma postura mais pragmática. Eu prefiro me preocupar com minha vida, tocar ela e não gastar energia com oq não tem solução a curto prazo. Ficar fazendo beicinho na internet não vai fazer o Temer cair. E mesmo que ele venha a cair, só vai mudar o nome do presidente. As mesmas práticas continuarão sendo usadas. São 513 deputados, 81 senadores, em sua grande maioria acostumada com o modelo atual. Comprometida em manter o vento soprando a seu favor.

Sendo assim, por ter ideais mais de direita, me alegro que ao menos as reformas trabalhista e previdenciária estão andando. Se quiser discutir pq eu acho isso bom, podemos mudar o foco do assunto. Embora meus argumentos sejam praticamente os mesmos que tu já viu por aí, e se for contra as reformas não concordou. :)

Discordo totalmente que "voto consciente" resolve o problema do Brasil. Pra ilustrar, vamos pegar os deputados federais eleitos por MG em 2014:

- Adelmo Leão, do PT, teve 57.921 votos (0,57% do eleitorado). Foi eleito.

- Ademir Camilo, do PROS, teve 56.305 (0,56% do eleitorado). Não foi eleito.

O PT, como todos sabem, é (em teoria) um partido de esquerda. O PROS, por outro lado, é um partido marcado pelo forte apelo religioso (pelo menos em MG). 

Vamos fazer uma suposição perfeitamente razoável: o primeiro recebeu votos por suas pautas progressistas, enquanto o segundo prometeu ser conservador e se opor a qualquer tentativa de legalização de drogas, aborto e etc.

No entanto, aconteceu o seguinte: o PT e o PROS se coligaram (junto com o PMDB, PRB e PC do B, aliás, que não tem nada a ver um com o outro). Isso significa que os votos dados à um candidato CONSERVADOR-RELIGIOSO foi diretamente responsável por eleger um candidato PROGRESSISTA. Em outras palavras, o eleitor, apesar de ter votado em A, elegeu -A. Se nenhum voto tivesse sido dado ao candidato do PROS, o candidato do PT não teria sido eleito.

De outra sorte, se o candidato do PROS tivesse conseguido míseros 1.617 votos a mais, teria sido eleito, com a ajuda de todos os votos dados à um candidato progressista - que ficaria de fora.

Qual é a conclusão disso? Que o voto em um sistema de lista aberta com coligação é simplesmente uma loteria. No lugar de progressista/religioso, poderia muito bem ter sido corrupto/honesto, por exemplo. Repare também na percentagem de votos que foram suficientes pro candidato se eleger: 0,57%. Grosso modo, isso significa que 99,43% do eleitorado poderia ODIAR esse candidato que, ainda assim, ele teria sido eleito. Com a ajuda de justamente quem o reprova!

Esse papo de que o brasileiro não sabe votar, ou que vota mal, é piada. Olha só o sistema a que estamos submetidos. É por isso que os coronéis conseguem continuar por décadas na política: eles fazem toda a sorte de esquemas de financiamento ilegal de campanha, conseguindo uma visibilidade em um nível MUITO acima dos demais. Voce pode ser o melhor candidato do mundo, se você não tiver dinheiro, você não vai sequer conseguir mostrar pras pessoas que você existe. Enquanto isso, o coronel será conhecido por praticamente a integralidade dos eleitores, disputando votos com o universo inteiro, ainda que o aproveitamento "voto dado/eleitor atingido" dele seja baixíssimo.

De resto, discordo que a pressão popular contra o Temer seja grande. Muito pelo contrário; ela é quase inexistente. O que é grande (ou melhor, enorme) é a rejeição, que, por si só, não adianta nada. É como se o Temer estivesse totalmente encharcado de gasolina e ninguém chegasse perto dele com um fósforo acesso. A explosão tem tudo pra acontecer, mas falta a combustão - que, por certo, não vai rolar.

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12 horas atrás, Bernardo13 disse:

Discordo totalmente que "voto consciente" resolve o problema do Brasil. Pra ilustrar, vamos pegar os deputados federais eleitos por MG em 2014:

- Adelmo Leão, do PT, teve 57.921 votos (0,57% do eleitorado). Foi eleito.

- Ademir Camilo, do PROS, teve 56.305 (0,56% do eleitorado). Não foi eleito.

O PT, como todos sabem, é (em teoria) um partido de esquerda. O PROS, por outro lado, é um partido marcado pelo forte apelo religioso (pelo menos em MG). 

Vamos fazer uma suposição perfeitamente razoável: o primeiro recebeu votos por suas pautas progressistas, enquanto o segundo prometeu ser conservador e se opor a qualquer tentativa de legalização de drogas, aborto e etc.

No entanto, aconteceu o seguinte: o PT e o PROS se coligaram (junto com o PMDB, PRB e PC do B, aliás, que não tem nada a ver um com o outro). Isso significa que os votos dados à um candidato CONSERVADOR-RELIGIOSO foi diretamente responsável por eleger um candidato PROGRESSISTA. Em outras palavras, o eleitor, apesar de ter votado em A, elegeu -A. Se nenhum voto tivesse sido dado ao candidato do PROS, o candidato do PT não teria sido eleito.

De outra sorte, se o candidato do PROS tivesse conseguido míseros 1.617 votos a mais, teria sido eleito, com a ajuda de todos os votos dados à um candidato progressista - que ficaria de fora.

Qual é a conclusão disso? Que o voto em um sistema de lista aberta com coligação é simplesmente uma loteria. No lugar de progressista/religioso, poderia muito bem ter sido corrupto/honesto, por exemplo. Repare também na percentagem de votos que foram suficientes pro candidato se eleger: 0,57%. Grosso modo, isso significa que 99,43% do eleitorado poderia ODIAR esse candidato que, ainda assim, ele teria sido eleito. Com a ajuda de justamente quem o reprova!

Esse papo de que o brasileiro não sabe votar, ou que vota mal, é piada. Olha só o sistema a que estamos submetidos. É por isso que os coronéis conseguem continuar por décadas na política: eles fazem toda a sorte de esquemas de financiamento ilegal de campanha, conseguindo uma visibilidade em um nível MUITO acima dos demais. Voce pode ser o melhor candidato do mundo, se você não tiver dinheiro, você não vai sequer conseguir mostrar pras pessoas que você existe. Enquanto isso, o coronel será conhecido por praticamente a integralidade dos eleitores, disputando votos com o universo inteiro, ainda que o aproveitamento "voto dado/eleitor atingido" dele seja baixíssimo.

De resto, discordo que a pressão popular contra o Temer seja grande. Muito pelo contrário; ela é quase inexistente. O que é grande (ou melhor, enorme) é a rejeição, que, por si só, não adianta nada. É como se o Temer estivesse totalmente encharcado de gasolina e ninguém chegasse perto dele com um fósforo acesso. A explosão tem tudo pra acontecer, mas falta a combustão - que, por certo, não vai rolar.

Bom ponto quanto a loteria que se torna os eleitos no final da lista. Nunca havia parado para analisar deste espectro. Qual solução tu vê para isso?

Eu não afirmei que a pressão existe. Eu disse que ela deveria existir com oq temos hoje. Os políticos deveriam se sentir pressionados com estes 95% de rejeição. Aparentemente isso é irrelevante para eles. Seria preciso grandes manifestações, como contra a Dilma. Mas como já foi discutido, elas não acontecerão pq não há motivação política para tal.

A combustão não vai rolar. Quem pode, guardou os fósforos e está só curtindo o cheirinho inebriante da gasolina.

edit.: Eu falando em reforma política e os caras fazem a reforma deles. Querem dobrar o fundo partidário. Mas o "distritão" me chamou a atenção por causa do teu texto. Tu acha que isso ajuda na questão de não existir mais voto em lista aberta?

22 horas atrás, Léo R. disse:

Todo mundo pode ser corrupto e deve ficar no poder, exceto se for do PT ou pseudo-esquerda-BR.

Ótimo resumo para militantes. Excedeu as expectativas.

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12 horas atrás, Psicopinto disse:

Bom ponto quanto a loteria que se torna os eleitos no final da lista. Nunca havia parado para analisar deste espectro. Qual solução tu vê para isso?

Eu não afirmei que a pressão existe. Eu disse que ela deveria existir com oq temos hoje. Os políticos deveriam se sentir pressionados com estes 95% de rejeição. Aparentemente isso é irrelevante para eles. Seria preciso grandes manifestações, como contra a Dilma. Mas como já foi discutido, elas não acontecerão pq não há motivação política para tal.

A combustão não vai rolar. Quem pode, guardou os fósforos e está só curtindo o cheirinho inebriante da gasolina.

edit.: Eu falando em reforma política e os caras fazem a reforma deles. Querem dobrar o fundo partidário. Mas o "distritão" me chamou a atenção por causa do teu texto. Tu acha que isso ajuda na questão de não existir mais voto em lista aberta?

Ótimo resumo para militantes. Excedeu as expectativas.

Em negrito: perfeito. Concordo integralmente.

Sobre a reforma eleitoral, essa é uma questão muito complexa. Não existe a receita perfeita; todos os modelos tem suas vantagens e suas desvantagens, estabelecendo incentivos diferentes. Não é, todavia, uma ciência exata; impossível afirmar de certeza que os incentivos previstos vão, de fato, se concretizar. E podem ocorrer incentivos não-previstos, também, seja por alguma mudança repentina de conjuntura, seja porque era simplesmente impossível imagina-los. São muitas variáveis envolvidas.

A ciência política é o ramo que estuda isso, tentando identificar quais são os melhores incentivos possíveis a serem dados a uma determinada conjuntura. Em alguns pontos, há amplo consenso; em outros, muitas incertezas. Eu diria que pra compreender o cenário da melhor maneira possível, são necessárias três coisas:

a) Realizar um diagnóstico da atual conjuntura política. Quais são as regras atuais? Como elas funcionam? Quais são os problemas que elas ensejam? Por que eles ocorrem? O que desencadeou isso? Como eles afetam a nossa representação? É uma situação que tende a perpetuar os vícios?  Qual é o comportamento dos agentes? Eles tem motivos pra agir assim? Etc.

b) Entender as regras de cada uma das propostas de mudança. Como funciona cada um dos modelos? Qual é a lógica pode detrás? Quais são são suas diferenças? As desvantagens e as vantagens? Etc. (esse ponto é menos controverso, pq é muito mais objetivo do que subjetivo) 

c) A mistura de a) + b). Levando-se em conta o contexto, o que uma alteração nas regras do jogo ensejaria? Se eu mudar de X pra Y, qual será a provável reação dos agentes que participam do jogo? Quem sairia beneficiado? Quem sairia prejudicado? Quais incentivos eu estou retirando? Quais incentivos eu estou adicionando?

Quero propor pra você o seguinte: que tal se a gente chegasse à uma conclusão juntos? Ao invés de eu narrar a minha opinião a você e vice-versa, a gente caminha passo-a-passo juntos. Não tem como ser impositivo em uma questão dessas. Como disse, não é uma receita de bolo; podem haver ingredientes que eu ignoro no ponto A), por exemplo, o que significaria que a minha opinião atual é falha, pq partiu de um ponto errado. Provavelmente será uma discussão longa, mas acredito que será proveitosa. Anima?

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10 horas atrás, Bernardo13 disse:

Em negrito: perfeito. Concordo integralmente.

Sobre a reforma eleitoral, essa é uma questão muito complexa. Não existe a receita perfeita; todos os modelos tem suas vantagens e suas desvantagens, estabelecendo incentivos diferentes. Não é, todavia, uma ciência exata; impossível afirmar de certeza que os incentivos previstos vão, de fato, se concretizar. E podem ocorrer incentivos não-previstos, também, seja por alguma mudança repentina de conjuntura, seja porque era simplesmente impossível imagina-los. São muitas variáveis envolvidas.

A ciência política é o ramo que estuda isso, tentando identificar quais são os melhores incentivos possíveis a serem dados a uma determinada conjuntura. Em alguns pontos, há amplo consenso; em outros, muitas incertezas. Eu diria que pra compreender o cenário da melhor maneira possível, são necessárias três coisas:

a) Realizar um diagnóstico da atual conjuntura política. Quais são as regras atuais? Como elas funcionam? Quais são os problemas que elas ensejam? Por que eles ocorrem? O que desencadeou isso? Como eles afetam a nossa representação? É uma situação que tende a perpetuar os vícios?  Qual é o comportamento dos agentes? Eles tem motivos pra agir assim? Etc.

b) Entender as regras de cada uma das propostas de mudança. Como funciona cada um dos modelos? Qual é a lógica pode detrás? Quais são são suas diferenças? As desvantagens e as vantagens? Etc. (esse ponto é menos controverso, pq é muito mais objetivo do que subjetivo) 

c) A mistura de a) + b). Levando-se em conta o contexto, o que uma alteração nas regras do jogo ensejaria? Se eu mudar de X pra Y, qual será a provável reação dos agentes que participam do jogo? Quem sairia beneficiado? Quem sairia prejudicado? Quais incentivos eu estou retirando? Quais incentivos eu estou adicionando?

Quero propor pra você o seguinte: que tal se a gente chegasse à uma conclusão juntos? Ao invés de eu narrar a minha opinião a você e vice-versa, a gente caminha passo-a-passo juntos. Não tem como ser impositivo em uma questão dessas. Como disse, não é uma receita de bolo; podem haver ingredientes que eu ignoro no ponto A), por exemplo, o que significaria que a minha opinião atual é falha, pq partiu de um ponto errado. Provavelmente será uma discussão longa, mas acredito que será proveitosa. Anima?

Eu gosto muito de ler. E tenho meus pontos de vista quanto ao funcionamento do mundo bem definidos. Isso me ajuda a formar opinião. Mas estou longe de me considerar um cientista político. :) Beeem longe.

Dito isso, me parece uma proposta tentadora. Vou tentar contribuir ao máximo. Embora baseado no que eu li de ti até agora, tu me parece uma pessoa com muito mais condição de analisar detalhes. Detalhes que eu muitas vezes nem vou notar.

Creio que só na segunda-feira eu volte a responder aqui.

ps.: Creio que o convite deve ser estendido a todos, certo? Quanto mais pontos de vista, melhor.

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  • Vice-Presidente

Sei que não é a intenção do @Psicopinto e nem do @Bernardo13, mas vou falar um negócio aqui que vai parecer meio estranho e fora do assunto, mas tem tudo haver com nossos problemas atuais.

Na atual situação que anda o Brasil, seria melhor a gente voltar a ser uma monarquia (sim, monarquia mesmo, rei, rainha, etc). Pelo menos a hipocrisia acabaria e o Brasil se constituiria como a plutocracia que é e sempre foi. Todo mundo saberia quem está sendo beneficiado e acabava essa reles esperança de um dia a população tomar tento e se revoltar contra o governo que temos. Além do que, seria menos gente chupinhando o Estado (não falo aqui dos políticos, falo do nosso funcionalismo público imenso).

Brasil em sua formação é um país da nobreza escanteada de Portugal (capitanias) que depois assumiu o tom de plutocracia com Portugal concedendo terra para quem tinha dinheiro. Nossa independência foi um movimento das elites para que Portugal não mexesse nas riquezas dos poderosos daqui. Nossa República surgiu por razões torpes da elite também, só que dessa vez, o pessoal que tinha dinheiro, queria mais poder, então precisava, chutar a bunda de quem detinha.

Hoje podemos não ter nobreza, mas foi substituída pelo coronéis e pelos filhos dos coronéis e pelos netos dos coronéis. Então o status quo não difere muito, então, é só pegar o Brasil, dividir entre os caciques de cada Estado e pronto, oficializa-se constitucionalmente a falta de vergonha na cara e assim, eles terão tudo garantido ao invés de terem que matar o país para se garantir. Como eles tem tudo garantido, eles vão ter que aprender a gerir seu título, para que ele não quebre a sua fonte de riqueza divina. Com certeza vai dar errado, mas aí que entra no ponto que quero chegar

O problema do Brasil é simples: o povo nunca fez parte da construção do nosso país, as revoltas "populares" sempre foram esmagadas. E esse que é o problema do país, nós, em termos gerais, não aprendemos a lidar com política porque nunca tivemos que lutar para melhorar o país e quando falo lutar, é revolução para tirar as elites do poder, bem no estilo da Revolução Francesa. Sem isso, nós, o verdadeiro povo brasileiro, não pudemos amadurecer o que era bom ou o que era ruim para o Brasil. E dentro da nossa história toda, temos uma constante só: quem sempre teve dinheiro e depois quem sempre teve poder é que ditaram os rumos que a nação seguiu e o que temos hoje no Congresso Nacional é o mesmo panorama de toda a trajetória de terra brasilis.

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Em 11/08/2017 at 08:44, Psicopinto disse:

Eu gosto muito de ler. E tenho meus pontos de vista quanto ao funcionamento do mundo bem definidos. Isso me ajuda a formar opinião. Mas estou longe de me considerar um cientista político. :) Beeem longe.

Dito isso, me parece uma proposta tentadora. Vou tentar contribuir ao máximo. Embora baseado no que eu li de ti até agora, tu me parece uma pessoa com muito mais condição de analisar detalhes. Detalhes que eu muitas vezes nem vou notar.

Creio que só na segunda-feira eu volte a responder aqui.

ps.: Creio que o convite deve ser estendido a todos, certo? Quanto mais pontos de vista, melhor.

Sim, quem quiser contribuir, fique a vontade! 

Vou começar com meu diagnóstico, então: o ponto central do nosso problema são os partidos.

Todos os nossos 30 e tantos partidos são, sem nenhuma exceção, oligarquias. Facções. Isso, por si só, é suficiente pra fazer com que nossa qualidade representativa seja um lixo, porque NENHUM deles tá lastreado em convicções ideológicas, e sim em uma busca tóxica pelo poder (ou por uma pequena parte dele).

Claro que qualquer partido do mundo tem como objetivo obter o poder. Mas há uma sensível diferença entre conquistar o poder para implementar o seu projeto de Estado e conquistar o poder para obter as chaves dos cofres do Estado. Os partidos brasileiros querem saquear a coisa pública. As medidas boas que ocasionalmente fazem é apenas uma forma de angariar capital político pra 4 anos depois conseguirem se eleger novamente e continuar aparelhando as instituições. 

Não é uma coisa de A ou B: é sistêmica. Todos, no fundo, visam isso; a unica coisa que muda é a plataforma e o discurso (se tiver). Alguns nem isso tem. Alguém aí saberia me dizer o que PR defende? E o PP? E o PPS? E o PSB?  E o PSD? E o PRB? E o PMN? (...)

Um partido é a junção de indivíduos que possuem um posicionamento político-ideológico em comum, se organizando de forma a conseguir convencer o restante da sociedade de que seu projeto para o Estado é o melhor possível. Quantos de nossos partidos fazem isso? 

Se parasse apenas por aqui, tava de bom tamanho até. Mas tem outros problemas: a estrutura interna dos partidos se choca com os mais diversos princípios democráticos e republicanos.É uma estrutura altamente hierarquizada e sem espaço pra dissidências. Não há democracia nas deliberações, é tudo decidido à portas fechadas. Pra ascender nesse meio, não tem jeito: tem que ser um soldado dos coroneis, reproduzindo e perpetuando todo esse tipo de pensamento. É um ambiente extremamente autoritário e viciado.

Se a instituição-chave de uma democracia é distorcida pelo fisiologismo e pelo autoritarismo, como é que vocês esperam que a qualidade da nossa representação seja boa? Não tem jeito.

No entanto, é um equívoco grave pensar que a solução pra isso é simplesmente acabar com os partidos e incentivar as candidaturas avulsas (não-filiados concorrendo em eleiçoes).

Não acho que as candidaturas avulsas devam ser proibidas, como é hoje. Mas essa não pode ser, de forma alguma, a regra: se for, nossos políticos vão estar MUITO mais suscetíveis a sofrer assédio dos interesses obscuros, já que não existiria baliza alguma pra guiar a ação desses parlamentares.

Um partido, querendo ou não, é uma garantia pro eleitor. Se eu sou liberal, por exemplo, eu vou querer que o meu representante faça com que o Estado interfira o quanto menos na economia. A importancia não está no representante, e sim na posição que ele vai tomar; ideias importam, pessoas não. Ao votar em um candidato de um partido liberal, eu asseguro isso, mas ao votar em um candidato que se diz liberal, não. O primeiro pode até votar contra sua bancada em uma questão desse tipo, mas vão haver consequências graves. Ele vai ter que explicar isso. E vai ter que ter um motivo muito bom pra se justificar. Já o segundo, está livre pra votar conforme a sua "consciência", o que, talvez, possa significar que na verdade ela está atendendo os interesses de alguém com dinheiro, que quer garantir o seu em face aos interesses difusos da sociedade. Fica muito mais difícil de controlar, e não vai ser o eleitor que vai fiscalizar isso. São 517 deputados, e é realmente difícil acompanha-los individualmente. Poucos farão isso. Esse parlamentar dificilmente vai ser punido por sua incoerência.

A atuação de um político ser engessada pelo seu partido é péssimo pra uma democracia, mas não existir nenhum limite é pior ainda. Tem que haver um equilíbrio.

Outro ponto contrário ao enfraquecimento dos partidos: eu posso muito bem ter votado em um candidato avulso exclusivamente por conta de uma questão X, mas isso significa que eu concordo com ele em Y, W e Z?  Por outro lado, outro eleitor pode ter votado nele por causa de Y, mesmo odiando a posição X dele. E agora? Quem ele deve seguir? Impossível mensurar isso. Votar em um avulso é, basicamente, dar um cheque em branco pra ele poder fazer absolutamente o que ele quiser. Um incentivo à corrupção, sem dúvida alguma. 

Outra coisa: isso fortalece de forma exagerada a pessoalidade na nossa política. E, consequentemente, o caciquismo. Um politico pode muito bem se fazer de bom moço por anos a fio, lutar por boas causas, construir uma reputação ilibada, ser coerente e etc, até finalmente adquirir tanta popularidade que ele possa fazer qualquer coisa, pq a imagem dele o credenciaria pra isso. O que a sociedade ganha em deixar uma pessoa (e não uma ideia) se fortalecer tanto assim? Não é um bom incentivo.

Outro ponto: campanhas eleitorais são caras. Se o candidato não tem um partido, ele é sua própria plataforma. Isso significa que ele ou é MUITO rico e consegue bancar sua empreitada ou tem amigos/família que podem. Se não é isso, alguem o está financiando; a troco de que? Sem as limitações partidárias (que no caso de muitos de nossos partidos nem existe, que fique bem claro), a possibilidade de influencia do dinheiro aumenta muito. Incentivo à corrupção. 

Por fim, imaginem um cenário em que a maioria do nosso congresso fosse formado por políticos avulsos. Como fica a famigerada governabilidade? Imaginem o chefe do executivo tendo que negociar individualmente com cada um dos parlamentares a cada votação. Se negociar em bloco já é difícil, imagina assim.

"Ah, mas os politicos avulsos podem se unir e formar uma bancada". Uai, mas essa não é exatamente a ideia de um partido? Pq deixar que os próprios parlamentares decidam isso e não os eleitores?

É impossível fugir dos partidos. É ruim com eles (pq nunca vai ser perfeito), mas é pior sem eles. São fundamentais em uma democracia. Essa é a primeira coisa que eu queria colocar em debate: uma reforma política boa pro Brasil tem que visar corrigir as deficiências dos nossos partidos, e não aumentar a distorção ao enfraquece-los. Vamos discutir isso e depois a gente passa pra discussão da lista aberta em si e das formas de financiamento eleitoral.

Em síntese, eu diria que o multi-partidarismo é bom. O que é ruim é o multi-fisiologismo e facções. Ao inves do PR, do PROS, PMN, SD e etc, nos deveríamos ter o Partido Liberal, o Partido Neo-liberal, o Partido Social Democrata, o Partido Liberal-Igualitário, o Partido Libertário, o Partido Socialista, o Partido Trabalhista, etc. Todos eles com balizas bem definidas: esse aqui apoia a diminuição dos impostos, o porte de armas e o aborto; esse outro é contra o aborto e a favor da politica anti-drogas, mas deixa a questao do porte de armas em aberto; esse outro aqui quer proteger os direitos civis de minorias em primeiro lugar, e o resto não importa muito; esse aqui acha que o Estado deve prover saude e educacao gratuita a todos, por isso luta por uma tributação progressiva e nas outras questões está disposto a negociar; esse outro não abre mao de uma politica economica neoliberal, e é moderado no resto; etc. Assim, o eleitor pode se identificar com o que melhor se encaixe com sua visão do mundo, o que seria um grande desincentivo à alianças espúrias e incoerentes, já que, se isso ocorresse, ia rolar uma seleção natural. A tendencia, a meu ver, seria inclusive uma diminuição no número de partidos, já que na prática muitas dessas opções politicas convergem, apesar de não estarem vinculadas entre si.

Em 11/08/2017 at 14:11, Henrique M. disse:

Sei que não é a intenção do @Psicopinto e nem do @Bernardo13, mas vou falar um negócio aqui que vai parecer meio estranho e fora do assunto, mas tem tudo haver com nossos problemas atuais.

Na atual situação que anda o Brasil, seria melhor a gente voltar a ser uma monarquia (sim, monarquia mesmo, rei, rainha, etc). Pelo menos a hipocrisia acabaria e o Brasil se constituiria como a plutocracia que é e sempre foi. Todo mundo saberia quem está sendo beneficiado e acabava essa reles esperança de um dia a população tomar tento e se revoltar contra o governo que temos. Além do que, seria menos gente chupinhando o Estado (não falo aqui dos políticos, falo do nosso funcionalismo público imenso).

Brasil em sua formação é um país da nobreza escanteada de Portugal (capitanias) que depois assumiu o tom de plutocracia com Portugal concedendo terra para quem tinha dinheiro. Nossa independência foi um movimento das elites para que Portugal não mexesse nas riquezas dos poderosos daqui. Nossa República surgiu por razões torpes da elite também, só que dessa vez, o pessoal que tinha dinheiro, queria mais poder, então precisava, chutar a bunda de quem detinha.

Hoje podemos não ter nobreza, mas foi substituída pelo coronéis e pelos filhos dos coronéis e pelos netos dos coronéis. Então o status quo não difere muito, então, é só pegar o Brasil, dividir entre os caciques de cada Estado e pronto, oficializa-se constitucionalmente a falta de vergonha na cara e assim, eles terão tudo garantido ao invés de terem que matar o país para se garantir. Como eles tem tudo garantido, eles vão ter que aprender a gerir seu título, para que ele não quebre a sua fonte de riqueza divina. Com certeza vai dar errado, mas aí que entra no ponto que quero chegar

O problema do Brasil é simples: o povo nunca fez parte da construção do nosso país, as revoltas "populares" sempre foram esmagadas. E esse que é o problema do país, nós, em termos gerais, não aprendemos a lidar com política porque nunca tivemos que lutar para melhorar o país e quando falo lutar, é revolução para tirar as elites do poder, bem no estilo da Revolução Francesa. Sem isso, nós, o verdadeiro povo brasileiro, não pudemos amadurecer o que era bom ou o que era ruim para o Brasil. E dentro da nossa história toda, temos uma constante só: quem sempre teve dinheiro e depois quem sempre teve poder é que ditaram os rumos que a nação seguiu e o que temos hoje no Congresso Nacional é o mesmo panorama de toda a trajetória de terra brasilis.

Acho que o problema não está na forma de governo. Uma aristocracia (o governo em que poucos governam pro bem de muitos) por aqui iria facilmente se degenerar em uma oligarquia (governo em que esses poucos governam pra si próprios). Não ajudaria muito.

Não sei se uma revolução popular seria uma boa, também, pq ela traz consigo muita instabilidade. Durante o "vozear confuso das massas", sempre vai ter algum grupo tentando abocanhar o poder. Ou o propósito primário da revolução vai ser desvirtuado por algum golpe (que, por sua vez, abre margem ou pra infinitos contra-golpes, ou pra autoritarismos), ou vai surgir alguma figura paternalista também autoritária e populista. A história não tem bons exemplos disso...

O que tem que acontecer no brasil é justamente o que vc falou: a população participar das arenas decisorias. temos que superar a já ultrapassada democracia representativa, em que vc vota no menos pior a cada 4 anos e pronto, e ir rumo à uma democracia participativa, em que o voto é só um mero detalhe, só uma ratificação. 

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11 horas atrás, Bernardo13 disse:

 

Não há muito mais oq adicionar depois disto que tu escreveu. O diagnóstico é muito bom.

Pessoalmente, eu reduziria este leque de opções de partidos para uns 4. Dois extremos e dois moderados tendendo para um extremo cada. Aí se define bem ideologia. Não dá muito espaço para overlapping de ideias. Se consegue colocar eles numa linha e saber a posição de cada um exatamente. Extrema esquerda - Esquerda - Direita - Extrema Direita (nomenclatura apenas como exemplo). A sobreposição acontece naturalmente entre os pares, e principalmente, com coerência.

Ainda assim, eu sou muito cético. Eu perdi a confiança nas pessoas de uma maneira que me parece que a gente pode criar o sistema ideal, e mesmo assim, quem estiver lá vai ferrar tudo. E aí entra junto esta ideia de monarquia do @Henrique M.. Muitas vezes já parei para analisar se não seria melhor mesmo entregar tudo para a família real. É menos gente para governar, então é menos gente para roubar/satisfazer. Este é o primeiro argumento que me vem a cabeça. Mas daí eu penso que não. O "modus operandi" hoje no Brasil é de só deixar a coisa funcionar na base dos favores/retribuições. Então, mesmo eles da família real precisarão de aliados. E no fim, será algo tão grande quanto antes. E talvez com um potencial pior, já que não será tão fácil de substituir.

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O desenvolvimento da questão foi muito bem abordada por vocês. A abordagem está boa, mas um desinformado ali sugeriu que seria melhor voltar à monarquia.

Eu fiz questão de trazer aqui a informação de que democracia não foi criada para ser um sistema exclusivo de eleições. Hoje em dia não defendo opiniões, eu pesquiso e abordo as questões como acho que precisam serem abordadas e trazendo quais informações são necessárias. Qualquer coisa que mudarem seria melhor que permanecer o que é hoje com trinta e tantos partidos, como disseram...

Ainda assim, mesmo que fossem apenas quatro partidos (duas Extremas, direita e esquerda) por exclusiva definição partidária, vejo possibilidade de falhas de representação e exclusividade de poder às personalidades dominantes de cada "partido ideológico".

Nossa Idade Moderna e Contemporânea está repleta de embates de idéias, mas nada muito prático. É capaz de continuarem discutindo discordâncias societárias e esquecendo-se de problemas da cidade e da federação, como saneamento básico, tratamento de esgoto, qualidade das estradas e das ruas, porque o Congresso e as Câmaras perdem muito tempo discutindo idéias dogmáticas (não-libertárias) e não os problemas reais.

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  • 3 semanas depois...

Continuando a discussão...

Outro grande problema que o nosso país enfrenta é em relação aos financiamentos das campanhas. Democracia é um negócio bastante caro; os candidatos, durante um pleito eleitoral, precisam divulgar pra sociedade as suas ideias. Quanto mais vc divulga, maiores são suas chances. Isso acaba por consumir (muitos) recursos. Quem vai pagar?

Eu podia escrever um textão, mas nada melhor do que dados, né? Fiquem com esse powerpoint maravilhoso: https://prezi.com/view/i1rM3hswpnbVecMhh1wY/

Em síntese, é o seguinte: o grosso do financiamento eleitoral advém de poucos agentes. Existe, então, a figura do "dono da campanha": o cara que praticamente sozinho bancou sua eleição, e agora durante o seu mandato vai querer que você retribua.

Pra resolver isso, não tem jeito: é preciso criar incentivos pra pulverizar ao máximo essa receita, descentralizando as doações e reduzindo o potencial de influência dos doadores. Ou então priorizar o financiamento publico (o que eles tentaram aprovar esses dias), o que só seria benéfico com campanhas coletivas e não individuais (lista fechada). De outra forma, seria mais uma forma de fortalecer os oligopólios.

Será que estamos no caminho de resolver isso? Vamos ver como é o brasil hoje:

Doações de empresas: foi proibido pelo Supremo em 2015

Doações de pessoas físicas: o máximo que você pode doar depende da sua própria renda.

Recursos públicos: vêm do fundo partidário (e quem o administra são os presidentes dos partidos)

Outra importantíssima variável: o Supremo permitiu que doações legais possam ser tidas como provas de corrupção.

Amarrando todo o raciocínio, temos que políticos precisam de dinheiro pra fazer campanha, mas agora não mais vão conseguir: o dinheiro do fundo partidário, ainda que fosse distribuido de maneira equânime (não é), seria insuficiente pra contemplar todos. As empresas não podem doar. Dentre o universo de pessoas físicas, os mais visados são os ricos, já que eles podem doar uma quantidade maior de recursos; porém, essa fonte agora também esta secando, já que depois essa doação legal pode ser usada em processo criminal contra ele - e ninguém em sã consciência vai se arriscar assim. O "cidadão comum" também não vai doar, porque ele odeia a classe política.

Qual é o incentivo ÓBVIO que esse cenário gera? 

 

 

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Em 03/09/2017 at 20:15, Bernardo13 disse:

Qual é o incentivo ÓBVIO que esse cenário gera?

Eleger representantes por voto direto é uma mal do qual sofremos as atrocidades.

https://i.imgur.com/xWX0LCy.mp4

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https://i.imgur.com/P01ZKxq.mp4

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E é claro, se a essência da Democracia fosse a participação dos cidadãos, por quê é que confiaríamos muito tempo em um sortudo que pode exercer o poder supremo e que deveria unicamente ficar nas funções de Executivo?

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  • Vice-Presidente
1 hora atrás, Bernardo13 disse:

Adoro esse pessoal que acredita que o brasileiro é um povo íntegro e honesto e é o poder que corrompe. Provavelmente acha que ele é a exceção nesse mar de caráteres dúbios, sendo que provavelmente, no dia-a-dia, sempre usa de um jeitinho brasileiro quando surge a oportunidade, em maior ou menor grau.

Porém, aqui no Brasil, uma das sugestões dele só geraria mais corrupção: acabar com o financiamento de campanhas através do poder público. Aqui ninguém ia dar dinheiro para político, que nem os americanos fazem e por consequência, só quem tivesse grana para bancar uma eleição (hoje é assim, mas num grau que o prejuízo de quem ganha é bem menor do que seria se fosse assim), seria capaz de ganhar. Com um enorme rombo para ser eleito, onde vocês acham que eles iriam equilibrar as contas? Roubando mais do que já roubam.

A única solução para colocar gente interessada em mudar alguma coisa é transformar a política em atividade voluntária, apenas com uma pequena ajuda de custo, acabando com a "profissão" político no país. Porém, do jeito que as coisas são, provavelmente as instituições virariam balcões de negócios para as empresas, já que quem está lá vai dar um jeito de subverter o espírito e usar a posição em ganho próprio. Mas com certeza, o problema são as instituições.

Para falar que não é pessimismo, acredito que a maior consciência política, apesar de toxicidade que trouxe, vai ter impactos no futuro. Eu acredito que já faço parte de uma parcela de uma geração que vai ensinar para os filhos o jeitinho brasileiro é errado e que isso vai ser passado adiante ao longo dos anos. Quem sabe em um ou dois séculos, as coisas não mudam por aqui.

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Em 15 de setembro de 2017 at 11:01, Henrique M. disse:

Adoro esse pessoal que acredita que o brasileiro é um povo íntegro e honesto e é o poder que corrompe. Provavelmente acha que ele é a exceção nesse mar de caráteres dúbios, sendo que provavelmente, no dia-a-dia, sempre usa de um jeitinho brasileiro quando surge a oportunidade, em maior ou menor grau.

Porém, aqui no Brasil, uma das sugestões dele só geraria mais corrupção: acabar com o financiamento de campanhas através do poder público. Aqui ninguém ia dar dinheiro para político, que nem os americanos fazem e por consequência, só quem tivesse grana para bancar uma eleição (hoje é assim, mas num grau que o prejuízo de quem ganha é bem menor do que seria se fosse assim), seria capaz de ganhar. Com um enorme rombo para ser eleito, onde vocês acham que eles iriam equilibrar as contas? Roubando mais do que já roubam.

A única solução para colocar gente interessada em mudar alguma coisa é transformar a política em atividade voluntária, apenas com uma pequena ajuda de custo, acabando com a "profissão" político no país. Porém, do jeito que as coisas são, provavelmente as instituições virariam balcões de negócios para as empresas, já que quem está lá vai dar um jeito de subverter o espírito e usar a posição em ganho próprio. Mas com certeza, o problema são as instituições.

Para falar que não é pessimismo, acredito que a maior consciência política, apesar de toxicidade que trouxe, vai ter impactos no futuro. Eu acredito que já faço parte de uma parcela de uma geração que vai ensinar para os filhos o jeitinho brasileiro é errado e que isso vai ser passado adiante ao longo dos anos. Quem sabe em um ou dois séculos, as coisas não mudam por aqui.

O poder nao corrompe ninguém, mas as regras do jogo estão postas de um jeito em que apenas quem é corrupto tem chances de de sentar à mesa.

Não é como se uma pessoa honesta conseguisse ganhar uma eleição e, uma vez no poder, se corrompesse. O honesto não tem nenhuma chance! Os múltiplos filtros (financiamento, dinâmica interna dos partidos, etc) não permitem que ele sequer concorra.

Ou a pessoa dá a famosa "relativizada nos princípios" pra ter possibilidades de vitória ou simplesmente está fora. 

Aí que está o problema: não adianta nada tratar os SINTOMAS (prender políticos corruptos, por exemplo) se você nao ataca a DOENÇA (as regras do jogo, que te obriga a sujar as mãos para chegar ao poder). Não é como se nosso pleito eleitoral nos desse a opçao de escolher os honestos mas nós escolhessemos os bandidos; a estrutura está montada de modo que somente estes últimos tenham reais chances (salvo algumas exceçoes, obviamente).

 

Sobre o jeitinho brasileiro, eu tendo a enxergar as coisas mais de uma perspectiva da economia comportamental e menos da moral. Primeiro que acho totalmente fora de comparação ter furado uma fila uma vez na vida e desviar milhões de recursos publicos. Segundo que o brasileiro tem um milhão de incentivos pra não ser honesto 100% das vezes. Pra explicar esse ponto, nada melhor do que esse site: http://ncase.me/trust/

Pra quem gosta de Teoria dos Jogos, é um prato cheio. Enfim, fica registrada a minha discordância.

 

Quanto ao fin. público, existem vários jeitos de faze-lo. A proposta do "fundo democratico", por exemplo, é, basicamente, uma forma de garantir a reeleiçao dos coronéis.

por outro lado, temos modelos descentralzados. Seattle fez isso recentemente: cada eleitor recebeu 100 dólares em vouchers pra doar p/ seus candidatos preferidos. Obviamente não é um modelo perfeito, e inclusive é muito vulnerável a fraudes; a pessoa poderia vender mais barato o seu voucher pro politico, por exemplo. É possivel minimazar esses efeitos ao determinar que a doaçao seja anônima (oq tiraria toda a segurança do politico em fazer um negócio desses), mas, seja como for, muito provavelmente os efeitos positivos da pulverizaçao financeira compensariam e muito os eventuais problemas. Quem quiser sabe mais sobre essa proposta:  http://www.seattle.gov/democracyvoucher/about-the-program

 

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Em 15/09/2017 at 11:01, Henrique M. disse:

A única solução para colocar gente interessada em mudar alguma coisa é transformar a política em atividade voluntária, apenas com uma pequena ajuda de custo, acabando com a "profissão" político no país. Porém, do jeito que as coisas são, provavelmente as instituições virariam balcões de negócios para as empresas, já que quem está lá vai dar um jeito de subverter o espírito e usar a posição em ganho próprio. Mas com certeza, o problema são as instituições.

Para falar que não é pessimismo, acredito que a maior consciência política, apesar de toxicidade que trouxe, vai ter impactos no futuro. Eu acredito que já faço parte de uma parcela de uma geração que vai ensinar para os filhos o jeitinho brasileiro é errado e que isso vai ser passado adiante ao longo dos anos. Quem sabe em um ou dois séculos, as coisas não mudam por aqui.

Na verdade, a existência de uma classe política já é a corrupção da política cidadã, porque faz a separação entre político e não-político, entre governantes e cidadãos, entre poderosos e sociedade, entre profissionais e leigos subjugados com o louvado direito de votar.

Política tem tanto a ver com cidadania que a palavra em grego pólis quer cidade. Aumentar os níveis de participação por quaisquer meios seria um forma louvável de superar a queda da política e democracia moderna, seus conceitos e paradigma.

Acredito que ainda neste século teremos mais libertação e tolerância. Se tudo der errado, o mal costume de acreditar-se em qualquer coisa que quiser e isso for motivo para quaisquer tipos de violência, voltaremos a um estágio medieval enquanto exterminam a sociedade que de forma ou outra chegou mais longe nos domínios da natureza e manipulação de materiais para inventar e desenvolver tecnologias.

Infelizmente os conceitos políticos da nossa sociedade e outras questões não tiveram desenvolvimento tão satisfatório quanto a tecnologia. A ciência avança mas a sociedade fica estagnada ou regride.

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  • Vice-Presidente
56 minutos atrás, ArquitetoZ disse:

Infelizmente os conceitos políticos da nossa sociedade e outras questões não tiveram desenvolvimento tão satisfatório quanto a tecnologia. A ciência avança mas a sociedade fica estagnada ou regride.

Vocêbate tanto na tecla dos mesmos assuntos que às vezes é mais fácil te ignorar, pois parece "gerador de lero-lero".

Porém, sou obrigado a concordar com essa conclusão. A tecnologia por aqui chegou num momento que nós não estávamos prontos enquanto sociedade. Discussões que os países de primeiro mundo estavam tendo na década de 80 e 90 mal engatinhavam por aqui no começo do século, e são assuntos importantes, como racismo, igualdade dos sexos, respeito a liberdade de escolha e tantas outras coisas importantes que causam alvoroço e textão diariamente nas redes sociais. E acho que isso tem consequência direta no Brasil polarizado que vivemos, não houve uma geração de transição, não houve um gradual entendimento de boa parcela da população sobre os temas e isso trouxe consequências quando os temas chegaram de forma abrupta e para ficar. A população em geral não estava preparada para lidar com certas realidades que viviam escondidas debaixo do tapete.

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    • F J
      Por F J
      Pessoal esse ano não estarei disponibilizando de graça o arquivo.
      Eu tenho me dedicado há 15 anos à comunidade do FM, tanto no oficial quanto em MODs gratuitamente (sim a pesquisa não é paga), e tem sido cada vez mais penoso, maçante e com pouca recompensa, é muito fácil "roubar" arquivos disponibilizados e falar que foi você quem fez e ainda cobrar, já vi vários casos de gente usando coisas que eu fiz em seus MODs cobrados, eu realmente não me importava antes mas agora mudou.
      Estarei cobrando um valor simbólico, é quase uma vida de trabalho em cima disso e pela primeira vez decidi fazer algo do tipo.
      --
      Estou disponibilizando aqui um SAVEGAME degustação, nele está jogável somente a Série A com a database mínima, e as outras podem serem vistas para vocês testarem e se gostarem do que verem, podem entrar em contato comigo na DM que estarei repassando as informações de como adquirir o arquivo completo.
      ▶️ https://drive.google.com/file/d/1L4cN_JZZm5xih4QUdTaS3TGqvVgeCL4P/view?usp=sharing
      --
      Lembrando que A ÚNICA COISA EDITADA NO UPDATE É A SÉRIE D, todo o resto está igual ao jogo original e não dou suporte para coisas não relacionadas.
      É necessário estar com a última versão (no momento 24.3) do FM. Caso saia outras estarei adaptando e repassando a quem já adquiriu (ou em último caso devolvendo o dinheiro se não conseguir o funcionamento apropriado).
    • RafaelFS98
      Por RafaelFS98
      Olá pessoas, estou criando alguns adboards para deixar o FM mais imersivo, dou designer e já criei os adboards estáticos do campeonato, agr to criando os animados
      Gostaram? Queria saber se vcs contribuiriam para a criação de projeto focado em competições no Brasil, quem sabe nas americas
       
    • Kapiroto
      Por Kapiroto
      Olá, pessoal!
       
      Não sei mexer muito bem nas regras avançadas do editor do FM, mas na base da engenharia reversa (analisar o trabalho da concorrência e copiando a estrutura para meu arquivo), consegui fazer uma liga no brasil da seguinte forma:
       
      Séries A, B e C: ida e volta, pontos corridos, sobem 4 e descem 4.
       
      Série D: 4 grupos regionalizados de 16 times cada. Caem os 2 últimos de cada grupo e classificam os oito primeiros para o mata-mata. Quem se classificar para as semifinais garante o acesso.
       
      Série E: 8 grupos regionalizados de 16 times cada. Caem os 4 últimos de cada grupo e classificam os quatro primeiros para o mata-mata. Quem se classificar para as quartas de final garante o acesso.
       
      Já testei e está tudo direitinho. O único problema que eu preciso resolver para considerar tudo pronto é que na série D, por exemplo, o 1º colocado do grupo pela o 8º colocado do mesmo grupo no mata-mata, em vez do 1ª colocado do grupo A pegar o 8ª do B e assim vai.
       
      Se alguém puder me orientar sobre como solucionar isso, e não houver nenhuma objeção do pessoal que administra o fórum, posso disponibilizar o arquivo ainda hoje.
    • civilEN
      Por civilEN
      Estou criando uma base de dados do Brasil em formato real, com classificação da série D via estaduais, e com campeonatos amadores e de várzea, caso alguém puder ajudar, eu agradeceria muito
    • JGDuarte
      Por JGDuarte
      Brasil e Venezuela enfrentam-se hoje, 12 de outubro de 2023, às 21h30, em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. 
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