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Como montar um esquema de Gegenpressing no FM


Danut

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Olá pessoal,

esses tempos andando pelos sites de FM por aí eu me deparei com esse texto abaixo, que achei bem interessante. O objetivo do autor é montar um esquema de Gegenpressing (ou Counterpressing, para os que preferem a variante inglesa da palavra) no FM16. No site original tem a tática completa para baixar, mas sinceramente acho que não faz muito sentido baixar o que o cara fez ali - muito mais importante e interessante é a discussão sobre o porquê de cada instrução, o que vem no texto abaixo. Essa é uma discussão que já rolou no clube tático, então acho que o artigo pode acrescentar ao Forum.

 

Antes de iniciar o texto em si, preciso ainda fazer um aviso: o autor fala que a ideia é montar um esquema de Gegenpressing. Apesar de achar o artigo importante, eu não estou muito certo da aplicabilidade do termo no FM, e acho que o autor do texto confunde um sistema de pressão alta com um sistema de Gegenpressing. O artigo continua sendo muito importante para montar um bom esquema de pressão no FM, mas me parece que o Gegenpressing é algo que não pode ser simulado no jogo. Apesar disso, decidi manter a nomenclatura utilizada pelo autor original, e cada um pode decidir por si se concorda com ele ou não. Na minha visão, estamos falando sobre como montar uma boa pressão sobre o adversário - algo útil também, mas sem o glamour do Gegenpressing, infelizmente.

Sobre o porquê de eu não concordar, acabou ficando tão grande que resolvi colocar em um post separado, abaixo. Quem tiver interessado pode ler ali (e, para ser sincero, é essa parte que me interessa mais, mas ela não tem muita influência no jogo, então quem quiser só melhorar sua tática no FM pode ficar nessa parte aqui de cima).

Gegenpressing no FM16

Artigo originalmente publicado pelo autor do blog "Strikerless" aqui, em inglês, e traduzido por mim com permissão do autor.

Com a chegada de Jürgen Klopp à Inglaterra, têm-se dado cada vez mais atenção a um dos maiores avanços em termos táticos no futebol em anos recentes: o Gegenpressing (ou counterpressing, no inglês, mas utilizarei o termo em alemão nessa tradução porque é em terras germânicas que esse conceito realmente se desenvolveu para o mundo do futebol). Antes de Klopp se transferir para o Liverpool, Gegenpressing já era um tópico bastante discutido entre os hipsters do futebol entre nós. O ato de pressionar o adversário imediatamente após a perda da bola tornou-se popular através de treinadores como Guardiola, Klopp e Heynckes. Apenas para referência, é sobre isso que estamos falando (nota da tradução: esse vídeo ilustra perfeitamente o meu ponto a ser debatido no segundo post, isso aqui não é Gegenpressing, e sim pressão alta):

 

Os objetivos do Gegenpressing são evitar que a oposição possa contra-atacar e ganhar a bola tão rápido quanto possível. Ele depende do time que estava com a posse reagir tão rápido quanto possível no momento da transição, quando a posse é perdida. Idealmente, o time precisa jogar tanto quanto possível no campo do adversário, de modo a forçá-los a jogar com um bloco baixo no campo, desligando o atacante da linha de meio campo. Uma vez que os times estão nessa posição, a chave é ter posicionamento ideal com a bola – isto é, jogadores em posições onde eles estejam impactando o jogo e encontrando espaços com a bola, mas também onde eles poderão impedir o contra-ataque.

A dualidade entre posse de bola e Gegenpressing

A próxima parte fará com que eu pareça um hipster do futebol, mas eu realmente acho que é necessário discutir a ligação entre Gegenpressing, posse de bola e formações sem atacantes. Isto porque, na minha visão, os dois primeiros são requisitos indispensáveis de um sistema sem atacantes que funcione corretamente.

Um tema comum entre os times que jogam com base no Gegenpressing é o seu interesse em dominar a posse de bola. Isso não é uma coincidência. Essa forma agressiva de pressionar e a vontade de dominar em termos de posse de bola frequentemente andam juntas, simplesmente porque o time que quer controlar a bola tanto quanto possível naturalmente quererá recuperar a bola tão rápido quanto possível quando a perder. Em essência, um não pode existir de forma bem-sucedida sem o outro.

De fato, posse de bola e Gegenpressing estão muito conectados entre si. Se um time domina a posse de bola, então ele tentará manter a bola e forjar seus ataques através de passas curtos e decisivos. Essa forma particular de passe curto significa que os companheiros precisam estar posicionados próximos uns aos outros, como uma unidade coesa. Se os jogadores estiverem posicionados próximos uns aos outros, haverão mais jogadores da equipe próximos à bola quando esta passar à outra equipe, o que resulta em um aumento da efetividade do sistema de pressão. Afinal, quanto mais jogadores estiverem posicionados próximos à bola, mais provável é que o Gegenpressing seja efetivo.

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Quando olhamos o mapa posicional de minha formação mais utilizada, podemos identificar claramente uma formação compacta, com os alas adicionando alguma largura à tática. Na média no entanto, os jogadores estão posicionados a menos de dez metros entre si, o que facilita passar a bola e atacar um oponente que venha a estar com ela sem deixar alguém muito exposto.

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Quando um de meus jogadores está com a bola, a situação geralmente se parece assim. Existem diversos companheiros perto, com algumas opções mais arriscadas de passe longo também disponíveis. Se a bola for perdida, o time pode efetuar a transição entre ataque e defesa de forma bastante rápida pressionando agressivamente o oponente que esteja com a bola com dois ou mais jogadores. As fases de transição são em geral curtas, agressivas e decisivas, mas demandam muito dos jogadores em termos de concentração, jogo em equipe e físico.

A faca de dois gumes que pode ser o gegenpressing

Essas rápidas e agressivas transições se ligam a outro importante elemento do gegenpressing: quando parar de pressionar? Como mencionamos anteriormente, o gegenpressing depende dos jogadores que estão defendendo se movimentarem de forma agressiva em direção à bola, fechando as opções de passe do adversário que esteja com a bola. Quando tudo dá certo, é algo lindo, que pode se parecer com isso aqui:
 

O que podemos ver nesse vídeo é uma situação de jogo com diversas trocas de posse de bola, onde meu time perde a bola, rapidamente pressiona à frente e ou recupera a bola ou força o oponente a tentar um passe arriscado que pode ser interceptado. Vamos examinar esses momentos em mais detalhes.

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Ferranit, um de nossos atacantes sombra, acabou de ser desarmado. A bola foi então recolhida pelo lateral adversário. Nosso time inteiro vai para a frente, o que torna difícil para o oponente realizar um passe. As linhas amarelas representam suas opções de passe, enquanto que as azuis representam possíveis movimentos defensivos para bloquear um espaço de passe ou atacar aquele que receba o passe. A bola acaba chegando até a opção mais segura possível, o ponta direita.

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O ponta se encontra com sérios problemas. Ele realmente não tem para onde ir. A presença do lateral significa que ele não pode driblar em direção ao espaço sem antes ter que enfrentar um defensor em uma situação onde ele não gostaria de perder a bola, já que seu próprio time está realizando a transição da defesa para o ataque. As opções de passe mais realistas estão bloqueadas pelos meus jogadores. Ao final, a bola é recuperada pela minha equipe porque o ponta tenta sair da situação através do drible e acaba perdendo a bola. Ao fechar as opções de passe e deixar o espaço no campo limitado e nossa formação coesa e compacta, forçamos nossos oponentes a cometerem erros.

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Quando a próxima perda da bola ocorre, o time adversário é puxado de volta até o redor de sua própria área, novamente com as opções de passe mais simples bloqueadas ou sob ameaça de bloqueio. O oponente consegue se livrar dessa primeira pressão com um passe longo e arriscado. Inicialmente, parece ter sido uma boa decisão. No entanto, logo recuperamos a bola porque esta foi difícil para o oponente alvo controlar. Quando o passe longo ocorre, o processo inteiro recomeça, com o time se reajustando para bloquear a maior parte das novas opções de passe. Os zagueiros se aproximam também, vindo à frente e antecipando o lançamento longo. Um conceito bastante interessante, não é mesmo?

Existem alguns riscos envolvidos em se jogar com um estilo de gegenpressing. Esses são riscos calculados, mas riscos mesmo assim. Gegenpressing é lindo quando funciona, mas pode acabar de forma catastrófica quando estoura na sua cara. Para começar, você depende de seus jogadores pressionarem agressivamente os adversários. Mas e o que acontece quando o jogador adversário consegue escapar da pressão?

Ainda que o gol tenha envolvido um tanto de sorte, o lance mostra alguns dos problemas que podem ocorrer quando um adversário escapa a pressão. Nesse caso, um meio-campista escapou da pressão tocando a bola para trás (Nota da tradução: o autor do texto menciona o primeiro passe, para o lateral, logo no começo do vídeo, e que tá um pouco cortado do lance no vídeo). Isso significa que há espaço em algum outro lugar do campo. Quando dois ou mais jogadores estão pressionando um adversário, a lógica é que haverá um ou mais adversários sem marcação direta naquele momento. Um time que seja rápido na transição pode explorar essas fragilidades. Isso significa que o gegenpressing pode ser arriscado quando você está jogando contra adversários mais qualificados, que podem enfrentar seus defensores no mano a mano e passar por eles assim.

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Como mencionei anteriormente, a finalização contou com a sorte, mas o atacante rápido se movimentou para o espaço vago deixado pelo lateral esquerdo quando este se juntou à pressão. O cruzamento então acerta a trave e permite ao outro atacante finalizar uma chance fácil. Mas o importante é ilustrar o conceito de jogadores pegos fora de posição, o que esse lance mostra bem.

Um segundo risco da utilização do gegenpressing envolve o espaço que você dá para o time adversário. O gegenpressing geralmente ocorre no último terço do campo. Isso ocorre porque o time que domina a posse geralmente consegue manter a bola em sua própria defesa e meio de campo com relativa facilidade. Quando a bola entra o último terço do campo, esses times frequentemente encontram grandes barreiras de jogadores adversários, o que torna o espaço menor e facilita a perda da posse de bola.

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De modo a manter a formação compacta que faz o gegenpressing funcionar, a defesa precisa subir relativamente bastante no campo, de modo a reduzir o espaço entre as linhas que pode ser utilizado pelos outros jogadores. Isso significa que você vai deixar bastante espaço atrás de sua própria linha defensiva, algo que pode vir a ser explorado por times com atacantes rápidos ou que gostam de fazer a transição de forma rápida. A tendência é conceder alguns gols “fáceis” quando um cruzamento ou um passe direto encontra o espaço atrás da defesa para um atacante que venha correndo. É um risco inerente que você aceita quando utiliza esse estilo de jogo. Em geral, se parece um pouco com isso aqui.

O fato de que somos suscetíveis a conceder gols como estes é a principal razão pela qual comecei a aplicar o conceito de gegenpressing que utilizo atualmente. A melhor defesa é um ataque agressivo. Se não permitimos ao adversário tempo com a bola, há menos chance de uma bola enfiada e mais tempo para a defesa se reorganizar.

Um dos efeitos colaterais que eu notei de todo o conceito de gegenpressing é o risco adicional de ver meus jogadores realizarem faltas táticas. Uma falta tática é uma falta onde o jogador sabe que vai levar um cartão, mas faz a falta com o intuito de evitar que o adversário possa fazer uma transição rápida. Assim, o time do jogador que comete a falta pode retornar a uma boa posição defensiva e o adversário perde a chance de um ataque potencialmente crucial. Ao fazer a falta, a defesa fica em uma situação melhor.

No clipe acima, é possível ver o Barcelona aplicando o conceito na vida real. No momento em que temem que o adversário pode tocar a bola de uma forma que pode colocar a defesa em grande risco, os jogadores do Barcelona empurram o adversário pelas costas, cometendo uma falta tática e permitindo que a defesa se reorganize. Isso é um problema – o terceiro problema, de fato -, porque você corre o risco de que seus jogadores levem cartões muito frequentemente e percam jogos por suspensão ou mesmo acabem expulsos.

As instruções necessárias para utilizar o gegenpressing no FM16

Existem uma série de instruções que fazem o gegenpressing funcionar no FM16. Não se trata de simplesmente sair marcando uma série de instruções de qualquer jeito. É um ato delicado e complexo de balanceamento entre as várias instruções que interagem entre si e a formação utilizada. Vamos começar olhando as instruções de equipe:

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A primeira instrução de equipe que eu quero analisar é a “Levar a bola até a área”. Embora seja uma instrução de passe, ela impacta a forma como o time se alinha em campo – e, portanto, influencia o desenho da equipe, o que por sua vez influencia o gegenpressing. Se queremos pressionar de forma bem-sucedida, não podemos perder a bola em qualquer situação, então eu quero que meus jogadores trabalhem a bola até a área com cuidado.

Dar a bola ao adversário desnecessariamente poderia causar alguns problemas sérios, especialmente se acontecer próximo à linha de meio-campo ou em nosso próprio campo. Optar por passes mais seguros e pacientes, especialmente durante a transição da defesa para o ataque, tende a minimizar o risco de perder a bola.

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Se perdêssemos a bola na situação acima, teríamos um sério problema, já que há um atacante livre atrás do defensor que está com a bola. Esse atacante não está sendo marcado no momento, uma simples alteração na posse de bola e um passe direto poderia resultar nesse atacante correndo livre em direção ao gol – e há bastante espaço porque os defensores subiram as linhas para manter a compactação da equipe e a coesão do desenho tático. Eu prefiro que o jogador com a bola opte por um passe seguro para as laterais em vez de arriscar o passe pela área central.

A próxima instrução que quero analisar é a de “Pressionar muito mais”. Eu quero que meus jogadores pressionem o adversário sempre que possível e essa instrução aumenta o nível de pressão das instruções de cada jogador da minha equipe. Eu quero que eles procurem o oponente para recuperar a bola, cortar as opções de passe ou mesmo dar a outros o tempo para se reagruparem. “Pressionar muito mais” induz a forma mais agressiva de pressão que você pode conseguir no FM. Em alguns casos quando utilizei essa instrução, eu notei que meus jogadores estavam saindo de posição muito frequentemente, o que arruinava o desenho tático da equipe e a coesão da formação, então sempre é possível reduzir um pouco o valor da instrução.

A próxima instrução a ser analisada é a de “Utilizar marcação apertada”. A instrução em questão basicamente reforça a instrução anterior. Eu quero que meus jogadores cheguem perto dos adversários e fiquem próximos a eles, especialmente na defesa e meio campo. Não lhes deixem tempo com a bola, não os deixam tempo para escolher um passe. Eu quero que meus jogadores ataquem de forma agressiva quem quer que seja que esteja com a bola, enquanto outros (e aí entra a formação “muito fluída” que utilizo) se aproximam e cortam as opções de passe.

A próxima instrução é a de “impedir distribuição curta do goleiro”. Eu vou ser honesto e dizer que não notei muita diferença entre utilizar essa instrução ou não, mas vou deixá-la ali, em todo caso. Em termos de filosofia de jogo, ela faz sentido de todo modo. Eu reconheço que ela basicamente se aplica a jogadores de ataque, que é uma área onde eu geralmente não tenho muitos jogadores. Mesmo assim, parece correto mantê-la ativada se você quer utilizar um sistema de Gegenpressing.

Apesar de não ter selecionado nenhuma das duas, eu quero discutir rapidamente as instruções “Evitar carrinhos” e “Desarme agressivo”, já que costumo utilizar ambas durante a temporada. Embora possa parecer contra-intuitivo utilizar a primeira das instruções, eu lhes asseguro que isso faz todo o sentido quando pensamos sobre. Um jogador que tente um carrinho assume dois riscos: se errar o tempo de sua jogada, ele estará no chão e precisará de tempo para levantar e voltar a se envolver com o jogo. Em termos de Gegenpressing, isso significa preciosos segundos perdidos. Em segundo lugar, os jogadores de ataque não são, em geral, os melhores desarmadores do mundo. Permitir que eles saiam dando carrinhos que nem maníacos geralmente resulta em uma grande quantidade de cartões e lesões a meus próprios jogadores. Evidentemente, isso é algo que eu quero evitar.

Por outro lado, por vezes enfrentamos adversários superiores. Quando seus jogadores são claramente inferiores, você corre o risco de o oponente se livrar do Gegenpressing e você tem de compensar de alguma forma. Um pouco de agressão bruta e força pode ser útil. Sim, ainda há o risco de jogadas erradas resultarem nos seus jogadores recebendo cartões, se lesionando ou ficando no chão e fora das jogadas, mas é preciso compensar a desvantagem de alguma forma e em alguns poucos casos, você pode intimidar o adversário dessa forma.

Isso nos traz até a parte da “Formação da equipe” de nosso sistema de Gegenpressing. Há somente uma abordagem que eu utilizo e ela é basicamente um pré-requisito para fazer o conceito inteiro funcionar.

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“Muito fluído” significa que o time tenderá a ser mais compacto (com maior liberdade criativa). Dado que eu quero que o time aja como uma unidade coesa, isso faz sentido. Eu vou soar como um hipster novamente, mas, citando alguns treinadores da vida real, pessoas como Michels, Cruyff, Lobanovskiy e Sacchi sempre buscaram um estilo universal, onde cada jogador no campo tem uma responsabilidade coletiva sobre cada aspecto do jogo. Não no sentido de que o atacante deve voltar até a área para ajudar na linha de impedimento, mas no sentido, por exemplo, de um atacante pressionando um defensor adversário com a bola, permitindo a seus colegas de equipe o tempo para se aproximar e ajudar ou recuar e encontrar uma melhor posição defensiva.

Em todo caso, como universalidade é comumente associada ao Futebol Total, ela está se tornando uma espécie de palavra mágica. De um modo, universalidade é parte de um estilo de jogo mítico, que combina a estética de passes curtos e complicados, pressão agressiva, movimentos fluídos com e sem a bola e trocas de posições com resultados que entregam troféus.

Isso não é realmente o que eu quero. Eu quero que todos os jogadores tenham iguais responsabilidades criativas e defensivas durante todos os estágios e fases do jogo, resultando em um estilo muito fluído. Por causa desse estilo de jogo e através da subida da linha defensiva, eu tento manter as linhas compactas. Isso significa que os jogadores podem pressionar sem ter de se preocupar que tenham deixado espaços muito grandes atrás de si. Então, em minha visão, uma abordagem “Muito Fluída” é uma necessidade se eu quero manter uma formação compacta e coesa durante todo um jogo, porque os defensores precisarão pensar sobre seu posicionamento quando atacando e os atacantes terão que contribuir defensivamente pressionando.

Isso nos leva à parte da Mentalidade do sistema de Gegenpressing. Eu em geral utilizo todas as possibilidades, dependendo do jogo e da situação, mas a minha favorita tem de ser “atacante”.

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Se você quer pressionar de forma agressiva você precisa de jogadores à frente no campo para conseguir isso. Olhe à descrição. Observe o que é dito no começo. “vencer e … dominar a posse de bola no meio-campo” (Nota da tradução: no inglês, no FM, aparece “vencer e … dominar a posse de bola no campo do adversário”). Não faria sentido manter uma mentalidade mais cautelosa, quando é exatamente esse tipo de pressão que você quer conseguir. Se você quer utilizar o Gegenpressing, então precisa que seus jogadores avancem no campo e eu realmente acredito que o mentalidade atacante seja a melhor forma de fazê-lo sem comprometer a estabilidade defensiva.

Os atributos necessários para se utilizar o gegenpressing no FM16

A chave para utilizar o Gegenpressing de forma efetiva está na mentalidade de seus jogadores. Sem uma alteração instantânea da mentalidade dos jogadores de uma mentalidade atacante para uma mentalidade defensiva, o momento do Gegenpressing é perdido. Gegenpressing por si só não é uma tática revolucionária na história do futebol, mas o recente surgimento de times como Barcelona, Bayern e Dortmund, que são capazes de executá-lo de forma efetiva, é um dos mais incríveis desenvolvimentos do futebol atual.

Isso significa que eu olharei para jogadores com alta determinação, Índice de Trabalho, Trabalho em Equipe e Decisões, enquanto que um alto atributo de Agressividade provavelmente também não seria ruim. Esses atributos mentais são especialmente importantes para os jogadores no meio de campo. Eu vou citar um artigo da FM-Base aqui para a definição dos vários atributos (nota da tradução: o artigo pode ser encontrado aqui, em inglês)

Decisões é um dos mais importantes atributos no jogo. Os jogadores são constantemente apresentado com opções, e o atributo de Decisões determina se o jogador escolherá a melhor opção. Ele também controla quando e como uma opção é executada. Decisões é o que, quando e como.

Uma determinação baixa significa que o jogador desiste cedo. Um atributo alto significa que o jogador lutará até o final.

Um baixo atributo de Índice de Trabalho significa que o jogador não gastaria tanto tempo em decisões sem a bola, e preferiria esperar o surgimento de uma oportunidade em vez de tentar criar a situação ele mesmo. Um atributo alto significa que o jogador vai tentar se colocar como disponível e se envolver com o jogo tanto quanto possível.

Um baixo atributo de Trabalho em Equipe significa que o jogador colocará o seu próprio interesse à frente dos interesse da equipe, por exemplo tentando chutar à gol em vez de tentar o passe a um companheiro, ainda que o companheiro esteja melhor posicionado. Um alto atributo significa que o jogador basearia suas decisões no que seja melhor para a equipe, não para ele mesmo.

Podemos ver que faz sentido ter jogador com bons atributos nesses pontos, já que isso melhora a chance de eles estarem ativamente envolvidos no Gegenpressing.

Já que o Gegenpressing é bastante exigente fisicamente dos jogadores, também devemos procurar jogadores que possam aguentar o jogo inteiro. Uma alta resistência é uma boa ideia. Quanto maior a Resistência do jogador, mais tempo ele pode continuar sem se sentir cansado. A resistência está completamente conectada à condição de jogo de um jogador.

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É isso pessoal. Como comentei, no site do post original tem a tática dele para download, para aqueles que estiverem interessados. De resto, espero que essa tradução ajude quem quiser montar um esquema de pressão alta (ou Gegenpressing, para os que acreditam que isso seja possível no FM).

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Bom, no post inicial eu disse que acho que o autor erra ao falar em Gegenpressing, que na verdade esse artigo fala sobre um sistema de pressão ao adversário. Mas afinal, qual a diferença? E com base em que estou afirmando isso?

Explico.

Basicamente, pelo que eu entendo (se alguém ver que tá errado avise nos comentários), o futebol é composto de quatro fases:

1) ofensiva: quando o time tem a bola e procura abrir espaço de jogo

2) defensiva: quando o time não tem a bola e procura fechar os espaços e eventualmente recuperar a bola

3) transição ofensiva: quando o time acaba de recuperar a bola e está fazendo a troca de sua forma defensiva de jogo para uma forma ofensiva

4) transição defensiva: quando o time acaba de perder a bola e está fazendo a troca de sua forma ofensiva para uma forma defensiva - a reorganização da defesa

Em um jogo, o mais normal é que se alternem entre os times as fases ofensiva e defensiva. Um ataca, o outro defende. Depois troca. Um contra-ataque ocorre justamente quando um time consegue fazer a transição ofensiva mais rápido que o adversário faz a defensiva - e assim pega a defesa desorganizada, fora da fase defensiva.

Bem, e porque tudo isso é importante? Porque o conceito do Gegenpressing é justamente alterar um pouco essa forma tradicional de jogo (fase ofensiva -> transição defensiva -> fase defensiva -> transição ofensiva -> fase ofensiva). Em vez de, no momento da perda da bola, recuar o time e tentar se organizar de maneira defensiva (isto é, aplicar a transição defensiva clássica), o time continua posicionado de maneira extremamente ofensiva, quase como se ainda estivesse com a bola, por alguns segundos. O objetivo disso é recuperar a bola imediatamente, possibilitando a) que o time recupere a bola em posição ofensiva, "pulando" a fase de transição e b) que o adversário seja atacado justo no momento em que vulnerável, quando iniciava a sua transição ofensiva.

É essa a diferença, portanto, entre o Gegenpressing e a pressão normal, que já exisitia no futebol desde sempre. Basicamente, o Gegenpressing é uma tentativa de pressionar o contra-ataque adversário (sua transição ofensiva), e não o ataque normal do adversário (sua fase ofensiva em si). A pressão normal é uma forma de jogo na fase defensiva, o Gegenpressing é uma alteração nas fases normais do jogo. 

Para tentar deixar mais claro, alguns exemplos do que estou falando:

- aqui, no primeiro lance do vídeo, temos um lance típico de pressão normal de jogo. O Dortmund está com a bola atacando o Bayern, que pressiona sempre o jogador que está com a bola. A pressão é evidente, mas também é evidente que o Bayern está completamente posicionado de forma defensiva, enquanto que o Dortmund está completamente posicionado de forma ofensiva (se não der para ver a primeira vez, repitam o vídeo e pausem no primeiro instante). A pressão existe, mas ocorre dentro da fase defensiva do Bayern. Sequer dá para saber quando é que o Dortmund começou a jogada com a bola, porque isso não é relevante para a pressão.

- aqui, por sua vez, um exemplo bem didático do que é o Gegenpressing - a tentativa de recuperar a bola imediatamente após perder ela. O Dortmund perde a bola e, ao invés de fazer a transição para a defesa, joga todo mundo para cima do jogador com a bola e imediatamente consegue continuar sua fase ofensiva. Mas o que acontece no Gegenpressing quando não se consegue recuperar a bola nos primeiros segundos após perdê-la? Aqui tem um ótimo exemplo disso (de novo, o primeiro que aparece). O time australiano perde a bola e, adepto do Gegenpressing que é (ao menos por esses vídeos, confesso que nunca tinha ouvido falar da seleção australiana aplicando esse conceito), joga o time para cima do jogador com a bola. Alguns segundos se passam, porém, e a bola é recuada a um zagueiro que está completamente livre. Já não há mais possibilidade de uma pressão imediata sobre o jogador. O time australiano então faz a transição defensiva - que envolve um jogador indo pressionar o zagueiro, mas os demais permanecem em suas posições ou mesmo recuam no campo.

- talvez o melhor exemplo do que não é Gegenpressing seja justamente o vídeo que abre o tópico. O vídeo quase todo mostra situações que não se encaixam no Gegenpressing, mas a mais emblemática delas começa a 01:10 do vídeo. O goleiro do Gladbach tá indo cobrar um tiro de meta. É óbvio que não é possível pressionar a transição da defesa para o ataque de uma equipe que tá cobrando um tiro de meta. A equipe já sai a bola na sua fase ofensiva de jogo (não confundir fase ofensiva com estar no ataque - o time está na defesa, mas totalmente posicionado para tentar levar o jogo para a frente, não há nenhum jogador preocupado em recuperar a bola, afinal se está cobrando um tiro de meta). O Bayern, por sua vez, está claramente na fase defensiva. Uma fase defensiva que marca bastante à frente, mas não há nenhum jogador na fase ofensiva do jogo - todos estão preocupados em impedir o adversário de fazer o jogo.

Bem, esse ponto é o essencial de todo esse texto: o Gegenpressing não é a mesma coisa do que a marcação por pressão. A maior parte dos times que utiliza o Gegenpressing também utiliza um grau considerável de marcação por pressão, mas isso ocorre porque se você tem os jogadores com habilidade para fazer o Gegenpressing, então eles provavelmente também se sentirão confortáveis fazendo a marcação por pressão normal. Um não é dependente do outro, porém. E para jogar com Gegenpressing corretamente, é essencial saber o momento de parar - afinal, adia-se a transição defensiva por alguns segundos, mas se a bola não é recuperada ela deve ocorrer. Nos treinos de Gegenpressing, é comum que os treinadores utilizem apitos ou outros sinais sonoros para indicar o momento em que o time deve abandonar a estratégia e realizar a transição defensiva.

Meu problema com a ideia toda, portanto (e juro que dessa vez tô concluindo mesmo) é que, pelo que vejo no artigo que traduzi, o autor monta um esquema de pressão muito forte, mas não um esquema de Gegenpressing. Não se trata de adiar a transição defensiva, e sim de fazer com que a fase defensiva seja muito agressiva. Mas como eu disse, nunca utilizei a tática no jogo, talvez um dia faça o teste para ver se o FM se comporta melhor do que eu espero em relação a isso.


 

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A lá que bacana um tópico falando do gegen! Uhuuul! Tá se popularizando no fórum, hein. Aguardem o Klopp nos trazer um caneco na temporada que vem e ai vai ser febre que nem o tiki-taka do Guardiola hahahha!

@Danut

Eu tinha lido esse artigo já. É gigante, parabéns pela tradução. Deve ter demorado anos hahhahah!

Tu tá bem certo, cara. O gegen é justamente tu tentar parar o contra-ataque adversário e é ai que ele se modifica um pouco de um sistema de pressão comum. Mas eu acho que tu tem uma coisa dentro da outra. Os times do Klopp também fazem pressão, afinal, seria contra-produtivo tu ter um sistema onde tu luta nos primeiros segundos pra recuperar a bola pra recuar depois e defender com 11 atrás. 

Outro ponto que diferencia, ao meu ver, é que a pressão não é feita só por uma zona do campo (as tais "pequenas associações"), mas sim por quem estiver  por perto. Não é 1 ou 2 jogadores indo atrás da bola, é 3, 4 jogadores indo atrás da bola pra não deixar o adversário ter a opção do passe. Por isso é um sistema de jogo bem mais suicida que um sistema de pressão normal, onde tu tem um mínimo de organização.

Como tu faz esse tipo de coisa no FM? Bem, NÃO FAZ hahahaha! Não tem como fazer uma tática dessas no FM, o que é uma grande falha do jogo ao meu ver. O jogo tá começando a ficar pra trás com o gigantesco aumento tático que apareceu nos últimos anos.

No entanto, eu acho que o cara do texto fez um ótimo trabalho em pelo menos aproximar do que seria o sistema de jogo do gegen. Se a gente considerar todo o conceito do do Klopp (que é defensivo e ofensivo), como a pressão no homem da bola, transição rápida, amplitude dos laterais, sem tanta posse da bola e ofensividade, a tática me parece o mais próximo possível do que a gente pode fazer no FM.

Sistemas como o tiki-taka, por exemplo, ao recuperar a bola são totalmente opostos. Se espera que além de jogar com a bola no pé,  que na recuperação tu tenha um estilo de jogo bem mais lento que o comum, com trocas de passes mais próximas, de pé pra pé. O gegenpressing tem como modo de ataque o contra-ataque (a partir da recuperação da bola), até por isso a mentalidade é atacar, já que tu quer pegar o time adversário desprevenido, sem dar tempo de se organizar. 

Enfim, eu acho que o cara fez bem algo próximo do gegen. Vale lembrar que ele não é apenas a pressão logo que tu perde a bola, mas tem todo o resto que dá pra ti realizar no FM, pelo menos na minha opinião. A minha tática é bem próxima do modelo desse cabeçudo ai e eu consigo ver traços bem claros do  gegen, que embora não venha me trazendo lá grande sucesso, é muito bonito de se ver.

 

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Muito bom!

Também já tinha lido o artigo, mas é uma grande sacada tu apresentar a tradução adaptada com tuas considerações.

De minha parte, ainda não estou utilizando o gegenpressing no meu time, para evitar o choque de filosofias e conseguir ir moldando aos poucos, conseguindo assim resultados melhores.

Mas, já utilizei em alguns jogos e realmente exerce pressão sobre a bola no instante seguinte a perda da posse.

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Excelente tradução @Danut, fico feliz que tenha continuado com a ideia de trazer alguns traduções para o fórum.

Vou falar por experiência própria(Baseado nos conhecimentos tácticos do futebol real e no Football Manager, especialmente no FM16 que é a versão que estou jogando), não tem como realmente aplicar, ao fundo o Gegenpressing atualmente no FM, infelizmente. A parte táctica do jogo vem evoluindo absurdamente versão após versão, mas ainda não é possível ter uma táctica que execute realmente o Gegenpressing. Conseguimos exercer um ritmo muito alto e um esquema de pressão, mas isso não é apenas do que se trata o Gegenpressing, é muito mais do que isso. A ação de "combater" o adversário imediatamente após a perda da posse de bola, ainda não "existe" no FM(Acho que logo estará presente, 17 ou 18 com certeza). Além desse principio de combatividade após a perda da posse de bola, umas das coisas que não existem(Ao menos eu não consegui aplicar algo diferente) é o estilo de marcação. No Gengerpressing, a equipe imediadamente dá o combate após a perda da posse de bola, mas após alguns segundos, ela se organiza e marca com uma pressão muito baixa, aguardando o adversário e isso não é possível aplicar no jogo. Essa variação dos 15 segundos mais o menos após a perda da posse para o recuo e posicionamento por zona da defesa, ainda não é possível. Nesses 15 segundos, os jogadores cercam o adversário com a bola e tenta limitar o espaço de ação, não é nem uma marcação a zona nem marcação individual, que são as duas opções no jogo e após isso ele volta a marcação a zona. 

É um assunto muito bacana, e se alguém conseguiu pelo menos aplicar um pouco desse estilo no jogo, seria legal compartilhar.

 

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  • 2 semanas depois...

Parabéns pelo tópico, cara!

Sempre tentei fazer essa marcação apertada no ataque, para impedir a criação do adversário, mas não conhecia esse esquema.

Parabéns pela tradução e pela atitude!

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Em 14/02/2016 at 11:56, Silveira. disse:

A lá que bacana um tópico falando do gegen! Uhuuul! Tá se popularizando no fórum, hein. Aguardem o Klopp nos trazer um caneco na temporada que vem e ai vai ser febre que nem o tiki-taka do Guardiola hahahha!

@Danut

Eu tinha lido esse artigo já. É gigante, parabéns pela tradução. Deve ter demorado anos hahhahah!

Tu tá bem certo, cara. O gegen é justamente tu tentar parar o contra-ataque adversário e é ai que ele se modifica um pouco de um sistema de pressão comum. Mas eu acho que tu tem uma coisa dentro da outra. Os times do Klopp também fazem pressão, afinal, seria contra-produtivo tu ter um sistema onde tu luta nos primeiros segundos pra recuperar a bola pra recuar depois e defender com 11 atrás. 

Outro ponto que diferencia, ao meu ver, é que a pressão não é feita só por uma zona do campo (as tais "pequenas associações"), mas sim por quem estiver  por perto. Não é 1 ou 2 jogadores indo atrás da bola, é 3, 4 jogadores indo atrás da bola pra não deixar o adversário ter a opção do passe. Por isso é um sistema de jogo bem mais suicida que um sistema de pressão normal, onde tu tem um mínimo de organização.

Como tu faz esse tipo de coisa no FM? Bem, NÃO FAZ hahahaha! Não tem como fazer uma tática dessas no FM, o que é uma grande falha do jogo ao meu ver. O jogo tá começando a ficar pra trás com o gigantesco aumento tático que apareceu nos últimos anos.

No entanto, eu acho que o cara do texto fez um ótimo trabalho em pelo menos aproximar do que seria o sistema de jogo do gegen. Se a gente considerar todo o conceito do do Klopp (que é defensivo e ofensivo), como a pressão no homem da bola, transição rápida, amplitude dos laterais, sem tanta posse da bola e ofensividade, a tática me parece o mais próximo possível do que a gente pode fazer no FM.

Sistemas como o tiki-taka, por exemplo, ao recuperar a bola são totalmente opostos. Se espera que além de jogar com a bola no pé,  que na recuperação tu tenha um estilo de jogo bem mais lento que o comum, com trocas de passes mais próximas, de pé pra pé. O gegenpressing tem como modo de ataque o contra-ataque (a partir da recuperação da bola), até por isso a mentalidade é atacar, já que tu quer pegar o time adversário desprevenido, sem dar tempo de se organizar. 

Enfim, eu acho que o cara fez bem algo próximo do gegen. Vale lembrar que ele não é apenas a pressão logo que tu perde a bola, mas tem todo o resto que dá pra ti realizar no FM, pelo menos na minha opinião. A minha tática é bem próxima do modelo desse cabeçudo ai e eu consigo ver traços bem claros do  gegen, que embora não venha me trazendo lá grande sucesso, é muito bonito de se ver.

 

Bom, vamos lá, depois de muito tempo resolvi tirar um tempo pra responder aqui :P

Primeiro ponto: sinto informar, mas vocês não vão levar o caneco :P Não com o Guardiola indo para o City, e nem com esse time do Liverpool. Bem que eu gostaria que acontecesse né, mas não vai dar não :P

Enfim, sobre a questão da pressão, sim, realmente, elas andam muito ligadas - não diria que estão necessariamente dentro da outra, porque tu pode ter pressão sem fazer gegenpressing (metade dos times do mundo até hoje) e acho que pode ter o gegenpressing em um esquema que não pressione tanto assim em outras situações. Não faria muito sentido, realmente, concordo contigo, mas que é possível, é. 

Mas isso também não é tão importante assim, na real, porque, como tu mesmo disse, o trabalho apresentado aqui é o mais próximo que se pode chegar no FM. Só me incomoda porque eu não acho que dê para chamar de gegenpressing sem ter o elemento fundamental dessa forma de jogar, né. Mas claro, não tem como fazer isso no FM por enquanto. Talvez um dia seja possível :)

 

Em 16/02/2016 at 11:04, PHKayser disse:

Muito bom!

Também já tinha lido o artigo, mas é uma grande sacada tu apresentar a tradução adaptada com tuas considerações.

De minha parte, ainda não estou utilizando o gegenpressing no meu time, para evitar o choque de filosofias e conseguir ir moldando aos poucos, conseguindo assim resultados melhores.

Mas, já utilizei em alguns jogos e realmente exerce pressão sobre a bola no instante seguinte a perda da posse.

Valeu :) Sobre o esquema, eu na verdade nunca testei ele no FM, só achei um material interessante para trazer para cá. Mas não se adapta ao time que tenho em mãos, então não fiz o teste no jogo. Bom saber que funciona mesmo, não só na teoria.

 

Em 22/02/2016 at 14:00, DouglasBerndt disse:

Excelente tradução @Danut, fico feliz que tenha continuado com a ideia de trazer alguns traduções para o fórum.

Vou falar por experiência própria(Baseado nos conhecimentos tácticos do futebol real e no Football Manager, especialmente no FM16 que é a versão que estou jogando), não tem como realmente aplicar, ao fundo o Gegenpressing atualmente no FM, infelizmente. A parte táctica do jogo vem evoluindo absurdamente versão após versão, mas ainda não é possível ter uma táctica que execute realmente o Gegenpressing. Conseguimos exercer um ritmo muito alto e um esquema de pressão, mas isso não é apenas do que se trata o Gegenpressing, é muito mais do que isso. A ação de "combater" o adversário imediatamente após a perda da posse de bola, ainda não "existe" no FM(Acho que logo estará presente, 17 ou 18 com certeza). Além desse principio de combatividade após a perda da posse de bola, umas das coisas que não existem(Ao menos eu não consegui aplicar algo diferente) é o estilo de marcação. No Gengerpressing, a equipe imediadamente dá o combate após a perda da posse de bola, mas após alguns segundos, ela se organiza e marca com uma pressão muito baixa, aguardando o adversário e isso não é possível aplicar no jogo. Essa variação dos 15 segundos mais o menos após a perda da posse para o recuo e posicionamento por zona da defesa, ainda não é possível. Nesses 15 segundos, os jogadores cercam o adversário com a bola e tenta limitar o espaço de ação, não é nem uma marcação a zona nem marcação individual, que são as duas opções no jogo e após isso ele volta a marcação a zona. 

É um assunto muito bacana, e se alguém conseguiu pelo menos aplicar um pouco desse estilo no jogo, seria legal compartilhar.

 

Obrigado :) Agora eu acho que vou ter que dar uma parada nas traduções, porque o semestre já começou chutando a porta e acabando com meu tempo, mas tem vários materiais legais que um dia ainda espero poder colocar para o pessoal que não tem acesso ao inglês aqui.

Sobre o que tu falou, é mais ou menos o que eu quis trazer ali em cima. Realmente, o gegenpressing envolve mecanismos que não estão disponíveis no jogo. Espero que nos próximos FMs isso venha a ser incorporado, seria uma novidade muito legal, mas por enquanto não tem como mesmo. Mas a gente vai se virando com o que tem, né.

 

4 horas atrás, Pimenteeel disse:

Parabéns pelo tópico, cara!

Sempre tentei fazer essa marcação apertada no ataque, para impedir a criação do adversário, mas não conhecia esse esquema.

Parabéns pela tradução e pela atitude!

Valeu, e espero que ajude :)

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  • Vice-Presidente

Parabéns pela tradução Danut. Incluimos o texto nos nossos índices gerais e da área e ainda incluímos ele na tag da diretoria de conteúdo/projeto para que ele seja mostrado caso alguém deseje ver todos os conteúdos criados para o Football Manager 2016. Também adicionamos um banner e um selo de iniciativa para estimular vocês e a outros membros a trazerem mais conteúdos como esse.

Por fim, gostaria de dizer que durante essa semana, o seu guia será compartilhado através das redes socias do fórum. Parabéns pela tradução mais uma vez.

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25 minutos atrás, Henrique M. disse:

Parabéns pela tradução Danut. Incluimos o texto nos nossos índices gerais e da área e ainda incluímos ele na tag da diretoria de conteúdo/projeto para que ele seja mostrado caso alguém deseje ver todos os conteúdos criados para o Football Manager 2016. Também adicionamos um banner e um selo de iniciativa para estimular vocês e a outros membros a trazerem mais conteúdos como esse.

Por fim, gostaria de dizer que durante essa semana, o seu guia será compartilhado através das redes socias do fórum. Parabéns pela tradução mais uma vez.

Eu tinha entrado no tópico pra ver o que tinha sido reputado recentemente pelo @_Matheus_, e vi que tinha um banner estranho (estranho no sentido de que não fazia parte do que eu escrevi) no post. Agora tá explicado (: 

E legal essa iniciativa de vocês de organizar melhor a parte das tags, pra ficar mais fácil de achar, e de fazer uma divulgação. Acredito que todo usuário que tira seu tempo pra escrever um artigo ou traduzir um material de outra língua curte ver o trabalho sendo lido por mais gente, então essa iniciativa de vocês é muito bem vinda (:

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6 horas atrás, _Matheus_ disse:

Parabéns, Danut! Ficou muito bom, méritos seus.

Mérito de quem escreveu o artigo, na real. A tradução é a parte mais fácil né. Mas obrigado, de todo modo :)

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3 horas atrás, Danut disse:

Mérito de quem escreveu o artigo, na real. A tradução é a parte mais fácil né. Mas obrigado, de todo modo :)

Mas você teve seu trabalho e o carinho para com toda uma comunidade que poderia não ter acesso a esse conteúdo por estar em outro idioma.

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6 horas atrás, Yan Perisse disse:

Parabéns @Danut. Dei uma lida faz algumas semanas no primeiro post e é um material muito bom.

Obrigado :) Fico feliz que o pessoal tenha gostado. Quando puder tento trazer mais algo para cá (só que "quando puder" vai ser nas férias de inverno provavelmente :P)

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  • 4 meses depois...

Eu só não entendi nas instruções necessárias para utilizar o gegenpressing essa linha defensiva no normal aí. Acho que em um esquema de gegenpressing as linhas devem  ficar altas.E o comprimento também ao meu ver está equivocado. O comprimento com pontas deixaria os jogadores mais distantes uns dos outros, não? Acho que o comprimento deve ser mais estreito para facilitar a aproximação dos jogadores, e esta aproximação facilita a pressão imediata caso haja a perda de bola.

 

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Esse vídeo é interessante, em vários momentos mais de um jogador marca pressão em cima do jogador que está com a bola

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12 horas atrás, Álvaro Rodrigues disse:

Eu só não entendi nas instruções necessárias para utilizar o gegenpressing essa linha defensiva no normal aí. Acho que em um esquema de gegenpressing as linhas devem  ficar altas.E o comprimento também ao meu ver está equivocado. O comprimento com pontas deixaria os jogadores mais distantes uns dos outros, não? Acho que o comprimento deve ser mais estreito para facilitar a aproximação dos jogadores, e esta aproximação facilita a pressão imediata caso haja a perda de bola.

 

Não fui quem escreveu o artigo né, só traduzi ele, então não tenho certeza dos motivos para isso. Mas acho que a linha normal é porque, jogando numa mentalidade ofensiva a linha de defesa já sobe bastante. Juntando isso a um estilo muito fluído (maior compactação vertical), já temos uma linha bastante avançada. Colocar ela como mais avançada, nesse caso, pode acabar expondo demais o time aos lançamentos longos para contra-ataques. Se tu utilizar instruções menos ofensivas, aí a linha alta faz mais sentido, mas aqui acho que ela já é naturalmente alta (já que a instrução da altura da linha também se altera pelas outras instruções).

Além disso, acho que tem um limite para o quanto se pode esmagar um adversário contra a própria defesa - se tu exagerar na dose, pode acabar ficando sem espaço nenhum para jogar, pois o adversário estará todo encurralado na sua área de defesa, o que por sua vez dificulta muito para fazer gols nele. 

Em relação ao comprimento de jogo, o autor utiliza o com pontas por entender que assim seu time ganha em poder ofensivo, conseguindo abrir melhor o adversário. Realmente, para uma pressão mais efetiva, faz mais sentido ter o time mais junto. A questão é se daí se perde muito em poder ofensivo (por o adversário poder se fechar mais na defesa) ou não. Tem um post do @Silveira., tirado daqui, que fala sobre isso:

Citar

 Largura o mais estreita possível > CHAVE pra funcionar. Quanto mais pra dentro (próximos) ficam os jogadores, mais pressão tu consegue no homem da bola. Eu usava equilibrado ou às vezes até o mais aberto possível, o que era um erro. Quando o time ficou com a largura bem treinada, os pontas começaram a infiltrar, a posse de bola aumentou, os alas pararam de cruzar, as bolas nas costas diminuíram MUITO e por ai vai. Hoje eu vejo quase como uma falácia a coisa de que tu precisa ter um comprimento largo pra poder fazer infiltração ou dar o último passe. Não necessariamente precisa ser assim;

No fim das contas, acho que as duas abordagens tem seu sentido. Tem que ver qual funciona melhor para a tua equipe. 

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Danut, valeu por responder. Eu sei que você apenas traduziu o texto. Na verdade eu questionei o autor, não você. Eu mesmo costumo jogar com linhas altas ou ligeiramente altas e sempre aplico uma filosofia que procura chegar mais próximo do gegenpressing e tenho obtido meus melhores resultados no FM 16. Foi assim com meu Borussia Dortmund, Manchester City e Nottin Forest. E está sendo assim com meu Leicester, e os resultados estão até me surpreendendo nesse save. Eu estou na primeira colocação da premier league na PRIMEIRA TEMPORADA. Mesmo que não vença a liga, já estou bastante orgulhoso, pois eu sou fanático por esse troço de filosofia de jogo chamado gegenpressing. 

Quanto ao mano Silveira, eu estava pensando nisso ontem( de estreitar o comprimento), mas estava com medo de meus resultados piorarem, pois não sou muito de tá mudando as coisas quando estou indo muito bem. Mas fiz o teste em um jogo da capital one cup e gostei do que vi. Os jogadores de fato sufocam mais o adversário por estarem mais próximos. Quando eu puder(na verdade aprender, pois não sei) eu vou postar um vídeo no momento em que 4 ou 5(não lembro bem) jogadores meus marcam o jogador adversário que está com a bola  desarmando-o. E em outros momentos mais de um jogador marcando o adversário com a bola. O comprimento estreito de fato se aproxima mais dessa filosofia de jogo. Vale apena! 

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Está aí o vídeo, note o desarme através da pressão exercida por 4 jogadores de minha equipe sobre o jogador adversário que se encontra com a bola. Na realidade tiveram outras pressões desse tipo durante essa partida; mas essa daqui se destacou.

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7 horas atrás, Álvaro Rodrigues disse:

Está aí o vídeo, note o desarme através da pressão exercida por 4 jogadores de minha equipe sobre o jogador adversário que se encontra com a bola. Na realidade tiveram outras pressões desse tipo durante essa partida; mas essa daqui se destacou.

Pressão linda mesmo.

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  • 1 mês depois...

Eu vejo o comprimento estreito muito mais como uma orientação defensiva do que ofensiva, para impedir infiltrações pelo meio da sua defesa. Uso bastante contra times que q jogam com passes curtos pelo meio, ofensivamente eu não vejo tanta diferença no comprimento (não chega a alterar com relevância a posição natural que os jogadores se colocam com a bola)

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  • 1 mês depois...
  • 8 meses depois...
17 horas atrás, Medo disse:

Muito interessante o tópico, surigu uma dúvida, existe alguma formação ideal ou o Gegenpress pode ser aplicado em qualquer uma?

O mais importante é que a formação seja compacta. Formações com um número maior de jogadores no meio de campo tendem a funcionar melhor, portanto. Se tu tiver cinco homens lá na defesa, tu dificilmente vai conseguir estar em cima do adversário o suficiente para pressionar lá em cima.

Da mesma forma, se tiver muitos atacantes que não participam tanto da marcação, também vai ser complicado. O autor do artigo original utiliza três homens na parte da frente de seu esquema, mas eles são meias ofensivos. Atacantes mesmo é mais difícil de conseguir que marquem tanto, por isso eu diria que é melhor atuar com um ou, no máximo, dois. 

Também me parece que não é uma boa ideia jogar com uma formação em linha, estilo 4-4-2. Para que os jogadores possam pressionar bem o adversário, é mais eficiente ter homens em alturas diferentes do campo. Se todo mundo estiver em uma linha, o passe pode vir com mais facilidade no espaço entre uma linha e a outra. 

Fora essas questões, acho que dá para tu utilizar uma série de variações. O mais normal é provavelmente uma variação de 4-1-2-3 ou 4-2-3-1, mas não acho que sejam as únicas formas de implementar isso. 

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Boa tarde, galera!
Gostei demais da ideia do Gengenpressing ser trazida aqui para o fórum!
Estou em um save com o São Paulo, trabalhando, principalmente com a formação 4-1-2-3 com extremos variando entre pontas com a função de atacar e avançados interiores com a função de atacar, também. Notei que o time vem se adaptando bem ao estilo, foram 4 partidas, 3 vitórias e 1 empate, porém o melhor time que enfrentamos foi o Atlético Paranaense e, o jogo mais difícil que fizemos foi esse do empate contra a Chapecoense, ou seja: ainda não me testei contra os grandes.
Apesar de obter esse relativo sucesso, noto que alguns aspectos não estão sendo bem trabalhados no meu time, principalmente dois que eu acho fundamentais:

-Os atacantes não pressionam como deveriam: deixando muitas vezes a bola passar do meio campo, onde de fato começa a pressão(não sei se por alguma instrução ao time, meus atacantes não podem receber a instrução de pressionar mais individualmente)

-O time não está compacto como deveria: apesar de estar usando o 4-1-2-3, sinto que meus jogadores estão muito longe uns dos outros, precisando recorrer na maioria das vezes a passes longos(que por vezes até resultam em gols, mas acho que obteríamos mais sucesso se trabalhássemos  com um jogador mais perto do outro de forma mais compacta)

Se alguém puder me dar alguns toques e dicas, ficarei agradecido!

Valeu, galera!

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  • Conteúdo Similar

    • Danut
      Por Danut
      Introdução
      Olá pessoal,
      recentemente descobri a existência do canal no Youtube "Evidence Based Football Manager" (Football Manager Baseado em Evidências). Nesse canal, o autor faz uma série de testes estatísticos para tentar entender melhor o funcionamento do Football Manager por trás dos panos, a fim de identificar como realmente funcionam as diversas mecânicas do jogo. 
      Eu achei extremamente interessante: o Football Manager é um jogo que tem muitos elementos interligados, cujo funcionamento é escondido do jogador. Em situações normais de jogo, uma mesma situação (o resultado de um jogo, o desenvolvimento de um jogador, etc.) pode ser influenciada por tantas coisas diferentes que é quase impossível determinar quais fatores estão impactando no resultado. É comum encontrar guias sobre um mesmo tema listando elementos completamente diferentes como fatores, e o jogador acaba sem saber qual deles realmente influenciam no jogo. 
      Pois a ideia desse canal é justamente trabalhar os diversos fatores do jogo de forma isolada, a fim de identificar o impacto que cada um deles tem na mecânica do Football Manager, e fazer isso com base em resultados estatísticos comprovados, e não apenas na experiência de jogo e achismo de cada um. 
      Nesse tópico, minha ideia é trazer um resumo dos vídeos da série "Mecânicas de Dia de Jogo" apresentada no canal citado. Nela o autor busca identificar quais fatores impactam no desempenho da equipe no jogo, para além da tática e da qualidade dos jogadores. 
      Vale mencionar que os temas abordados nessa série foram todos testados no FM 2024. Contudo, podemos assumir com certo grau de certeza que essas mecânicas são muito semelhantes (ou mesmo iguais) em outras edições recentes do jogo. 
      Se você fala inglês, eu recomendo fortemente deixar esse tópico e ir lá assistir os vídeos, pois eles são muito bem feitos e trazem muito mais informação do que eu vou ser capaz de apresentar aqui. Por outro lado, espero que esse tópico possa servir para trazer um pouco desse conteúdo para aqueles que não falam inglês, além de resumir os dados mais importantes em um formato mais fácil de ser revisado do que um conteúdo em vídeo. 
      Uma última palavra antes de entrar no conteúdo do guia propriamente dito: destrinchar as mecânicas do jogo por debaixo dos panos não é algo que interessa a todos os jogadores. A própria SI acha que isso piora a experiência ao jogar FM - tanto é que eles nunca divulgam esse tipo de informação. Se você acha que descobrir sobre o funcionamento dos números por debaixo dos panos vai tirar parte da mágica do jogo, talvez seja melhor não seguir na leitura desse tópico. 
       
      Parte 1 - A vantagem de jogar em casa realmente existe no Football Manager?
      Para responder a essa pergunta, o autor dos vídeos criou duas equipes exatamente iguais, usando a mesma tática, com todos os jogadores com valor 10 em todos os atributos, e colocou elas para se enfrentarem 2 mil vezes. Os primeiros mil jogos foram disputados em estádio neutro, enquanto que os mil jogos seguintes foram disputados com o time A jogando em casa, e o time B como visitante. 
      Na primeira situação, jogando em estádio neutro, os resultados foram os seguintes:
      Vitória do time A: 35,9% das partidas Vitória do time B: 37,2% das partidas Empate: 26,9% das partidas Como podemos ver, jogando em estádio neutro, as duas equipes tiveram resultados muito parecidos. O time B venceu 1,3% de jogos a mais, mas isso se explica pela simples variância que existe no jogo. É como jogar uma moeda para cima: se fizermos isso mil vezes, o resultado provavelmente não será exatamente 500 vezes cara e 500 vezes coroa. Mas, se a moeda não for viciada, o número deve ficar próximo disso. 
      Passando para a segunda situação, jogando no estádio do time A, os resultados foram os seguintes:
      Vitória do time A: 44% das partidas (+8,1% de vitórias). Vitória do time B: 28,3% das partidas (-8,9% de vitórias) Empate: 27,7% das partidas (+0,8% de empates) As diferenças em relação ao primeiro cenário são bastante significativas. Jogar em casa aumentou bastante o número de vitórias do time A, e diminuiu as vitórias do time visitante. Os empates se mantiveram relativamente constantes, sendo provável que jogar no próprio estádio ou em estádio neutro não afete significativamente o número de partidas que terminam empatadas. 
      Por outro lado, a partir desses dados, podemos concluir que a diferença de desempenho da equipe jogando no próprio estádio ou em estádio neutro é de cerca de 8% a 9%.
      Ainda, temos que considerar que normalmente quando não estamos jogando no próprio estádio estamos jogando no estádio do adversário (e não em estádio neutro, que costuma ser utilizado só em finais de copa e outras situações extraordinárias). Nesse caso, a diferença na quantidade de vitórias esperadas entre um jogo em nosso estádio e um jogo no estádio do adversário é de aproximadamente 16% a 18%. Simplificando um pouco, isso significa que a cada seis partidas disputadas entre duas equipes semelhantes, a equipe da casa deve vencer uma delas simplesmente por estar jogando em seu estádio. 
      Portanto, esses resultados mostram que o Football Manager possui sim alguma mecânica que dá vantagem ao time que está jogando em seu próprio estádio. Infelizmente não é possível saber exatamente o que muda na engine do jogo para concretizar essa vantagem. Mas que ela existe, existe. 
       
      Outro dado interessante observado no vídeo diz respeito à quantidade de gols marcados. No primeiro cenário, em estádio neutro, os resultados foram os seguintes:
      Gols marcados pelo time A: 1.682 Gols marcados pelo time B: 1.661 Como podemos ver, com duas equipes iguais, jogando com a mesma tática, e partida em estádio neutro, os times marcaram quase a mesma quantidade de gols. Mais uma vez, a diferença é tão pequena que pode ser atribuída à variância normal do jogo. 
      Por outro lado, quando observamos as partidas disputadas no estádio do time A, um dos resultados muda drasticamente:
      Gols marcados pelo time A: 1.703 (+1,2% de gols marcados) Gols marcados pelo time B: 1.377 (-17,1% de gols marcados) Podemos ver, portanto, que a principal diferença entre jogar em casa, em estádio neutro, ou fora de casa, é que os times que jogam fora de casa marcam menos gols. Não temos certeza de quais mecânicas do jogo levam a esse resultado, mas podemos concluir que o Football Manager faz com que a equipe jogando como visitante atue de forma mais defensiva, mesmo que o treinador não faça nenhuma alteração tática nesse sentido. 
       
      Para concluir esse primeiro capítulo, o autor do vídeo ainda faz alguns testes para observar se utilizar uma tática mais defensiva nos jogos fora de casa traz melhores resultados. Essa é uma estratégia comum na vida real, com equipes jogando mais atrás quando estão como visitantes, e algo que muitos buscam replicar no Football Manager.
      Não vou trazer os detalhes desse teste para cá por ser um pouco mais chato de explicar sem o vídeo, e também porque os resultados são um pouco menos confiáveis do que o restante do que foi visto até aqui. Mas, resumindo, o autor conclui que utilizar uma tática mais defensiva do que o usual ao jogar fora de casa reduz o número de gols de ambas as equipes. Porém, a redução no número de gols marcados pela equipe visitante é maior do que a redução no número de gols sofridos. Ou seja: se o seu time normalmente joga com uma tática ofensiva, trocar para um esquema defensivo ao jogar fora de casa provavelmente resultará em mais derrotas do que manter o mesmo estilo de jogo que é utilizado em casa.
      Por outro lado, se o seu objetivo é apenas evitar uma goleada (como, por exemplo, quando se tem uma boa vantagem construída na eliminatória), então jogar de forma mais defensiva pode ser efetivo em diminuir o número total de gols da partida. Da mesma forma, utilizar esquemas mais defensivos de forma moderada para segurar o placar quando já se está em vantagem pode dar resultados. O que não parece compensar é a utilização de esquema defensivo durante os 90 minutos, apenas por estar jogando no estádio do adversário. 
       
      Com isso concluímos o primeiro capítulo dessa série. No próximo post, pretendo fazer um resumo do segundo vídeo da série, no qual o autor aborda o impacto da condição física dos jogadores na sua performance de jogo. 
    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Cada jogador dentro do FM tem uma quantidade de atributos de personalidade ocultos pelo jogo que afetam como ele desempenha seu futebol, como ele se sai nos treinos, como ele interage com os outros jogadores e com o treinador, como ele interage com a imprensa e se adapta a um novo clube.
      Os atributos de personalidades, em conjunto com os atributos mentais Determinação e Liderança são usados para determinar a descrição da personalidade do jogador, que fica no próprio perfil do jogador.
      Os efeitos de cada personalidade são descritos abaixo, seguido por detalhes de quais atributos estão atrelados a cada tipo de personalidade.
      Aprendendo a Personalidade de um Jogador
      Você pode ter uma ideia dos atributos da personalidade de um jogador não apenas pela interpretação da descrição que o jogo lhe dá, mas também observando como o jogador reage a certas situações, como as palestras individuais, quando você tiver uma conversa privada com ele, quando comentários são feitos sobre ele na imprensa ou quando ele mesmo faz comentários na imprensa. Adicionalmente, você deve se manter de olho na satisfação do jogador por qualquer indicação de quais são seus atributos de personalidade.
      Criar Notas na seção adequada da aba "Histórico" pode lhe ajudar a acompanhar e decifrar os atributos do seus jogadores.
      Gerenciando as Personalidades
      Entender a personalidade de um jogador lhe dará uma ideia de como geralmente lidar com ele, como em suas palestras. Por exemplo, se você tiver um jogador com altos atributos em Determinação e Pressão (atributo de personalidade) você poderá ser mais exigente com ele no jogo, enquanto um jogador com baixo atributo tem que ser encorajado ou ter a pressão retirada de suas costas. Similarmente, se muitos dos jogadores tiverem Ambição (atributo oculto) elevada então é sempre bom ser positivo quanto as suas chances em um jogo nas conferências de imprensa.
      Personalidades & Construção do elenco
      É importante tentar construir um elenco com jogadores que tenham personalidades positivas. Esses jogadores terão uma melhor atitude dentro e fora do campo, enquanto podem ser tutores muito úteis para os jovens jogadores, já que passariam características boas para eles. Você pode ter uma ideia de qual personalidade é mais evidente no seu elenco vendo a "Personalidade do Plantel", na aba 'Informação do Clube" da seção "Clube".
      Particularmente, é muito interessante ter um alto número de jogadores com bom Profissionalismo (atributo de personalidade) no elenco. Tais jogadores são os melhores tutores, já que melhorar esse atributo de jovens jogadores ajudarão eles a se desenvolverem rapidamente no futuro e também se aproveitar dos benefícios do Profissionalismo, que serão detalhados abaixo.
      Jogadores com boa Determinação também são benéficos para o elenco, assim como os que tem Ambição. Entretanto, se estiver treinando uma equipe pequena e estiver preocupado com os jogadores querendo sair, ter jogadores com boa Lealdade deve ser preferencial.
      Além disso, construir um elenco com jogadores com personalidades parecidas ajudarão na Harmonia da Equipe, já que será mais provável que seus jogadores desenvolvam uma boa relação entre eles e brigas serão raras, resultando numa moral melhor e melhores resultados em campo.
      Atributos de Personalidade
      Adaptabilidade - O quão bem um jogador se adapta a um novo país, uma nova cultura.
      Ambição - O quanto um jogador quer o sucesso. Jogadores mais ambiciosos se desenvolvem bem mas é mais provável que desejem sair de um time pequeno quando estiver se destacando ou se seu time não ganhar títulos.
      Controvérsia - O quão sincero um jogador vai ser com a imprensa. Jogadores com uma alta Controvérsia tem a tendência de criticarem seus treinadores publicamente.
      Lealdade - O tanto que um jogador deseja permanecer no mesmo clube. Jogadores leais tem menos chances de aceitar uma oferta melhor de outros clubes.
      Pressão - O quão bem um jogador se sai em situações desafiadoras. Quanto mais alto for em um jogador, mais difícil será ele sentir a pressão das expectativas, por exemplo, quando um treinador adversário comenta sobre ele na imprensa, ou quando o time está lutando por títulos ou para escapar do rebaixamento perto do final da temporada, assim como geralmente nas partidas. Se o jogador estiver preocupado ou chateado com alguma coisa, pode significar que ele tem o atributo baixo.
      Profissionalismo - O tanto que um jogador trabalha duro e o tanto que sua atitude geral é boa. Jogadores mais profissionais terão uma atitude excelente fora de campo, por exemplo, responderão bem a algum tipo de disciplina aplicada, como um aviso por uma péssima exibição. Geralmente, costumam se desenvolver bem, aguentam cargas de treinos mais pesadas e tem carreiras longas.
      Desportivismo - O quão ético o jogador é em uma partida. Jogadores mais desportivistas terão menos chances de trapacear, por exemplo, simular faltas e pênaltis e tem mais chances de jogar a bola para fora quando um jogador está machucado.
      Temperamento - O quão calmo um jogador é em situações ruins contra ele. Jogador com um alto temperamento terão menos tendência a se revoltar quando sofrem faltas, quando o time está perdendo ou quando as decisões tomadas vão contra sua equipe. Se um jogador fica enfurecido, pode indicar que ele tem um alto Temperamento e um baixo Profissionalismo.
       
      Descrição das Personalidades
      Personalidades Positivas
      Cidadão modelo - Bons atributos de Ambição, Determinação, Lealdade, Pressão, Profissionalismo, Desportivismo e Temperamento; Perfeccionista - Bons atributos de Ambição, Determinação e Profissionalismo, mas baixo atributo de Temperamento; Decidido - Bons atributos de Ambição e Determinação; Profissional Modelo/Profissional/Razoavelmente profissional - Bom atributo de Profissionalismo; Cheio de Energia - Bons atributos de Pressão e Profissionalismo; Evasivo - Bons atributos de Pressão e Profissionalismo; Reservado - Baixo atributo de Controvérsia, mas bom atributo de Profissionalismo; Determinado/Razoavelmente Determinado - Bom atributo de Determinação; Líder Carismático - Bons atributos de Liderança, Desportivismo e Temperamento; Líder Nato - Altíssimos atributos de Liderança e Determinação; Líder - Altíssimo atributo de Liderança; Vontade de Ferro - Alto atributo de Pressão e bom atributo de Determinação; Persistente - Alto atributo de Pressão e bom atributo de Determinação; Calmo - Bons atributos de Pressão e Temperamento; Muito Ambicioso/Ambicioso/Razoavelmente Ambicioso - Bom atributo de Ambição, mas baixo atributo de Lealdade. Personalidades Negativas
      Volátil - Baixo atributo de Temperamento; Confrontador - Baixos atributos de Desportivismo e Temperamento; Temperamental - Baixíssimo atributo de Temperamento; Pavio Curto - Alto atributo de Controvérsia, mas baixo atributo de Temperamento; Franco - Alto atributo de Controvérsia; Casual - Baixíssimos atributos de Profissionalismo e Determinação; Baixa Determinação/Facilmente Desencorajado - Baixíssimos atributos de Determinação e Ambição; Baixa autoestima - Baixíssimos atributos de Determinação e Pressão; Acomodado - Sem Profissionalismo e baixo atributo de Determinação; Sem Energia - Sem Pressão e baixo atributo de Determinação; Sem Ambição - Baixíssimo atributo de Ambição; Personalidades Neutras
      Equilibrado - Atributos balanceados de Controvérsia, Lealdade, Profissionalismo, Desportivismo e Temperamento; Espirituoso - Bons atributos de Pressão e Temperamento razoável, mas baixo atributo de Profissionalismo; Antidesportivo/Realista - Baixíssimo atributo de Desportivismo; Sereno - Bons atributos de Pressão e Desportivismo; Devotado/Altamente Leal/Leal/Razoavelmente Leal - Altíssimo atributo de Lealdade, mas baixo atributo de Ambição; Honesto/Desportivo/Razoavelmente Desportivo - Bom atributo de Desportivismo, mas baixo atributo de Determinação; Amigo da Imprensa - Baixo atributo de Controvérsia; Balanceado - Tem uma personalidade mista que não se encaixa em nenhuma das descritas acima.
    • jelucck77
      Por jelucck77
      só falta alguem que manja pra fazer seria bacana ter na nossa lingua kkkk
      Criar uma tradução para o Football Manager 2023 no idioma português brasileiro envolve alguns passos importantes. Embora não seja possível realizar a tradução diretamente no jogo, você pode utilizar ferramentas externas para modificar o conteúdo textual. Aqui está um guia básico para criar uma tradução:
      1. Obtenha as ferramentas necessárias:
      - Baixe um editor de arquivos de texto, como o Notepad++ ou o Sublime Text, que permita editar os arquivos de idioma do jogo.
      - Faça o download do arquivo de idioma original do Football Manager 2023, que contém todas as strings de texto a serem traduzidas. Normalmente, esses arquivos são distribuídos pela comunidade do jogo.
      2. Localize os arquivos de idioma:
      - Localize os arquivos de idioma do jogo. Eles podem estar em uma pasta específica dentro do diretório de instalação do Football Manager 2023.
      3. Abra e edite os arquivos de idioma:
      - Abra os arquivos de idioma com o editor de texto escolhido.
      - Localize as strings de texto em inglês que precisam ser traduzidas.
      - Substitua as strings em inglês por suas traduções em português brasileiro. Certifique-se de manter a formatação e a estrutura original.
      4. Salve os arquivos traduzidos:
      - Salve os arquivos de idioma traduzidos com extensão .xml (ou a extensão adequada usada nos arquivos do Football Manager) em uma pasta separada para facilitar a instalação.
      5. Teste a tradução:
      - Crie uma cópia de segurança dos arquivos originais do jogo antes de substituí-los.
      - Copie os arquivos de idioma traduzidos para a pasta correta do Football Manager 2023.
      - Inicie o jogo e verifique se as traduções foram aplicadas corretamente. Faça ajustes adicionais, se necessário.
      É importante observar que a criação de uma tradução pode ser um processo complexo e demorado, especialmente se você não tiver experiência prévia com edição de arquivos de idioma. Além disso, sempre respeite os direitos autorais do jogo e verifique se a comunidade do Football Manager permite e apoia a criação e distribuição de traduções não oficiais.
      Recomendo pesquisar fóruns e comunidades online dedicados ao Football Manager para obter mais informações, orientações e apoio de outros jogadores que possam ter experiência na criação de traduções.
    • just12
    • just12
      Por just12
      As lesões no FM são bastante comuns assim como na realidade, a questão é como diminuir a quantidade e o tempo que elas retiram um jogador de atuação. Conhecer as lesões mais frequentes, entender os fatores de risco e traçar estratégias preventivas são fundamentais para termos sucesso nesta área.

      Milhões são gastos anualmente em contratações caras e salários na casa dos milhões, porém tudo isso poderá ir por terra se não houver uma boa equipe técnica e uma boa gestão médica por parte do Manager. Isso se torna ainda mais importante quando se trata de equipes menores, onde a estrutura é sucateada e os funcionários da STAFF são escassos e de baixa qualidade. Uma equipe médica adequada pode custar por volta de 3% da folha salarial do elenco.

      Na área médica do Football Manager temos dois profissionais primordiais, que são os fisioterapeutas, responsáveis por prevenir e recuperar lesões e os cientistas desportivos (fisiologistas), responsáveis por analisar/gerir a condição física e o risco de lesão dos jogadores.
      Além disso, podemos dizer que a estrutura proposta pelo clube como centros de treinamento e condições de treino ajudam demais estes profissionais. Treinar em um gramado duro e fazer musculação em uma academia com aparelhos velhos pode não só prolongar o tempo de lesão de um jogador como também podem gerar ainda mais lesões.

      Jogadores incapacitados afetam diretamente a equipe já que não podem ser utilizados. Com o maior número de baixas, menos peças o treinador terá à disposição e consequentemente menores as chances de alcançar lugares melhores na liga ou em competições internacionais. Atletas contundidos tendem a perder atributos e/ou diminuir seu potencial, o que pode ser crucial na vida de um jovem atleta que poderia ser uma estrela caso não se lesionasse seriamente numa idade em que seus atributos deveriam estar evoluindo com grande progressão.
       
      As lesões mais frequentes no Futebol:
      → Estiramentos e distensões musculares: ambos ocorrem devido ao alongamento excessivo do músculo, mas em locais diferentes: enquanto o estiramento acomete as fibras musculares, a distensão pode ser definida como uma lesão na junção musculotendínea ou no tendão. A classificação também é a mesma: pode não haver ruptura do tecido, ruptura parcial ou completa. Distensões musculares são as lesões mais frequentes em jogadores de futebol;

      → Fraturas por estresse: lesão decorrente da utilização excessiva do osso, que, não suportando a pressão sofre uma fissura. Na maioria das vezes, a sobrecarga acontece por causa do aumento da intensidade do treino e/ou partidas em sequência sem descanso adequado;

      → Entorses: tipo de lesão mais frequente no meio esportivo, é provocada por uma excessiva distensão dos ligamentos e das demais estruturas que garantem a estabilidade da articulação. Pode ocorrer devido a movimentos bruscos, traumatismos, má colocação do pé ou um simples tropeço. Os órgãos mais afetados são tornozelo (tibiotársica) e joelho. No futebol, entorse de joelho com ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é a lesão incapacitante mais comum, ao lado de problemas nos meniscos;

      → Contusão: resultado de um forte impacto em qualquer parte do corpo, pode causar lesão nos tecidos moles da superfície, músculos, tendões ou ligamentos articulares;

      → Luxação: ocorre quando uma força violenta atua direta ou indiretamente numa articulação, empurrando o osso para uma posição anormal. Embora, de forma leiga possa ser apontado como algo simples, às vezes é mais grave do que uma fratura.
       
      Os fatores de risco para as Lesões são:

      → Propensão do jogador a lesão: há um atributo oculto de 0 a 20 que mostra o quão um jogador é mais propenso a se lesionar. Caso seja importante, o seu preparador lhe avisará no relatório do jogador;

      → Baixa energia: jogadores que não se recuperam totalmente de uma partida ou treino terão maior facilidade em se lesionar;

      → Aptidão Física: mostra quanto um jogador consegue se recuperar de uma partida para outra e quão mais rápidos conseguem se recuperar de uma lesão sem perder atributos;

      → Alto número de partidas em um curto período de tempo: jogar domingo e quarta toda semana sem o devido descanso pode gerar acúmulo de fadiga e consequentemente lesões;

      → Falta de ritmo de jogo: jogadores quando ficam muito tempo sem partidas diminuem seu ritmo de jogo e aumentam seu risco de lesão;

      → Estado do gramado: gramados em péssimo estado são grandes catalizadores dos mais diversos problemas físicos;

      → Treinamento inadequado: a planilha de treinos elaborada pelo Auxiliar Téc. pode ser problemática em muitos aspectos, inserindo treinos e cargas de trabalho desalinhadas, promovendo maior fadiga nos atletas e consequentemente mais lesões;

      → Apressar retorno do jogador depois de uma lesão: quanto menor a qualidade do fisioterapeuta, maior a chance dele errar e apressar o retorno do jogador aos treinos e jogos;

      → Intensidade tática: táticas com ritmo mais rápido, marcação-pressão e de forma cerrada, linhas elevadas e busca incessante do contra-ataque podem gerar forte desgaste nos atletas;
      → Clima: exposição ao frio, chuva, neve, altitude, calor e umidade provocam alterações fisiológicas como a desidratação, aumento do número de quedas e do risco traumático. Condições chuvosas implicam um aumento do contato direto entre os jogadores e alterações do terreno de jogo, predispondo para lesões traumáticas. O calor e a humidade traduzem estados de desidratação com aumento de lesões por fadiga, devido ao intenso desgaste físico.
       
      Estratégias Preventivas:

      Como comentamos anteriormente, cientistas desportivos e fisioterapeutas trabalham em conjunto prevenindo lesões, além disso podemos destacar uma boa pré-temporada (falaremos disso detalhadamente mais adiante), treinamento com cargas adequadas, boas instalações de treino, boa qualidade do gramado de jogo (pedir a direção para trocar o gramado), saber quando aumentar e diminuir a intensidade tática durante a temporada, dosar a carga de jogos de cada jogador e cuidados no retorno do jogador aos treinos e jogos após uma lesão.
       
      ◉ Pré-temporada Preventiva

      A pré-temporada deve por excelência destinar as 2 primeiras semanas ou mais para treinamento da parte física, visando melhoria dos atributos, principalmente focados em aptidão física e resistência, que serão úteis durante toda a temporada. Nas semanas a seguir o foco seria o aumento do ritmo de jogo dos atletas com os amistosos.

      Nos primeiros amistosos da época, é recomendável que a intensidade tática seja baixa e os jogadores joguem por no máximo 45 minutos, o que irá aumentando progressivamente conforme o ritmo de jogo melhora e a fisiologia diminui a chance de lesão dos jogadores.

      Sabemos que em alguns países, principalmente no Brasil, é bem complicado fazer uma pré-temporada adequada por conta dos estaduais, porém deve-se fazer o melhor possível dentro da realidade de cada calendário, por vezes usando o estadual como parte da pré-temporada.

      O quadro acima mostra a baixa aptidão física (ritmo de jogo) e consequentemente o elevado risco de lesão.
       
      ◉ Qualidade do gramado

      No quadro acima é mostrada a qualidade perfeita do gramado, porém muitas equipes possuem gramados ruins, muito ruins ou somente OK, o que pode ser mudado pedindo a diretoria que melhore a grama ou mude para grama sintética.
       
      ◉ Evitar uma nova lesão

      O quadro vermelho ao lado do jogador indica que o jogador está em tratamento, já o quadro laranja indica que o mesmo está em fase final de reabilitação. Nessa última fase o jogador ainda não voltou aos treinos com bola mas pode ser relacionado para o próximo jogo, o que poderia gerar uma recidiva (nova lesão). E mesmo que o jogador esteja totalmente liberado, ainda assim é recomendável que treine em meia intensidade por ao menos 7 dias, voltando aos jogos após este período e por no máximo 45 minutos, com aumentos progressivos. Jogadores lesionados podem ser curados de lesões recorrentes caso procurem um médico especialista.
      → Rotação de elenco: buscar junto à fisiologia entender os jogadores que estão com risco muito elevado de se lesionar e fazer a devida gestão/rotação de elenco;
      → Gestão do treino: gerir o próprio treino ou supervisionar o trabalho do Auxiliar Téc. para fazer pequenas modificações na carga de exercícios para que os jogadores estejam sempre frescos para os jogos, evitando acumular fadiga. Jogadores mais velhos, com baixa aptidão física e resistência não são recomendados treinar em dupla intensidade.
      ---
      Buscar afinar cada dia mais o processo preventivo, permitindo que seja o mais individualizado possível, avaliando os resultados ano após ano poderá lhe permitir diminuir a incidência e a severidade das lesões.

      Fonte: https://conferenciafm.wordpress.com
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