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Trote violento: você já foi vítima?


Leho.

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  • Diretor Geral

ABUSO

Três projetos na Câmara querem coibir os trotes violentos

Propostas apresentadas por vereadores querem criar regras que dificultem a prática nas universidades de Campinas; regras envolve instituições de ensino e empresas

 

28/03/2015 - 05h00 - Atualizado em 28/03/2015 - 13h23 | Inaê Miranda

 

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CPI da Assembleia Legislativa ouviu depoimentos de estudantes e professores de universidades de Campinas - Foto: César Rodrigues/ AAN

 

Foram protocolados nesta sexta-feira (27) na Câmara Municipal de Campinas três projetos de lei que visam coibir os trotes violentos na cidade. As medidas preveem o fim dos trotes em ruas, avenidas e praças públicas, o fim do patrocínio de eventos estudantis por empresas que fabriquem, comercializem ou distribuam bebidas alcoólicas.

Também será cobrada maior responsabilidade das instituições de Ensino Superior, que ficarão obrigadas a instaurar processo disciplinar contra o aluno que praticar trote. A iniciativa do legislativo campineiro foi motivada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela Assembleia Legislativa que investigou uma série de denúncias de violação de direitos humanos nas universidades paulistas, entre elas a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

Punições

A expectativa é de que as leis coloquem um ponto final na prática de ações violentas contra ingressantes das universidades públicas e privadas. A primeira norma determina a proibição de realização de trotes em espaços públicos. Outro projeto determina que mesmo que o trote ocorra fora dos das dependências da universidade, a instituição instaure processo disciplinar contra o aluno que praticar violência física, psíquica e verbal contra os calouros. Empresas que fabricam, comercializam ou distribuam bebidas alcoólicas ficam impedidas de patrocinar qualquer evento estudantil, sob pena de multa para aquelas que descumprirem.

Os projetos, feitos em coautoria pelos vereadores Thiago Ferrari (PTB) e Pedro Tourinho (PT), também preveem pagamento de multa por quem promove trote nos espaços públicos. “Não são os estudantes que vão por conta própria. Eles vão como parte do trote, com meta de dinheiro que tem que coletar no sinal. Sempre tem uma entidade ou alguém que está promovendo por trás”, explicou Tourinho.

Debate

Os valores das multas ainda não foram definidos. Sobre a fiscalização, os vereadores esperam definir em um debate. “A gente não pode criar uma atribuição, mas através de provocação popular, poderá ficar a cargo da Guarda Municipal”, afirmou Ferrari.

Os vereadores também irão buscar a realização de um convênio entre a Prefeitura e o Disque-Denúncia para que as informações sobre trotes possam ser feitas de forma anônima através do serviço. A medida também deve facilitar a fiscalização. Tourinho ressaltou que o trote acontece em muitas instituições de ensino e que algumas contam com o próprio serviço de disque trote, outras não. “Um serviço municipal irá centralizar as denúncias”, explicou. “É um canal para receber as denúncias sem expor o denunciante”, acrescentou Thiago Ferrari.

Após CPI

O petebista ressaltou que, em decorrência da CPI do Trote da Assembleia Legislativa, ficou claro que Campinas é uma das cidades com maior incidência de trote violento. “As medidas que estamos propondo visam deixar claro que Campinas abomina o trote violento, a nossa preocupação está em proteger os alunos que tiveram e que têm os direitos individuais transgredidos e criar instrumentos para que as próprias instituições e o poder público possam agir”, completou Ferrari.

As propostas irão passar pelas comissões de legalidade, mérito, educação, políticas públicas e em seguida vai para votação. Atualmente, está em tramitação na Câmara um projeto de autoria de Pedro Tourinho, que institui a semana de combate ao trote violento e prevê ações solidárias.

"A ideia é que o poder público trabalhe junto com as universidades, acompanhando e estimulando a realização de eventos que promovam a recepção solidária, produtiva e positiva aos ingressantes", afirmou. "A gente entende que o poder público pode contribuir no combate às violações de direitos humanos e trote violento" , completou Tourinho.

Depoimentos em audiências

A iniciativa adotada pelo legislativo campineiro foi motivada pela CPI do Trote da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que investigou denúncias de violação de direitos humanos em universidades paulistas. Ela encerrou seus trabalhos no último dia 10. Depois de 40 audiências, nas quais foram ouvidos mais de 100 depoimentos, o relatório, de 190 páginas, reúne em torno de 9 mil documentos, entre fotos, vídeos de trotes violentos e depoimentos de sete mulheres estupradas em festas universitárias.

A CPI foi presidida pelo então deputado Adriano Diogo (PT) e pede que o trote seja classificado como crime de tortura no Código Penal Brasileiro. Duas das audiências da CPI foram realizadas em Campinas já que as denúncias recebidas envolviam estudantes da PUC-Campinas e da Unicamp.

Denunciados se calam

Professores alunos e profissionais já formados foram ouvidos. Grande parte dos denunciados de Campinas deixou de comparecer às audiências. Cinco deles apresentaram justificativa de que conseguiram na Justiça um habeas corpus. Contra os acusados pesam denúncias de assédio sexual, de coagir os calouros a consumir e fabricar drogas para serem consumidas durante festas. Uma das vítimas relatou ter sido forçada a lamber o chão do banheiro e cheirar cocaína e só após ter inalado o pó soube que se tratava de farinha de trigo.

O relatório final da CPI do Trote faz 39 recomendações que foram encaminhadas ao Ministério Público e pede prosseguimento das investigações sobre violação de direitos e a punição dos agressores. O documento também seria enviado a diversas autoridades brasileiras e ao papa Francisco. No caso do papa, o relatório será encaminhado porque duas das universidades denunciadas são vinculadas à Igreja Católica: a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

 

@Correio Popular

 

É... essa assembléia em SP capital e que acabou atingindo o estado inteiro praticamente mexeu com a situação que até então era tratada com "naturalidade" pela sociedade. "Afinal, o que é uma tinta no cabelo né? Já passei onde eu queria, agora faz parte."

 

Mas parece que os rumos vão mudar, pelo menos de acordo com relatos que eu ouvi. As atléticas aqui estão com o cu na mão, o trote esse ano quase nem existiu, apenas umas ações solidárias, como arrecadar alimentos pra comunidades carentes e etc. E o pessoal já formado tá com medo também, vide esse habeas corpus ridículo que apresentaram aí pra não terem que dar seu testemunho na Câmara.

 

Enfim, meu trote foi bem tranquilo, fui zoado, pintado e arrecadei dinheiro pra depois encher a cara com meus veteranos. Mas nem em todo curso é assim... a ESALQ (USP de Piracicaba) foi praticamente o centro das investigações por aqui, porque lá os caras pegam PESADÍSSIMO no trote. Papo de abandonar os calouros num canavial, à noite, descalços e apenas com um garrafão de 5L de pinga. E isso a uns 15km da cidade.

 

 

E vocês, sofreram no trote? Como tá essa situação em outros estados?

 

p.s: achei ótima a iniciativa dos deputados por aqui, mas quero ver se vai chegar nos "finalmente".

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  • Vice-Presidente

Fui zoado, rasparam meu cabelo, tinta, ovo, farinha, trem fedido e tal.

Fora os meses de trote na república, em nenhum momento ocorreu violência da parte de ninguém, mas conheço gente que já sofreu isso dentro das repúblicas daqui da cidade e em outras universidades do estado.

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O meu foi tranquilo, o meu curso aqui não tem trote pelo fato do próprio curso ser um trote haha.

Tive que vender 150 rifas pra pagar o almoço com os veteranos, no churrasco servi a carne e teve o tradicional futebol contra os veteranos o qual não podemos tocar na bola e perdemos por 32x0.

Super de boa, pessoal bem parceiro mal zoação teve.

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  • Diretor Geral

[...] e teve o tradicional futebol contra os veteranos o qual não podemos tocar na bola e perdemos por 32x0.

Mas hein? Hahahahaha e vocês fazem o quê então? Só ficam correndo igual uns bestas? :lol:

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Não tive nada velho. Queria ter nesse estilo que vocês falaram, de jogarem ovo, farinha, depois ir todo mundo beber, churras etc.

Aqui teve trote solidário e só. É proibido nas dependências da universidade e não sei falar ao certo, mas não ouvi falarem de trote em nenhum curso. O meu cabelo quem raspou foi minha família mesmo, meus primos e tal.

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  • Diretor Geral

[...] É proibido nas dependências da universidade [...]

Mas na grande maioria é proibido também, agora pisou fora da faculdade, nego te alopra hahahahaha. Aqui na PUCC funciona(va) assim, os veteranos só reúnem os calouros na faculdade, depois eles saem dali e vão pela cidade arrecadar essa grana e zoar o pessoal.

O problema é quando começa a exagerar demais, tipo agressão física, psicológica e tals. Isso eu não passei e nunca presenciei também, acho de uma vacilação tremenda de quem pratica.

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Aqui na UTFPR é proibido, porém quando entrei, rolou de boa.

Como já falaram, é a tradicional tinta, ovo, farinha, café, molho de tomate, erva... essas porra toda hahaha Aí fomos pro sinaleiro arrecadar dinheiro e depois fomos pro bar. Tranquilaço.

Não conheço ninguém que tenha sofrido trote violento ou algo parecido.

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Mas hein? Hahahahaha e vocês fazem o quê então? Só ficam correndo igual uns bestas? :lol:

A gente fica lá no campo fingindo que joga, se encostar na bola leva banho de chopp e umas 3 voadeiras hahahahaha.

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  • Diretor Geral

A gente fica lá no campo fingindo que joga, se encostar na bola leva banho de chopp e umas 3 voadeiras hahahahaha.

Mano, na moral... que brincadeira bosta HAHAHAHAHA!

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Mano, na moral... que brincadeira bosta HAHAHAHAHA!

HUAUHAUHAUHAHUAUHAUH

Quando eu era bixo fiquei lá me perguntando a moral daquilo, mas depois quando se joga bêbado no time dos veteranos é legal, acredite.

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Fui zoado, rasparam meu cabelo, tinta, ovo, farinha, trem fedido e tal.

Fora os meses de trote na república, em nenhum momento ocorreu violência da parte de ninguém, mas conheço gente que já sofreu isso dentro das repúblicas daqui da cidade e em outras universidades do estado.

Vou entrar pra turma do mimimi que eu sempre critico.

Pra mim raspar cabelo é uma violência do cacete. Especialmente quando entrei na faculdade, tocava numa banda de metal, cabelo tipo Steve Harris.

Passaram tanta coisa nele que dei sorte, quando passaram o descoloridor nem pegou, mas teve uns caras que ficaram com umas mexas louras ridiculas.

Quando a gente tava no 2o período nem quisemos dar o trote e os babacões do 3o deram de novo nos nossos calouros.

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Lá na faculdade o trote só era pintar os calouros, jogar ovo, café, molho de tomate, confiscar os sapatos deles e fazer pedirem dinheiro no semáforo para "resgatar" o sapato, depois juntava os veteranos e os calouros e iam todos beber.

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O trote de todo mundo que conheço na UFSC foi esse comum também. Tinta pra caralho, pedir dinheiro pra depois encher a cara, etc. Claro que rola uma zoera também, aquela diminuição por ser calouro, mas EU acho saudável.

Pelo relato da rapaziada, fiquei animado pra ter o meu também. Interação foda e tal. E eu era cagado forte com isso hahahahaha

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Passei por três trotes HAHAHA Dois foram "agressivos" o outro foi ok. Em todos me diverti e acabei conhecendo melhor a galera do curso e tal ^^

Foda é quando o cara passa a linha da babaquice. o cara acha que por ele ser um ano mais velho (se é que é, eu era mais velho que maioria dos veteranos no terceiro trote) ele é algo a mais que alguém, nessas tu vê que o "poder" libera o que as pessoas tem dentro, nem que seja o poder ridículo de ser um veterano em uma faculdade. O cara usa aquilo pra satisfazer seus desejos internos e acaba surrando alguém, deixando amarrado no sol, agredindo sexualmente alguma guria. Foda viu.

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Estudei tanto na Particular e na Pública, em nenhuma das duas houve trote propriamente dito.

Aliás, tive só que me apresentar numa festa da UFSC aqui, mas nem chamo de trote.

Na particular, se eu não me engano cada 1 teve que pagar uma cerveja no buteco.

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Na UNIFEI tinha umas clássicas, tipo mandar o bixo procurar a assinatura do Prof. Teodomiro Santiago (é o fundador da universidade), praticamente faz os bixos andarem pela faculdade toda hahahaha.

Proibiram o trote em geral há uns quatro anos atrás, seguindo a moda. Minha turma foi uma das penúltimas a ter trote dentro da unviersidade mesmo. Um pouco de tinta e tal, umas pegadinhas como veterano fingindo ser professor e dando aula zoada (isso daí com cooperação dos professores). Outra coisa da hora era quando os bixos eram levados até a praça central da cidade. Da universidade até o centro, tem uma avenida que quase só tem repúblicas. No começo da avenida, os caras avisam pros bixos correrem até a praça, enquanto o pessoal das repúblicas atira bexigas d'água e tal. Era engraçado pra caramba mas infelizmente acabou.

E na praça era o clássico pedir dinheiro e tal, depois cervejada e etc.

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  • Diretor Geral

[...] o cara acha que por ele ser um ano mais velho (se é que é, eu era mais velho que maioria dos veteranos no terceiro trote) ele é algo a mais que alguém, [...]

Guai', a questão não é nem a idade, mas sim o círculo vicioso que se tornou essa prática. Os veteranos se conglomeram e se auto-intitulam como uma "família", que já passou pelos mesmos trotes abusivos que eles agora aplicam nas novas turmas, que depois de se foderem bastante poderão também ter acesso à esse mesmo grupo, e lá na frente, no próximo ano, praticar as mesmas babaquices. E assim por diante.

Por isso essa prática se estende por tanto tempo. É algo como uma "tradição de família", mas no pior sentido possível. Isso é o que eu tive como experiência e agora estou tendo como relatos dessa CPI que tá dando o que falar aqui em SP (estado). Óbvio que no meu caso ajudou bastante na integração, eu realmente me senti "acolhido" pelos caras, mas o pessoal por exemplo da ESALQ, das medicinas por aí pegam pesado demais, e é exatamente esse limite que deve ser estabelecido e garantido por lei, na minha opinião.

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Guai', a questão não é nem a idade, mas sim o círculo vicioso que se tornou essa prática. Os veteranos se conglomeram e se auto-intitulam como uma "família", que já passou pelos mesmos trotes abusivos que eles agora aplicam nas novas turmas, que depois de se foderem bastante poderão também ter acesso à esse mesmo grupo, e lá na frente, no próximo ano, praticar as mesmas babaquices. E assim por diante.

Por isso essa prática se estende por tanto tempo. É algo como uma "tradição de família", mas no pior sentido possível. Isso é o que eu tive como experiência e agora estou tendo como relatos dessa CPI que tá dando o que falar aqui em SP (estado). Óbvio que no meu caso ajudou bastante na integração, eu realmente me senti "acolhido" pelos caras, mas o pessoal por exemplo da ESALQ, das medicinas por aí pegam pesado demais, e é exatamente esse limite que deve ser estabelecido e garantido por lei, na minha opinião.

Que besteira. HAHA Talvez esteja velho demais pra achar graça nisso também HAHA Ou por eu morar no interior não tenha tido contato com essa mentalidade, saí com poucos ou nenhum amigo feito dentro da facul, todos foram feitos fora do meio, mais próximo era conversar com a galera na hora do cigarro do intervalo, lá conheci uns caras legais AHAHHAHA

Foda que todo mundo tá ligado que a parte boa do trote é ótima mesmo, foda são os babacas que vão acabar destruindo a tradição e proibindo a porra toda. Como sempre, os justos pagam pelos pecadores HAHA

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Uma vez eu tomei por achar inevitável (entrei na facul de história muito imaturo), mas quando fui pra Letras matei as duas semanas como todo mundo faz.

Acho trote uma babaquice. Bando de nego que nem te conhece. Já vem querer aloprar com tinta, ovo e o escambau. Essas paradas são aceitáveis em grupo de amigos onde cada um conhece o limite do outro, agora querer impor uma "tradição" babaca dessas é uma imbecilidade sem tamanho.

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  • 3 semanas atrás...

Acho que esses projetos não vão adiantar nada.

 

A maioria dos trotes (só ver o que o povo aqui comentou) são coisas leves e padrão. Onde acontece esse tipo de coisa mais pesada? Em lugares privados, às escondidas. Ou seja, uma lei que proíba as pessoas de pintarem calouros ou pedir "pedágio" na rua só vai acabar com uma tradição que, para a maioria das pessoas, é positiva e ajuda na integração.

 

Posso estar brisando na ideia, mas talvez trazer o trote de volta pra dentro da faculdade possa ser uma solução. Assim, a instituição conseguiria controlar melhor o que acontece na recepção dos novos estudantes. Claro que tem que ser algo muito bem pensado e planejado, para garantir que a instituição realmente controle sem perder a tradição. Mas, enfim, apenas um pensamento aleatório...

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  • Diretor Geral

Acho que esses projetos não vão adiantar nada.

 

A maioria dos trotes (só ver o que o povo aqui comentou) são coisas leves e padrão. Onde acontece esse tipo de coisa mais pesada? Em lugares privados, às escondidas. Ou seja, uma lei que proíba as pessoas de pintarem calouros ou pedir "pedágio" na rua só vai acabar com uma tradição que, para a maioria das pessoas, é positiva e ajuda na integração.

 

Posso estar brisando na ideia, mas talvez trazer o trote de volta pra dentro da faculdade possa ser uma solução. Assim, a instituição conseguiria controlar melhor o que acontece na recepção dos novos estudantes. Claro que tem que ser algo muito bem pensado e planejado, para garantir que a instituição realmente controle sem perder a tradição. Mas, enfim, apenas um pensamento aleatório...

 

Amigo, posso lhe dizer que só de terem instaurado essa CPI, o pessoal das Atléticas e dos Centros Acadêmicos ficaram "com o cu na mão". Isso sem citar os que não compareceram pra dar seus depoimentos, ou seja, alguma coisa estão devendo. E digo isso por relatos que acabei ouvindo de quem estuda e trabalha nas universidades aqui de Campinas.

 

É óbvio que o PL não conseguirá coibir TODO o abuso, que realmente ocorre em locais privados e bem longe das instituições de ensino. Mas da forma como é conduzido hoje, APENAS COM SINDICÂNCIAS dentro das universidades, é que não dá pra ficar mais também, porque dessa forma TUDO é abafado, pra não manchar a imagem da instituição e assim os infratores continuam praticando livremente o trote.

 

Acho que se conseguirem colocar a polícia e o MP no meio dessa fiscalização e apuração de fatos, já teremos avançado bem na questão.

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Nunca tomei trote violento em Bauru e não é a fama do campus, apesar da morte recente do estudante. Eu dei PT pq meu veterano me fez virar pinga, mas nada demais, e pq eu queria também, era de fato um orgulho estar na UNESP e precisava de algo pra mostrar isso. 

Sou contra o trote absurdo/exagerado, mas sou de Botucatu (cidade famosa por trotes violentos) e te digo que a tradição de repúblicas e BEM maior do que em Bauru. Os caras tem mto mais laço de amizade. De alguma forma esses trotes mais fortes, aproximam os estudantes. 

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  • Diretor Geral

[...] De alguma forma esses trotes mais fortes, aproximam os estudantes. 

 

Como também chegam a matar, e antes disso traumatizam, agridem (física e psicologicamente), causam prejuízos materiais, enfim. Eu AINDA tenho um ótimo relacionamento com meus veteranos, mesmo de já ter um tempo de formado e ter saído do convívio acadêmico. Inclusive um deles já me ajudou a arrumar emprego e tudo mais.

 

Tá errado, essa ciclo vicioso da "tradição do abuso e dos exageros", passado de turma pra turma, é bem complicado de se quebrar, mas é mais do que necessário.

 

Nego tá passando MUITO dos limites.

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