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Quatro razões a favor da NÃO redução da maioridade penal


Pedrods

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Primeiro que os EUA tem uma política diferente salarial, não dá para comparar.

Lá o serviço público tem remuneração, de modo geral, bastante parelha. Vale a pena seguir naquilo que realmente você gosta.

Aqui há uma discrepância salarial enorme entre as funções, muitas vezes baseados em critérios puramente corporativista.

A própria existência da carreira de Delegado, a meu ver, é um erro... mas infelizmente o Brasil talvez ainda não esteja pronto para uma polícia investigativa baseada na promoção progressiva.

Mas enfim, conversa chegou no loop de novo. :P

Eu lembro que num livro de microeconomia que eu tenho(Pindyck, qualquer um acha), um dos casos relatados num capítulo(14. fatores de produção) era sobre a discrepância que tinham entre o salário de um servidor militar e um trabalhador da iniciativa privada em certos cargos

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Tem alguns adicionais, tipo adicional militar que é 14% do salário, mais triênios enfim, algumas coisas.

Tenho muitos parentes militares, estudei em uma escola de formação do oficiais e digo com a maior certeza do mundo, é o maior quantidade de dinheiro público jogada no lixo. Ninguém faz porra nenhuma, um serviço que podia ser feito por uma pessoa, tem 5 pra fazer a ainda sai mal feito. No Brasil, tirando algumas exceções militar não faz porra nenhuma, é tipo uma cadeia alimentas, o Capitão tem uma função, passa ela pro Tenente, que manda o sargento fazer, e esse procura algum soldado, marujo, qualquer infeliz e repassa a função. A quantidade de gente coçando saco num quartel ultrapassa os limites do absurdo.

Hoje se formam oficiais pra tomar conta de futuros oficias, que são formados pra tomar conta de futuros oficiais, é uma mamata essa porra, o mais absurdo é ver esse monte de sangue sunga reclamando de salário. QUASE ninguém trabalha nas forças armadas.

Pra vocês terem ideia, se eu quiser, posso fazer a prova pra seguir carreira na ativa da Marinha (com minha formação, é pra QC, quadro complementar, o último concurso foi 1,2 por vaga, ou seja, eu concorro com minha orelha pela vaga), vou ganhar metade do que ganho aqui na Mercante, vou me aposentar ganhando o salário inicial daqui, mas to pensando seriamente nessa porra, sabem pq? pq eu não vou precisar fazer nada, é coçar o saco durante 30 anos e ir pra casa com aposentadoria integral e ainda por cima, o mais absurdo, o surreal, o inacreditável, se eu tiver uma filha e ela não casar, ela fica com a pensão, integral, tudo isso bancado pelos otários que trabalham a vida inteira e pagam impostos absurdos pra esse país de merda.

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De repente vale a pena tu juntar uma grana, e daqui a uns 7 ou 8 anos fazer esse concurso e coçar.

O foda é que quanto mais tarde eu entrar, menor é o patente que eu alcanço, consequentemente menor o valor que eu "levo pra casa", entrando daqui a uns 2 anos, da pra ir pra casa como Capitão de Fragata, ta ali 8.900 (a partir de 2015, com mais uns adicionais ai chega um pouco menos de 10k)... mas até ganhar isso, bota ai uns 20 anos de serviço, enquanto isso fica ganhando 5, 6 conto como tenente. Aqui na Mercante, pelo menos na empresa que eu to, o mínimo que um oficial tira INICIAL é 9 conto, com 4, 5 anos de empresa da pra tirar uns 15, e aqui eu faço o que eu gosto, e trabalho 6 meses por ano. O foda é que a aposentadoria é 3 conto, não da pra viver com isso, tem que construir uma renda durante a vida (seja meia dúzia de casas alugadas, aposentadoria privada) e isso significa trabalhar e investir. É meio que uma faca de 2 gumes, ou passa a vida toda coçando o saco, sem fazer nada e com a certeza de uma aposentadoria de 9k ou trabalhar e estudar mais durante a vida pra alçar uma padrão de vida melhor, mas ao mesmo tempo construindo uma "velhice tranquila".

A lei do menos esforço me leva a essa palhaçada de militarismo, mas aquela parada de meritocracia diz pra eu continuar "subindo a montanha".

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Virada cultural em São Paulo. Uma cacetada de crimes, vários cometidos por menores, inclusive homicídios...

Dois menores foram assaltar o cidadão que reagiu e foi morto. Os caras matam sem pensar duas vezes. E por serem menores, podem ficar soltos!?

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Virada cultural em São Paulo. Uma cacetada de crimes, vários cometidos por menores, inclusive homicídios...

Dois menores foram assaltar o cidadão que reagiu e foi morto. Os caras matam sem pensar duas vezes. E por serem menores, podem ficar soltos!?

Se não fossem menores seriam presos?

Qual a porcentagem dos homicídios resolvidos no Brasil mesmo?

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Se não fossem menores seriam presos?

Qual a porcentagem dos homicídios resolvidos no Brasil mesmo?

Números do primeiro trimestre de 2011, em Santa Catarina o índice é de 64% e em Florianópolis é de 94%.

Em 2012 em Santa Catarina foi de 52,45% e em Florianópolis de 69,81%.

Isso com metade do efetivo da PC que o estado deveria ter. E imagino que casos envolvendo menores dificilmente são colocados como prioridade.

Mas a grande resposta para a tua pergunta são outras perguntas: se não fossem menores estariam soltos (duvido muito que homicídio seja o primeiro crime)? E se forem presos, vão ficar detidos? Por quanto tempo?

A propósito, se sabem que os dois são menores imagino que saibam quem foram os responsáveis (ou no mínimo tenham forte suspeita).

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Hum.. assalto. Mais um crime em um contexto de... bingo, POBREZA!

Xilindró pra essa molecada, um contato muito saudável com a bandidagem profissional.

Haja cadeia pra caber tanto pobre. Ou quem sabe é melhor manter essas cadeias em condições desumanas mesmo, condenações internacionais seria bobagem.

Esses números de Santa Catarina aí estão muito aquém da realidade brasileira.

Brasil tem uma das polícias mais ineficientes do mundo.

Sem falar a famosa cifra negra (crimes que sequer são levados ao conhecimento do poder pública).

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Hum.. assalto. Mais um crime em um contexto de... bingo, POBREZA!

Xilindró pra essa molecada, um contato muito saudável com a bandidagem profissional.

Haja cadeia pra caber tanto pobre. Ou quem sabe é melhor manter essas cadeias em condições desumanas mesmo, condenações internacionais seria bobagem.

Esses números de Santa Catarina aí estão muito aquém da realidade brasileira.

Brasil tem uma das polícias mais ineficientes do mundo.

Sem falar a famosa cifra negra (crimes que sequer são levados ao conhecimento do poder pública).

Ninguém falou em colocar preso nas cadeias sem estrutura junto com X ou Y.

Não importa onde fiquem detidos, pode ser mesmo em novos reformatórios ou em presídios novos mais seguros e modernos, talvez até presídios privados.

Qualquer lugar que seja é melhor do que na rua matando os outros. Homicídio doloso por motivo fútil torna a preocupação com a vida desses algo secundário, já que para eles foi secundário a preocupação com aqueles que eles mataram.

Onde está a sua preocupação com o cidadão que eles mataram? Como vai ser a vida desse daqui pra frente?

O Brasil é um país de contrastes, por isso peguei de SC que é um dos estados mais ricos do Brasil, com maior acesso a educação e que mesmo assim tem um problema grande com crimes cometidos por menores de idade.

Agora pouco estava assistindo um programa da Band (o mundo segundo os brasileiros) na Jordânia. Todos os brasileiros que moram lá nas partes que asssisti falaram que não querem voltar para o Brasil principalmente por causa da tranquilidade e segurança. Falaram que crimes (como o roubo e homicídios) é algo quase inexistente por lá.

O índice da Jordânia é de 1.8 homicídios para cada 100 mil habitantes. O do Brasil é de 21.7 a cada 100 mil habitantes. Mais de 10 vezes maior.

No ano passado houve 100 homicídios por lá. No Brasil 40974. Aliás, em 2012 o Brasil passou a Índia e passou a ser o país com mais homicídios no mundo (com quase o dobro do terceiro que é o México com 25 mil). É uma situação vergonhosa.

Outra coisa que eles comentaram é que a Jordânia tem bastante pobreza também. Além de estar em uma área explosiva do planeta. O IDH deles é menor que o do Brasil. O PIB per capita da Jordânia é metade do Brasil (um terço no nominal). O país não produz quase nada e tem um clima bastante ruim para desenvolver a agricultura, por exemplo. O índice de alfabetização é similar ao do Brasil (91 e 90%) embora em uma rápida olhada o sistema de educação deles parece ser melhor (mas vale lembrar que muitos que estão lá hoje vieram de outros lugares como refugiados palestinos). A densidade demográfica é 3 vezes maior (ou seja, tem muito menos terra para cada pessoa). Ambos são países com desigualdades sociais.

Foi impossível não lembrar desse tópico...

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Salvaro, só que aí acho que temos que contabilizar também a ineficácia da Justiça no Brasil. Não adianta pensar em regulações mais pesadas (o tema principal do tópico) se nem as atuais são cumpridas.

O primeiro ponto seria termos mais cadeias pra que a Justiça não tivesse desculpa pra não fazer o pessoa cumprir pena, mesmo pra crimes mais leves. Depois tem o problema da educação e pobreza. Por fim, sim, dá pra pensar nas leis.

(Não estou falando de ordem cronológica e sim na ordem de prioridades)

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Salvaro, eu entendo e compartilho sua revolta. Não acho que tem que se ficar dando beijinho em bandido não. Homicídio é um crime inaceitável. Só que se aproveitar de toda vez que aparece um menor fazendo merda pra discutir maioridade penal é muito oportunismo num país onde 90% dos homicídios não são solucionados. A culpa da violência e da insegurança aqui não é do bandido, é da "justiça". [Digo isso considerando que o bandido sempre vai existir, quem tem que tomar vergonha na cara pra resolver o problema são os não criminosos]

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Salvaro, só que aí acho que temos que contabilizar também a ineficácia da Justiça no Brasil. Não adianta pensar em regulações mais pesadas (o tema principal do tópico) se nem as atuais são cumpridas.

O primeiro ponto seria termos mais cadeias pra que a Justiça não tivesse desculpa pra não fazer o pessoa cumprir pena, mesmo pra crimes mais leves. Depois tem o problema da educação e pobreza. Por fim, sim, dá pra pensar nas leis.

(Não estou falando de ordem cronológica e sim na ordem de prioridades)

Tem que ter as duas coisas. Penas maiores e fazer cumprí-las. 3 anos por homicídio doloso é piada.

Seguindo ainda com o exemplo da Jordânia, a maioridade penal lá é 7 anos. Sabe qual a pena para um assassinato cometido em razão de outro crime lá? A pena de morte.

Assassinato premeditado é punido com a morte também. Assassinato não premeditado é punido com 15 anos de trabalho forçado.

Sabe como podem ser punidos alguns crimes por lá?

Roubo que inclua atos bárbaros ou tortura? Pena de morte. Tráfico de drogas? Pena de morte. Venda, compra, porte, intermédio de negociação de armas ilegais com a intenção de cometer crimes? Pena de morte. Estupro de menores de 15 anos? Pena de Morte.

Situação das prisões por lá? Péssima, as notícias falam nos mesmos problemas que o Brasil, falta de estrutura, problema com alimentação, falta de pessoal, etc.

A informação é que de 2006 para cá não houve mais execuções. Mas há 74 condenados a morte nesse período.

Resumindo? Um país mais pobre que o Brasil, com o mesmo problema em várias áreas e que tem números baixíssimos de criminalidade. E se comparar ao Sul do Brasil fica ainda mais discrepante.

A Jordânia tem a mesma população de Santa Catarina (6Mi) e uma densidade populacional parecida. As semelhanças param por aí.

- O PIB de SC é 3 vezes o da Jordânia (e portanto o PIB per capita é 3 vezes também).

- O IDH de SC é 0,840 o da Jordânia é 0,700.

- Analfabetismo em SC é de 4%, na Jordânia de 9%.

- O GINI que mede a desigualdade é de 43% em SC (estado menos desigual do país) e melhor na Jordânia com 35% (porém até poucos anos era 39%). Nas últimas 2 décadas porém o GINI caiu mais de 10% em SC e deve cair mais nos próximos anos.

- A força policial da Jordânia tem 25mil homens, SC somando todas as forças policiais (PM, PC, PF, FSN, AP, PA e GM) não deve ficar muito longe disso, embora provavemente menor. Chutaria em torno de 20 mil. Mas aqui não temos terrorismo e nem precisamos de patrulha no deserto.

- O percentual de população abaixo da linha da pobreza é de cerca de 12% em SC e 13% na Jordânia. O de extrema pobreza é de 1.7% em SC e 1.6% na Jordânia (sendo que o dado de SC é de 2010, com o crescimento do bolsa família e agora o novo auxílio do gov. do estado esse valor provavelmente chegará próximo a 0).

O que explica Santa Catarina ter 764 homicídios em 2012 e a Jordânia ter 100? (Isso sem falar nos outros crimes, como roubos que aqui seria absurdamente maior).

Vocês (Junior-AC, Markuz, CMGuigamf e outros participantes do tópico) realmente acreditam que a pobreza (e/ou a educação) é o maior fator para a criminalidade? Como explicam essa discripância entre Santa Catarina e a Jordânia?

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Quando você coloca pena de morte no meio da discussão eu não tenho o que dizer. Realmente, é efetivo. Você pega um criminoso e impede que ele cometa qualquer outro crime. Ação pós-crime mais efetiva que essa não existe. Mas a que preço? Aí a gente entra noutra discussão, que passa pela justiça e pelo funcionamento da pena. Eu acredito que a primeira é a mais importante, mas penso que é uma questão moral em que cada indivíduo decide por si.

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Quando você coloca pena de morte no meio da discussão eu não tenho o que dizer. Realmente, é efetivo. Você pega um criminoso e impede que ele cometa qualquer outro crime. Ação pós-crime mais efetiva que essa não existe. Mas a que preço? Aí a gente entra noutra discussão, que passa pela justiça e pelo funcionamento da pena. Eu acredito que a primeira é a mais importante, mas penso que é uma questão moral em que cada indivíduo decide por si.

No caso da Jordânia que não executa ninguém desde 2006 (o último foi um cara que matou a esposa e a filha bebê) e que condenou só 74 a morte entre 2006 e 2012 não acho que a pena de morte tenha essa força de acabar com a reincidência. Embora acredite que a existência dela (e naturalmente os condenados a morte devem cumprir prisão perpétua enquanto não voltarem as execuções) nesse caso tenha um papel mais educativo e intimidatório do que efetivo.

Diferente da China, por exemplo. A China teve 13 mil homicídios em 2012, isso dá 1 para cada 100 mil, ainda menos que a Jordânia. Índice baixíssimo. Mas lá a pena de morte rola solta, em 2005 executaram em torno de 10 mil criminosos. Aí sim é válido esse seu argumento.

O que é tão diferente na Jordânia em relação a SC que poderia explicar essa disparidade de homicídios (e outros crimes) em uma primeira olhada?

Punições pesadas e intimidatórias aos principais crimes (roubo, homicídio, tráfico de armas e drogas e estupro) e a maioridade de 7 anos. Um pouco talvez o tamanho da força policial (teria que ver como a polícia funciona lá exatamente).

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Jordânia como parâmetro eu não posso comentar, pois não sei absolutamente nada a respeito.

Mas chuto aqui um problema cultural novamente.

Esses países do oriente médio tem forte influência religiosa, não é por menos que eles se matam por isso.

E não só isso. O fato de ser pobre de certa forma pode ajudar a reduzir a pobre, QUANDO se tem POUCA DESIGUALDADE. Um país que não produz nada como você disse tende a caminhar para esse lado, já que a riqueza é melhor medida pelo status do que pelos bens de consumo.

Alguns países africanos, por exemplo, a taxa de homicídio está aliada a questões civis pela briga pelo poder.

Mas repito, desconheço o contexto da Jordânia para afirmar algo concretamente...

Para mim a questão da redução penal não resolve a violência coisa nenhuma, é um mero populismo penal.

Questões extramas ainda podem ser solucionadas por meio de interdição de natureza civil, é possível tirar os sujeitos da rua de qualquer forma.

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Jordânia como parâmetro eu não posso comentar, pois não sei absolutamente nada a respeito.

Mas chuto aqui um problema cultural novamente.

Esses países do oriente médio tem forte influência religiosa, não é por menos que eles se matam por isso.

E não só isso. O fato de ser pobre de certa forma pode ajudar a reduzir a pobre, QUANDO se tem POUCA DESIGUALDADE. Um país que não produz nada como você disse tende a caminhar para esse lado, já que a riqueza é melhor medida pelo status do que pelos bens de consumo.

Alguns países africanos, por exemplo, a taxa de homicídio está aliada a questões civis pela briga pelo poder.

Mas repito, desconheço o contexto da Jordânia para afirmar algo concretamente...

Para mim a questão da redução penal não resolve a violência coisa nenhuma, é um mero populismo penal.

Questões extramas ainda podem ser solucionadas por meio de interdição de natureza civil, é possível tirar os sujeitos da rua de qualquer forma.

Para a desigualdade há o índice GINI, que não é muito diferente quando se compara SC com a Jordânia...

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Redução da maioridade penal é um retrocesso imenso, só o discurso por trás já atrasa um debate que deveria ser muito mais amplo, como fiquei com preguiça de ler todas as oito páginas não vou tentar argumentar aqui, mas..

"Se o de 16 já pode ser preso, porque o de 15 anos e 11 meses não pode?".. e por aí vai...

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Como o amigo falou ai em cima sempre vai haver desencontro de ideias, a solução é qualquer pessoal, independente da idade que venha a comer crimes como assassinato, sequestro, estupro, crimes hediondos serão julgados como "adultos".

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Redução da maioridade penal é um retrocesso imenso, só o discurso por trás já atrasa um debate que deveria ser muito mais amplo, como fiquei com preguiça de ler todas as oito páginas não vou tentar argumentar aqui, mas..

"Se o de 16 já pode ser preso, porque o de 15 anos e 11 meses não pode?".. e por aí vai...

Retrocesso é falar que algo é um retrocesso e que o debate deveria ser mais amplo sem expôr nada hahaha.

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Retrocesso é falar que algo é um retrocesso e que o debate deveria ser mais amplo sem expôr nada hahaha.

Isso é com certeza, mas eu to com uma preguiça danada pra expôr. De qualquer forma, vou dar umas opiniões aqui. O primeiro a se fazer é cumprir a lei e termos um sistema carcerário com o mínimo de dignidade. Se pegarmos exemplos de países como a Suíça - que o sistema carcerário funciona - apenas 5% dos presos voltam a ser presos novamente, e existem prisões na Noruega (é uma que os presos fazem a própria comida, tem uma casa separada pra ficar com a família e etc, esqueci o nome agora) que o índice chega a ser de menos de 1%. O sistema carcerário do Brasil é falho, e só acabaria por piorar a situação de jovens. Um jovem de 17 anos tem muito mais chance de recuperação na vida do que uma pessoa com 50 anos, inclusive tempo hábil, então o tratamento deve sim ser diferenciado. Não é aumentando o índice de presos no Brasil que vai se resolver a situação da violência, pelo contrário, é capaz de agravar bastante a situação.

A gente tem que pensar também no sistema educacional brasileiro. Estudei talvez na melhor escola pública do país e essa enfrenta diversos problemas, imagina os outros centro educacionais. É complicado, a educação brasileira não é uma educação emancipatória, que faça com que os jovens possam pensar, discutir, trabalhar em grupo. Não temos acesso a artes, esportes, e a escola é um lugar extremamente tedioso pra qualquer jovem. Um jovem sem nenhuma estrutura familiar para de estudar com uma facilidade muito grande.

Não deveríamos estar discutindo com quantos anos um jovem deve ser preso, e sim como podemos fazer pra recuperá-lo e recuperar milhões de outros jovens, que em sua maioria, vem de situações altamente precárias de vida. Deve-se avançar o debate pra todas as outras camadas, não só educação/sistema carcerário(como eu falei), cultura, lazer, transporte, saúde, tudo isso afeta diariamente pro aumenta da criminalidade de um país. Diminuir a maioridade penal não vai acabar com a violência, nem ajudar a melhorar, não é matando bandido e prendendo menor que vão conseguir diminuir a violência.

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Isso é com certeza, mas eu to com uma preguiça danada pra expôr. De qualquer forma, vou dar umas opiniões aqui. O primeiro a se fazer é cumprir a lei e termos um sistema carcerário com o mínimo de dignidade. Se pegarmos exemplos de países como a Suíça - que o sistema carcerário funciona - apenas 5% dos presos voltam a ser presos novamente, e existem prisões na Noruega (é uma que os presos fazem a própria comida, tem uma casa separada pra ficar com a família e etc, esqueci o nome agora) que o índice chega a ser de menos de 1%. O sistema carcerário do Brasil é falho, e só acabaria por piorar a situação de jovens. Um jovem de 17 anos tem muito mais chance de recuperação na vida do que uma pessoa com 50 anos, inclusive tempo hábil, então o tratamento deve sim ser diferenciado. Não é aumentando o índice de presos no Brasil que vai se resolver a situação da violência, pelo contrário, é capaz de agravar bastante a situação.

A gente tem que pensar também no sistema educacional brasileiro. Estudei talvez na melhor escola pública do país e essa enfrenta diversos problemas, imagina os outros centro educacionais. É complicado, a educação brasileira não é uma educação emancipatória, que faça com que os jovens possam pensar, discutir, trabalhar em grupo. Não temos acesso a artes, esportes, e a escola é um lugar extremamente tedioso pra qualquer jovem. Um jovem sem nenhuma estrutura familiar para de estudar com uma facilidade muito grande.

Não deveríamos estar discutindo com quantos anos um jovem deve ser preso, e sim como podemos fazer pra recuperá-lo e recuperar milhões de outros jovens, que em sua maioria, vem de situações altamente precárias de vida. Deve-se avançar o debate pra todas as outras camadas, não só educação/sistema carcerário(como eu falei), cultura, lazer, transporte, saúde, tudo isso afeta diariamente pro aumenta da criminalidade de um país. Diminuir a maioridade penal não vai acabar com a violência, nem ajudar a melhorar, não é matando bandido e prendendo menor que vão conseguir diminuir a violência.

Esse discurso de que temos que recuperar o jovem e dar assistência pra ele se reintegrar na sociedade é muito bonitinho, mas sinceramente, você acha que alguém que MATA OU ESTUPRA deve ter a chance de ser "recuperado", ou melhor, tem alguma possibilidade de ser recuperado?

Tem certos tipos de coisa que independente do cidadão ter 10 ou 50 anos, mostra o quão falho é o carácter dele e que ele deve sim ser excluído da sociedade.

Se continuarmos a passar a mão na cabeça de todo mundo pq a vida é cruel e a desigualdade social faz criminosos é melhor cavar um buraco, jogar todos os cidadãos de bem e deixar a país na mão dos bandidos.

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Esse discurso de que temos que recuperar o jovem e dar assistência pra ele se reintegrar na sociedade é muito bonitinho, mas sinceramente, você acha que alguém que MATA OU ESTUPRA deve ter a chance de ser "recuperado", ou melhor, tem alguma possibilidade de ser recuperado?

Tem certos tipos de coisa que independente do cidadão ter 10 ou 50 anos, mostra o quão falho é o carácter dele e que ele deve sim ser excluído da sociedade.

Se continuarmos a passar a mão na cabeça de todo mundo pq a vida é cruel e a desigualdade social faz criminosos é melhor cavar um buraco, jogar todos os cidadãos de bem e deixar a país na mão dos bandidos.

Se deve ou não a discussão é filosófica. Se tem possibilidade ou não é uma discussão prática.

Possibilidade tem. Países que adotam sistema penal baseado na recuperação do preso tem uma taxa de sucesso muito superior à brasileira e à americana.

Mas eu não sei se devo falar disso. Na última vez que inventei de falar sobre o que funciona no mundo vieram me execrar porque o Brasil é uma ilha, numa realidade paralela.

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Se deve ou não a discussão é filosófica. Se tem possibilidade ou não é uma discussão prática.

Possibilidade tem. Países que adotam sistema penal baseado na recuperação do preso tem uma taxa de sucesso muito superior à brasileira e à americana.

Mas eu não sei se devo falar disso. Na última vez que inventei de falar sobre o que funciona no mundo vieram me execrar porque o Brasil é uma ilha, numa realidade paralela.

Não é questão de julgar o brasil como uma ilha... esses países que você cita que buscam a recuperação do presidiário são os mesmos onde várias crianças são julgadas como adultos dependendo dos seus crimes.

O ponto que eu quero tocar é que não tem como usar o falho sistema carcerário como desculpa pra não aplicar as devidas punições a quem deve... também acho que a menores que são pegos praticando assaltados, envolvidos com o tráfico e coisas do tipo, cabe recuperação e trabalho de uma possível reestruturação da vida, mas gente que comete assassinato, estupro, sequestro, esse tipo de gente não tem retorno cara, esses sim merecem mofar na prisão, sendo ela limpinha ou um chiqueiro igual é hoje em dia.

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Se preocupam com a possibilidade de recuperação do cara. Mas e a vida que ele tirou, vão recuperar também? E as próximas que ele vai vir tirar?

"O que funciona no mundo" e aí citam exemplo da Suíça ou Noruega. Fica complicado. Assim como Honduras não é referência para o Brasil, Noruega também não é. Precisam pegar países de situação econômica/educacional parecida (como a Jordânia que eu citei, ou a Índia, ou a Rússia)...

No Brasil o homicídio está banalizado. Nenhum dos maiores países do mundo tem esse problema como no Brasil. Quando você tem mais homicídios no Brasil que na China, Nigéria, Indonésia, Índia e Rússia é porque tem algo MUITO errado por aqui.

Não pode o Brasil ter índice de homicídios de 21 (para cada 100mil hab.) enquanto a Nigéria é de 12, a Rússia tem de 10, Indonésia 8.1,, a Índia tem de 3.4 e a China tem de 1.

É o país com mais homicídios no mundo e com o maior índice entre os 10 países mais populosos.

O estado mais desenvolvido (social), com menor índice de pobreza, com alguns dos melhores índices de educação e com uma das menores desigualdades sociais do país tem índice de homicídios maior que a Indonésia.

É uma situação extrema e situações extremas exigem medidas extremas. Se o Brasil continuar com esse discurso de uma suposta "consciência social" que transforma o criminoso em vítima a criminalidade só vai aumentar.

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      Por Visitante
      É ainda um tipo de jogo para um nicho de usuários, imagine 20 anos atrás, 15 anos atrás?
      Os jogos Manager não tinham tanta notoriedade naquela época. Hoje tem uma gama de diversidade muito maior, com um número de gamers muito maior.
      Mas afinal, como vocês vieram parar neste tipo de jogo?
      Enquanto estava todo mundo jogando outros tipos de games em que você tinha que movimentar os seus comandados, em uma época que não tinha esse conceito de "gerenciador", e somente havia as partidas, o play e as manetes. Eis então você conheceu este tipo de jogo peculiar, que você gerencia os comandados, mas não os controla por si próprio. Como você chegou a esse tipo de jogo? Foi um jogo de futebol ou foi com jogo de outro esporte? Fale para nós como descobriu que existe esse tipo de jogo.
       
      Eu conheci o Championship Manager 4 por idos anos 2005 ou 2006 na casa dos meus primos. Depois que voltei das férias, eu fiquei com vontade e obtive o CM4, depois o CM 03/04 até descobrir que havia um tal de Football Manager 2005, que depois foi logo superado pelos FMs posteriores. Mas sempre ouvi falar de gente que começou no CM 01/02 bem antes de mim.
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